HVAC-R pede metas ambiciosas contra crise climática

Com o mundo a caminho da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), grandes fabricantes do mercado de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R) pedem para que os líderes mundiais assumam o compromisso de acelerar a corrida rumo à descarbonização da economia global.

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Co-signatários de uma carta aberta aos participantes da conferência da ONU em Glasgow, na Escócia, os CEOs da Danfoss, GEA, Trane e Johnson Controls, entre outras multinacionais de diversos setores, querem que os países reduzam as emissões globais pela metade até 2030 e se comprometam com a neutralidade em carbono até 2050, por meio de políticas públicas robustas e metas de transição.

Os executivos também pedem o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis e a redução de carga tributária sobre produtos ecologicamente corretos. Outras sugestões incluem apoio e incentivos aos países pioneiros e ao desenvolvimento de novas tecnologias, ao lado de investimento em políticas de adaptação às mudanças climáticas.

“É hora de os governos criarem um futuro sustentável para todos. As empresas estão prontas para apoiar e impulsionar os investimentos – mas precisamos de ação dos legisladores e de maior ambição se quisermos zerar as emissões [de gases de efeito estufa] até 2050”, afirma Kim Fausing, CEO da Danfoss.

“Quero lembrar a todos que a eficiência energética é a maneira mais rápida e barata de dar início aos nossos esforços coletivos para alcançar as metas do Acordo de Paris”, acrescenta.

Mundo em Alerta

Em artigo publicado neste sábado (30/10), o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembra que a “crise climática é um alerta vermelho para a humanidade”, ressaltando que os “líderes mundiais serão colocados à prova em Glasgow”.

“Suas ações – ou a falta delas – mostrarão a seriedade com a qual estão tratando esta emergência planetária”, diz.

“Os sinais de alerta não passam desapercebidos: em todos os lugares as temperaturas estão aumentando; a biodiversidade está alcançando novas baixas; os oceanos estão se acidificando e sufocando com lixo plástico. O aumento das temperaturas transformará vastas áreas do nosso planeta em zonas mortas para a humanidade até o fim do século”, ressalta.

Guterres também salienta que, “com razão, as pessoas esperam dos governos que as lideram. Mas todos temos a responsabilidade de garantir nosso futuro coletivo.”

“Empresas devem reduzir seu impacto climático e alinhar, de maneira completa e crível, suas operações e fluxos financeiros a um futuro de carbono zero. Sem maiores desculpas, sem mais greenwashing [prática de maquiagem sustentável para melhorar a imagem empresarial]”, completa.