16 de setembro marca o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio.

Brasil acelera transição de gases refrigerantes em linhas com o setor HVAC-R

Em 16 de setembro, data que lembra, desde 1994, o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio instituído pela ONU, o Brasil reforça compromissos e avanços na substituição e regulação de substâncias que afetam a camada de ozônio, com impacto direto para a indústria de refrigeração e ar-condicionado (HVAC-R), setor que depende dos gases refrigerantes.

Segundo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada às Nações Unidas, a camada de ozônio atingiu em 2024 a maior espessura registrada em décadas de monitoramento. O buraco que se forma sobre a Antártida a cada primavera teve dimensões abaixo da média de 1990 a 2020, com déficit de 46,1 milhões de toneladas de ozônio.

O país já teve aprovada a terceira e última fase do Plano de Gestão para Eliminação de HCFCs (HPMP – Stage III), com recursos de US$ 36,5 milhões, para eliminar completamente o uso de HCFCs até 2030.

Essa etapa inclui ações voltadas ao setor de serviço de refrigeração e ar-condicionado, para evitar que a substituição dos HCFCs migre para gases de alto potencial de aquecimento global (High GWP HFCs).

Além disso, o Brasil promulgou o Acordo de Kigali, que obriga reduzir o consumo de HFCs com metas bem definidas: congelar o consumo em linha de base calculada entre 2020-2022, e diminuir 10% até 2029, 30% em 2035, 50% em 2040 e 80% em 2045.

Para isso, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, IBAMA, e agências como PNUD, UNIDO e GIZ desenvolvem normativas, capacitação profissional, sistemas de certificação e regulamentos para recuperação e descarte seguro dos refrigerantes.

Na Febrava 2025, em São Paulo, o tema ganhou destaque exatamente por reunir fabricantes, distribuidores, empresas do ramo de HVAC-R e profissionais técnicos, para apresentar tecnologias alternativas de fluidos refrigerantes de baixo GWP, práticas de eficiência energética e soluções de refrigeração industrial. O setor participou ativamente desses debates, unindo demandas de regulação, inovação tecnológica e requisitos de sustentabilidade ambiental.