Construção civil impulsionará indústria de ar condicionado
O mercado mundial de sistemas de ar condicionado tem visto, nos últimos anos, um forte aumento da demanda em aplicações comerciais e residenciais, acompanhado pela popularização dos termostatos inteligentes e a adoção crescente de máquinas com inversores de frequência.
Hoje, o foco da maioria dos fabricantes é a eficiência energética, devido ao crescimento das preocupações globais sobre conservação de energia. Preocupações associadas com a poluição atmosférica também estimulam a demanda por tecnologias de tratamento de ar, uma tendência que essa indústria tem capitalizado muito bem a seu favor.
A presença de um grande número de players relevantes torna o mercado mundial de sistemas de ar condicionado extremamente competitivo. Em 2015, o setor faturou US$ 104,42 bilhões, segundo um relatório da Transparency Market Research. Projeções da consultoria indicam que essa indústria irá faturar mais de US$ 167 bilhões em 2024, ou seja, um crescimento médio anual de 5,1%.
Expansão acelerada
De acordo com a relatório, o mercado de ar condicionado comercial segue em expansão acelerada. Contabilizando uma participação de quase 40% em 2015, o segmento dominou o mercado global de sistemas de climatização.
“Este segmento deve se manter na liderança até 2024, impulsionado pelo crescente uso da tecnologia nos setores de hotelaria e turismo, construção de edifícios, hospitais, clínicas e centros de saúde”, revela o comunicado distribuído à imprensa.
Por volume, no entanto, o segmento de aplicações residenciais dominou o mercado em 2015. Este segmento também poderá se expandir a uma taxa anual composta mais alta, com base na receita projetada de 2016 a 2024.
Por tipo de equipamento, o mercado de ar condicionado dispõe de modelos de janela, portáteis, cassetes, minisplits, VRFs, chillers e self-contained. Os sistemas de condicionamento de ar do tipo split são os preferidos dos consumidores e, assim, representaram 76% da receita dessa indústria em 2015. Este segmento também dominou o mercado de ar condicionado por volume vendido.
Competição acirrada
O mercado global de sistemas de ar condicionado compreende as regiões Ásia-Pacífico, América do Norte, América Latina, Europa, Oriente Médio e África. Por receitas, a região Ásia-Pacífico deverá dominar o setor nos próximos sete anos, com uma participação de mais de 55% durante o período de projeção.
“A demanda por sistemas de ar condicionado na região Ásia-Pacífico deve ser impulsionada pelo Japão, China e Índia. Além disso, prevê-se que a substituição de sistemas antigos por equipamentos mais eficientes fomentará, significativamente, a procura nos próximos anos”, informa o comunicado à imprensa.
A Europa deve experimentar um crescimento moderado nesse período. Na América do Norte, a evolução das normas da Associação Americana dos Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae, em inglês), o desenvolvimento progressivo de novas tecnologias e a adoção de várias políticas regulatórias vêm acelerando a demanda por sistemas de ar condicionado eficientes em termos energéticos, tecnologicamente avançados e ecológicos.
Segundo o relatório, os mercados na América Latina, bem como no Oriente Médio e na África, deverão experimentar um crescimento sustentável no futuro próximo, impulsionado pela crescente adoção de sistemas inteligentes de ar condicionado em países como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Turquia e Israel.
Panorama do setor
O cenário global do mercado de sistemas de ar condicionado é caracterizado pela presença de grandes e bem estabelecidas companhias, como a Gree, a Daikin e a Carrier; emergentes, como a Panasonic, a Mitsubishi e a Midea; e fornecedores promissores, como a LG, a Haier e a Hitachi.
Cada um desses players têm se esforçado para fortalecer sua posição no setor e alcançar um crescimento sustentável. Para atingir esses objetivos, essas empresas estão atualmente focadas na integração de produtos, a fim de expandir sua base de clientes e chegar a novos públicos, segundo esclarece a Transparency Market Research.
Parcerias estratégicas e aquisições também têm sido relevantes para algumas multinacionais. Um exemplo disso ocorreu em 2011, quando Carrier se uniu ao grupo chinês Midea para fabricar e distribuir sistemas de climatização no Brasil, na Argentina e no Chile.
“Essa joint venture não só ajudou a Carrier a formar uma forte rede de distribuição nesses países promissores, mas também estabeleceu uma base sólida para a empresa em nível global”, destaca a consultoria.