EDITORIAL – O tempo do frio
Pode-se dizer que a história da refrigeração e da climatização no Brasil remonta à metade do século XX, o que significa pouco mais de oito décadas de presença em Terra Brasilis. Um tempo que, embora breve diante de outras indústrias consolidadas, foi suficiente para transformar completamente o modo como o país conserva, refrigera e climatiza seus espaços.
De lá para cá, o setor amadureceu e se tornou essencial à economia e à qualidade de vida. Hoje, mais do que um ramo técnico, o HVAC-R é um campo em plena transformação, guiado por três pilares que definem o futuro: eficiência energética, transição para refrigerantes sustentáveis e tratamento do ar interior como questão de saúde; tema de capa desta edição.
Essas mudanças não ocorrem de forma isolada. Elas se refletem em toda a cadeia produtiva e comercial, das tecnologias de ponta aos balcões tradicionais. Um exemplo está na reportagem sobre vidros expositores, que mostra como soluções em transparência térmica ajudam a reduzir desperdícios, preservar alimentos, economizar energia e melhorar a experiência do cliente, combinando inovação técnica e conforto visual.
Outro retrato dessa evolução vem da Alameda Glete, em São Paulo, que resiste e se reinventa. O comércio especializado da rua alia o atendimento físico ao digital, transformando o balcão em espaço de conhecimento, treinamento e convivência técnica.
O futuro, portanto, não se limita às tecnologias ou aos refrigerantes de nova geração. Ele passa também pela capacitação dos profissionais, pela adaptação às exigências regulatórias e pelo compromisso coletivo com a eficiência e a sustentabilidade.


