EDITORIAL – Ventos de otimismo

Outubro chega com um sopro de confiança. O clima pós-Febrava ainda reverbera no setor, impulsionado por um comércio mais ativo e pela expectativa de um verão aquecido. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), da CNI, subiu um ponto em outubro, alcançando 47,2 — avanço discreto, mas significativo, após dez meses de pessimismo.

A recuperação da confiança vem acompanhada de sinais positivos vindos do exterior. O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2,4% em 2025, enquanto a perspectiva de melhora nas relações com os Estados Unidos reforça o ambiente de negócios. Soma-se a isso o protagonismo do Brasil nas discussões sobre sustentabilidade, impulsionado pela aproximação da COP 30.

O HVAC-R ocupa posição central nesse novo contexto. Em um mundo que busca eficiência energética e redução de emissões, a refrigeração e a climatização consolidam-se como vetores técnicos da descarbonização — um campo em que a engenharia e a responsabilidade ambiental caminham lado a lado.

Nesta edição, a Revista do Frio analisa dois pilares desse movimento. A matéria de capa aborda os desafios da cadeia de abastecimento dos Centros de Distribuição, mostrando como as deficiências de infraestrutura e a baixa automação comprometem a eficiência logística. Já a reportagem sobre peças de reposição discute os efeitos da dependência de importações e as diferenças entre produtos originais e paralelos, temas que impactam diretamente o atendimento técnico e a confiabilidade dos sistemas em todo o país.

Entre a confiança que começa a se reconstruir e os desafios que persistem, o setor HVAC-R segue avançando. Cada sinal de retomada reforça a importância de manter o foco na eficiência, na inovação e na sustentabilidade — princípios que continuam a guiar o nosso trabalho.