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Chemours inaugura maior fábrica de R-1234yf do mundo

A indústria química mundial tem investido pesadamente nas hidrofluorolefinas (HFOs). Aspectos como baixo impacto climático fazem dessa quarta geração de fluidos refrigerantes halogenados uma solução que atende aos requisitos regulatórios atuais e de longo prazo do mercado de refrigeração e ar condicionado.

Em fevereiro, a Chemours inaugurou a maior planta de produção de R-1234yf do mundo, na cidade de Ingleside, no Texas. A instalação permitirá à empresa norte-americana triplicar a capacidade de produção de fluidos refrigerantes da sua linha de HFOs, chamada comercialmente de Opteon.

Com a inauguração do empreendimento, a Chemours concluiu um projeto de US$ 300 milhões iniciado em 2016. Desenvolvido para sistemas de ar condicionado automotivo, o R-1234yf tem um potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) 99,9% menor que o do hidrofluorcarbono (HFC) R-134a, refrigerante que ele substitui.

Segundo o comunicado distribuído à imprensa, a nova unidade usa um processo inovador e patenteado para fabricar essa HFO para o segmento de ar condicionado automotivo e as misturas da linha Opteon utilizadas em diversas aplicações, como chillers e sistemas de refrigeração comercial.

Empresas do HVAC-R manifestam otimismo para os próximos anos

Reconhecimento ao trabalho feito e desejo de alcançar novos desafios marcaram a cerimônia de posse da diretoria da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav). A solenidade foi realizada na noite de ontem (9), no Artezano Executive Grill, na zona norte de Porto Alegre (RS). O evento contou com a presença de empresários, profissionais e entidades parceiras.

“Sempre sofri muito com o calor e mesmo quando as pesquisas de opinião diziam que não havia espaço para o ar-condicionado, eu ousei. Hoje quando vejo a proliferação de instalação dos produtos em todas as camadas sociais, fico envaidecido porque tudo começou naquela época dos anos 50 e mais tarde na década de 70 para os veículos. Modéstia à parte, me orgulho de ter contribuído com isso”, afirmou Paulo Vellinho, um personagem importante no setor e homenageado da noite.

O presidente reeleito da Asbrav, Eduardo Hugo Müller, destacou avanços importantes conquistados para o setor e projeta um período de muito trabalho pela frente.

“O mercado continua competitivo e cheio de inovações que obriga as empresas a buscarem qualificação, e é nesse cenário que se destaca a importância da Asbrav no setor. 2018 foi muito importante para o setor, particularmente para o Rio Grande do Sul, pois depois de muitos anos conseguimos oficializar o Sindratar-RS. Agora nosso setor tem um sindicato específico, que tenho certeza absoluta que irá cada vez mais fortalecer o segmento. Para os próximos 2 anos desejo que tenhamos o mesmo sucesso e a dedicação dos nossos diretores, funcionários e associados, para que possamos ser ainda melhores”, discursou.

O presidente da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Arnaldo Basile Jr, manifestou otimismo com a retomada do crescimento econômico no país e com o crescimento do segmento.

“Todos os segmentos do nosso setor tiveram incremento de vendas de 2017 para 2018. Nossa perspectiva para os próximos anos é ainda mais positiva. Trabalhamos com previsões concretas fomentadas no empreendedorismo de nosso setor”, disse.

O presidente do Sindratar-SP, Carlos Trombini, enalteceu a calorosa recepção que sempre teve e prestou o reconhecimento ao trabalho feito pela entidade na região sul do país.

O presidente do Comitê, Maurício Lopes de Faria, também parabenizou a diretoria da Abrav, declarando que a entidade, “assim como as demais associações do setor, têm um papel fundamental para o desenvolvimento das ações, em prol da sociedade e do segmento, no ano de 2019. Contamos com o apoio de todos, para obter o sucesso nessa empreitada”.

Paulo Vellinho: o realizador de um sonho chamado Springer

Posse da nova diretoria da Asbrav contou com uma sessão de autógrafos do livro Paulo Vellinho: o realizador de um sonho chamado Springer | Foto: Marcelo Matusiak

Lançamento de Livro de Paulo Vellinho

A noite foi de celebração também na área cultural. O evento contou com uma sessão de autógrafos do livro Paulo Vellinho: o realizador de um sonho chamado Springer. A publicação contou com apoio da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

Aos 90 anos recentemente completados, Paulo Vellinho conta como conseguiu transformar a pequena oficina de refrigeração em uma grande empresa e como atravessou percalços, especialmente na década de 1950, e coroados com o acordo tecnológico com a Admiral, dos Estados Unidos.

A obra tem exemplares limitados. Interessados podem entrar em contato com a Asbrav através dos telefones (51) 3342-2964 ou 3342-9467 e pelo e-mail asbrav@asbrav.org.br.

Emerson reinaugura centro de treinamento no Brasil

A Emerson Climate Technologies inaugurou na última quarta-feira (28), em Sorocaba (SP), a versão 2.0 de seu centro de treinamento técnico, espaço educacional aberto há pouco mais dois anos pela empresa no País.

Ao longo desse período, a companhia, que faturou globalmente US$ 17 bilhões em seu último ano fiscal, treinou mais de mil profissionais do setor de refrigeração e ar condicionado no País.

O sucesso foi tanto que o modelo implantado no Brasil já está sendo replicado na América Latina. Há um mês, a indústria norte-americana inaugurou seu primeiro centro de aprendizagem no México.

“Também temos planos para abrir, num futuro próximo, um learning center na Argentina e outro Colômbia”, revela o presidente da Emerson Brasil e Cone Sul, Daniel Rohe.

O centro de treinamento localizado no interior de São Paulo conta com diversas tecnologias de última geração, como compressores com CO2 e equipamentos com velocidade variável.

Agora, a sala de aulas práticas também dispõe de mais dispositivos de automação e um software de realidade virtual, a maior inovação de todas.

“Essa tecnologia permite que o profissional enxergue um compressor da nossa linha industrial, que pesa mais de 500 quilos, de maneira tridimensional. Ele pode vê-lo operando e desmontá-lo utilizando as manoplas/joysticks do sistema”, descreve o executivo.

Segundo Rohe, o investimento nessa infraestrutura educacional mostra que a subsidiária brasileira vem se preparando, cada vez mais, para a internet das coisas (IoT, em inglês) e para a quarta revolução industrial, a chamada Indústria 4.0. “A gente está se posicionando nesse sentido”, informa.

Para consultar as datas e se inscrever nos treinamentos programados para 2019, os interessados devem acessar o site da Emerson na internet.

Baixa carga de amônia, uma tendência na refrigeração

Há vários anos, a indústria global de refrigeração vem passando por diversas mudanças. Em particular, o impacto ambiental de alguns fluidos refrigerantes halogenados – como a destruição da camada de ozônio e o aquecimento global – mudaram radical-mente a história do setor, em função de leis ambientais mais restritivas.

Refrigerantes naturais, como amônia (NH3), dióxido de carbono (CO2) e hidrocarbonetos (HCs), não são afetados por esses marcos legais; no entanto, a toxicidade e a inflamabilidade deles são problemas que restringem o uso desses fluidos refrigerantes em determinadas aplicações.

A amônia, particularmente, é a substância mais empregada em sistemas de refrigeração industrial, devido às suas propriedades termodinâmicas superiores e baixo custo. Ela é um fluido refrigerante comprovadamente eficaz, com mais de 150 anos de utilização.

Enfim, a amônia tem sido usada continuamente como refrigerante desde que o uso prático do ciclo de refrigeração por compressão de vapor foi desenvolvido.

A amônia é, de forma geral, considerada benigna para o meio ambiente. Por isso, a Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae) incentiva seu uso em equipamentos de refrigeração industrial e comercial, conservação de alimentos, sistemas indiretos, bombas de calor e outras aplicações.

De acordo com a classificação Ashrae, norma que indica o nível de toxicidade e inflamabilidade dos fluidos, a amônia é classe B2, ou seja, tóxico (B), e com baixo grau de inflamabilidade (2L).

Em razão disso, há uma série de restrições que vale considerar ao projetar sistemas com amônia. Geralmente, a limitação de sua carga no sistema minimiza as precauções de segurança, o que a torna mais acessível aos usuários de refrigerantes sintéticos e ajuda os usuários existentes a reduzir o estoque local.

Devido à sua baixa densidade, a eficiência dos sistemas com amônia torna-se menos atrativa a baixa temperatura, em comparação com um sistema em cascata utilizando amônia e CO2, por exemplo.

Um projeto desse tipo é uma maneira única de combinar os benefícios de dois refrigerantes naturais. Normalmente, a carga de amônia pode ser reduzida a aproximadamente um décimo da requerida por um sistema tradicional com amônia, o que minimiza os requisitos de segurança.

Um sistema em cascata de amônia/CO2 tem uma eficiência melhor em baixas temperaturas, em comparação com as instalações tradicionais de amônia.

Um sistema com salmoura é outra maneira de reduzir a carga de amônia, mas em comparação com o sistema em cascata de amônia/CO2, esse método tem uma eficiência menos atrativa.

 

Tecnologia emergente

Instalação de Amônia nas dependências do SENAI

As soluções modernas de refrigeração com baixa carga de amônia estão experi-mentando uma onda de interesse em diversos segmentos do mercado de refrigeração.

Tecnicamente, a “baixa carga” refere-se à proporção de carga por unidade de capacidade de refrigeração, com sistemas que não ultrapassam 1,3 kg/kW. Alguns deles chegam a ter carga de 0,06 kg/kW.

No passado, a amônia era usada exclusivamente em instalações de grande porte. Novas exigências ambientais, contudo, também favoreceram sua aplicação em grandes sistemas comerciais tradicionais.

Pequenos sistemas de expansão direta (DX) de amônia ainda não são ampla-mente utilizados, principalmente devido à falta de componentes adequados. Por sinal, esse ainda é um dos desafios do setor.

Requisitos de segurança e ambientais são definitivamente uma obrigação para sistemas de refrigeração industrial. Os fabricantes simplesmente precisam seguir essas exigências e garantir sua confor-midade.

Particularmente, os requisitos de segurança podem ser divididos em dois grupos: para produtos e para a operação de sistemas de refrigeração.

Para os fabricantes de componentes e sistemas, os requisitos referentes a vaza-mentos são uma questão essencial para estar em conformidade com as exigências ambientais. Aliás, essa é uma forte tendência global.

Isso significa que os componentes e sistemas precisam ser hermeticamente selados e todos os potenciais riscos de vazamento eliminados ou minimizados.

Juntas flangeadas, parafusadas e similares têm um potencial de vazamento maior do que o de juntas permanentes e, portanto, é óbvio que elas devem ser eliminadas, quando possível.

A tendência global nas áreas de segurança e meio ambiente é apoiada pelas normas internacionais para sistemas de refrigeração, como a ISO 5149 e a ISO 14903, que se baseiam em duas normas europeias, a EN 378 e a EN 16084.

“Devido à sua toxicidade, a amônia erroniamente é vista como  perigosa. Assim, diversas oportunidades de emprego desse refrigerante são descartadas por desconhecimento de consultores, usuários e fabricantes”, avalia a gerente de produto de refrigeração industrial da Johnson Controls, Celina Bacellar.

“Tomando os devidos cuidados com a segurança no projeto, na instalação, na operação e na manutenção dos sistemas, a amônia é a solução ideal para quase todos os sistemas de refrigeração industrial”, acrescenta.

Segundo a gestora, programas de gestão de riscos com treinamentos e procedimentos de operação e manutenção, juntamente com um projeto cuidadosamente executado, são fundamentais à segurança de qualquer instalação industrial.

“O aumento dos requisitos de segurança (regulamentação) em plantas de refrigeração com amônia vem colocando enorme pressão sobre os proprietários, devido ao aumento do custo da conformidade (compliance)”, diz.

Em todo o mundo, prossegue, proprietários de instalações frigoríficas estão à procura de soluções de refrigeração com baixa carga de amônia. “E nós, fabricantes, estamos buscando desenvolver soluções cada vez mais sustentáveis com carga mínima de refrigerante – seja ele qual for. Tudo em busca de sistemas mais econômicos, ecológicos, eficientes e seguros”, ressalta.

“O incentivo ao emprego de fluidos naturais, como a amônia e o CO2, é a solução para a eliminação desses gargalos. Assim como a amônia, o CO2 é vítima do desconhecimento e receio de usuários e projetistas por sua alta pressão de trabalho”, afirma.

Ao contrário dos hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e hidrofluorcarbonos (HFCs), a amônia é uma solução tecnológica de longo prazo e prontamente disponível.

A perspectiva de preços da amônia também é estável, pois seu custo está firmemente vinculado à indústria agrícola – seu principal consumidor para fertilizantes –, enquanto a transição para sistemas com baixa carga de amônia pode ser concluída com o mínimo de interrupção e custo.

Os avanços na tecnologia de evaporadores já reduziram as cargas de refrigerante em mais de 30%. Ao fazer a troca para soluções compactas, refrigeradas a ar, localizadas próximas ao ponto de resfriamento, até mesmo reduções de carga adicionais podem ser alcançadas.

Segundo especialistas da área, as mais recentes tecnologias voltadas à aplicações com baixa carga de amônia estão quebrando as metas de eficiência energética mais rígidas recentemente estabelecidas pela legislação europeia.

Esses avanços não apenas promovem um ambiente de refrigeração industrial mais ambientalmente consciente, como também melhoram a segurança no local, aumentam a produtividade e reduzem os custos operacionais.

 

Em franco crescimento, Brasweld tem planos ambiciosos para 2019

Ao completar 16 anos de atividades em 2018, a araraquarense Brasweld, especializada em soldas, prepara duas novidades para 2019 – o lançamento de um antichamas em gel, de fabricação própria, e a expansão de suas instalações físicas.

Em fase final de testes, o produto foi desenvolvido para ser injetado em tubos de cobre para proteger o material das altas temperaturas geradas nos processos de soldas. Com a garantia de qualidade superior, o antichamas nacional – quadragésimo item do portfólio da empresa – competirá com um similar importado dos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, os bons resultados obtidos pela companhia nos últimos anos já prepararam o terreno para a expansão da atual planta fabril, de 735 metros quadrados –, ou a partir da ampliação desse espaço onde está desde 2011, ou com a mudança para uma área maior.

Fundada oficialmente em 2002 pelo técnico metalúrgico espanhol Alfonso Bautista Romero, à época com 58 anos de idade e hoje com 74, a Brasweld deu os primeiros passos ainda em 2001, com apenas R$ 150,00 no banco e matéria-prima comprada com o 13º salário de sua aposentadoria, provando que empreendedorismo não tem idade e serve de inspiração para todos.

No início, o empresário trabalhava no quintal da casa da mãe, onde começou a fabricar alguns itens. Mesmo próximo de entrar na terceira idade, mostrou fibra e, munido de uma maleta, visitava loja por loja na famosa Alameda Glete, área central de São Paulo, considerada o maior polo do varejo refrigerista no país.

“Chegava em casa, tirava os pedidos, fazia as faturas, fabricava o item, pegava meu carro e entregava. Começamos com dois produtos, o Aron 200, um fluxo para soldar com prata, antes chamado de Epofluxo, cujo nome foi alterado porque começaram a aparecer no mercado muitos produtos com Epo no nome. Também fabricávamos o Trincal, voltada para soldar com latão”, comenta.

O fluxo de solda era usado não só para a área de refrigeração, mas na indústria de modo geral. A experiência do dia a dia, de trabalhar também diretamente com os profissionais, levou a empresa a lançar embalagens menores – de um quilo, de 500 e de 250 gramas. Ao trabalhar com a área de refrigeração, a Brasweld passou a comercializar embalagens de 100 e de 50 gramas, algo que ninguém fazia.

“Há mecânicos que não gostam de comprar muito porque, às vezes, esquecem de fechar a tampinha, o pote fica aberto e seca. Então, 50 gramas de fluxo são suficientes para ele usar durante um mês, um mês e meio. Não estraga, é muito mais barato e proporciona mais rotatividade para a loja. Este foi o nosso começo”, lembra o empresário.

Na sequência, a Brasweld apostou na fabricação da válvula schrader, desenvolvida para sistemas de refrigeração, mas não conseguiu competir com os preços das importadas da China, mesmo tendo um produto de melhor qualidade. “No Brasil, o pessoal dá preferência pelo preço. Não deu para acompanhar”, lamenta.

Mas este revés só serviu para incentivar o empresário, que mais adiante começou a fabricar fluxo para soldar em alumínio com estanho, visto que esses dois materiais não se juntam. O sucesso dessa solução foi imediato, com vendas para lojas de eletroeletrônicos e indústrias de fabricação de lâmpadas e de transformadores.

O fundador da Brasweld, Alfonso Bautista Romero, e o gerente geral da indústria brasileira de soldas, Edgar Souza, em frente à fábrica localizada em Araraquara | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

O empresário Alfonso Bautista Romero e o gerente geral da indústria brasileira de soldas, Edgar Souza, em frente à fábrica localizada em Araraquara | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Para este último equipamento, a empresa conseguiu patentear um fluxo de solda ideal para ligar tanto cobre com alumínio quanto alumínio com alumínio, visto que atualmente os transformadores são feitos com alumínio. Enquanto o produto importado dos Estados Unidos custa R$ 1.200 o quilo, o da Brasweld chega ao mercado por R$ 450.

O sucesso da empresa também se deve ao fato de Alfonso ter trabalhado, anteriormente, em grandes empresas, como a multinacional Eutectic Castolin, que o ajudou a conhecer todos os processos de fabricação da solda, utilização de prata, foscoper e todas as ligas de solda, desde a fundição até a embalagem.

É também a partir desta ampla visão que a Brasweld está desenvolvendo uma solda com ligas especiais que não existe no mercado, para substituir o foscoper – liga de cobre e fósforo, que pode conter pequenas quantidades estanho. “Trata-se de uma vareta que não vai usar fluxo, como o foscoper, e terá muito mais resistência, devendo estar disponível em meados de 2019”, descreve.

Outra novidade trazida pela empresa foi a inclusão de um QR Code na embalagem de todos os produtos, que direcionará os instaladores para vídeos explicativos com instruções de uso, visto que nem sempre as instruções escritas são entendidas por todos.

A utilização de tecnologias como esta só está sendo possível graças a um contínuo investimento de aproximadamente 5% do faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento.

Para atingir este patamar e chegar ao que é hoje, foi fundamental à Brasweld a entrada, em 2006, na Incubadora de Empresas, em Araraquara, projeto que conta com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

“Os planos para 2019 também incluem a montagem de um departamento de vendas para atender à indústria, especialmente as da área automobilística, com a entrega de fluxo para soldar”, enfatiza Alfonso.

Especialistas destacam ações para eficiência energética no Brasil

O Brasil tem um grande potencial de melhoria em eficiência energética se investir na digitalização, unificando e compartilhando dados de desempenho de fabricantes e grandes usuários para poder aprimorar as tecnologias e suas aplicações. Essa é uma das conclusões do Simpósio Ideias para Reinventar o Amanhã, promovido pela Danfoss na última quinta-feira (8), em São Paulo.

Com abertura de Julio Molinari, presidente da Danfoss na América Latina, o simpósio contou no primeiro bloco da programação com representantes do Ministério de Minas e Energia, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Eletrobras e da Abesco, que discorreram sobre o atual cenário, desafios e o que pode ser feito para aprimorar a eficiência energética em diversos setores.

Samira Sousa, coordenadora geral de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia, iniciou as palestras falando das grandes perdas em energia e do potencial de melhoria, especialmente na indústria. Reforçou que o incentivo para pesquisas em tecnologia é primordial: “Sem inovação não se criam novas soluções nem se gera mais eficiência”.

Na sequência, Thiago Barral, diretor de estudos econômico-energéticos e ambientais da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), focou no uso do ar condicionado residencial no Brasil. Segundo o especialista, o uso de ar condicionado em residências triplicou nos últimos 12 anos.

A EPE projeta que a demanda por eletricidade devido ao uso de ar condicionado continue crescendo nos próximos anos. Para Barral, é necessário implementar índices mínimos mais ambiciosos para os equipamentos de ar condicionado operarem mais eficientemente quanto ao consumo de energia. Além disso, devem ser avaliados os resultados e os impactos dos índices mínimos para aprimorar mais ainda a eficiência energética.

Em seguida, Marcel da Costa Siqueira, gerente do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica do Procel, abordou a atuação do Procel e as políticas públicas de Eficiência Energética (EE) no Brasil. Para Siqueira, é primordial incluir a EE como requisito para acessar novas fontes de recursos ou as existentes.

Por fim, Marcelo Sigoli, diretor técnico da Abesco, contextualizou o cenário de eficiência energética. Segundo a Abesco, o setor industrial é o maior consumidor de energia do país e estudos apontam um potencial de redução de 25%. Sigoli defende que é necessário transformar o mercado de Eficiência Energética (EE) para ser efetivamente sustentável. Para tanto, indica algumas ações como a reformulação do Plano Nacional de Eficiência Energética e a adoção compulsória de níveis mínimos de EE para equipamentos e edificações.

O segundo bloco do Simpósio contou também com a participação dos especialistas Roberto Lamberts, professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Fausto Padrão Jr, gerente de engenharia da Coca-Cola Andina; e Eduardo Moreno, presidente da Vitalux, para um debate sobre o futuro da eficiência energética no Brasil.

Lamberts cravou que os hábitos pessoais são muito importantes. “Quando pensamos em reinventar o amanhã, precisamos melhorar, mudar e otimizar os nossos recursos. Precisamos de edificações mais eficientes, de ar condicionado mais eficiente e de usuários com hábitos mais eficientes, pois não é só com tecnologia que vamos resolver o problema, hábitos pessoais são muito importantes.”

Fausto Padrão Jr. destacou a necessidade de o país desenvolver uma infraestrutura de monitoramento digital para engajar o compartilhamento de dados, ou seja, a digitalização e geração de dados para análises e pesquisas futuras que vão orientar os investimentos e toda a sequência de evolução da indústria e da eficiência energética. “A indústria de forma geral não tem dados suficientes para poder decidir, isso é um problema de cultura. Precisamos saber o que está acontecendo para melhorar a performance.”

Eduardo Moreno focou no mercado de saneamento, no qual o segundo maior insumo é a energia – o setor fatura R$ 50 bilhões e gasta mais R$ 6 bilhões com energia. Com parques muito antigos e tecnologias defasadas, o setor tem focado em ações em prol da eficiência energética e da redução de perdas. “Tem muita ação pra ser feita no saneamento, diferente do que falamos em edificação e em ar condicionado que já têm uma evolução – tem mais o que evoluir – mas estão num determinado patamar com padrões comparativos com outros países.”

“A eficiência energética é um fator chave de sucesso para descarbonizar nossas economias. É fundamental um forte apoio político para garantir que o mercado atenda à velocidade e à escala necessárias”, finalizou Julio Molinari, presidente da Danfoss na América Latina.

Metalfrio lança canal e-commerce, para venda direta ao consumidor

Empresa global e uma das maiores fabricantes mundiais de equipamentos de refrigeração comercial tipo plug-in, líder no mercado latino-americano, a Metalfrio Solutions avança em seu processo de transformação digital com a criação de um site exclusivo para compras. O e-commerce da Metalfrio é voltado ao público B2C (consumidor final), com uso para comerciantes, padarias, bares etc. É a primeira do segmento a abrir um canal direto com o B2C.

”Estamos lançando uma plataforma complementar a todos os nossos parceiros de negócio, onde os consumidores irão encontrar facilmente todo o portfólio da Metalfrio, ampliando nossa comunicação e interação com eles, além de oferecer a opção de compra direta”, explica Ricardo Schaer, diretor comercial da empresa.

A plataforma oferece muitas facilidades, entre elas, informações técnicas dos produtos, chat online para dúvidas, versão mobile e pagamento através de todas as bandeiras de cartões. Inicialmente, estará acessível apenas a clientes no Brasil, mas com projeção de atendimento a outros países da América Latina. O novo E-commerce soma-se a outros sites de vendas, que oferecem produtos da marca.

A Metalfrio tem um dos maiores portfólios de equipamentos de refrigeração comercial do mundo, que apresenta centenas de modelos nas linhas de bebidas (soft drinks, cervejeiras comerciais e Beer Maxx), sorvetes (NextGen, lançada recentemente), tripla ação e Chest Freezer. Hoje a Metalfrio está presente em 90,5% dos estabelecimentos comerciais no País.

“A Metalfrio tem uma história de quase 60 anos de pioneirismo e inovação, com o desenvolvimento de expertise e tecnologia para buscar sempre as melhores soluções para cada o cliente, oferecendo mais praticidade, maior economia de energia, e contribuindo para a preservação do meio ambiente, sempre com custo-benefício altamente competitivo. O nosso site de vendas reforça esse perfil de pioneirismo ao incluir o B2B entre o público-alvo, um fato inédito em nosso segmento. Além de aprimorar o atendimento aos clientes, com mais agilidade e segurança, o site nos permitirá conhecer profundamente o consumidor atual e desenvolver novos prospects”, diz Fábio Figueiredo, Country Manager.

Full Gauge confirma presença em 10 feiras no Brasil e exterior em 2019

A Full Gauge Controls, fabricante gaúcha de instrumentos para o setor de refrigeração, climatização e aquecimento, atende atualmente a clientes em mais de 63 países. Para isso, a marca faz questão de estar presente como expositora nas mais importantes feiras do segmento ao redor do mundo.

A indústria finalizou seu calendário anual de eventos com a participação na Chillventa, evento realizado na cidade de Nürnberg, na Alemanha. “O encontro é referência no segmento e foi uma ótima oportunidade para fecharmos importantes negócios com multinacionais do setor”, afirma Rodnei Peres, gerente de exportação da Full Gauge Controls.

A empresa, que direciona mais de 50% da sua produção para atender à demanda do mercado externo, já garantiu sua presença em dez feiras e exposições, nacionais e internacionais, para o ano que vem. E a tendência é ampliar esse número ainda durante os próximos meses, revela a companhia.

Agora é oficial: 26 de junho, Dia Mundial da Refrigeração

Associações empresariais e profissionais de todo o mundo finalmente chegaram a um acordo sobre uma data oficial para celebrar o Dia Mundial da Refrigeração.

A partir do ano que vem, a comemoração global ocorrerá anualmente em 26 de junho, e toda a indústria será incentivada a participar do evento para promover o setor. 

Segundo seus idealizadores, o Dia Mundial da Refrigeração está sendo lançado para aumentar a conscientização da comunidade internacional sobre o papel do HVAC-R no apoio à vida moderna e à sociedade.

Entidades sediadas nos EUA, Índia, Paquistão, Filipinas, Tailândia, Austrália, África, Oriente Médio e em toda a Europa já deram apoio formal à data.

De acordo com o consultor Steve Gill, presidente do Instituto de Refrigeração (IoR, em inglês), o termo “refrigeração”, usado para marcar a efeméride, está sendo empregado em seu sentido mais amplo.

“A refrigeração é usada para preservar alimentos, assim como para fornecer conforto térmico aos seres humanos por meio do ar-condicionado. Da mesma forma, as bombas de calor também retiram calor de uma fonte e o transferem para outro local”, explica Gill.

Ele diz ainda que a refrigeração tem uma história tão longa e fascinante, cheia de inventores, pioneiros da engenharia, cientistas e empresários em todo o mundo – todos os quais merecem ser reconhecidos e lembrados por sua valiosa contribuição à humanidade.

“As tecnologias e aplicações de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor surgiram a partir da necessidade humana por alimentos, conforto e processos térmicos. Essa é uma história que remonta a séculos, porém, para aqueles que trabalham nessa indústria, ainda é uma frustração de longa data não receber o devido reconhecimento”, argumenta.

“A vida moderna não poderia existir sem refrigeração. Também é necessário que haja uma maior apreciação por parte da comunidade em geral em relação às habilidades e conhecimentos empregados diariamente pelos profissionais da indústria para manter essas tecnologias”, acrescenta.

Apesar de uma história tão longa e rica, prossegue Gill, concordar com uma data comemorativa provou ser desafiador até mesmo em nível nacional no Reino Unido, quanto mais em nível internacional.

“No entanto, a indústria está unida em seu desejo de mostrar suas realizações para o público em geral. Assim, conseguimos construir um consenso em torno de muitos objetivos comuns e, finalmente, chegamos a um acordo sobre uma data”, comemora.

 

Grande campanha global

A CEO do IoR, Miriam Rodway, também destaca que a refrigeração contribui para muitos aspectos da vida moderna, desde a medicina até o fornecimento de alimentos, agricultura, engenharia de processos e TI, embora ainda seja uma indústria amplamente desconhecida do grande público.

“Reunir a comunidade de refrigeração mundial para celebrar nosso sucesso e nossas conquistas faz parte do papel do IoR de promover o avanço do setor. Esperamos trabalhar mais de perto com todos que apoiam essa grande campanha”, informa.

“Estabelecer o Dia Mundial da Refrigeração tem sido a cruzada pessoal de Steve Gill por mais de uma década. Embora ele seja o primeiro a admitir que a ideia de um dia especial para essa indústria possa não ser nova, a formação de um consenso entre organizações e pessoas de todo o mundo em torno de uma data fixada anualmente certamente é”, reforça.

Segundo o IoR, o site do Dia Mundial da Refrigeração deve ser lançado este mês.

Cade aprova venda da Embraco para Nidec

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a venda de 100% das ações da Empresa Brasileira de Compressores (Embraco), de Joinville, controlada da americana Whirlpool Corporation, para a japonesa Nidec. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em outubro. Esta era uma etapa necessária para a concretização da compra e venda da companhia fabricante de compressores herméticos para refrigeração, detentora de tecnologia de ponta no setor.

A venda da empresa por US$ 1,08 bilhão foi anunciada em 24 de abril deste ano. Com matriz em SC e filiais na China, México e Eslováquia, a Embraco tem 11 mil empregados. O principal motivo da venda é a concorrência acirrada no mercado mundial do segmento. 

 

 

Fonte: NSC Total