Linha de produção industrial demonstra a alta da economia

Indústria prevê expansão em 2018

É verdade que a tão alardeada retomada da economia ainda não entusiasmou muita gente, mas também é inegável que o cenário parece melhor do que antes.

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Segundo cálculos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá crescer 2,8% este ano.

Para a indústria de transformação, a entidade projeta 3,1% de expansão. Em relação aos investimentos (formação bruta de capital fixo), o crescimento esperado é de 3,2%.

As previsões para 2018 são respaldadas por resultados positivos em diversos aspectos da economia, que vêm de quatro trimestres seguidos de crescimento.

Segundo a Fiesp, este é um sinal de recuperação consistente, sustentada pelo consumo. Dados recentes também indicam a consolidação da recuperação econômica, conforme revela o desempenho de setores como a indústria automotiva e o comércio varejista.

Ademais, a melhora do mercado de trabalho e a recuperação da confiança do empresariado reforçam a expectativa de retomada da economia.

“As perspectivas para 2018 são positivas”, confirma o gerente de desenvolvimento de negócios da Danfoss, Gustavo Asquino, para quem o custo crescente da energia elétrica deve impulsionar as vendas de compressores mais eficientes.

Outro player do setor otimista é a Embraco. “Acreditamos muito no potencial do mercado brasileiro, seja pelo tamanho, seja pela evolução do setor de refrigeração”, diz o diretor de pesquisa e inovação da empresa, Rodolfo Cereghino.

Mas nem tudo são flores. “Este ano vai requerer de nós muito trabalho, pois, além da situação política e econômica que estamos vivendo, teremos Copa do Mundo e eleições pela frente”, pondera o supervisor de engenharia de aplicação da Elgin, Alexandre Rosa da Costa.

De acordo com a Fiesp, para que o processo de retomada da economia se mantenha e se fortaleça, é essencial que as reformas estruturais, como a da Previdência e a tributária, sejam aprovadas.

“Além disso, é fundamental o barateamento do crédito com a redução dos spreads bancários”, ressalta a entidade.