Governo favorece indústria nacional em compras do SUS

Medida de R$ 2,4 bi inclui câmaras frias e pode beneficiar setor de refrigeração

O governo federal afirma que irá priorizar produtos da indústria nacional na seleção de R$ 2,4 bilhões em equipamentos de saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, anunciada após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevar a sobretaxa sobre produtos importados do Brasil a 50%, prevê que itens nacionais poderão ser adquiridos mesmo se custarem entre 10% e 20% mais caros que os similares importados, segundo nota do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O edital, enquadrado no programa Novo PAC Saúde, incluirá produtos para atenção primária — como dispositivos para diagnóstico, cadeiras de rodas e câmaras frias para conservação de vacinas — e para atenção especializada, como aparelhos de anestesia e ultrassom portátil.

O ministro e vice presidente Geraldo Alckmin afirmou que o governo usará “todos os instrumentos para defender a economia brasileira”, incluindo as compras públicas. A nota do MDIC acrescenta que o Brasil atualmente atende a cerca de 45% das suas necessidades com produção nacional de medicamentos, vacinas, equipamentos, dispositivos médicos, materiais e outras tecnologias em saúde. A meta da Nova Indústria Brasil (NIB) é elevar essa participação para 50% até 2026 e 70% até 2033.

Destaque técnico para o mercado de HVAC-R

A inclusão de câmaras frias para conservação de vacinas no edital do Novo PAC Saúde representa uma oportunidade para fornecedores do setor HVAC-R no Brasil, especialmente aqueles focados em refrigeração farmacêutica. Empresas do setor, como fabricantes de câmaras frias, chillers e sistemas de ar-condicionado industrial, podem se beneficiar da política de preferência nacional ao disputar contratos públicos de grande porte.

Fonte: Jornal de Brasília