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Setor do frio busca projetos energeticamente mais eficientes

Segmento de trocadores de calor oferece ao mercado tecnologia de duplo tubo (tube in tube), casco e tubos, serpentina, aletados e placas brasadas.

O constante avanço tecnológico dos equipamentos dos segmentos que compõem o HVAC-R inclui também uma forte corrida pela ampliação cada vez maior da eficiência energética dos sistemas de refrigeração e aquecimento. Neste sentido, a indústria tem investido em projetos de trocadores de calor que atendam (e até superem) as expectativas da cadeia produtiva do frio.

Trocadores de calor são dispositivos que transferem calor de um meio para outro, e têm diversas aplicações. O processo depende da área de troca térmica, portanto, quanto maior a área, maior a troca de calor, permitindo com que se opere com diferencial de temperatura menor.

Entre os principais tipos de trocadores estão o tube in tube, geralmente aplicado em sistemas que demandam pequenas capacidades; o casco e tubo, em que um trocador de calor passa ar frio por um núcleo de aletas para resfriar um líquido; a serpentina, a qual permite a troca de calor entre dois fluidos; aletados, indicados para sistemas que geram baixa temperatura, como câmaras frigoríficas; e as placas brasadas, as quais permitem a passagem de fluidos com maior facilidade.

Trocadores de calor Sondex, da Danfoss

Os trocadores estão presentes em diversos processos. Um resfriador de óleo hidráulico, por exemplo, remove o calor do óleo quente usando água fria ou ar. Ao contrário, para aquecer uma piscina, um permutador pode utilizar a água quente de uma caldeira ou proveniente de aquecimento solar.

Igualmente, bombas de calor também são utilizadas em piscinas. À medida que este equipamento circula a água, ela passa por um filtro e por um aquecedor. Em seguida, um ventilador aspira o ar externo e o direciona sobre a bobina do evaporador.

Fabricante de equipamentos de ar condicionado e de bombas de calor para aquecimento de água, as Indústrias Tosi utilizam todos esses tipos de trocadores de calor. As serpentinas são de fabricação própria e têm quatro geometrias diferentes para tubos de 1/2″, duas geometrias para tubos de 3/8″ e uma para tubos de 7 mm.

Também são de fabricação própria os trocadores de calor do tipo tube in tube, utilizados como condensadores em selfs de condensação a água e em bombas de calor para aquecimento de água. Já os trocadores de calor do tipo casco e tubos e de placas brasadas são adquiridos de fornecedores que podem tanto ser nacionais como importados.

“No caso das serpentinas, são tendências a diminuição do diâmetro dos tubos, para 7 mm ou 5 mm, e o uso de trocadores do tipo microcanal. Atualmente, está ocorrendo o aumento na participação do mercado dos trocadores a placa brasadas. Estamos acompanhando esta tendência, inclusive reconfigurando serpentinas para tubos de 7 mm e utilizando mais trocadores a placas brasadas”, explica o engenheiro de aplicação e de produto da Tosi, Marcos Santamaria Alves Corrêa.

O especialista explica que, no caso dos chillers de condensação a ar, a forma de se aumentar a eficiência energética é elevando o número de “V” de serpentinas. “Com maior área de troca e maior vazão de ar, é possível se reduzir a temperatura e, consequentemente, a pressão de condensação. Isto vai reduzir o trabalho a ser realizado pelo compressor para a rejeição do calor e o consumo de energia”, descreve.

A multinacional Danfoss também aposta em trocadores de calor, incluindo placas soldadas, com gaxeta e microcanais. Esses equipamentos foram desenhados de modo a aumentar a troca de calor e diminuir a carga de fluido refrigerante no sistema.

Evaporador de sistema de refrigeração comercial

“De 90% a 95% de todos os componentes, compressores e trocadores de calor são utilizados pela nossa empresa na fabricação de chillers, splitões ou VRFs. Além disso, investe em tecnologia para desenvolver projetos e sistemas HVAC-R com água gelada”, comenta o gerente regional de aplicação e serviços da Danfoss na América Latina, Eduardo de Castro Drigo.

Em seu portfólio, a companhia dinamarquesa dispõe de trocadores de calor SondBlock e de placa soldada, que foram projetados para uso em meio agressivo, temperatura extrema e/ou alta pressão. Os trocadores de calor casco e placas (SPS) são voltados para condensação e aquecimento a vapor, enquanto os trocadores de calor espirais são indicados para aplicações que requerem tratamento específico de fluidos desafiadores.

No caso dos trocadores de calor espirais Sondex, eles foram projetados para manipular lamas, sedimentos, água de esgoto, polpas de celulose, hidrocarbonetos com alta viscosidade e líquidos com risco de incrustação contendo fibras e sólidos.

 Eficiência energética

Em todos os trocadores de calor ocorrem tecnicamente duas trocas térmicas. Na primária, a condução de gás acontece através da tubulação que o envolve, transportando-o para as aletas. Na secundária, há troca de calor entre as aletas e o ar a ser resfriado.

“Os materiais da tubulação têm influência na troca primária, em consequência dos diferentes coeficientes de condutividade térmica entre eles. A escolha do material para atender às caraterísticas da aplicação e do seu fluido refrigerante requer um perfeito dimensionamento para a melhor eficiência do sistema de refrigeração”, detalha o CEO da Mipal, Cláudio Palma.

A empresa trabalha hoje com tubos de cobre, alumínio e aço inox. A escolha desses materiais está relacionada diretamente às características da aplicação e para todos os fluidos refrigerantes. Seus carros-chefes são os evaporadores de médio perfil, médio alto perfil, alto perfil, alta vazão, condensadores remotos e serpentinas trocadoras de calor.

“Todo foco da tecnologia está voltado à eficiência energética para todos os fluidos refrigerantes disponíveis no mercado. A Mipal está indo além deste passo, inovando em seus produtos para atender à crescente demanda nacional e internacional de equipamentos projetados para propiciar uma instalação com design diferenciado, com operação e manutenção rápida e segura”, salienta o executivo.

Nos últimos meses, a companhia lançou três novas linhas de evaporadores com um conceito totalmente inovador, levando em consideração todas as necessidades de manutenção, operação e dos refrigeristas, projetistas e instaladores. “O resultado são equipamentos com amplo acesso ao seu interior, sem necessidade do uso de qualquer ferramenta, tornando a manutenção fácil, rápida e extremamente segura. E uma manutenção bem feita, garante o bom rendimento e a eficiência do produto”, complementa Palma.

O CEO da Mipal alerta que equipamentos de baixo rendimento provocam a ineficiência total do sistema, e isso reflete em mais gasto de energia elétrica e maior custo operacional, refletindo em perdas. “Recomendamos que sempre sejam seguidas as orientações do fabricante para o dimensionamento, instalação e operação, e as boas práticas do mercado, além de se usar equipamentos de qualidade reconhecida”, enfatiza.

Indústria e comércio homenageiam refrigeristas

Apesar das dificuldades enfrentadas no dia a dia, técnicos profissionais do setor conquistam mais reconhecimento.

Sistemas de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R, na sigla em inglês) são componentes das nossas vidas, mas sobre os quais a maioria absoluta das pessoas não pensa em seu dia a dia, a menos que algo dê errado.

Quando ocorrem contratempos, os clientes recorrem a um grupo especial de prestadores de serviços preparados para instalar e consertar equipamentos do gênero em casas, shoppings, hotéis, supermercados, hospitais, bancos de sangue, meios de transporte, data centers, indústrias e demais instalações essenciais à vida moderna.

Estamos falando dos engenheiros, técnicos, mecânicos e demais profissionais do HVAC-R, classe que costuma receber homenagens da indústria e do comércio de refrigeração em 7 de julho, data em que o setor tem comemorado, nos últimos anos, o Dia do Refrigerista.

Apesar de ainda ser uma comemoração informal, ou seja, não oficializada em nenhuma espécie de lei ou calendário de efemérides comerciais do País, se não fossem esses profissionais, quem, afinal de contas, estaria reparando geladeiras, freezers, condicionadores de ar, túneis de congelamento, câmaras frigoríficas, caminhões refrigerados, centros de distribuição, de alimentos, vacinas, medicamentos e milhares de outros produtos que dependem de sistemas de controle de temperatura para sua conservação?

Indiscutivelmente, viver sem refrigeração e ar condicionado é impensável hoje em dia. Entretanto, aos olhos do grande público, o setor parece continuar sendo uma indústria invisível, apesar de ser uma indústria imprescindível para manter nossa economia funcionando.

Afinal de contas, temos profissionais do setor trabalhando em uma grande variedade de ambientes, de escolas a fábricas. Eles desempenham um papel vital na construção de qualquer edifício que tenha sistemas de climatização e refrigeração, e suas funções são importantes porque ajudam a maximizar a eficiência dos equipamentos, principalmente em termos energéticos.

Ademais, apesar do número crescente de “aventureiros desqualificados” que desvalorizam a profissão no País, o mercado de refrigeração e ar condicionado apresenta ótimas perspectivas de trabalho e remuneração. Certamente, não é segredo que as pessoas continuarão usando geladeiras, sistemas de aquecimento e condicionadores de ar no futuro próximo, além de sistemas de comunicação que precisam ser mantidos em ambientes climatizados.

A expansão da construção civil, tanto comercial quanto residencial, é outro fator que impulsiona a demanda por técnicos e engenheiros de HVAC-R. E as perspectivas de emprego para os iniciantes que concluem um curso técnico, profissionalizante ou superior são realmente promissoras.

Sistemas de refrigeração e ar condicionado funcionando adequadamente não apenas reduzem o impacto ambiental, mas também ajudam a economizar o dinheiro dos consumidores e proporcionam conforto ideal em suas casas e ambientes de trabalho. Isso melhora sensivelmente sua qualidade de vida, o que é inestimável.

Por esses e outros motivos, deixamos aqui nossos parabéns e muito obrigado a todos aqueles que se dedicam a tornar nosso mundo mais seguro e confortável.

Gree lança ar condicionado exclusivo em parceria com a Clima Rio

A Gree Electric Appliances lançou no Brasil o G-Clima, modelo exclusivo, distribuído apenas nas lojas Clima Rio.

Desenvolvido com a tecnologia Goldenfin, segundo o fabricante, o novo modelo oferece proteção anti corrosão e anti oxidação que aumentam a durabilidade do condicionador de ar, além de proporcionar maior resistência contra efeitos climáticos. Segundo Nicolaus Cheng, Diretor Comercial da Gree Brasil, essa proteção é capaz de preservar o produto contra ações causadas pelo tempo e pelas condições do ambiente urbano, como a alta umidade e as altas taxas de vapor de sais, causados pela maresia.

Disponível nas versões 9.000 e 12.000 BTU/h, o G-Clima possui selo de certificação classe A de eficiência energética aprovado pela Inmetro.

“Além de todos esses benefícios e diferenciais, o G-Clima é uma ótima opção para pequenas casas e apartamentos. Ele possui uma área técnica reduzida, com uma condensadora menor, isso ajuda a otimizar espaços, facilitar o transporte e a instalação”, ressalta.

Essa parceria, visa cada vez mais oferecer opções acessíveis e de qualidade aos consumidores. “É de grande importância para a Gree reforçar laços com nossos distribuidores. Montar um projeto dessa proporção, com um dos nossos parceiros mais antigos, como a Clima Rio, só nos mostra o quanto estamos no caminho certo”, reforça Nicolaus Cheng.

Seminário aprofunda tema sobre baixa carga de amônia

sistema de refrigeração com baixa carga de amônia

Agendado para os dias 15 a 17 de março,  o Congresso Latino-americano de Refrigeração por Amônia voltado para a Cadeia do Frio e segurança no uso na refrigeração industrial trará uma programação robusta, conectando gestores de frigoríficos, engenheiros de projetos, acadêmicos, técnicos e profissionais do setor.

Serão três dias de palestras com destaque para o tema: “Sistemas com Baixa Carga de Amônia”, proferida pelo gerente da Mayekawa do Brasil, Ricardo César dos Santos.

“Esta palestra apresenta soluções modernas de refrigeração com baixa carga de amônia para aplicações de resfriamento e baixa temperatura, o que a torna acessível aos usuários de refrigerantes sintéticos; além de auxiliar os usuários de instalações industriais a reduzir a quantidade desse refrigerante nos sistemas, mas, contudo, mantendo sua eficiência energética e agregando segurança operacional e ambiental. Sem dúvida, a amônia de baixa carga é o futuro da refrigeração”, explica Ricardo.

O Congresso Latino-americano de Refrigeração por Amônia é uma iniciativa do IIAR – Instituto Internacional de Refrigeração por Amônia – Capítulo Brasil e é um evento que ocorre simultâneo à III Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal, a Expomeat 2022, que acontecerá em São Paulo (SP).

Serviço:

  • Palestra: Sistemas com Baixa Carga de Amônia
  • 17 de março de 2022
  • 15h00
  • Auditório João Barion
  • Evento Simultâneo da Expomeat 2022
  • Participação gratuita
  • Inscrição: https://www.expomeat.com.br/programacao-pt
  • VAGAS LIMITADAS

Trane lança campanha de conscientização sobre uso de energia

A Trane lançou em novembro a campanha “Eficiência e Sustentabilidade, nós sabemos por onde começar”, cujo objetivo é a conscientização sobre uso adequado de energia elétrica nos empreendimentos. Boa parte da eficiência energética depende da escolha de equipamentos de alto desempenho que atendam à demanda necessária de resfriamento para o ambiente e da configuração adequada.

“Pensar formas de redução do consumo, gerar maior entendimento do ciclo de vida dos edifícios e, consequentemente, garantir o funcionamento eficiente do sistema de climatização dos empreendimentos é o nosso foco nesse trabalho”, afirma Adriana Pineda, coordenadora de Marketing da empresa.

A campanha, com duração aproximada de três meses, contempla envio de mensagens para colaboradores, clientes e demais parceiros comerciais, além de uma série nas redes sociais da empresa chamada “Superando a crise hídrica” e vídeos informativos da liderança. Uma das postagens mostra que o ar-condicionado é responsável pelo consumo de 50% da energia de um prédio e que equipamentos eficientes têm vida útil mais longa e menor impacto sobre o meio ambiente.

Diante da maior crise hídrica no País em 91 anos, empresas de todos os setores da economia estão buscando novas opções para redução do consumo de energia e água em suas instalações.

Midea lança novo refrigerador

Apostando em qualidade e economia de energia, a Midea destaca seu novo modelo de refrigerador Frost Free SmartSensor 347L. O modelo se destaca em sua categoria pela eficiência energética, atingindo classificação A+++ (220V) e A++ (127V) na nova norma do Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro.

O modelo possui paredes mais finas que aumentam a capacidade interna sem precisar aumentar as medidas externas, ajudando a otimizar o espaço na cozinha, também conta com a tecnologia Smartsensor, que regula a temperatura interna.

“Estamos atentos as novas necessidades do consumidor. Toda linha de produtos que lançamos recentemente foi pensada, além do design moderno, em sustentabilidade ambiental. Nossos produtos são mais econômicos, modernos, com diferenciais que realmente fazem diferença no dia a dia. Com paredes mais finais esse modelo é ideal para quem busca alimentos mais frescos e muita capacidade de armazenagem” relata André Kliemann, Gerente de Produtos Home Appliance.

 

Termoisolantes ganham preferência nas novas obras

Fabricantes e revendedores apostam em tubos e mantas cada vez mais eficientes para coibir ruídos entre paredes e lajes, um investimento considerado inteligente que se paga com o tempo.

Embora os tubos e mantas isolantes possam aumentar entre 5% e 7% o custo final de uma obra, especialmente aquelas consideradas “verdes” e sustentáveis, o investimento nesses componentes compensa, devido à economia na conta de energia elétrica no médio e longo prazo, que ocorrem em função do menor uso de climatização, segundo especialistas da área.

Para atender à crescente demanda do mercado, os fabricantes estão investindo em novos materiais, mais eficientes e acessíveis, processo que tem beneficiado fortemente as revendas, incluindo o reposicionamento de marcas e a diversidade de opções de apresentações para venda no balcão.

Tamanha mudança de visão pode ser contemplada por uma engenharia hoje mais preocupada em resolver problemas geralmente camuflados entre lajes e paredes – os excessivos ruídos no sistema hidrossanitário, que tiram o sono de quem mora em casa ou apartamento, se hospeda em hotéis ou trabalha em conjuntos comerciais.

Atualmente em construção na região central de São Paulo e orçado em R$ 2,7 bilhões, o Cidade Matarazzo – complexo multifuncional destinado à hospitalidade, cultura, gastronomia, moda e entretenimento – enquadra-se no rol de projetos que busca solucionar esse problema, uma vez que está investindo em isolamentos termoacústicos.

Escolhida como fornecedora desses componentes para a Torre Mata Atlântica – projeto assinado pelo francês Jean Nouvel –, a multinacional Armacell abastece a obra com o FonoBlock Hidro 20 mm, isolamento à base de espuma elastomérica que revestirá todas as tubulações de esgoto, águas pluviais e ventilação.

Outro cuidado acústico, cada vez mais valorizado em empreendimentos como este, é a atenuação de ruídos entre os andares, incluindo aqueles causados por passos mais fortes e arrastamento de móveis. Para isso, o piso de cada dormitório receberá a aplicação de outro produto, o FonoBlock Laje 8 mm, manta especial produzida a partir de multicamadas de polietileno.

Para o isolamento térmico dos tubos e dutos do sistema de condicionamento de ar, foram escolhidos os isolantes à base de espuma elastomérica AF/Armaflex. Aplicados com o uso do adesivo 520 S, tubos e mantas também envolverão todos os condutores de ar-condicionado do Hotel Rosewood São Paulo, que compõe o projeto do Cidade Matarazzo.

“Além da qualidade comprovada, o fato de a Armacell possuir fábrica no Brasil, em São José (SC), nos tranquiliza quanto à disponibilidade do produto”, afirma Ricardo Murakami, gerente de suprimentos da Prodac, empresa que vem executando a instalação do isolamento térmico em consórcio com a Climapress.

Para Fernando Ricardo Sayão, assistente de engenharia da RFM Construtora, empresa responsável pelo Cidade Matarazzo, mais do que o cumprimento de requisitos técnicos, as tecnologias de isolamento visam atender ao rigor das obras de alto padrão. Afinal, seria frustrante para quem investe milhões em um imóvel ter de ouvir, especialmente de madrugada, a descarga dada pelo condômino do andar de cima.

“Por sermos especializados nesse perfil de edificação, produtos como os da Armacell nos permitem agradar aos clientes mais exigentes e detalhistas. Neste caso, a instalação desde o início tem corrido tranquilamente, atendendo às expectativas”, enfatiza.

Com três mil funcionários e 23 unidades de produção em 15 países, a empresa opera em dois negócios principais –isolamento avançado e espumas de engenharia.

Com operações no Brasil desde 1995, a Armacell transferiu a sua planta fabril em Pindamonhangaba (SP) para São José (SC), a partir de 2018. A empresa fornece uma ampla gama de produtos para grandes projetos de construção naquela região, incluindo isolantes térmicos para sistemas de refrigeração e ar condicionado. A multinacional alemã acredita tanto nesta tendência que em 2018 adquiriu a chinesa De Xu, fabricante de espuma elastomérica flexível Sinoflex, que tem instalações em Yingde, província de Guangdong.

Eficiência

A evolução de produtos é igualmente uma das características da Epex, indústria com sede em Blumenau (SC) que oferece ao mercado produtos e soluções em termoplásticos expandidos e espuma elastomérica.

Um exemplo está na linha Tubex Inverter, produzida com uma tecnologia que permite o uso de um material com maior número de células por centímetro quadrado, tornando o isolamento mais eficaz, com baixa condutividade térmica, além de promover melhorias no revestimento do tubo, com maior resistência à radiação ultravioleta (UV) e à difusão do vapor de água.

Além do desenvolvimento de um produto mais eficiente, a empresa pensou em facilitar o trabalho da cadeia de consumo, a partir das revendas até o consumidor final. A ideia foi colocá-lo em embalagem slim, contendo 20 barras (40 metros), precisando o varejista somente entregar múltiplos de 20 barras para o instalador. Assim, evita-se o trabalho de contar as peças no balcão.

“Todos são beneficiados, pois reduz-se o tempo de espera no atendimento da loja e agrega-se valor ao serviço, chegando na obra com o produto bem embalado e apresentável para o cliente final”, justifica a administradora Jucimara Crispim, diretora comercial da Epex.

A indústria brasileira é distribuidora exclusiva para a América Latina da espuma elastomérica Wincell, isolamento de alta performance fabricado na China. Na planta em Blumenau, fabrica a linha Tubex e outros produtos do gênero. E em Pernambuco conta com um depósito de 800 m2, com o objetivo de auxiliar e agilizar as entregas para os estados do Nordeste.

A gestora afirma que a Epex atua em alguns negócios B2B, mas o principal canal de comercialização é formado pelas revendas voltadas HVAC-R em todo Brasil. Ao olhar o movimento do mercado, ela diz trabalhar com as melhores perspectivas para o segundo semestre deste ano e para 2022. “Estamos investindo em tecnologia de fabricação, desenvolvimento de novos insumos e matérias-primas, além de fechar parcerias com profissionais que representam o setor, tudo para fomentar e atender da melhor forma à demanda que, com certeza, está por vir”, complementa Jucimara.

Governo limita ar-condicionado em repartições públicas a 24ºC

O Governo editou um decreto (24/08) no Diário Oficial em edição extra, que recomenda que o resfriamento do ar-condicionado em repartições federais seja de até 24ºC.

O texto estabelece medidas para redução do consumo de energia elétrica na administração pública federal.

Segundo o site do Ministério de Minas e Energia, “[a] administração pública direta e indireta dispõe hoje de mais de 22 mil edificações próprias e cerca de 1.400 imóveis alugados, como escritórios, escolas, hospitais e universidades, representando uma parcela significativa do consumo total de eletricidade no País.”

Espera-se, com a medida, que o poder público reduza entre 10% e 20% o consumo de eletricidade, quando comparado com o consumo anterior à pandemia”.

As medidas entram em vigor dia 01 de setembro.

 

Fonte: O Antagonista

Emerson lança eletroválvulas bidirecionais e tridirecionais

A Emerson lançou uma gama de eletroválvulas bidirecionais e tridirecionais que apoiam a necessidade dos fabricantes de ativos originais (OEMs) de desenvolver máquinas e ativos mais compactos sem comprometer o desempenho do controle de fluidos.

A pegada global reduzida das Séries 256/356 ajuda os OEMs a otimizar o layout interno de seus ativos, permitindo que mais opções de controle de fluido de alto desempenho sejam integradas em um produto final menor e mais elegante. Isso é especialmente importante para os fabricantes de máquinas de café e outros distribuidores de bebidas, de aquecimento, ventilação e ar condicionado, de bombas e compressores, de ativos de soldagem e de dispositivos analíticos e médicos.

Alcançar faixas de pressão comparativas em uma válvula menor normalmente resulta em aumento do consumo de energia, mas as Séries 256/356 reduzem o uso de energia em até 40%. Isso permite que os OEMs apliquem uma válvula menor enquanto combinam ou melhoram o desempenho de controle de fluido da versão anterior e fazem economias significativas de energia.

A faixa de pressão de algumas versões das Séries 256/356 redesenhadas aumentaram em até 30% em comparação com as versões anteriores, permitindo que elas sejam usadas em aplicações mais exigentes, como lavadoras de alta pressão e distribuidores de combustível de hidrogênio. O desempenho da versão de tensão CC é agora semelhante ao da versão de tensão CA, permitindo que os custos gerais do sistema sejam reduzidos, eliminando a necessidade de conversão em energia CA para maximizar o desempenho da eletroválvula.

“A Emerson projetou as Séries 256/356 do zero, criando uma gama de eletroválvulas que define uma nova referência em tecnologia de controle de fluidos, diminuindo a pegada global e o consumo de energia, além de aumentar as faixas de pressão”, disse Erik VanLaningham, vice-presidente de marketing global para o negócio de automação industrial da Emerson. “Essas melhorias de desempenho são complementadas por uma ampla escolha de materiais da estrutura e opções de conexão. Isso fornece aos OEMs a mais ampla gama de opções de um fornecedor de fonte única confiável para atender de forma confiável às suas diversas demandas de aplicações”.

As Séries 256/356 oferecem uma seleção de materiais da estrutura, incluindo latão sem chumbo, aço inoxidável e um compósito projetado que é 20% mais leve que o latão e atende aos padrões globais de saúde e segurança para aplicações em alimentos e bebidas. Segundo a empresa, as válvulas são estanques à poeira, com classificação IP67 e submersíveis em até um metro de água, tornando-as adequadas para ambientes agressivos, aumentando a confiabilidade e prolongando a vida útil das máquinas. As aprovações de terceiros para uma ampla variedade de padrões da indústria, como NSF 169 e EC 1934 para aplicações em alimentos e bebidas, ajudam os OEMs a reduzir o tempo de colocação no mercado de novos produtos.

Aperfeiçoamento do PBE beneficia indústria, consumidores e meio ambiente

As mudanças trazidas pela legislação de eficiência energética tornarão mais rigorosos os critérios para homologar um equipamento como “Classe A” – aqueles que consomem menos energia elétrica – e evidenciarão a economia dos aparelhos com compressor de velocidade variável e inversor de frequência.

A partir de 31 de dezembro de 2022, fabricantes e importadores deverão fornecer para o mercado nacional somente aparelhos de ar condicionado em consonância com as mudanças previstas na Portaria Inmetro 234, publicada em 29 de junho.

Esse grupo de empresas terá, ainda, mais seis meses para escoar todo o estoque fabricado antes da data-limite. Já o varejo terá até 30 de junho de 2024 para comercializar o estoque antigo. Depois disso, esse processo será possível apenas com a nova etiqueta.

De um lado, os novos critérios de avaliação do nível de eficiência energética atendem à necessidade do mercado, passando a considerar também a carga parcial e não somente a plena carga. De outro, vão ajudar o consumidor final, leigo em questões técnicas, que necessita de informação de qualidade para tomar a melhor decisão de compra.

“A nova metodologia de testes e etiquetagem se aproxima muito mais da situação real de uso de um condicionador de ar, uma vez que a carga térmica do ambiente climatizado e a temperatura externa variam bastante não somente ao longo do ano, mas também de um mesmo dia”, explica Luciano Marcatto, diretor de eficiência energética da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Além disso, exemplifica o dirigente, “o Brasil, devido à sua extensão e diferença de hábitos e diversidade de culturas, tem um mercado muito focado em equipamentos quente-frio no Sul e em parte do Sudeste, e em aparelhos somente frio nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste”.

Marcatto entende que a chegada das novas regras do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) foi um passo importante para o mercado nacional, pois durante muitos anos o antigo formato da etiqueta e os padrões de testes podem ter levado consumidores menos esclarecidos sobre os benefícios da compra de produtos de climatização com tecnologia mais avançada a não terem tomado a melhor decisão de compra.

“Como a maioria dos produtos até então era classificada como ‘Classe A’, o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) não vinha cumprindo seus principais objetivos, que são apoiar o consumidor na decisão de compra e incentivar o desenvolvimento tecnológico. A nova portaria faz com que o PBE recupere sua importância neste sentido”, complementa.

O diretor da Abrava lembra ainda que a Portaria 234 foi construída em conjunto com associações, universidades, ONGs, fabricantes, laboratórios, entre outros participantes.

Segundo o Inmetro, esses agentes contribuíram para um intenso estudo técnico de produto, processo e mercado, que incluiu a discussão com as partes interessadas, ensaio de equipamentos e consulta pública realizada entre fevereiro e março deste ano, que contou com 158 contribuições de 20 diferentes entidades do setor produtivo.

Indústria
Os novos critérios estabelecidos pela portaria do Inmetro são um incentivo para a indústria investir em produtos mais tecnológicos e energeticamente mais eficientes.

Para Marcatto, tal mudança de rumo ajudará o mercado a ser capaz de identificar os benefícios obtidos com investimentos em tecnologia, acelerando a introdução de produtos alinhados com plataformas globais dos principais fabricantes, inclusive ambientalmente mais seguros, ao gerar menos emissões de carbono.

“Isso poderá trazer ganhos de escala com tecnologia mais atual, que facilita a transferência de menores custos para as subsidiárias no Brasil. Ao mesmo tempo, as fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM) vão conseguir trabalhar com a exportação desses produtos, não ficando ‘amarradas’ ao sistema de etiquetagem que visava critérios só válidos no mercado brasileiro”, projeta.

De acordo com o dirigente, no caso da infraestrutura elétrica das edificações, a instalação de equipamentos com maior eficiência em cargas parciais levará, naturalmente, a uma maior migração para os sistemas inverter

“Devido às caraterísticas de funcionamento mais suave e sem picos elétricos na partida, o Inverter evita que ocorram picos durante o liga e desliga, problemas comuns aos equipamentos convencionais de velocidade fixa. Paralelamente, proporciona o aumento do conforto dos usuários, tais como menor nível de ruído e vibração e maior capacidade de adaptação a mudanças bruscas das condições de ocupação e carga térmica, com maior velocidade de resposta”, explica Marcatto.

Entenda as mudanças
O PBE é um programa pelo qual se atesta o desempenho dos produtos considerando critérios de eficiência energética, ruído, utilização de recursos naturais, entre outros.

Nova classificação é fundamental para que os consumidores possam diferenciar os aparelhos de ar condicionado, diz Danielle Assafin, do Inmetro

No caso dos aparelhos de ar condicionado, o principal item de ensaio é a eficiência energética para a refrigeração do ar, sendo o equipamento classificado de A, para os que consomem menos energia, a D, para os que consomem mais energia.

A Etiqueta Nacional de Consumo de Energia (ENCE) é o selo de conformidade que evidencia o atendimento pelo produto aos requisitos estabelecidos no PBE e informa ao consumidor aspectos relevantes para a tomada de decisão de compra, incluindo o consumo energético ou a classificação quanto ao desempenho.

Pelas regras ainda em vigor, os aparelhos de ar condicionado do tipo Inverter e não Inverter são ensaiados da mesma forma e classificados com os mesmos critérios, com os aparelhos configurados em carga total. Assim, numa mesma “Classe A”, por exemplo, convivem aparelhos com e sem inversores de frequência, ainda que os primeiros sejam, em geral, mais econômicos.

Ocorre, porém, que a característica dos condicionadores de ar Inverter é justamente regular o fluxo de energia do sistema, alterando a velocidade do compressor e reduzindo o consumo de energia quando se detecta que o ambiente precisa de menos refrigeração ou aquecimento.

Com o aperfeiçoamento, os aparelhos Inverter serão submetidos ao método de carga parcial, o que evidenciará o ganho de eficiência que se tem com a utilização dessa tecnologia.

“Assim, quando configuramos o aparelho em carga parcial, simulamos melhor o funcionamento do Inverter e, com isso, obtemos um indicador de eficiência energética mais fidedigno”, explica Danielle Assafin, pesquisadora do Inmetro e responsável pelo PBE para condicionadores de ar.

Segundo a especialista, essa nova classificação de eficiência energética é fundamental para que os consumidores possam realmente diferenciar os produtos que atualmente são comercializados. Estudos apresentados pelos fabricantes revelam que um condicionador de ar Inverter pode economizar até 47% de energia elétrica, em relação aos equipamentos com compressores de velocidade fixa.

Outro dado importante é a adoção da métrica sazonal para o cálculo da eficiência energética do condicionador de ar, que considera os cálculos baseados nas temperaturas que ocorrem ao longo do ano e na frequência de utilização do aparelho para cada temperatura.

A introdução dessa métrica considerará os resultados do estudo coordenado pelo Programa de Conservação de Energia Elétrica (Procel), gerenciado pela Eletrobras, que determinou a curva média de temperatura para o Brasil e, com base nos resultados da Pesquisa de Posses e Hábitos de 2020, que estimou a frequência de utilização dos condicionadores de ar pelos brasileiros.

“Dessa forma, o cálculo do índice de desempenho e do consumo energético anual será realizado com base nas características médias do clima do Brasil e do uso do condicionador de ar pela população brasileira”, ressalta Danielle.