IPT completa 126 anos com expansão de atividades e novas frentes tecnológicas
Instituto amplia atuação em saúde, transição energética, agronegócio e climatização
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) completa nesta terça-feira (25) 126 anos de fundação. Criado em 1899 como Gabinete de Resistência dos Materiais, vinculado à Escola Politécnica da USP, o instituto passou a se chamar oficialmente IPT em 1934, quando sua estrutura foi formalizada.
A instituição atua com pesquisa aplicada, prestação de serviços tecnológicos e desenvolvimento de soluções para a indústria e o setor público. Desde os anos 2000, o IPT organizou suas atividades em oito unidades de negócio voltadas a setores estratégicos da economia. Também criou núcleos especializados em saúde (Nutabes), sustentabilidade (Nuscarbon) e bioeconomia amazônica (Núcleo Amazônia).
O instituto mantém ainda ações voltadas ao setor de climatização e refrigeração (HVAC-R), com estudos sobre corrosão de componentes de sistemas de ar-condicionado, desenvolvimento de soluções para controle térmico, automação e impacto ambiental de gases refrigerantes. Essas atividades dialogam com os temas de eficiência energética, qualidade do ar e redução de emissões. Em 1997, a Escola Politécnica da USP — da qual o IPT se originou — firmou uma parceria com a Revista do Frio para a publicação de fascículos técnicos mensais, assinados pelos professores Alberto Hernandez Neto, Flávio Augusto Sanzogo Fiorelli e José R. Simões Moreira.
Entre os avanços recentes, está prevista para as próximas semanas a inauguração do novo prédio do Nutabes, que reunirá em um único espaço as atividades do núcleo voltado à saúde e bem-estar. O centro conta com recursos do Governo do Estado de São Paulo, da FINEP e, mais recentemente, com aporte de R$ 60 milhões do Ministério da Saúde para pesquisas em xenotransplantes, desenvolvidas em parceria com unidades da Universidade de São Paulo.
Outras instalações em fase final incluem plantas voltadas à biotecnologia e ao agronegócio, no município de Piracicaba, e à transição energética por meio de hidrogênio, no campus do IPT na capital paulista. Em São José dos Campos, o Laboratório de Estruturas Leves, instalado em parceria com a Embraer, realiza pesquisas em materiais compósitos, metálicos e poliméricos, com foco em manufatura e validação.
O programa IPT Open tem ampliado a articulação com empresas privadas, como WEG, Vale, Google e Tupy, que instalaram centros de inovação no campus do instituto.
O papel do IPT no cenário tecnológico foi citado no relatório Global Startup Ecosystem Report 2025, que posicionou São Paulo como o 37º ecossistema de inovação do mundo. O estudo destacou o instituto como entidade de classe mundial, com presença relevante na interface entre ciência e indústria.
Segundo dados da instituição, mais de três mil empresas e órgãos públicos foram atendidos em 2024 com serviços tecnológicos e projetos de pesquisa. O IPT permanece vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo.