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Tecumseh planeja investir R$ 75 milhões até 2025

Fábrica da Tecumseh em São Carlos | Foto: Divulgação

A Tecumseh do Brasil, uma das maiores fabricantes de compressores herméticos do mundo, completa 50 anos de atuação no país neste ano, com planos de investir mais de R$ 75 milhões até 2025.

Localizada em São Carlos, no interior de São Paulo, a empresa possui um moderno parque fabril com duas plantas integradas, e seus produtos estão dentro de refrigeradores, freezers, expositores comerciais, bebedouros, condicionadores de ar, no segmento automotivo, entre outros.

A Tecumseh é um enorme ativo para o estado de São Paulo e para o país, uma vez que já investiu cerca de US$ 330 milhões em suas operações no Brasil e tem capacidade de produção de 9 milhões de compressores por ano.

Os compressores e as unidades condensadoras fabricados nas instalações da Tecumseh em São Carlos não atendem apenas o mercado brasileiro de ar-condicionado e refrigeração, mas também são exportados para mais de 40 países em todo o mundo. A produção da Tecumseh é altamente integrada verticalmente, operando com duas plantas e uma unidade de P&D e testes na cidade de São Carlos.

A companhia também realiza investimentos significativos, cerca de 4% de seu faturamento anual, em P&D no Brasil, criando empregos de qualidade e gerando inovação e patentes locais de nível nacional e internacional. Nos últimos quatro anos, a Tecumseh investiu mais de R$ 40 milhões em desenvolvimento e testes de produtos, e sua equipe de P&D conta com cerca de 100 profissionais altamente qualificados, entre PhDs, mestres e engenheiros.

Este departamento tem um sucesso marcante, sendo responsável por dez das doze patentes totais geradas pela empresa. Um dos resultados destes investimentos foi o desenvolvimento do compressor inverter VR2, altamente eficiente energeticamente e pronto para atender aos padrões de eficiência do Inmetro que entrarão em vigor a partir de 31 de dezembro de 2022.

Nos próximos três anos, a Tecumseh também tem planos de investir mais R$ 75 milhões para aumentar a capacidade de produção destes produtos e desenvolver a próxima geração de compressores de alta eficiência para atender aos padrões de 2025 do Inmetro.

A empresa também tem um papel crucial na economia de toda a região. Compra produtos de aproximadamente 350 produtores locais (83% de seu total de suprimentos), apoiando indiretamente outros 10.000 empregos em toda a sua cadeia de fornecimento no Brasil. Além disso, a Tecumseh é a única fabricante de compressores rotativos de sua escala em todo o Hemisfério Ocidental.

A Tecumseh é hoje uma das maiores empregadoras da região, com 2.100 funcionários envolvidos no projeto, lançamento e fabricação de compressores e unidades condensadoras que reduzem o consumo de energia e as emissões de gases de efeito estufa.

A empresa tem sua história intimamente ligada à história da cidade de São Carlos, ocupando um lugar especial na vida de seus habitantes. É só perguntar: toda família de São Carlos pode contar uma história ou tem um ente querido que trabalha ou trabalhou na Tecumseh.

“Nosso pessoal na Tecumseh do Brasil é trabalhador por natureza e assume a cada dia a missão de sustentar suas famílias e ajudar nossa empresa a ser a melhor no que fazemos para nossos clientes. Eles vêm de diferentes origens educacionais e geográficas, mas compartilham uma verdadeira paixão pelos 50 anos de história da Tecumseh e um profundo compromisso com nosso futuro aqui no Brasil.  Liderar esta empresa significa abrir caminho para seu crescimento profissional e ajudá-los a construir suas vidas aqui mesmo nesta região. Eles são a cara e o coração do nosso negócio; temos imenso orgulho deles e mal podemos esperar para que o Brasil conheça suas histórias”, disse Ricardo Ferreira, diretor presidente da Tecumseh Brasil.

Para ajudar nas comemorações do 50º aniversário de operações bem-sucedidas no Brasil, a empresa anunciou o lançamento de uma série de vídeos com histórias em primeira pessoa contadas por funcionários reais, cujas vidas e carreiras foram impactadas positivamente pelo trabalho na moderna fábrica da empresa em São Carlos.

No primeiro vídeo são apresentadas Jucélia e Natália. Jucélia é uma operadora multifuncional, que trabalha na Tecumseh há 23 anos. Natália é sua filha, que cresceu participando de eventos na empresa com a mãe e hoje atua como analista de qualidade de produto. O vídeo pode ser encontrado aqui.

Os colaboradores da Tecumseh “são a cara e o coração do nosso negócio”, diz o presidente da empresa no Brasil, Ricardo Ferreira | Foto: Divulgação

3º dia do Circuito dos Instaladores – João Pessoa/PB

Senai Oscar Rodrigues Alves passará por reforma e ampliação em 2023

Instituição forma profissionais para o mercado de refrigeração e ar condicionado desde 1992.

Referência em formação profissional especializada nos segmentos do HVAC-R, a Escola Senai Oscar Rodrigues Alves, localizada no bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo, passará por uma grande reforma e ampliação em 2023, para adaptações necessárias, seguindo as diretrizes de edificações sustentáveis. O projeto visa também trazer modernidade ao prédio dessa unidade, que iniciou as atividades em 1948 e foi inaugurada em 25 de maio de 1949.

A obra foi alinhada com o Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP) em abril deste ano. As tratativas foram acertadas entre as lideranças do Senai-SP: Josué Gomes, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), do Sesi-SP e Senai-SP, e Ricardo Figueiredo Terra, diretor regional do Senai-SP, juntamente com Pedro Evangelinos, presidente do Conselho Consultivo da escola, presidente do Sindratar-SP e do conselho de administração da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

 Infraestrutura sustentável e moderna

Segundo o projeto, a unidade terá as fachadas internas e externas restauradas, incluindo a substituição de caixilhos (peças na quais se encaixavam as janelas de duas abas), a reforma dos banheiros e acessibilidade, ampliação da secretaria e da biblioteca. Além da ampliação da área construída, para cerca de 2.000 m², nos espaços ocupados pela quadra de esportes e vestiários, contemplando três pavimentos (térreo, 1º e 2º andar) e quadra esportiva descoberta no último pavimento.

O novo prédio da escola será baseado em princípios de edificação sustentável (verde) e inteligente. Além da instalação de painéis fotovoltaicos para geração de energia elétrica, terá sistemas de reaproveitamento de água da chuva e de monitoramento de temperatura, umidade e nível de dióxido de carbono nos ambientes climatizados e PMOC on-line.

Para os estudos, os alunos ganharão tecnologia de realidade virtual aumentada em instalação e manutenção em sistemas e equipamentos de refrigeração e climatização, a partir de tecnologias inovadoras.

 Longa relação

A escola iniciou sua relação com o mercado do frio ainda no começo da década de 1970, quando oferecia treinamentos em refrigeração residencial, embora de forma ainda tímida. Duas décadas mais tarde, em 1992, o modelo de ensino consolidou-se nesta unidade do Senai, que formalizou uma das mais bem-sucedidas parcerias estratégicas de sua história, com a Abrava e o Sindratar-SP.

Até hoje, a escola já formou cerca de 280 mil profissionais, dos quais, em torno de 70% nas áreas de refrigeração e climatização.

Atualmente, cursos relacionados ao setor também estão disponíveis em uma unidade móvel e em 17 unidades do Senai espalhadas pelo estado de São Paulo. Além da unidade do Ipiranga, a lista inclui as cidades de Araraquara, Araras, Birigui, Bauru, Botucatu, Franca, Jacareí, Marília, Ourinhos, Pindamonhangaba, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Santos, Sorocaba, Suzano e Votuporanga.

“Todos devem estar conscientes de que o investimento na capacitação profissional propicia a manutenção no mercado de trabalho, não somente competitivo, mas cada vez mais exigente quanto às melhores práticas em refrigeração e climatização”, pondera o diretor da escola, Eduardo Macedo Ferraz e Souza.

O avanço do HVAC-R no Brasil tem impulsionado muitos profissionais graduados a buscar capacitação constante, com o intuito de adquirir conhecimento e crescer no setor. Em função deste movimento do mercado, cada dia mais exigente e criterioso em relação ao perfil e às competências adquiridas por esses gestores, o Senai Oscar Rodrigues Alves passou a ofertar pós-graduação em parceria com faculdades Senai.

Hoje, a unidade oferece variados cursos nas áreas de refrigeração e climatização, em diversas modalidades de ensino, como Aprendizagem Industrial de Mecânico de Refrigeração e Climatização, Técnico de Refrigeração e Climatização, e mais de 20 cursos de formação inicial e continuada (curta duração) e pós-graduação. Os mais procurados relacionam-se à manutenção de refrigeração e climatização residencial, comercial, multi split e VRF.

A parceria entre o Senai-SP, a Abrava e o Sindratar-SP teve como objetivo atender à crescente demanda da indústria do setor, que já à época pleiteava formar profissionais que dominassem as técnicas relacionadas a projeto, a instalação, operação e manutenção de sistemas de refrigeração e climatização.

“Nessas três décadas de relacionamento com o setor de HVAC-R, houve vários avanços na área pedagógica, educacional e no campo tecnológico. Mas, sem dúvida, o grande destaque – que impactou significativamente a formação de profissionais do setor – foi a implantação do Conselho Consultivo para as áreas de refrigeração e climatização na nossa escola”, afirma o diretor.

Índice de empregabilidade dos cursos oferecidos pelo Senai evidencia pujança do setor do frio.

 Conselho Consultivo

Segundo Ferraz e Souza, o Conselho foi constituído em 1992 para manter a contínua cooperação entre o Senai-SP e os representantes de empresas do HVAC-R para a solução de problemas relativos à formação de profissionais para suprir as necessidades da cadeia produtiva do frio.

Sua atuação é focada em identificar, analisar necessidades de formação profissional e sugerir medidas para o seu equacionamento e soluções, colaborando com as ações realizadas pelo Senai-SP.

“Esse processo inclui desde propostas de alterações na reformulação dos cursos e currículos para adaptá-los às exigências do mercado de trabalho. Assim como às inovações introduzidas nos processos produtivos até a orientação acerca de leiautes de oficinas e laboratórios”, complementa o diretor.

Composto por 70 empresas e entidades (cerca de 125 profissionais), o Conselho também atua para auxiliar na divulgação, às empresas, das atividades de formação profissional realizadas pelo Senai-SP, estimulando seus trabalhadores a se inscreverem nos cursos. Além disso, conta com a participação no planejamento e realização das Semanas Tecnológicas, que são feitas anualmente pelo Senai-SP e a Abrava, reúnem empresas do setor para palestras técnicas, exposição de equipamentos e fomento de conhecimentos das áreas afins, voltadas para público externo e alunos.

“O Conselho Consultivo para as áreas de refrigeração e climatização exerce papel fundamental nesse processo de inovação na indústria, apresentando novas tecnologias e empresas, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico da escola e do setor”, destaca Ferraz e Souza. Ele lembra que o Senai-SP revê sistematicamente o conteúdo, os cursos e os serviços oferecidos e investe periodicamente em novos recursos didáticos, laboratórios, oficinas, equipamentos, peças e ferramentas.

Paralelamente, a escola busca participar dos principais eventos do setor, mantendo contatos com entidades representativas do ramo do frio para estabelecer novas parcerias.

Parcerias e convênios

A Escola Senai Oscar Rodrigues Alves tem diversas parcerias com empresas e entidades no Brasil, ação que abre caminho para se acompanhar de perto as inovações tecnológicas do HVAC-R e as transformações na organização da produção, em áreas como construção civil, têxtil e confecção, varejo (supermercados e shoppings), hospitais, alimentação, química (indústria farmacêutica), eletrodomésticos e automotiva.

Uma das preocupações da escola está em inserir os profissionais no mercado, estimulando a contratação de seus alunos pela cadeia produtiva do HVAC-R. Para tanto, o aluno matriculado no curso técnico de Refrigeração e Climatização poderá realizar estágio supervisionado em empresas do setor, com duração de dois anos.

A crescente procura pelas empresas do setor, interessadas na contratação de alunos da unidade levou a instituição a desenvolver uma plataforma digital, disponível dentro do seu site, onde as indústrias podem ofertar vagas e os profissionais e alunos podem cadastrar seus currículos.

De acordo com a edição 2021 do Indicador de Ocupação Nacional, por meio do Sistema de Acompanhamento de Egressos (Sapes), processo de avaliação com foco nos concluintes e ex-alunos dos cursos do Senai de todo Brasil, o maior índice de ocupação nas áreas de refrigeração e climatização foi de 90,8%, “demonstrando a alta inserção no mercado dos profissionais no setor e o resultado das ações da educação profissional ofertada pelo Senai em âmbito nacional”, destaca Ferraz e Souza.

A oferta dos cursos do Senai-SP acompanha a demanda do setor e está diretamente vinculada ao perfil das empresas, que adotam, cada vez mais, estratégias visando a competitividade, a eficiência energética e a automação. “Analisamos o princípio da empregabilidade, ou seja, o curso deve propiciar a oportunidade imediata de emprego ou de requalificação para ingresso no mercado de trabalho”, observa o diretor do Senai Oscar Rodrigues Alves.

No que se refere ao curso técnico em refrigeração em climatização, a unidade Ipiranga oferta 40 vagas nos períodos da manhã, tarde e noite. O curso técnico ocorre nas modalidades presencial e semipresencial. Esta última é realizada a distância, em Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), com 20% de sua carga horária realizada presencialmente, representando quatro horas semanais (um dia por semana).

“Durante o curso, o aluno é acompanhado por tutoria especializada e capacitada pedagogicamente para mediar situações de aprendizagem a distância, oferecendo condições para a realização das atividades, orientando, resolvendo dúvidas, atendendo necessidades individuais de aprendizagem, avaliando e favorecendo o desenvolvimento de vínculos indispensáveis para a motivação”, conclui Ferraz e Souza, reforçando que os interessados devem ficar atentos para o período de inscrições para as próximas turmas, informação divulgada nos canais de comunicação da escola.

2º dia do Circuito dos Instaladores – João Pessoa/PB

1º dia do Circuito dos Instaladores – João Pessoa/PB

Smacna Brasil promoveu encontro com foco no cliente final

Organizadores comemoram sucesso da 1ª edição do Smacna Day com resultados positivos.

A Smacna Brasil (Sheet Metal and Air Conditioning Contractors’ National Association), comemora a 1ª edição do Smacna Day, realizada dia 15 de setembro de 2022, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo (SP).

Dirigido para o usuário final dos sistemas de HVAC-R, cerca de 150 profissionais foram conferir a “Jornada”, trazendo como tema central “O Ciclo de Vida do HVAC em Edifícios”, desde o projeto, contratação, instalação, manutenção e retrofit, além de incluir os processos de implementação de práticas ESG para a governança ambiental, social e corporativa das edificações.

O Smacna Day contou com as presenças de Arnaldo Basile, presidente da Abrava, e de Walter Lenzi, presidente da Ashrae Brasil Chapter, prestigiando o evento.

Edson Alves, presidente da Smacna Brasil, abriu o ciclo de palestras enfatizando a importância em aproximar o cliente final, facilities, comissionadores, administradores prediais, gerenciadores de obras, investidores, incorporadoras, entre outros, proporcionando oportunidade de conhecimento para melhorar a decisão no ato da contratação do sistema de HVAC.

“O Smacna Day foi pensado para promover uma relação mais estreita inteiramente direcionada às demandas do cliente final, ou seja, usuários de sistemas de HVAC, abrindo oportunidades para esse público obter conhecimento e orientações que atendam às suas necessidades na contratação de projetistas, instaladores e comissionadores. Isso reverte em melhoria da qualidade das edificações para o usuário, administrador e até a infraestrutura pública. O evento superou nossas expectativas, nos surpreendeu e cumpriu seu propósito. Com resultados positivos, já estamos nos preparando para a 2ª edição em 2023”, comemora Alves.

Após a abertura, a Jornada começou com Luiz Henrique Ceotto (Urbic) desenvolvendo o tema “HVAC dentro do Ciclo de Vida de um Empreendimento”; seguido por Raul José de Almeida (Teknika), abordando “Metodologias e Tendências nos Projetos de HVAC – Uma nova Visão”; finalizando a parte da manhã com Felipe Raats (Newset), que tratou o tema “Em Busca da Excelência nas Instalações de HVAC – Boas Práticas”.

Continuando o ciclo de palestras, Thiago Portes (COMIS) falou sobre “A Importância do Comissionamento para Garantia de Performance”; seguido por Caio Abreu (Artemp) abordando “Manutenção – Despesa ou Investimento?”; prosseguindo com Diego Amaral (E-Vertical), trazendo o “Monitoramento Remoto – Novas Tendências”.

Cumprindo o ciclo de vida do sistema de HVAC, Adler Linhares (WRS) falou sobre “Retrofit – Quando e Como fazer?”.

Encerrando o seminário, Márcia Menezes (CTE) expôs o assunto tão em voga atualmente com a palestra “ESG x HVAC – O que é e como Praticar”.

Ao final de cada palestra, o público presente teve a oportunidade de interagir com os palestrantes e obtendo mais conhecimento sobre os assuntos abordados.

Expositores e boas oportunidades

Paralelamente as conferências, o Smacna Day contou com a exposição de produtos e serviços das empresas patrocinadoras Belimo Brasil, Best Clima, Daikin, Danfoss, Heating Cooling, Midea Carrier, Mercato Automação, Newset, Star Center e Trane do Brasil.

Para os expositores, o Smacna Day trouxe um público diferenciado, proporcionando às empresas boas oportunidades de estreitar o relacionamento com o cliente final, bem como na geração de novos negócios e ampliação de networking.

Joverci Silva: O presente é perfeito e o futuro, brilhante!

Tudo começou em outubro de 2004, quando Joverci Silva Marques trabalhava na área de hematologia de um grande hospital na capital paulistana, onde teve a oportunidade de conhecer um paciente que era diretor de uma grande rede de hotéis e estava hospitalizado para um tratamento. Ao fazer os cuidados de enfermagem, ela comentou que seu marido, na época, cursava o técnico de refrigeração no Senai e trabalhava com instalação e manutenção de ar condicionado. Foi assim que Jo, como é conhecida no setor, tomou gosto e amor pelo mercado de HVAC-R.

“Na época, todo meu conhecimento era do ponto de vista do usuário no ramo médico, onde o ar condicionado do setor hospitalar precisava ser rigorosamente higienizado, e no caso dos centros cirúrgicos, não poderia haver nenhuma contaminação e seu nível de pureza deveria estar sempre nos 100%. Com a indicação desse paciente, abrimos uma empresa e conseguimos o nosso primeiro contrato de manutenção em ar condicionado naquele mesmo ano. A demanda foi aumentando e eu passei a atuar na empresa. Após meu divórcio, assumi toda a empresa e vislumbrei na refrigeração a oportunidade de crescimento profissional, além de possibilitar aos meus filhos mais qualidade de vida”, conta Joverci.

Sócia majoritária da Bless Climatização Serviços de Manutenção e Vendas e diretora executiva da Aero Solutions Climatização & Refrigeração, ela é formada em Enfermagem, Psicanálise Clínica e Refrigerista, com dezenas de cursos e certificações junto aos principais fabricantes e distribuidores.

“Um dos grandes desafios em assumir a empresa foi na primeira reunião, todos homens e um dos colaboradores disse que ‘não iria se submeter a aceitar ordem de uma mulher, já que ele tinha muito mais conhecimento do setor’. Para minha surpresa, o restante da equipe ficou indignada com a atitude do colega e tive todo apoio. O segundo desafio foi chegar diante de cada cliente e apresentar-me. Alguns demonstraram seu apoio sem ressalva, já outros, tinham uma visão desfavorável com minha liderança e colocavam prazos difíceis de cumprir. Mas, graças a essas exigências, que recebi a valiosa ajuda do grande mestre do Senai Oscar Rodrigues Alves, conhecido como professor ‘Esquerdo’. Ele não só me ajudou como passou a indicar minha empresa para assinar os estágios de formandos técnicos em refrigeração e climatização. Isso contribuiu muito para suprimir os ataques ‘machistas’, e o que era para ser uma situação desfavorável a minha liderança feminina, passou a ser um dos pontos fortes da empresa”, comemora.

Hoje, Jo comanda uma equipe formada por colaboradores com mais de 11 anos de empresa, e os que saem, passam a ser parceiros de profissão.

“Nos especializamos em atendimento para o setor de hotelaria e passamos a ser homologados em uma rede hoteleira francesa muito forte no Brasil. Aprimoramos nosso conhecimento na elaboração e execução de PMOC e nosso primeiro contrato de manutenção durou 18 anos, finalizado devido a pandemia, pois o edifício deixou de atender como um hotel”, diz.

Mulheres despertas

Jo reforça que as mulheres vêm se destacando cada dia mais no segmento, se qualificando como excelentes profissionais no ramo e motivando outras mulheres.

“Em 2018, tive o prazer incrível de conhecer o grupo de mulheres do setor de HVAC-R, que foi um bálsamo para minha vida. Poder dividir minha história e ao mesmo tempo conhecer a história da vida de tantas mulheres que trabalham nesse segmento, foi precioso. Nosso grupo de mulheres ficou ainda mais forte depois da Febrava 2019, onde surgiram novas oportunidades junto aos fabricantes, cursos e eventos com vários distribuidores e com o precioso apoio da Revista do Frio cobrindo a maioria desses eventos. Mesmo vivendo em meio ao domínio do patriarcado, as mulheres hoje sabem que ‘lugar de mulher é onde ela quiser’, principalmente no momento de pandemia, quando o setor de HVAC-R foi reconhecido como parte fundamental no combate a Covid 19. Hoje, podemos dizer que somos ‘mulheres despertas’. É maravilhoso falar de simetria, justiça e conformidade da equidade feminina no nosso setor”.

Com participação atuante em vários grupos de mulheres do setor de HVAC-R, Jo diz que “todos os movimentos em prol da equidade feminina são importantes, porém, o de mais destaque é o Elas no HVAC-R. Neste grupo, podemos compartilhar nosso dia a dia, pedir ajuda, ajudar quem precisa, divulgar eventos dos fabricantes, escolas e cursos profissionalizantes, vagas de emprego e tirar dúvidas sobre leis e normas que regem o setor. Eu diria que é um grupo de ajuda mútua, sem julgamentos e com muito respeito pela individualidade de membro”.

Ela é enfática em dizer que a família é seu bem maior. “Faço de tudo para manter a união com meus filhos, mesmo minha filha morando fora do Brasil, seguindo seus sonhos. Temos uma grande cumplicidade e nosso amor familiar só aumenta. Já meu filho seguiu a carreira musical, ele é produtor musical e DJ, tenho muito orgulho do trabalho que ele vem desenvolvendo. Meus amigos não são muitos, mas os que tenho são tão chegados e chamados de irmãos. Foi graças aos verdadeiros amigos, que tive forças e condições para criar os meus filhos como mãe sozinha, dois deles, o Naldo e Gustavo! Faço questão de estar com eles sempre que posso, eu costumo dizer que estou com eles até debaixo d’água! Meus hobbies são ler, estudar e ajudar outras pessoas como psicanalista e como refrigerista! Amo ajudar outras pessoas a ressignificar suas histórias de vida. Minhas conquistas são inumeráveis diante da grandeza da vida. Posso destacar que ter criado sozinha meus filhos e a formação deles em nível internacional, faz meu coração transbordar de gratidão à Deus. Claro que agradeço também ao ramo da refrigeração, fonte de meu sustento todos estes anos.

Até mesmo minha formação em psicanálise é uma grande conquista feita através da refrigeração. E aos profissionais do setor, eu aplaudo de pé pela excelente escolha de profissão! Promissora, com grandes oportunidades para homens e mulheres conquistarem sua história. Se tiverem medo ou receio, sigam adiante, sejam despertos (as), pois o presente é perfeito e o futuro é brilhante!”, finaliza Jo.

Boas práticas preservam e alongam vida útil de compressores

 

 

Muito são os problemas – elétricos ou mecânicos – que podem acometer os sistemas de refrigeração. Para minimizar prejuízos na cadeia produtiva do frio, fabricantes investem em ações mais efetivas de controle da linha produção, com o objetivo de reduzir as falhas em campo, e dão dicas aos técnicos.

Vitais para qualquer sistema de climatização e refrigeração, os compressores são equipamentos resistentes e cumprem muito bem sua função. Entretanto, também precisam receber máxima atenção quando o assunto é protegê-los contra defeitos e quebras de peças, umidade e oxidação causada por óleos e água, ou sobrecarga provocada por instalações mal projetadas.

A adoção de boas práticas em relação a este componente tem sido cada vez mais respeitada no HVAC-R nacional, visto que sua conservação gera economia de milhares de reais anualmente em recursos financeiros e de mão de obra para as empresas, da mesma forma que ocorre no caso do consumidor residencial mais cuidadoso.

Atualmente, os tipos mais conhecidos de compressores são alternativo semi-hermético, alternativo hermético, alternativo aberto, parafuso semi-hermético, parafuso aberto, scroll, centrífugo, rotativo e alternativo de duplo estágio de compressão.

Especializada em compressores comerciais, a Danfoss conta com um extenso range de equipamentos – pistão dos hermético e semi-hermético, sendo de velocidade fixa ou de variável; scroll de velocidade fixa ou de variável, e para estes exemplares produz o próprio inversor de frequência dedicado a esta aplicação; e centrífugo com mancal magnético e livre de óleo.

“Os compressores pistão Danfoss Maneurop, que equipam as unidades condensadoras, são verdadeiros cavalos de batalha, pois são tradicionalmente conhecidos como os mais robustos e de longa vida útil. Além disso, devido à ampla presença nacional, é possível encontrar um compressor Danfoss em qualquer ponto do Brasil e em qualquer loja de refrigeração”, enfatiza o gerente de vendas da América Latina para compressores e unidades condensadoras, Gustavo Vieira Asquino.

Tais compressores são amplamente utilizados em câmaras de refrigeração, refrigeradores comerciais e em tanques de leite. Muitas lojas de conveniência, restaurantes, açougues, padarias, entre outros, necessitam de uma câmara de refrigeração ou mesmo um refrigerador comercial para mantar a qualidade do alimento. Além disso, fazendas de pequeno a grande porte necessitam de tanques refrigerados para armazenar e processar o leite fresco. Com distribuição iniciada na década de 1980, a empresa já forneceu ao mercado nacional, segundo suas estatísticas, mais de um milhão de compressores deste tipo.

“A Danfoss dirige suas inovações às demandas do mercado, hoje voltadas principalmente à busca de eficiência energética e fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global. A partir desta visão, a companhia incorporou ao seu portfólio os compressores de velocidade variável, bem como a qualificação do range atual para os novos fluidos refrigerantes LGWP. O próximo passo é, sem dúvida, os segmentos de refrigerantes naturais e ultra LGWP”, salienta o executivo.

O engenheiro da Danfoss lembra que em qualquer sistema de refrigeração, a falta de conservação implica diretamente o rendimento do equipamento, com a temperatura esperada de projeto não sendo atingida, podendo ocorrer a quebra prematura, pois o sistema em funcionamento tende a trabalhar ininterruptamente buscando essa temperatura, gerando também um maior consumo de energia elétrica.

“A vida útil de um compressor varia muito de acordo com a instalação do mesmo. É difícil falar em durabilidade, porém temos histórico de instalações de 20 anos em funcionamento e que não apresentaram problemas, enquanto há instalações que, com menos de cinco anos, já houve troca de compressor, devido à má instalação ou falta de manutenção”, explica Asquino.

Falhas recorrentes

Muito são os problemas que podem acometer os sistemas de refrigeração, e isso certamente impacta na qualidade do funcionamento desses produtos. Em função desta realidade, os fabricantes têm investido em ações mais efetivas para controlar a linha produção, de forma a reduzir as falhas em campo.

“A maior parte dos compressores que retornam para a nossa empresa como rejeito de campo não possui defeitos”, comenta o engenheiro de suporte técnico da Embraco, Denny Martin.

Segundo ele, é preciso destacar que essas falhas podem se originar de problemas ligados à parte elétrica ou mecânica. Os elétricos estão concentrados no motor do compressor, nos componentes elétricos do compressor e nos acessórios elétricos do refrigerador. Já os de origem mecânica devem-se principalmente a problemas relacionados a kit mecânico, conjunto de válvulas e choques durante o transporte do compressor.

A partir da análise de casos reais de clientes, os especialistas da Embraco, marca da Nidec Global Appliance, detectaram os seis principais problemas que acometem os equipamentos – umidade; carbonização da placa-válvula; derretimento/corrosão do isolamento; ruptura da junta da cobertura do cilindro; bobina de partida queimada; problemas no ciclo de proteção térmica do compressor.

O primeiro passo para evitar a umidade é fazer o vácuo corretamente, usando uma bomba adequada e mantendo o processo pelo tempo mínimo de 30 minutos após chegar à condição de 500 mícrons de mercúrio. Esse passo é o mais importante para evitar a umidade. Não se deve usar um outro compressor para fazer vácuo.

“Outras fontes de problemas estão associadas ao filtro secador, por isso é importante sempre fazer a troca por um similar quando se opera o sistema de refrigeração. Fluidos refrigerantes de baixa qualidade também podem conter umidade, portanto deve-se ter cuidado na hora da compra. Além disso, é preciso buscar vazamentos na tubulação, pois existe a possibilidade de que a umidade venha diretamente por meio da infiltração de ar”, argumenta o engenheiro Denny Martin.

Ainda de acordo com ele, um sintoma muito claro de que há umidade no sistema é a presença de óleo na cor escura e odor forte. O óleo lubrificante, em sua condição normal, é incolor. Se ele está amarelo claro, é aceitável, mas há indícios de umidade. Quando ele está escuro, pode ter certeza de que existe algum problema.

Já a carbonização da placa-válvula ocorre quando não é feita corretamente a instalação do compressor ou este não passa por uma boa manutenção preventiva. Este problema tem três causas – sistema operando com umidade; falha no ventilador da unidade condensadora; e alta temperatura de operação.

O engenheiro da Embraco adverte ainda sobre o derretimento/corrosão do isolamento, problema provocado por fatores semelhantes aos que levam à carbonização da placa-válvula. Sendo assim, as medidas preventivas devem ser as mesmas.

No caso da ruptura da junta da cobertura do cilindro, este processo acontece normalmente quando o sistema está com excesso de fluido refrigerante ou com excesso de pressão. A prevenção passa por realizar a carga de gás conforme especificada na etiqueta, usando uma balança de precisão. Outras possíveis causas para essa ruptura são a falta de cuidado na instalação e a obstrução nas tubulações e no capilar.

Outro defeito detectado pode vir de uma bobina de partida queimada, que sempre tem origem elétrica, seja por culpa de um relé inapropriado ou com algum defeito; protetor térmico inapropriado ou com defeito; voltagem extremamente alta ou baixa (fora da faixa de variação aceitável, de 10%); e partida sem o dispositivo elétrico.

Os problemas no ciclo de proteção térmica do compressor completam o rol. “Para esta situação, há diversas explicações, que devem ser analisadas pelo técnico refrigerista”, ressalta o engenheiro Denny Martin.

Pode tanto ser resultado de uma carga excessiva de fluido refrigerante, gerando pressões e amperagem muito elevada; voltagem extremamente alta ou baixa; relé ou protetor térmico inapropriado ou com defeito; capacitor de partida inadequado ou com defeito; tubos parcialmente obstruídos; pressões não equalizadas na partida; compressor inadequado para a aplicação com válvula de expansão; e compressor com defeito mecânico ou elétrico.

Informações decisivas

“Antes de realizar uma troca de um compressor, o técnico refrigerista deve realizar a máxima coleta de informações acerca do equipamento a ser mexido. E isto também faz parte das melhores práticas a serem adotadas pelos prestadores de serviço do setor”, alerta o engenheiro Denny Martin, da Embraco.

De acordo com ele, o técnico deve se fazer uma série de perguntas e buscar respondê-las, de modo eu tenha o diagnóstico mais preciso possível – Qual é o histórico do sistema? Ele teve bom desempenho desde a fabricação, e depois de algum tempo surgiram problemas? “Isso pode indicar uma possível obstrução na tubulação do sistema”, pondera.

O sistema apresentou problemas desde o primeiro uso? “Isso pode indicar uma instalação incorreta ou a utilização de um compressor incorreto para a aplicação”. A aplicação do compressor está correta, ou seja, o compressor em questão foi projetado para trabalhar nesse tipo de aplicação? O sistema está conectado à rede elétrica isoladamente ou existe algum outro equipamento ligado na mesma fonte de alimentação?

“Depois de obter essas informações, faça uma inspeção visual do sistema. Tome nota de possíveis problemas de segurança ou má localização do equipamento e se isto está prejudicando a ventilação adequada. Verifique se existem conexões elétricas soltas ou expostas e cheque se a unidade está devidamente aterrada”, complementa ele.

Por fim, ao escolher um compressor de reposição, caso o modelo exato não estiver disponível, é aceitável que exista uma diferença de capacidade de até 10%. “Além disso, é importante respeitar a carga de refrigerante recomendada na etiqueta do sistema de refrigeração”, conclui Martin.

Conheça a nova versão da bomba monofásica da Armstrong

A Armstrong anunciou uma nova versão de sua bomba Design Envelope para servir instalações de serviço leve onde a energia disponível é monofásica.

As novas bombas Design Envelope estão agora disponíveis para uso com energia monofásica (200-230V) de 1/3 a 2hp e são construídas de acordo com um padrão de projeto transportado de bombas comerciais.

Como em todas as bombas Design Envelope, a tecnologia é construída em torno de uma solução de controle inteligente baseada na demanda que:

  • Modela o equipamento e o comportamento do sistema
  • Monitora as condições reais do sistema
  • Ajusta dinamicamente a operação do equipamento para atender à demanda do sistema
  • É projetado para proporcionar a maior eficiência energética e os menores custos de instalação e operação.

Startup em alta

O fundador da Microsoft, Bill Gates, investiu numa startup, a Blue Frontier, que promete produzir aparelhos de ar-condicionado mais econômicos e limpos. A nova tecnologia pode reduzir em até 90% o consumo de energia, baseada no processo de resfriamento que vem de uma solução salina que se comporta como um dessecante.

Através de uma bomba de calor, a solução evapora parte da água, que fica vedada dentro dela até que o ar-condicionado seja necessário.

Quando liberada, entra em contato com o ar, desumidificando e absorvendo o vapor da água, para em seguida, reduzir a temperatura do ar por meio de resfriamento evaporativo indireto. Num primeiro momento, a Blue Frontier irá atender apenas edifícios não residenciais e novos edifícios que possam suportar uma unidade no telhado.