Bombas em evolução
As tecnologias de bombeamento de água são vitais para os sistemas de climatização e refrigeração instalados em edifícios comerciais e industriais. Afinal de contas, são as bombas que fazem a água circular por suas tubulações, transferindo calor de um ambiente para outro.
De maneira geral, elas também são utilizadas em outras aplicações, tais como abastecimento de água, transferência de líquidos, processos industriais, irrigação, sistemas de lavagem e pressurização.
Atualmente, as bombas de água contam com diversos aparatos tecnológicos que aperfeiçoam seu funcionamento, como os inversores de frequência e sistemas de controle automatizados.
Muitas delas também são feitas de materiais e estruturas inovadoras, que, inclusive, facilitam os serviços de manutenção em sistemas hidrônicos.
Enfim, existe uma infinidade de tipos no mercado, cujos modelos variam de acordo com o fluido a ser bombeado, temperatura, características de vazão e pressão.
“Utilizamos bombas na maioria dos nossos produtos, especialmente para bombeamento de água gelada em chillers industriais e de ar condicionado”, diz o gerente comercial da Mecalor, Marcelo Zimmaro.
A indústria paulistana, que deve registrar crescimento de 10% em suas vendas até o fim deste ano, tem apostado na qualidade total de seus produtos, com oficinas hi-tech móveis e softwares que “conversam” com equipamentos dos clientes.
“Em nossa aplicação, o mais comum é utilizar bombas centrífugas, do tipo monobloco, ou seja, motor e bomba acoplados diretamente. Uma tecnologia muito interessante que utilizamos é a das bombas do tipo multiestágio, ou seja, em vez de apenas um rotor, são vários rotores interligados, ou vários estágios”, explica.
Segundo o engenheiro, a vantagem proporcionada por elas é a flexibilidade para escolher um determinado ponto de operação de vazão e pressão e eficiência de bombeamento.
“Estas bombas possuem rotores e eixo de aço inoxidável, o que também é um diferencial importante. Este tipo de bomba está disponível apenas para uma certa faixa de vazão e pressão, normalmente algo como 40 m³/h com pressão de 4,0 bar”, detalha.
Acima disto, existem as centrífugas monobloco convencionais em ferro fundido que são mais acessíveis, porém, hoje existem tecnologias de bombas verticais in line de aço inoxidável que são muito eficientes e substituem as tradicionais com maior investimento inicial, revela o gestor.
De acordo com ele, outra novidade recente são bombas duplas, ou seja, duas delas montadas em um mesmo circuito com válvula de retenção já integrada. Na linha de eficiência energética, já estão disponíveis no mercado bombas com sistema eletrônico de variação de rotação, substituindo a tradicional solução de bombas com motor AC + inversor de frequência.
“Na Mecalor, já utilizamos os mais diferentes tipos de tecnologia, porém, devido a questões de custo, as bombas centrífugas multiestágio e de rotor único são as mais utilizadas”, informa.
“Uma outra coisa interessante é que, na montagem de bombas, fazemos estações de bombeamento com reserva 1+1, 2+1 ou 3+1, por exemplo, com revezamento automático, entrada automática da bomba reserva em caso de falha na bomba em operação e conjunto hidráulico montado com coletores de aço inoxidável e válvulas integradas”, acrescenta.