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Confirmada realização do Congresso Mercofrio 2022

O evento, organizado pela ASBRAV – Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e Ventilação – será realizado de 13 a 15 de setembro no Barra Shopping Sul, em Porto Alegre (RS).

Considerado um dos mais importantes encontros de empresas e profissionais do setor no Brasil, reúne a cada dois anos as maiores autoridades da área para debater temas técnicos, econômicos, políticos e tecnológicos. A realização do Mercofrio em 2020, foi adiada sendo promovida de forma virtual em 2021, por conta da pandemia. As atrações e programação serão divulgadas em breve.

A realização é da ASBRAV – Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e Ventilação. Empresas que tiverem interesse em patrocinar podem se inscrever como parceiras do evento.

Gree Brasil promove live de lançamento de produto no dia 18 de janeiro

No dia 18 de janeiro, às 19h (horário de Brasília), a Gree Brasil irá lançar em live o G-Diamond.

A live, que será transmitida no canal do Youtube e no Facebook da Gree, será mediada pelos colaboradores Walter Gomes e Bairon de Souza e Ludimila Queiroz (@ludimilaqueiroz) e conta com a participação dos convidados Sihame Cruz (@sihamecruz), Decoradora, Designer de Ambientes e Colunista do Jornal A Crítica.

“Através desse especial evento online vamos reunir diversos públicos, como consumidores e refrigeristas, para apresentar de forma exclusiva todas as funcionalidades, benefícios e explicações técnicas do G-Diamond, que além de alta eficiência e tecnologia também apresenta um design exclusivo e sofisticado, um grande diferencial no mercado”, ressalta Alex Chen, Diretor Comercial da Gree Brasil.

Klea 456A, o novo refrigerante automotivo da Koura

O fabricante de refrigerantes Koura está introduzindo no mercado europeu o Klea 456A, uma mistura atóxica e não inflamável (A1) à base de hidrofluorolefina (HFO) desenvolvida para substituir o hidrofluorcarbono (HFC) R-134a em sistemas de ar condicionado automotivo existentes.

Segundo a indústria mexicana, um dos grandes diferenciais competitivos do produto é seu potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) de 626, uma redução de 46% em relação ao R-134a.

O novo fluorquímico também apresenta desempenho semelhante ao do R-134a, conforme destaca a empresa.

“O refrigerante Klea 456A representa um avanço no segmento de reposição automotiva e estamos muito satisfeitos por trabalhar com a Koura para ajudar a trazer esse produto ao nosso mercado”, declarou Stefano Menghel, gerente de produto da Texa, fabricante italiano de estações de recarga gás.

Incompatibilidade que gera danos

A correta combinação de usos entre óleos lubrificantes para compressores e fluidos refrigerantes é fator essencial para evitar o surgimento de problemas graves em equipamentos utilizados na cadeia do frio, com potencial inclusive de inutilizar desde um simples componente até a máquina toda.

A incompatibilidade de substâncias pode provocar formação de ácidos, corrosões, lubrificação insuficiente, carbonização do óleo e danos – até irreversíveis – ao compressor.

Embora os fabricantes disponham de manuais de instruções que proporcionam conhecimento sobre o tema, não é raro haver equívocos na hora da execução de um serviço. Esse tipo de erro não deveria existir, mas acontece.

Basicamente, o papel do óleo lubrificante é atenuar o atrito entre as partes móveis e fixas dos compressores, impedindo o desgaste prematuro das peças e o aquecimento excessivo do sistema. A lubrificação continuará dando conta da tarefa desde que uma simples equação seja obedecida – garantir as faixas ideais de temperatura de operação, de pressão e de ausência de contaminantes.

Estão disponíveis no mercado o óleo mineral (MO), alquilbenzeno (AB), polioléster (POE) e polialquilenoglicol (PAG) e cada qual para um tipo de aplicação e com suas características essenciais – viscosidade, miscibilidade, resíduo de carbono, floculação e umidade.

Para começar, a viscosidade sofre influência da temperatura. Se estiver elevada, a viscosidade diminui. Quando submetido a altas temperaturas, o óleo não pode afinar demais sem constituir uma camada protetora. E a baixas temperaturas, não deve ficar pastoso.

Lubrificantes atenuam atritos entre as partes fixas e móveis dos compressores, impedindo o desgaste prematuro de peças e o aquecimento excessivo do sistema

Capacidade de uma mistura de formar uma única fase em certos intervalos de temperatura, pressão e composição, a miscibilidade correta permite ao lubrificante fluir pelo sistema junto ao gás, garantindo o bom retorno ao compressor. A miscibilidade tem relação direta com a viscosidade do lubrificante, que diminui à medida que aumenta a solubilidade com o gás refrigerante. O aparecimento de resíduos de carbono é outro problema complexo enfrentado no setor, afinal os óleos podem sofrer decomposição pelo calor. O controle das temperaturas normais de trabalho do compressor é essencial para evitar a carbonização do óleo. Se o pior ocorrer, os resíduos de carbono favorecerão o desenvolvimento de borra, sedimento que pode provocar obstrução no sistema, gerando lubrificação insuficiente.

Quando o lubrificante é submetido a baixas temperaturas, ele sofre um processo chamado floculação, pelo qual a cera contida no produto tende a precipitar-se. Os flocos de cera gerados podem depositar-se no elemento de controle de fluxo, interrompendo a passagem do refrigerante, ou assentar-se no evaporador, diminuindo a transferência de calor. Uma dica importante: em temperaturas encontradas normalmente em sistemas de refrigeração, o lubrificante não deve sofrer floculação.

Por fim, a umidade presente no óleo é outro fator de atenção. Seu teor deve ser inferior ou igual ao especificado pelo fabricante. Se a umidade for maior, haverá formação de sedimentos e ácidos ou o processo de congelamento no interior do sistema.

“O lubrificante e o refrigerante precisam ter certa compatibilidade. O ideal é termos uma combinação entre eles muito solúvel e razoavelmente miscível”, pondera o engenheiro químico Wagner Carvalho, especialista em polímeros e tensoativos na Montreal, indústria paulista que desenvolve, produz e comercializa lubrificantes no segmento de refrigeração. Segundo ele, quando o lubrificante está em estado líquido e o refrigerante em estado gasoso, por exemplo, este segundo elemento tem que ser, preferencialmente, 100% solúvel no lubrificante. Da mesma forma, o refrigerante, em estado líquido, não deve ser 100% miscível no lubrificante também em estado líquido. “Ao contrário, haverá uma diluição grande dentro do compressor, diminuindo muito a viscosidade do lubrificante e gerando queda de performance”, explica. Com passagens por Castrol Plus, Tutela (Petronas) e Quaker Chemical, Carvalho enfatiza que se o refrigerante for totalmente solúvel ou miscível, poderá haver quebra do compressor. “Se for muito pouco miscível, também não será bom, porque o óleo vai sair do compressor e ficar armazenado no evaporador. E como não vai retornar para o compressor, poderá haver dano”, afirma.

“Em relação à umidade, quanto menos tempo o óleo ficar exposto, menos ele vai absorvê-la. Se houver umidade, pode-se gerar corrosão no sistema e hidrólise do óleo, que deixará de lubrificar, podendo causar quebra do compressor. Este é o principal problema em uma troca mal feita. O ideal é evitar deixar a embalagem aberta e realizar um vácuo bem-feito no sistema”, complementa o gestor.

De acordo com Carvalho, os sistemas estão cada vez menores. “Hoje há uma tendência de se usar um lubrificante com menor viscosidade, para ganhar eficiência dos equipamentos, com um consumo menor de energia”, conclui.

 

 

SINDRATAR-SP tem nova diretoria

No dia 03 de janeiro, Pedro Constantino Evangelinos foi empossados na diretoria do Sindratar-SP – Sindicado da Indústria de Refrigeração, Aquecimento, e Tratamento de Ar do Estado de São Paulo.

Em seu discurso o novo presidente agradeceu os diretores empossados e destacou ações prioritárias da nova gestão dedicadas a reestruturação orçamentária, fomento de mercado e fortalecimento da indústria nacional do segmento e atuação estratégica com a FIESP, CIESP e SENAI.

Ressaltou a importância da aliança estratégica com a ABRAVA cuja sinergia e proximidade propiciará ganhos institucionais e economia de recursos necessária para o momento. A defesa dos interesses do segmento, promoção do desenvolvimento do conhecimento, geração de empregos e atenção às novas tecnologias também formam a base da nova diretoria.

Evangelinos também anunciou o desenvolvimento de pesquisa junto as empresas associadas para identificar necessidades e oportunidades das indústrias tendo por objetivo uma atuação para resultados alinhados às expectativas das indústrias do segmento HVAC-R do Estado de São Paulo.

 

Chapa eleita

Presidente Pedro Constantino Evangelinos

Vice-Presidente – Samoel Vieira de Souza

Secretário – Paulo Américo dos Reis

1º Tesoureiro – Francisco Falcão Lopes

2º Tesoureiro – Jorge Eduardo Monteiro Mello

Diretor – Augusto Dalman Boccia

Diretor – Diogo Pires Prado

Diretor – Paulo Roberto Solimeo

Diretor – Ricardo Facuri

Diretor – Wagner Marinho Barbosa

 

Conselho Fiscal

Conselheiro – Celso Cardoso Simões Alexandre

Conselheiro – Wadi Tadeu Neaime

Conselheiro – Cláudio Kazuo Misumi

Conselheiro Suplente – Oswaldo De Siqueira Bueno

Conselheiro Suplente – Carlos Alberto Cofre Venegas

Conselheiro Suplente – Duílio Terzi

Delegado Efetivo – Fernando Bueno

Delegado Efetivo – Jovelino Antonio Vanzin

Delegado Suplente – James José Angelini

Delegado Suplente – Vinicius de Abreu Evangelinos

Arkema anuncia novo presidente Brasil e Cone Sul

A Arkema anuncia Carlos De Lion como novo presidente da Arkema Brasil e Cone Sul. O executivo, que reportará ao vice-presidente executivo de RH e Comunicação, Thierry Parmentier, tem a missão de contribuir com o processo de crescimento da operação brasileira.

Carlos De Lion acumula quase 18 anos no Grupo Arkema somando duas passagens duradouras pela companhia, ambas em posições estratégicas para o negócio. O executivo está na empresa desde 2013, quando retornou como Gerente de Marketing de Coating Resins e, em 2019, tornou-se Gerente Geral da Coatex para o Brasil e América do Sul. Em sua primeira passagem, entre 2000 e 2009, atuou como gerente de produtos das unidades de negócios de Monômeros Acrílicos, PMMA, Flúor Químicos e Solventes/ Derivados de Cloreto.

“É com muita disposição que inicio esse novo capítulo no Grupo Arkema. Tenho o desafio de contribuir para os planos de crescimento da operação brasileira e Cone Sul e fazer com que a empresa seja cada vez mais estratégica e inovadora para seus clientes, que atuam em diversos setores como construção civil, indústria de plásticos, revestimentos, tintas, refrigeração, embalagens, óleo, gás, automotivo e transporte, contribuindo com o crescimento dessas áreas que representam importantes potências econômicas do mundo”, afirma De Lion.

Após 32 anos de colaboração ao Grupo Arkema, Eric Schmitt deixa a companhia.

LG encerra 4ª edição da Expedição 2021

A LG Business Solutions do Brasil encerrou na semana passada a 4ª edição da Expedição 2021, o maior evento itinerante dedicado a instaladores de ar-condicionado comercial da América Latina.

Durante os encontros, presenciais, os participantes puderam conhecer os novos produtos da marca, como o Cassete 1 Via, lançado durante a CasaCor, em outubro; o Teto Inverter, modelo com design moderno que se adequa a qualquer espaço, e o inédito Mini VRF, conhecido também por Multi VS, que agora possui aletas de proteção extra contra corrosão.

O evento começou em 1º de dezembro, em São Paulo, e passou por Salvador (6/12), Maceió (9/12) e São Luís (15/12). Segundo a empresa, o encontro gratuito idealizado pela LG é pioneiro no setor.

“Nesta quarta edição, demonstramos as novidades e promovemos a instalação de um modelo de ar-condicionado comercial ao vivo. Nosso objetivo com a ação foi disseminar informação a esse público tão específico e trazer as boas práticas de instalação do mercado com as empresas parceiras”, disse Anderson Bruno, gerente sênior de CAC B2B da LG do Brasil.

Leonardo Guimarães de Araújo, o “Rey do Piso-Teto”

O mercado de HVAC-R é muito promissor, com crescimento exponencial nos próximos anos, além de mais técnicos com excelente mão de obra”, afirma Leonardo Guimarães de Araújo, diretor da Alfatech Climatizações, empresa sediada no Rio de Janeiro (RJ).

Atuando como técnico em refrigeração e climatização desde 2003, ele conta como ingressou nesta área.

“A minha história na refrigeração é até engraçada, tudo começou quando eu conheci a minha namorada, hoje minha esposa Joana. O Sr. João, pai dela, não gostava muito de mim, e comecei a puxar assunto sobre refrigeração, pois ele trabalhava nessa área e daí para frente começamos a interagir mais. Me interessei pelo assunto e decidi fazer um curso de refrigeração, porém não tinha dinheiro para esse investimento. Me indicaram um curso filantrópico através do Banco da Providência, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ingressei no curso de refrigeração especializado em linha branca. Foram tempos difíceis e sofri muito para concluir e agradeço essa oportunidade que tive, em especial ao professor Josias pelos seus ensinamentos que guardo até hoje”.

Já formado, Leonardo se deparou com outro desafio: recurso financeiro para investir em ferramentas.

“Meu principal desafio foi obter recurso financeiro para investir em ferramentas de refrigeração que eram caríssimas. Me lembro da minha primeira ferramenta, um cortador de tubos que ganhei do meu pai. Trabalho no ramo de refrigeração e climatização há 18 anos, e desde o início da minha caminhada no setor eu nunca parei de estudar, eu era chato comigo mesmo, não me contentava em resolver um problema sem antes investigar exaustivamente. Ao longo do tempo, mudei para Cabo Frio (RJ), tive diversas oportunidades profissionais, me especializei e quando resolvi retornar para a capital investi na minha carreira e inaugurei a Alfatech Climatizações. Deixei de lado a linha branca e comecei a me dedicar somente na área de climatização atendendo sistemas VRF, Mult Split, Splitão, entre outros, me tornando um técnico de referência no setor, dentre muitos no Brasil, e hoje faço parte do maior projeto de disseminação de informações sobre HVAC da América Latina, o Esquadrão do Clima LG”, conta Leonardo.

Rey do Piso-Teto

Em 2017, Leonardo criou um canal no YouTube através da Alfatech Climatizações com a intenção de ajudar os profissionais da área a resolverem seus problemas em campo, com dicas e soluções práticas. Com centenas de seguidores, observando a quantidade de pessoas que acessavam seu canal, alcançando seu propósito, no começo de 2021 lançou um curso on-line denominado Rey do Piso-Teto, ampliando a sua atuação e disseminado informação através de seus vídeos. “Quando comecei no ramo HVAC-R não tive o privilégio de ter várias plataformas digitais na internet, onde hoje você pode contar com a ajuda de profissionais nas resoluções de problemas em campo. Devido à grande quantidade de acessos, investi nesta plataforma digital publicando uma quantidade enorme de vídeos das instalações que realizava. Recebia mensagens de técnicos espalhados por todo o Brasil para ajuda-los com suas dúvidas e problemas de defeitos em campo, por isso decidi desenvolver um curso dedicado a esses instaladores, denominado Rey do Piso-Teto, ajudando centenas de profissionais. Como profissional e instrutor da área, vejo uma ótima oportunidade para pessoas que querem atualizar-se e buscar crescimento profissional, mas nem tudo são flores, na verdade, quando o aluno ingressa em um curso da área, ele deve ser informado pelo instrutor quais são as dificuldades da área, por exemplo, a dificuldade em ter clientes no início, investimentos em ferramentas que são caras, e nem será ele terá garantias. Essas verdades precisam ser explicadas para o aluno para que ele não seja iludido e lá na frente desista, como já vi vários casos, porque grande parte destes profissionais só querem entrar para mercado de refrigeração e climatização devido ao grande lucro, mas repito e digo, nem tudo são flores”, ressalta o diretor da Alfatech. Além do sucesso profissional, Leonardo se considera abençoado também na sua vida pessoal. Ele diz que, com Joana, sua esposa, formou uma família linda. Fruto desse amor, hoje eles têm três filhos: João Victor, com 17 anos; Pedro Henrique, com 15 anos; e Lucas Gabriel, o caçula de 3 anos.

“Me considero muito abençoado. Tenho uma família linda, composta pela minha esposa e meus 3 filhos. A Joana é uma mulher guerreira, sempre ao meu lado desde o começo me ajudando a crescer como homem, marido, pai e profissional. Eles são o meu maior bem, assim como meus familiares, minha mãe Edineia, meu pai Celso e meu irmão Lean. Nos momentos de lazer, que são poucos, gosto de ficar com minha família, ir à igreja agradecer a Deus por tudo o que tem feito em minha vida. Também me dá um prazer enorme reunir os amigos em casa e confraternizar com eles. Já conquistei muitas coisas materiais que eu sonhava, e outras que ainda sonho em conquistar, me sinto muito realizado. Claro que sempre almejamos mais e mais, porém, só o fato chegar até aqui e poder ajudar as pessoas de alguma forma já e uma realização, eu nasci para isso, meu proposito na terra é esse, ajudar as pessoas, e em nome de Jesus tenho a certeza que ajudarei ainda mais dentro das minhas possibilidades”.

Leonardo deixa uma mensagem a todos os profissionais do setor: “Nunca pare de estudar, pois esse é o caminho que vai te levar ao sucesso profissional, seja sempre honesto e justo com seu cliente, assim ele te indicara a outras pessoas, criando um leque de contatos para o seu negócio”, finaliza.

Com Joana e seus três filhos, ele se diz realizado e abençoado

Em plena retomada, setor tem 2021 acima das expectativas

Mesmo com todas as dificuldades causadas pela pandemia, como a falta e encarecimento de matéria-prima, HVAC-R finaliza positivamente o ano, enxergando 2022 com mais cautela.

Crescimento do setor de entrega de comida durante a pandemia ajudou a impulsionar mercado de refrigeração comercial

Ainda que a pandemia de covid-19 tenha continuado a afetar fortemente, em 2021, o equilíbrio da oferta e demanda mundial de matéria-prima, componentes e suprimentos, como semicondutores, cobre, alumínio e peças derivadas de aço, a cadeia produtiva do frio nacional finaliza o ano de forma muito positiva.

A avaliação foi colhida pela Revista do Frio entre players da indústria e do varejo, para quem a aceleração da vacinação ao longo do ano e a consequente reabertura da economia foram decisivas para que o setor tornasse a operar com números mais confortáveis.

Esta percepção é chancelada pelo último Boletim Econômico da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava). Divulgado no final de novembro, o documento apresentou análises sobre a situação macroeconômica do País e do HVAC-R.

De acordo com a publicação, o segmento de ar condicionado deve encerrar 2021 com crescimento acima de 20% para produtos residenciais, e 5% para equipamentos centrais. Para 2022, espera-se um impulso extra pelo forte crescimento dos lançamentos imobiliários, projetando expansão acima de 5% para os equipamentos residenciais e 3% para os centrais.

“Voltamos a um nível de vendas superior a 2019 e crescemos fortemente neste ano em comparação a 2020”, celebra o diretor sênior para divisão de climatização da Danfoss na América Latina, Renato Silveira Majarão, citando como desafio adicional do mercado a pressão exercida nas margens devido à escalada de preços de diferentes commodities.

Ao longo do ano, a companhia continuou adotando o home office em praticamente todas as atividades de escritório, graças aos diferentes sistemas de informação que implementou, ação que proporcionou às operações obter alta performance.

“Também fortalecemos as atividades relacionadas à cadeia de suprimentos, com o objetivo de garantir as entregas em linha com as expectativas de nossos clientes. Esta iniciativa foi levada adiante porque a linha de produtos da Danfoss é fabricada em diferentes países ao redor do mundo”, acrescenta Majarão.

Internamente, a empresa criou diferentes times de trabalho e tratou o tema como algo crítico envolvendo diversos níveis da organização, processo que abriu a oportunidade para se buscar diferentes soluções.

“Como resultado, melhoramos o nível de entrega. O problema persiste e, em nosso entendimento, 2022 seguirá sendo afetado, ao menos durante o primeiro semestre. Além da escassez, toda a situação da cadeia de suprimentos impactou fortemente as margens de vários produtos, o que também tem sido tratado como um tema crítico internamente”, descreve o gestor da Danfoss.

Embora siga o calendário fiscal japonês, que é finalizado em março de cada ano, a Nidec Global Appliance, dona da marca Embraco, projeta fechar o período equivalente a 2021 com 10% de crescimento nas vendas.

“A pandemia fez as pessoas ficarem mais tempo em casa e muitas optaram por trocar seus eletrodomésticos por modelos maiores e mais modernos. Ao cozinhar mais em casa, passaram a comprar mais alimentos frescos e a consumir mais em mercados menores da vizinhança, demandando mais dos equipamentos de refrigeração do varejo de alimentos em geral”, analisa o diretor de vendas e engenharia de aplicação para refrigeração comercial e distribuidores na América Latina, Sander Maluta.

De acordo com ele, outro segmento com forte crescimento foi o de delivery de alimentos, que demandou equipamentos de refrigeração nas cozinhas dos estabelecimentos. “Da mesma forma, os resultados positivos alcançaram o segmento de aplicações médicas e científicas, para a devida conservação de vacinas, medicamentos, bancos de sangue e outros itens indispensáveis nesse período, incluindo os equipamentos de refrigeração de ultra baixa temperatura, necessários para alguns tipos de vacinas da covid-19”, complementa.

O diretor da multinacional pondera que tudo isso impactou positivamente o mercado de compressores e unidades condensadoras da marca Embraco, tanto para refrigeradores residenciais quanto para equipamentos de refrigeração comercial, incluindo o varejo de alimentos, serviços de alimentação, expositores e aplicações médicas.

Ao enfrentar a ruptura das cadeias produtivas e logísticas provocada pela pandemia, a Nidec Global Appliance adotou um projeto estratégico denominado double country source. “No caso dos nossos clientes, procuramos produzir modelos estratégicos em pelo menos dois países. O mesmo estamos fazendo com relação aos fornecedores. Quando são materiais estratégicos, incluímos dois fornecedores de países diferentes. Sempre para mitigar riscos”, pontuou Sander.

Na mesma esteira de crescimento, a Mayekawa do Brasil fecha 2021 com saldo bastante positivo. Ao acreditar na retomada, a empresa deu início à expansão de sua unidade fabril em Arujá (SP) e conseguiu dar continuidade aos projetos iniciados antes do evento pandêmico. Além disso, contratou novos profissionais, processo que deve acontecer ainda em 2022.

“Nosso trabalho é realizado dentro de um planejamento com todas as áreas e entre elas. Este delineamento é realizado antes de começar o ano, durante e, mesmo depois dele, avaliamos o período para entendermos o que deu ou não certo. Esta organização fez com que conseguíssemos atuar de forma eficaz”, afirma a coordenadora de marketing da empresa, Caroline Braga.

Voltada ao mercado em soluções de engenharia térmica, a Mecalor também colheu ótimos resultados em 2021 e projeta fechar o ano com crescimento de dois dígitos nas vendas em relação ao mesmo período de 2020, resultado acima da expectativa.

Os bons ventos abriram para a companhia oportunidades de expansão, a exemplo da aquisição da Transcalor e as parcerias com a canadense Smardt, especializada em chillers com tecnologia de compressores oil-free, e com a suíça HB-Therm, do segmento de controladores de temperatura para o mercado de injeção plástica.

O diretor comercial Marcelo Zimmaro alega que a empresa precisou absorver aumentos muito significativos de custos de matéria-prima relacionados a commodities, como aço, cobre e alumínio, e de eletroeletrônicos, a exemplo de controladores de temperatura e CLPs.

“Procuramos segurar ao máximo os repasses ao mercado, mas isso impactou no preço final dos nossos produtos. Também operamos com um alongamento de prazo de entrega de alguns fornecedores importantes, devido à falta de produtos, o que nos obrigou a ser mais eficientes no planejamento de vendas e compras”, explica.

O ano que termina também foi muito positivo para os negócios da Elgin, impulsionados pelo posicionamento de mercado da empresa e pela credibilidade conquistada em sete décadas de mercado. A multinacional reporta o expressivo crescimento de 60% em comparação a 2020.

Segundo a companhia, 2021 foi marcado por uma grande retomada proporcionada pela demanda reprimida, com muitos investimentos em infraestrutura de TI, prédios, softwares e contratação de pessoal.

Além disso, houve aumento da disponibilidade de produtos, reforço de equipe e ganho de eficiência de trabalho.

“Nossas linhas de produção estão a todo vapor e é possível confirmar isso pelas diversas contratações realizadas. Não tivemos demissões, porém fechamos a fábrica de São José dos Campos (SP) e mudamos as operações para a unidade de Mogi das Cruzes (SP), a fim de otimizar a nossa produção”, ilustra o diretor da unidade de refrigeração da Elgin, Omar Aguilar.

Uma das varejistas mais bem avaliadas do setor, a Eletrofrigor, de Niterói (RJ), ajustou sua estratégia durante 2021 e estudou ainda mais os detalhes do negócio, trabalhando muito com foco em organizar processos e analisar dados históricos, com o objetivo de fazer mais com menos, enquanto acompanhava o desenrolar dos cenários econômico e de consumo.

Além disso, a empresa está passando por uma transformação digital interna, com a automação de processos e mudança significativa em sua presença digital.

“Estamos fechando o ano muito animados, executando nosso plano estratégico. Estamos crescendo, com a expansão da loja Niterói, o fortalecimento da nossa frente comercial e o aumento da equipe. Apesar das incertezas do cenário de 2021, foi muito positivo para a nossa empresa. Crescemos muito”, enfatiza a CEO Graciele Davince Pereira, ressaltando que mesmo assim a empresa foi prejudicada pela falta de peças, principalmente derivados de aço.

Expectativas para 2022

Embora estejam muito otimistas sobre os negócios em 2022, as empresas do setor, de modo geral, ainda esperam encontrar algumas dificuldades, como apontou o Boletim Econômico da Abrava.

A Danfoss, por exemplo, acredita em um ano mais normal, com um crescimento menos intenso do que o visto em 2021. A Eletrofrigor informa que tem planos de seguir sua expansão e está em fase de definição de seu plano estratégico para o próximo ano.

Apesar de cautelosos por conta da instabilidade na economia e na cadeia logística, a Nidec Global Appliance planeja uma série de lançamentos em 2022, tanto para o mercado de refrigeração comercial, incluindo compressores e unidades condensadoras e seladas, quanto para o segmento de reposição (distribuidores).

Já a Mecalor espera um ano difícil pela frente, com crescimento bem menor do que 2021 e muitas incertezas geradas pelas eleições. “O objetivo será não perder market share no segmento industrial, e investir em uma nova unidade de negócios voltada para o mercado de ar-condicionado, aproveitando o lançamento de novos produtos para climatização de precisão”, pontua o gerente de desenvolvimento de negócios George Szegö.

Fabricante de equipamentos e sistemas para refrigeração industrial, a Mayekawa do Brasil continuará trabalhando fortemente nas áreas de alimentos, bebidas, lácteos, óleos e azeites, petroquímica, mineração, entre outros, oferecendo um line up completo de soluções eficientes e sustentáveis.

Muito otimista, a Elgin pretende crescer de 30% a 35% em 2022, focando em exportações e no desenvolvimento de novos produtos. Prevê inclusive o lançamento da nova família de unidades condensadoras de 23 hp a 66 hp, além de novos condensadores remotos. “Além disso, investiremos no desenvolvimento de linhas de produtos para a aplicação de fluídos naturais”, completa o diretor Omar Aguilar.

Tecumseh fortalece sua equipe de executivos

Jay Pittas é novo CEO da Tecumseh

A Tecumseh Products Company  anunciou hoje (16/12) que Jay Pittas foi empossado como novo CEO da empresa, também acompanham esta mudança dois executivos líderes da indústria que assumem seus novos cargos na gestão dos negócios. Os novos gestores que tomam assento na equipe incluem Doug Murdock, como Presidente das Américas, e Ricardo Maciel, como Presidente de EMEA/Ásia. Ernani Nunes continuará como Vice-Presidente Senior Global de Vendas e Engenharia.

Recentemente, Pittas vinha atuando como Presidente da Tecumseh e do Conselho de Administração desde Abril de 2020, e por esta razão já é parte integrante da equipe executiva da Tecumseh. Pittas atuou anteriormente como Presidente e CEO da Remy International, uma empresa fornecedora de partes e peças de produtos automotivos de alta tecnologia para veículos de passageiros e comerciais. Em sua posição anterior, atuou como Presidente da Wolverine Specialty Materials na qual eram fornecidos metais revestidos para os segmentos automotivo e indústria eletroeletrônica. Ele também ocupou posições de relevância na gestão de negócios internacionais em empresas como Honeywell, UOP e ARI Tecnologies.

Segundo a Multinacional, para acelerar ainda mais o crescimento dos negócios, excelência operacional e melhorar o atendimento aos clientes, Pittas nomeou três líderes experientes do setor para as posições da gestão comercial. Doug Murdock que serviu a Tecumseh como Presidente e CEO por mais de cinco anos assume agora um novo papel, como Presidente para as Américas. Ricardo Maciel, ex-CEO da SECOP, assume como Presidente para as regiões EMEA/Ásia. Ernani Nunes, ex-executivo da Embraco, continuará em sua posição como Vice-Presidente Senior Global de Vendas & Engenharia.

“Enquanto todos trabalhamos nesses tempos mais desafiadores, a Tecumseh está tomando todas as medidas possíveis para fortalecer ainda mais nossa equipe de liderança, e por sua vez, fortalecer o atendimento que prestamos aos nossos clientes. Os passos que estamos anunciando hoje confirmam este compromisso. Estamos entusiasmados por ter Doug, Ricardo e Ernani assumindo esssas posições chave de liderança e nos ajudando a impulsionar nossa transformação contínua da Tecumseh.” Afirmou Pittas.