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LG Electronics firma acordo para produção local de eletrodomésticos no Brasil

A LG Electronics assinou um memorando de entendimento para facilitar a construção e operação de uma nova fábrica da LGE HOME APPLIANCES na cidade de Fazenda Rio Grande, Estado do Paraná, Brasil.

Com o estabelecimento de uma nova fábrica no Brasil, a LG espera acelerar não apenas as vendas, mas também reforçar seu comprometimento com o Brasil, contribuindo para o desenvolvimento da comunidade local através da geração de novos empregos e sempre respeitando o meio ambiente, impacto social e a boa governança.

2º dia do Circuito dos Instaladores – São José do Rio Preto

1º dia do Circuito dos Instaladores – São José do Rio Preto

Armacell tem novo CEO global

Após quase doze anos como Presidente e CEO da Armacell, Patrick Mathieu decidiu deixar o cargo no final de março de 2024, quando assumirá como Diretor Não-Executivo do Conselho de Administração do Grupo Armacell.

A partir de abril de 2024, Laurent Musy se juntará à Armacell como Presidente e CEO. Laurent Musy traz uma ampla bagagem de conhecimento e experiência no setor global de materiais de construção. Em 2015, ele assumiu como CEO do Terreal Group, fabricante global de produtos de construção de argila e soluções fotovoltaicas, após passar 17 anos no setor de alumínio, atendendo a uma gama variada de segmentos de clientes em quatro continentes.

O Conselho de Supervisão reconhece a longa liderança de Patrick Mathieu como CEO. “Com Patrick como Diretor Não-Executivo, continuaremos a nos beneficiar de sua experiência, e com Laurent Musy como novo CEO, a Armacell vai acelerar ainda mais sua jornada de crescimento”, afirma Mathieu Paillat, Presidente do Conselho de Administração da Armacell.

Ao comentar sobre sua nomeação, Laurent Musy acrescentou: “Vejo o Grupo Armacell bem preparado para um crescimento lucrativo. Estou ansioso para começar em minha nova função e trabalhar com a experiente equipe executiva que Patrick construiu ao longo dos anos.”

Leo Amaral: De Afogados da Ingazeira, ele dá seu recado!

Pernambucano, nascido em Afogados da Ingazeira, desde os 10 anos de idade, Leonildo Góes Amaral Júnior ingressou no mercado de trabalho exercendo diversas funções nos vários negócios da família. Em 2007, a pedido dos seus pais, assumiu a pizzaria e restaurante no período noturno. Sem vida social e louco para casar-se, resolveu ir em busca de mais um trabalho no período comercial para ganhar um dinheiro extra.

Foi assim que surgiu uma oportunidade na empresa de climatização de um cliente do restaurante e amigo de seu pai. Prontamente, Irenildo, proprietário da Vento-Norte, lhe deu essa oportunidade e até hoje, é seu grande amigo e mentor. Permaneceu por quatro anos na empresa, sendo que durante esse período, sofreu um acidente fraturando o punho e para complementar o salário, trabalhou como vigilante noturno.

“Profissionalmente, já passei por várias áreas, desde supermercado, loja de material de construção, servente de pedreiro nas obras de meu pai, vendedor de chinelos nas feiras da minha cidade, vendi caldo de cana e pastel aos sábados e fui vigilante armado no horário noturno em um hospital da minha cidade. Foi em janeiro de 2013 que resolvi deixar de trabalhar de vigilante e na empresa Vento-Norte e fundei a Brasil Climatizações, dando início a minha jornada como empreendedor.

Sempre gostei de estudar e investi em conhecimento. Meu primeiro curso técnico foi de eletroeletrônica pelo Instituto Federal de Pernambuco – IFPE. Quando iniciei na área de refrigeração e climatização na Vento-Norte fiz minha segunda graduação técnica para o curso de refrigeração e climatização pelo Instituto Federal do Sertão – IFSERTÃO, além de várias especializações do segmento na Oficina Escola Rio de Janeiro (split inverter), câmara fria na Treinatec BH, em Belo Horizonte, como também todos os cursos disponíveis de vários fabricantes da área de climatização”, informa Leonardo. No começo de sua carreira profissional no setor, Leo conta que trabalhava com tudo o que aparecesse, desde freezers, balcão frigorífico, bebedouros, geladeiras e climatização. Mas em 2016, focou sua empresa 100% na climatização residencial, comercial e está se preparando para entrar na área industrial.

“Desde que comecei a trabalhar no segmento, enxerguei um mercado com crescimento exponencial e muito carente de mão de obra especializada, pelo fato de ser um setor em constante inovação de tecnologia embarcada nos aparelhos, em especial, a linha residencial e industrial, desde VRF até chillers de grande porte, e falta capacitação e suporte técnico para esses equipamentos. A boa notícia é o grande crescimento de escolas e cursos técnicos voltados para essas áreas, pois ainda há escassez de profissionais no HVAC-R”.

Digital influencer do segmento de HVAC-R desde 2023, ele integra a Seleção do Ar da Elgin junto com um time de 10 pessoas, ajudando os profissionais com informações e suporte técnico.

“Quero agradecer ao diretor, Anderson Bruno, pela oportunidade de fazer parte do time Elgin, nos motivando a divulgar novas tecnologias para facilitar a vida do técnico em campo, como também levando muita inovação tecnológica e eficiência energética em toda a linha de fabricação e montagens de seus produtos.

Também faço parte do time de digital influencer da Seleção Ar da Terra, empresa dedicada a produtos de limpeza descontaminantes voltados para sistemas de climatização. Ressalto ainda, a importância de fazer esse trabalho nas redes sociais, pois diariamente consigo ajudar e acrescentar na vida desses profissionais, informação e auxílio técnico, isso é o que mais me motiva em fazer esse belíssimo trabalho, pois nosso mercado ainda é muito carente de informações específicas”.

Mercado Competitivo

Em sua opinião, Leo afirma que o mercado de HVAC-R está cada vez mais competitivo, principalmente nas áreas de instalação de equipamentos de pequeno porte (linha de splits) e na parte de manutenção na limpeza dos sistemas de climatização.

“Todos os dias ingressam novos profissionais no setor, aumentando a competividade, porém, quando começamos a falar em manutenção corretiva, em especial os equipamentos da linha inverter, existe escassez de pessoas com conhecimento mais específico, e vejo uma certa resistência para estudarem mais a fundo essas novas tecnologias. Quando falamos de conserto de placas inverter, aí nem se fala! É grande a resistência dos técnicos em aceitar a tecnologia inverter, que veio para mudar nosso mercado e aumentar o nível de conhecimento dos nossos técnicos e “penduradores”, alerta.

Considerado uma pessoa bem família, Leonardo gosta e faz questão de estar presente na vida dos seus filhos, ao lado de seus pais e esposa, assistir bons filmes, viajar e conhecer novas pessoas e culturas diferentes e ir à praia sempre que pode.

“Já consegui realizar vários sonhos, um deles em especial, é fazer parte de um time de influencers da Elgin e Ar da Terra. Sempre que possível, gosto de estar com meus amigos fazendo um bom churrasco e colocar a conversa em dia, ler e ficar atualizado todos os dias sobre nosso segmento de HVAC-R e ver minha empresa sendo referência na Região Nordestina e a valorização gradativa de nosso trabalho no setor.

E aproveito para agradecer toda equipe da Revista Do Frio e Clube do Frio, em especial os meus amigos Naldo e Gustavo, pela oportunidade de contar um pouco sobre minha história. Parabenizo pelo belo trabalho que fazem em prol do nosso segmento e ressalto a extrema importância que o Circuito dos Instaladores vem fazendo, levando muita informação para o Brasil afora, elevando o nível do nosso mercado!”, finaliza.

Leo gosta e faz questão de estar presente na vida dos seus filhos, ao lado de seus pais e esposa.

Amônia em instalações frigoríficas: cuidados essenciais e boas práticas

Parte do Sistema de Refrigeração da Mayekawa do Brasil instalado no Complexo Industrial Avícola da São Salvador Alimentos

 

Mesmo com tantos bons requisitos como alta eficiência energética e baixo custo de aquisição, existem riscos vinculados às atividades industriais e comerciais que trabalham com amônia em seus processos de refrigeração.

A  opção por equipamentos de refrigeração aplicados com fluido refrigerante amônia (NH3) continua com muita força nos projetos de refrigeração, principalmente industrial de alta capacidade, pois, além de ser uma opção de alta eficiência energética e baixo custo de aquisição, apresenta a  sustentabilidade como um de seus pilares mais fortes, com um GWP (Potencial de Aquecimento Global) e um ODP (Potencial de Destruição da Camada de Ozônio) próximos de zero, cumprindo os requisitos de restrições atuais e futuras das agendas climáticas dos principais blocos de países signatários do Protocolo de Montreal e emendas subsequentes.

Mesmo com tantos bons requisitos, existem riscos vinculados às atividades industriais e comerciais que trabalham com amônia em seus processos de refrigeração.

Segundo Marcos Euzébio, Gerente de Engenharia de Aplicação da Bitzer, de acordo com a classificação ASHRAE, a amônia (NH3) é fluido de classe de segurança B2L, ou seja, é tóxico e apresenta grau baixo de flamabilidade, o que requer conhecimento específico para o equipamento de refrigeração, em suas fases de projeto, operação e manutenção.

Portanto, é de suma importância que se desenvolva um projeto de gestão de riscos e treinamentos contínuos aos envolvidos nesta aplicação.

“O aumento dos requisitos de segurança (regulamentação) em plantas de refrigeração com amônia vem colocando enorme pressão sobre os proprietários devido ao aumento do custo da conformidade (compliance). Em todo o mundo, usuários de instalações frigoríficas estão à procura de soluções de refrigeração com baixa carga de amônia.

E nós, fabricantes, estamos buscando desenvolver soluções cada vez mais sustentáveis com carga mínima de refrigerante – seja ele qual for. Tudo em busca de sistemas mais econômicos, ecológicos, eficientes e seguros”, informa Euzébio.

Marcos Euzébio, Gerente de Engenharia de Aplicação da Bitzer

Cuidados e boas práticas

As boas práticas e cuidados desenvolvidos e utilizadas nos sistemas existentes de refrigeração por amônia no Brasil, baseiam-se na documentação internacional disponível, como por exemplo a ANSI/ASHRAE Standaard 15-2007 – Safety Code for Mechanical Refrigeration; ANSI/IIAR 2-2008 – Equipment, Design & Installation of Ammonia Mechanical Refrigeration Systems e EN 378 Part 1-4-2008: Refrigerating systems  and  heat  pumps -Safety and environmental requirements – European Committee for Standardisation, entre outras (veja Box Normas Brasileiras e Internacionais).

“Há também uma excelente literatura disponível pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil – Recomendações de Projeto para Operação Segura de Sistemas de Refrigeração por Amônia , edição em 3 volumes, redigida por Leonilton Tomaz Cleto, uhttps:/ /www.protocolodemontreal.org.brm ícone no assunto.

Como exemplo, para tratamento do assunto de segurança, relaciono alguns cuidados básicos com relação ao cotidiano de um operador”, acrescenta Euzébio.

– O sistema completo deve ser protegido contra queda de objetos;

– As tubulações devem ser identificadas quanto ao estado físico do fluido em circulação interna, sentido de fluxo e faixa de pressão de trabalho;

– Válvulas de segurança devem ser previstas com alívio para tubulação coletora e direcionadas para meio externo com elevação avaliada;

– Devem ser previstos sensores de concentração de amônia e respectivas ações de automação em caso de alcance de nível crítico;

– Os cilindros de NH3 devem ser manuseados e transportados apenas por pessoas e equipamentos especializados para evitar danos;

– Empilhadeiras, carrinhos de mão e outros veículos de manutenção podem causar danos, portanto deve-se prever proteção física aos equipamentos. É uma boa prática fornecer barreiras ou estabelecer zonas de segurança;

– Devido à sua leve flamabilidade, a amônia deve ser mantida longe de fontes de ignição (superfícies quentes, faíscas, interruptores elétricos);

– Equipamento de ventilação deve ser instalado, quando aplicável, em todas as áreas onde a amônia possa vazar. Isto evita que o refrigerante atinja uma concentração perigosa no ar. A ventilação e as aberturas de exaustão devem ser posicionadas de maneira correta para que o fluxo de ar não prejudique a saúde humana. Como são mais leves que o ar, as aberturas de ventilação devem ser colocadas perto do teto;

– Capacitação contínua e programada aos envolvidos na operação do equipamento, bem como informação disseminada a nível corporativo a todos os colaboradores que atuam na planta, incluindo administrativos e serviços diversos.

– Prever todos os pontos de manobra das válvulas em operação, além de verificar os selos mecânicos onde o vazamento do fluido é mais suscetível.

Compressores e bombas de circulação de NH3 também merecem atenção especial no que se refere a manutenções preventivas conforme indicação nos manuais dos fabricantes. Lembrando que manutenções preditivas e preventivas permitem o afastamento de ocorrências de manutenção corretiva.

Há também a necessidade da periodicidade da calibração das válvulas de segurança e de acordo com o tempo de vida do equipamento em uso a análise mecânica dos vasos de pressão, separadores de líquido e tubulações. Equipamentos de purga de ar e água também devem ser previstos, bem como análises periódicas do óleo.

“Atualmente, tem-se observado um crescimento considerável em sistemas híbridos onde a amônia é aplicada em conjunto com o CO2, chamados sistema em cascata do tipo baixa carga, ou “low charge”, onde se aplica a amônia em sua melhor eficiência termodinâmica (média temperatura de evaporação) em conjunto com CO2 em sua excelente aplicação termodinâmica que é a baixa temperatura de evaporação.

Esse conjunto entrega a solução de alta sustentabilidade, alta eficiência energética, baixa carga de NH3. Para se ter uma ideia, um compressor de 30 HPs a pistão aplicado com CO2 entrega capacidade de 125 KW de refrigeração sob temperatura de evaporação de -30C.

Um exemplo abaixo apresenta uma aplicação clássica de projeto tipo ‘low-charge’ de amônia com CO2, onde a amônia resfria propileno glicol, este atendendo a todas as cargas MT e AT da instalação, bem como condensando o CO2, que por sua vez é o fluido responsável pela retirada da carga de congelados da planta frigorífica”, informa o gerente de aplicação da Bitzer.

Ele salienta que o fundamental deve ser a capacitação técnica e treinamentos periódicos aos envolvidos com sistemas de refrigeração por amônia.

Devem ser previstos sensores de concentração de amônia e respectivas ações de automação em caso de alcance de nível crítico

Medidas de proteção

Sobre as medidas de proteção, pontos essenciais em relação à prevenção coletiva da exposição a amônia incluem a manutenção das concentrações ambientais a níveis os mais baixos possíveis e sempre abaixo do nível de ação (NR-9), por meio de ventilação adequada e implantação de mecanismos para a detecção precoce de vazamentos.

O uso de sistema fixo de detecção de amônia com instalação de detectores dentro da sala de máquinas e ambientes indústrias é recomendado para proteção do sistema de refrigeração industrial como um todo (operadores colaboradores e maquinários).

O IIAR (Instituto Internacional de Refrigeração por Amônia) recomenda ainda a instalação de caixa de controle do sistema de refrigeração de emergência, que desligue todos os equipamentos elétricos e acione a ventilação mecânica exaustora fixa ou portátil sempre que necessário. Através do monitoramento contínuo da concentração de amônia na sala de máquinas, quando atingidos determinados níveis, serão acionados alarmes para tomadas de ações do controle de proteção.

A amônia oferece riscos, mas seguindo todas as boas práticas de operação e buscar empresas que sejam referência no setor, oferecendo sistemas que se diferenciaram pelo comprometimento, desempenho, segurança e eficiência energética, os riscos serão totalmente minimizados.

Normas Brasileiras e Internacionais

– NR-13 – 2008 – Caldeiras e Vasos de Pressão – Normas Regulamentadoras da Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho – Ministério do Trabalho – Lei nr. 6514 – 22/12/1977;

– P4.261 – Manual de Orientação para a Elaboração de Estudos de Análise de Riscos – CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – 13/08/2003;

– NBR 13598 – Vasos de Pressão para Refrigeração – ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – 04/1996;

– NR-9 – Norma Regulamentadora que estabelece diretrizes para a Segurança do Trabalho em três frentes: física, química e biológica – Ministério do Trabalho.

Standards Internacionais

– ANSI/ASHRAE Standard 15-2007 – Safety Code for Mechanical Refrigeration – American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers;

– ANSI/IIAR 2-2008 – Equipment, Design & Installation of Ammonia Mechanical Refrigerating Systems – International Institute of Ammonia Refrigeration;

– EN 378 Part 1-4 – 2008: Refrigerating systems and heat pumps – Safety and environmental requirements – European Comittee for Standardisation. Part 1: Basic requirements, definitions, classification and selection criteria – Part 2: Design, construction, testing, marking and documentation – Part 3: Installation site and personal protection – Part 4: Operation, maintenance, repair and recovery;

– ISO 5149:1993 – Mechanical Refrigerating Systems used for Cooling and Heating – Safety Requirements – International Organization for Standardization;

– ANSI/ASME B31.5 – 2006 – Refrigeration Piping and Heat Transfer Components – American Society of Mechanical Engineers;

– ANSI/IIAR Standard 3-2005: Ammonia Refrigeration Valves. Código ASME para Dimensionamento de Vasos de Pressão;

– ASME – Pressure Vessel Code – 2007 – Section VIII;

O IIAR – International Institute of Ammonia Refrigeration, possui atualmente Boletins/ Guias de Referência relacionados à aplicação de Amônia em sistemas de refrigeração entre suas publicações.

Curso de refrigeração em Nova Trento (SC)

Teve início nesta terça-feira, 6 de fevereiro, o curso de refrigeração em Nova Trento (SC), uma iniciativa conjunta da Prefeitura Municipal e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Com o objetivo de capacitar os moradores localizados na região, as aulas estão sendo realizadas na Carreta-Escola do Senai, estrategicamente localizada próximo à rodoviária Angelo Maurici, ao lado da Unidade Básica de Saúde Besenello.

O curso, que está sendo ministrado pelo Senai, faz parte do Projeto Qualifica Nova Trento, uma iniciativa que visa proporcionar novos conhecimentos e oportunidades de emprego para a comunidade local.

As aulas continuarão até o dia 21 de março, oferecendo aos participantes uma base sólida de conhecimento em refrigeração e preparando-os para ingressar no mercado de trabalho com habilidades valiosas e atualizadas.

Setor de HVAC-R prevê faturamento de R$ 41 bilhões em 2024

No último trimestre de 2023, o Departamento de Economia e Estatísticas da ABRAVA realizou uma pesquisa com empresas dos setores representados, o estudo apresenta que os R$ 36,9 bilhões faturados por essas empresas no ano passado têm tudo para evoluir perto de 12% ao longo de 2024, período para o qual se prevê R$ 41,3 bilhões de negócios a serem fechados pela área em todo o país, na somatória entre produção, venda de equipamentos e serviços relacionados a instalação e manutenção.

No ranking das áreas com maior variação positiva este ano a liderança apontada pelo levantamento fica com a de instalação e manutenção de sistemas centrais de ar-condicionado, ventilação e refrigeração, cujas vendas devem subir dos R$ 6,36 bilhões de 2023 para R$ 8,02 bi em 2024, representando, portanto, um crescimento de 26%.

Vem em seguida o segmento de manutenção e reparação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial e comercial, com uma variação positiva da mesma ordem (26%).

Já o comércio do HVAC-R, cresceu 10% no geral no ano passado e tem tudo para repetir tal desempenho no ano em curso.

Em contrapartida, fica entre 7% e 8% a expansão aguardada para 2024 nos segmentos de fabricação de compressores; aparelhos e equipamentos para instalações térmicas; fabricação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial e comercial.

O anúncio foi feito no evento ABRAVA de Portas Abertas, a expectativa de faturamento considera fatores como as altas temperaturas, novas tecnologias, novos empreendimentos comerciais, avanço das construções e a recuperação gradual no consumo das famílias como fator principal

“A ABRAVA entende que o ano de 2024 acusará crescimento em todos os segmentos que representa, em relação ao ano anterior. Esse otimismo está baseado nas questões das manutenções relacionadas às temperaturas elevadas, com a necessidade de rever e promover adequações em sistemas de refrigeração e ar-condicionado, de maneira que apresentem maior eficiência energética, menor consumo de energia, utilização de gases refrigerantes mais adequados que provoque menor aquecimento global e o olhar para a inteligência artificial, que cada vez mais se torna presente nos equipamentos e sistemas do setor HVAC-R”, destaca Arnaldo Basile, presidente executivo da ABRAVA.

Climas favoráveis no setor do ar-condicionado

Como era de se esperar, um dos motivos determinantes para uma expectativa de faturamento acima de R$ 40 bi para o HVAC-R em 2024 é o prolongamento até abril previsto pelos meteorologistas para o fenômeno El Niño, assim como a tendência de termos novamente um ano de altas temperaturas, a exemplo de 2023, quando foi atingido um recorde histórico de calor mundo afora.

Quanto aos aspectos econômicos, Arnaldo Basile, destaca o ritmo de recuperação do setor do ar condicionado , que após o pico de 5,4 milhões de unidades produzidas em 2021, houve uma queda em 2022, voltando a crescer em 2023, chegando a 4,5 milhões em 2023. De acordo com a pesquisa a estimativa para venda de unidades de split em 2024 é de aproximadamente 4, 9 milhões de unidades.

“Além disso, as fortes oscilações de consumo percebidas pelo segmento durante a pandemia ficaram para trás, ao mesmo tempo em que os preços subiram em 2023 acima de 23%, produtos cada vez mais eficientes no tocante ao consumo energético”, aponta o presidente executivo da ABRAVA.

Também anima o setor, segundo ele, a demanda reprimida, inclusive nas classes A,  B1 e B2, nas quais a penetração do ar-condicionado ainda se limita, respectivamente, a 61,2%, 45,3% e 30,1%. “Considerando todas as faixas de consumidores esse índice impressiona mais ainda, pois não passando dos 16,7%, o que pressupõe um grande espaço ainda nas aspirações do consumidor brasileiro para esse tipo de aquisição.

Dentre os motivos para que isso ocorra, mesmo o ar-condicionado tornando-se um item fundamental ao conforto e bem-estar das famílias, ainda se encontra a falta de infraestrutura nos edifícios para a instalação desses equipamentos. “Tanto é que o país ganhou 23 milhões de domicílios em 12 anos e esse crescimento no campo da construção não vem se refletindo no nosso”, argumenta o dirigente, acreditando, porém, numa animadora tendência para a mudança desse quadro, no médio e longo prazo.

 

O evento tem o objetivo de fazer uma retrospectiva, apresentando os resultados do ano anterior e as tendências para o ano vigente.

Desafios e oportunidades para o HVAC-R em 2024

Setor enfrentará ano desafiador, mas promissor, com foco em sustentabilidade, eficiência energética e inovação tecnológica, prevê indústria.

Nem bem 2024 se iniciou e a indústria brasileira de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R, na sigla em inglês) já enfrenta um cenário desafiador, mas, por sinal, cheio de oportunidades.

O acesso a capital, a atração de investimentos estrangeiros, a necessidade de descarbonização e a incorporação de inovações tecnológicas definirão os caminhos do setor neste ano, conforme previsões de empresários do segmento.

Com um otimismo moderado, o mercado se prepara para não apenas crescer, mas também para liderar em termos de sustentabilidade e inovação tecnológica no cenário global.

Na avaliação do presidente-executivo da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Arnaldo Basile, o setor experimentou um desempenho estável em 2023, influenciado pela cautela inicial com a nova gestão do governo federal e um crescimento modesto no segundo semestre.

“Para 2024, espera-se um crescimento contido, alinhado à economia em geral, com foco em segmentos específicos, como água gelada e sistemas centrais de ar condicionado”, diz.

Por conta das fortes ondas de calor, o mercado de mini-splits experimentou crescimento além da expectativa em 2023. E o nicho deverá continuar em franca expansão neste ano, tendo em vista que menos de 20% dos lares do País possui um aparelho de ar condicionado e o fenômeno El Niño.

Segundo o executivo, um dos grandes desafios atuais é a necessidade de tornar o Brasil num destino mais atraente para investimentos externos, especialmente em sistemas sustentáveis.

As iniciativas das empresas apontam para um futuro onde o setor não só responde às necessidades imediatas, mas também contribui ativamente para soluções ambientais e econômicas mais amplas.

Nesse sentido, Basile destaca as oportunidades emergentes, como a melhoria da qualidade do ar interno e os processos de descarbonização, que se alinham com tendências globais.

“A modernização (retrofit) de sistemas existentes para modelos mais sustentáveis e eficientes é vista como caminho fundamental para o crescimento da nossa indústria”, afirma.

Afinal, a proteção da camada de ozônio e as mudanças climáticas estão impulsionando a demanda no setor, com a indústria se comprometendo a trabalhar com instituições governamentais e outras entidades para contribuir com soluções ambientalmente responsáveis.

Embora não sejam nenhuma novidade, tecnologias como bombas de calor e automação são apontadas como tendências significativas para 2024. “Ambas as inovações prometem maior eficiência energética e desempenho otimizado dos sistemas”, diz.

As mudanças regulatórias, especialmente aquelas ligadas a regulamentações ambientais, estão redefinindo o mercado frio, que parece estar no limiar de uma era de crescimento e transformação.

Devido à implementação da Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal neste ano, o Brasil vai congelar as importações dos hidrofluorcarbonos (HFCs) de alto potencial de aquecimento global (GWP), como o R-404A e R-410A, com base na média de consumo registrada entre 2020 e 2022.

Para Paulo Neulaender Junior, da Frigga Refrigeração, a inovação tecnológica, especialmente em termos de fluidos refrigerantes ecológicos e eficiência energética, será crucial em 2024.

“As mudanças climáticas estão aumentando a demanda por soluções de refrigeração e ar condicionado e trazendo novas regulamentações”, diz o empresário, enfatizando que o comércio está se adaptando a essas mudanças, focando na destinação correta dos fluidos refrigerantes e na promoção de equipamentos mais eficientes.

“O ano de 2023 foi bom para o comércio de refrigeração, embora tenhamos enfrentado margens apertadas e alta carga tributária. Para 2024, as expectativas giram em torno de continuar atendendo aos clientes com preço competitivo, agilidade e informação precisa”, revela.

“O aumento do consumo em supermercados, restaurantes e padarias, impulsionado pelo aumento do poder aquisitivo, além de uma demanda crescente devido a temperaturas extremas, promete expandir ainda mais o mercado”, acrescenta.

Entretanto, olhando para 2024, o setor continua enfrentando desafios significativos, como impostos elevados, problemas logísticos e a escassez de mão de obra qualificada. “Além disso, a falta de componentes permanece como uma barreira”, adverte Neulaender.

Já as indústrias de câmaras frias e de ar-condicionado se preparam para um crescimento robusto em 2024. “Com o fim da pandemia, setores como bares, restaurantes e hotéis estão se reerguendo, criando uma demanda crescente por pequenas infraestruturas de refrigeração”, analisa o diretor comercial da Isocold, Edson Girelli.

“O Brasil hoje tem uma carência enorme de pequenos equipamentos de qualidade em pequenas capacidades comerciais, e o fornecedor que se atentar a isso sairá na frente”, completa.

E as temperaturas elevadas e mudanças climáticas continuarão fomentando o segmento de climatização. Em geral, as indústrias do setor estão aumentando os estoques e ampliando a capacidade produtiva, buscando atender a alta demanda dos consumidores por produtos eficientes e tecnologicamente inovadores.

De maneira geral, o ano de 2024 representa para os fabricantes de ar-condicionado um período de expansão e inovação. Com novos produtos, investimentos em tecnologia e um compromisso inabalável com a eficiência energética, as indústrias do setor parecem estar prontas para atender às necessidades emergentes de um mercado em constante mudança.

Enfim, o HVAC-R brasileiro como um todo tem diante de si um caminho repleto de potencialidades. A capacidade de navegar nesse mercado será determinada pela habilidade das empresas em inovar, adaptar-se a um clima em mudança e superar desafios operacionais.

Com um compromisso renovado com a sustentabilidade e a eficiência, o setor pode não apenas prosperar economicamente, mas também contribuir de forma significativa para um futuro mais descarbonizado.

UFMG lança especialização em Energia e Utilidades em Processos Industriais

Até 8 de fevereiro, estarão abertas as inscrições para o primeiro processo seletivo do curso de Especialização em Energia e Utilidades em Processos Industriais, da Escola de Engenharia da UFMG.

Neste primeiro semestre de 2024, serão ofertadas 36 vagas. O curso visa à formação de especialistas capacitados para resolver problemas relacionados aos processos industriais das empresas e ao trabalho com refrigeração industrial, torres de resfriamento, geração de vapor, escoamentos de fluidos, tratamentos de água e esgoto, entre outros.

O curso será ministrado de forma semipresencial, com aulas na UFMG (sextas-feiras à noite e sábados em dois turnos), visitas técnicas, atividades laboratoriais, dinâmicas de grupo, estudo de casos e aulas remotas por plataforma digital.

Serviços essenciais

De acordo com o coordenador do curso, professor Luiz Carlos Santos, o público-alvo é composto de profissionais de serviços essenciais da rotina de condomínios, parques de diversões, hospitais, shoppings e do ramo industrial. Os temas envolvem gestão energética, geração de vapor, refrigeração, tratamento de água, ar comprimido, controle de fluxo de gases e sistemas de fluido térmico.

Luiz Carlos Santos informa ainda que o curso tem enfoque no embasamento estatístico do profissional, no desenvolvimento, na leitura e na interpretação de desenhos de projetos de processos industriais e ainda na segurança dos processos industriais e da gestão de pessoas.