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Kaká é anunciado como novo embaixador da LG

A LG Electronics firmou parceria com Ricardo Izecson dos Santos Leite, o Kaká, ex-jogador de futebol, para ser o novo embaixador da marca. O anúncio faz parte da campanha “Life’s Good”, que busca transmitir mensagens de otimismo e superação.

Kaká, conhecido pela carreira no futebol e por superar desafios pessoais e profissionais, será o rosto das ações da LG. A marca pretende reforçar a ideia de que acreditar na própria trajetória e enfrentar adversidades com determinação são formas de encarar a vida. A campanha também terá ações nas redes sociais, incentivando o compartilhamento de momentos positivos.

LG inicia Expedição 2024 para capacitação de instaladores de ar-condicionado

A LG deu início, nesta quarta-feira (4), à Expedição LG 2024, evento anual que promove a capacitação de instaladores e profissionais de ar-condicionado. A edição deste ano passará por seis capitais, começando em Florianópolis (SC) e seguindo por Belo Horizonte (MG) no dia 11 de setembro, Goiânia (GO) em 18 de setembro, Teresina (PI) em 2 de outubro e Fortaleza (CE) em 9 de outubro. O encerramento será em São Paulo (SP) em 7 de novembro, com um evento fechado para instaladores convidados.

A programação da Expedição inclui palestras, treinamentos e dinâmicas que apresentam as últimas tendências e inovações do setor de climatização. O Esquadrão LG, formado por 12 profissionais embaixadores da marca, conduzirá simulações, explicará produtos e soluções, além de tirar dúvidas dos participantes.

Empresas parceiras do ecossistema de instalação de ar-condicionado, como Armacell, Chemours, Rothenberger, Brasil Soldas e Controlbox, também participam do evento com estandes, patrocínios e exposições de produtos.

Uma novidade desta edição é a ação social vinculada ao evento: os profissionais que desejam participar devem se inscrever no site da Expedição e doar 1 kg de alimento não-perecível. Os alimentos arrecadados serão destinados a instituições de caridade nas cidades-sede, escolhidas pelos próprios instaladores.

Rodrigo Fiani, vice-presidente de Vendas de IT, B2B e ar-condicionado da LG Business Solutions Brasil, destacou a importância da iniciativa: “A LG é pioneira no investimento em ações de capacitação para instaladores de ar-condicionado. Em 2023, conseguimos treinar mais de 900 profissionais em todo o Brasil. Estamos muito felizes em seguir com essa iniciativa, garantindo ao consumidor final uma assistência técnica melhor, já que a disseminação de conhecimento ajuda a qualificar essa mão de obra.”

Johnson Controls-Hitachi lança linha airCore Sigma

A Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado do Brasil anunciou nesta terça-feira (3) o lançamento da linha de produtos airCore Sigma, voltada para aplicações em grandes espaços comerciais, como edifícios, indústrias e varejos de alimentos. O evento ocorreu em São José dos Campos, no interior paulista.

A nova linha é projetada para atender às demandas de projetos comerciais que priorizam a eficiência e a versatilidade das unidades externas. Segundo a empresa, os equipamentos oferecem maior desempenho e durabilidade, além de flexibilidade na instalação, com kits adicionais disponíveis para adaptações específicas.

Entre os principais destaques do airCore Sigma estão a melhoria da eficiência energética, alcançada por meio de um sistema de ventilador duplo e de um trocador de calor com formato Σ, tecnologia utilizada pela Hitachi em seu sistema VRF. De acordo com a empresa, o design reduz curtos-circuitos no fluxo de ar, aumentando a eficiência na troca de calor e na saída de ar.

As novas unidades também utilizam compressores scroll, que são conhecidos pela eficiência e baixo nível de ruído. A empresa afirma que esses compressores garantem uma operação econômica e eficaz.

A linha airCore Sigma foi desenvolvida para suportar condições adversas, como alta incidência de maresia, soluções salinas e poluição atmosférica. O gabinete dos equipamentos é revestido com pintura eletrostática, e as aletas são Gold Coated, o que oferece proteção adicional contra corrosão. Os parafusos externos são feitos de aço inoxidável com tratamento de superfície DacrometTM.

A Johnson Controls-Hitachi destaca ainda que o produto é leve e compacto, facilitando o transporte e a instalação, que pode ser feita com guindaste ou elevador. A unidade externa permite a escolha da direção de saída dos tubos de interligação, adaptando-se a diferentes espaços.

Outro ponto ressaltado pela empresa é a redução da área necessária para a instalação das unidades externas, uma demanda frequente do mercado. A nova linha apresenta diminuição significativa do espaço ocupado, com alguns modelos atingindo até 134% de redução em comparação com outros produtos da marca destinados à mesma aplicação.

O airCore Sigma já está disponível para o mercado brasileiro de HVAC, e a empresa acredita que o novo produto atenderá às necessidades específicas dos clientes, oferecendo um desempenho confiável e de longo prazo.

Futuro do ensino em um mundo cada vez mais digital

O aumento do uso das redes sociais tem transformado a educação de diversas maneiras. Enquanto o ensino tradicional ainda predomina em muitas instituições, o ensino via redes sociais tem ganhado espaço, mas é preciso estar atento ao que se aprende, em especial, no acesso a tutoriais de HVAC-R.

 A indústria de HVAC-R está enfrentando uma transformação significativa com a crescente influência das redes sociais e das plataformas digitais. Este fenômeno apresenta tanto desafios quanto oportunidades para o ensino e a formação profissional na área. Tanto o ensino tradicional quanto o ensino via redes sociais têm suas próprias vantagens e desvantagens. A escolha entre um método e outro depende das necessidades e circunstâncias individuais. Enquanto o ensino tradicional oferece uma estrutura e interação pessoal valiosas, o ensino via redes sociais proporciona flexibilidade e acessibilidade que podem ser essenciais para muitos. Idealmente, um modelo híbrido que combine o melhor dos dois mundos pode oferecer uma solução equilibrada, aproveitando a estrutura e os recursos do ensino tradicional com a flexibilidade e inovação das redes sociais.

Porém, há muita polêmica sobre o tema. Muitos profissionais desprezam o ensino e se apoiam no conhecimento de tutoriais publicados em várias plataformas digitais, comprometendo a qualidade de seus serviços, negligenciando aspectos como segurança, levando a erros que podem resultar em grandes avarias para os sistemas quanto a ele próprio, se envolvendo em acidentes a até levando a óbito.

Na opinião de Carmosinda Santos, técnica em refrigeração e ar condicionado, segurança do trabalho, engenheira mecânica e representante do CRT/SP (Conselho Regional Técnico do Estado de São Paulo), nenhuma rede social influencia sua forma de aprender e de se atualizar em relação ao HVAC-R.

“Eu tenho uma formação acadêmica antiga vinda da base do SENAI Oscar Rodrigues Alves e busco conhecimento em literaturas específicas da área, nas normas da ABNT, ASHRAE e SMACNA e catálogos técnicos dos produtos.

Carmosinda Santos

Não costumo buscar informações e conhecimento nas redes sociais, pois observo que a maioria das informações que chega através dessas plataformas digitais são vazias ou com contextualização distorcida. Eu não acredito que as informações via redes sociais irão substituir o ensino tradicional no HVAC-R, pois é necessário a dinâmica prática em laboratório. Então, quando falamos de disciplinas técnicas relativas à área de exatas, incluindo a elétrica, comandos, sistemas de refrigeração, ou seja, os trabalhos manuais que precisam da destreza humana, como aprender a utilizar ferramentas, temos que executar. Na minha opinião, o aprendizado, principalmente através de tutoriais, não vai vingar, uma vez que é fundamental a etapa prática deste processo, isso inclui a experiência 3D através de IA. Mesmo com simulações, isso não te dá a percepção real, a do tato. Já fiz alguns treinamentos em 3D, mas nada substitui o treinamento em campo”, informa Carmosinda.

Da mesma opinião compartilha Valdemir Oliveira da Silva, Coordenador de Manutenção da OAM Engenharia, sócio e instrutor da Oficina Escola: “Acredito que o aprendizado via redes sociais não vai substituir o ensino tradicional, vejo muito mais como uma ferramenta complementar, gerando novas vias para debates, resolução de problemas e até divulgação mais fácil de novos métodos, mas o ensino tradicional, se bem aplicado, é importante para a construção de uma base sólida em HVAC-R”.

Valdemir acrescenta que as redes sociais contribuíram muito para uma maior divulgação e valorização da área. “Hoje, temos diversos perfis de instrutores compartilhando seus conhecimentos, alunos publicando seus aprendizados, marcas divulgando novas tecnologias, escolas divulgando seus cursos, então acredito que o acesso ao conhecimento se tornou mais acessível e ágil.  Todo esse movimento permitiu um crescimento da comunidade refrigerista e as redes promovem uma conexão maior com essas pessoas e a troca de experiências com elas”.

 Desafios e benefícios do mundo digital

Para Carmosinda, o aprendizado em redes sociais é complicado. “Por exemplo, quando você recebe aprendizado técnico via academia, há uma grade curricular estipulada pelo Ministério da Educação, o que não acontece no ensino informal das plataformas digitais.  Nas redes sociais, as informações são avulsas e fragmentadas, nem sempre referenciam as fontes, tornando informação vulnerável. É preciso tomar muito cuidado com esse fato. Vejo que boa parte dessas informações chegam até nós por experiências em campo, mas isso é só uma parte de um todo, onde é preciso treinamento técnico. Outro ponto é que as informações das plataformas digitais se referem muito a produtos de determinadas marcas e não a técnica em si. Já no ensino tradicional, o profissional aprende a técnica que se aplica a qualquer produto ou marca, orientada por um profissional capacitado”.

Ela chama a atenção sobre as informações incorretas ou enganosas sobre HVAC-R nas redes sociais: “Vemos muitas pessoas divulgando informações técnicas, mas não sabemos qual formação ela tem, a sua expertise na área, que tipo de conhecimento ou atualização profissional recebeu. É um jeito rápido de aprendizado medíocre e muitos profissionais hoje se utilizam dessas informações para realizar serviços, comprometendo a qualidade de mão de obra especializada no setor de HVAC-R. O papel do 31hoje ganhou notoriedade, mas é preciso filtrar essas informações, pois não sabemos qual embasamento técnico ele utilizou, se o que ele está divulgando é realmente verdadeiro na questão do ensino profissional. Vejo que nas redes sociais, as pessoas se importam mais com número de seguidores, likes, do que as informações de qualidade”.

Dentre os benefícios do aprendizado via redes sociais, Valdemir destaca a facilidade de acesso, a possibilidade de acesso a conteúdo em sua maioria gratuito, contudo, ao mesmo tempo que conecta diversas pessoas, isso dá margem para qualquer pessoa com conhecimento mínimo, propagar inverdades ou informações direcionadas tendo em vista benefício próprio, afinal, até perfis gratuitos precisam gerar lucro de alguma maneira.

Valdemir Oliveira da Silva

“Acho importante mensurar e avaliar em mais de um local as informações encontradas nas redes. Eu vejo que a maior dificuldade é transformar os conhecimentos teóricos em práticos, quando a plataforma não tem essa preocupação e cuidado em transformar a teoria em algo visual e prático, existe uma sensação de conhecimento incompleto. Então sempre tenho essa preocupação ao usar essas plataformas. Sempre ressalto que essa amplitude em comunicação abre margem para qualquer pessoa propagar sua opinião e conhecimentos, então, aquela pessoa pode estar desatualizada ou até mesmo propagando algum conhecimento a seu favor. Quando me deparo com situações como essa procuro propagar o conhecimento correto, divulgando as fontes do meu conhecimento e abrindo um diálogo para um debate com a pessoa/perfil, com trocas benéficas”, enfatiza Valdemir.

Ele acredita que o cenário futuro será o aproveitamento dos melhores aspectos do ensino tradicional conciliado ao mundo digital.” É exatamente esse cenário que venho buscando, não esquecer os fundamentos e a base muito forte do ensino tradicional, mas transformá-lo em um conhecimento acessível, inclusive financeiramente, prático e versátil, onde as pessoas possam escolher se manter em constante evolução e aprimorando seus conhecimentos usando todas as ferramentas possíveis ao seu favor. O mundo digital é muito benéfico quando usado com coerência e aliado a bons comunicadores e é isso que enxergo para o futuro. As plataformas digitais permitiram um olhar para a arte que é essa área, possibilitando aos profissionais conhecerem além do tradicional, aumentando sua capacidade de enxergarem não apenas um trabalho, mas também, uma profissão com um campo de conhecimento vasto e em completa ascensão, além da facilidade na busca para adquirir os conhecimentos necessários da área”, explica Valdemir.

Carmosinda complementa que, enquanto o segmento de HVAC-R não entender o papel de cada instituição, futuramente acontecerão muitos mais acidentes do que já presenciamos hoje: “Por exemplo, o CTR habilita o profissional para trabalhar em campo, porém, muitos profissionais recorrem a treinamentos de fabricantes, mas legalmente, esse profissional não tem embasamento e não possui a habilitação técnica e desempenha um papel fundamental para os instaladores dessa área. Ao oferecer diretrizes técnicas atualizadas e normas de segurança, o conselho assegura que os profissionais estejam sempre informados sobre as melhores práticas e inovações no setor. Além disso, promove treinamentos e certificações que garantem a competência e a qualidade dos serviços prestados, aumentando a confiança dos clientes e contribuindo para a segurança e eficiência das instalações”, conclui.

Mercofrio 2024 traz como um dos temas a importância da ventilação em ambientes hospitalares

Para garantir a saúde dos pacientes, planejamento dos espaços requer a colaboração entre diferentes profissionais

O 14º Congresso Internacional de Ar Condicionado, Refrigeração, Aquecimento e Ventilação apresenta em sua programação atividades que abordam o desenvolvimento de ambientes hospitalares projetados para assegurar a circulação eficiente do ar. Na terça-feira (10/09), será realizado o minicurso “Simulação CFD de uma Sala de Operação Hospitalar: Metodologia, Passo a Passo e Comparação com Dados Experimentais”, com o engenheiro mecânico Lisandro Maders, e na quarta-feira (11/09), será apresentado o painel “Ambientes Hospitalares: Expectativa, Necessidades e Realidade”, com os engenheiros mecânicos Mário Alexandre Ferreira, Wili Hoffmann e Bruno Perazzo, além do engenheiro civil Carlos Marczyk.

O minicurso mostrará o passo a passo da montagem do protótipo virtual de uma sala de operação hospitalar por meio da simulação da Dinâmica dos Fluidos Computacional (CFD). Segundo Lisandro, essa metodologia oferece mais detalhes do que um modelo analítico, produzido de forma mais simplificada.

“Conseguimos ter um nível de detalhe muito mais alto, como o valor da velocidade, temperatura, pressão do ar e de algum contaminante ou poluente, ao contrário dos modelos analíticos mais simples, que entregam somente um valor médio de velocidade. Como consequência, conseguimos reduzir o custo e o tempo de entrega de um produto ou de uma solução para o mercado, porque podemos criar um protótipo virtual ao invés de um real, que seria bastante custoso e demandaria muito trabalho”, destaca.

O painel discutirá as expectativas relacionadas às instalações de climatização em ambientes hospitalares, focando na mitigação do risco de contaminação e na melhoria da qualidade do ar interior.

“Ambientes hospitalares concentram um número significativamente maior de pessoas doentes em comparação com outros espaços públicos. Por isso, a principal expectativa é proporcionar condições seguras para evitar a contaminação entre as pessoas, além de assegurar os parâmetros essenciais da qualidade do ar. Os sistemas de climatização são eficazes em reduzir o risco de contaminação pelo ar, embora não sejam capazes de evitar outras formas de transmissão”, afirma o engenheiro mecânico Wili Hoffmann.

O especialista também pontua que os pacientes presentes nos hospitais têm diferentes necessidades. Alguns requerem proteção contra qualquer contaminação externa, necessitando de condições específicas, conhecidas como PE (Ambiente Protegido). Por outro lado, pacientes que emitem contaminantes infecciosos pelo ar, como os infectados pela COVID-19, precisam de ambientes AII (Ambiente Isolado) para minimizar o risco de contaminação.

“Para atender a essas necessidades, as instalações devem ser planejadas e projetadas com a colaboração entre diferentes disciplinas. A arquitetura e os fluxos de pessoas (pacientes, profissionais de saúde, visitantes, acompanhantes), além de rejeitos, materiais esterilizados e contaminados, devem ser definidos de forma coerente e com a participação de todos. É fundamental que as escolhas de acabamentos, limpeza e desinfecção sejam claramente estabelecidas”, relata.

Além disso, o engenheiro afirma que, após a pandemia de COVID-19, houve maior conscientização sobre sistemas de climatização. Porém, ele destaca que esses sistemas não impedem completamente a contaminação.

“Para mim, a pandemia trouxe uma expectativa exagerada sobre a capacidade dos sistemas de climatização, atribuindo-lhes uma responsabilidade maior do que realmente podem suportar. Sistemas mal projetados, instalados ou mantidos sempre agravaram o problema, seja durante uma pandemia ou não. Esses problemas deveriam ter sido evitados muito antes. O que ocorreu, na minha visão, é que os sistemas passaram a ser vistos tanto como vilões quanto como heróis, capazes de evitar qualquer tipo de contaminação. Eles podem ser considerados vilões quando há descuido nos processos de manutenção, mas esperar que esses sistemas sejam completamente eficazes para evitar a contaminação, mesmo quando operando corretamente, é um equívoco”, finaliza.

O Mercofrio 2024, organizado pela ASBRAV – Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação, ocorrerá de 10 a 12 de setembro no BarraShoppingSul, em Porto Alegre.

Especialista em refrigeração e eletrônica

CLUBE CAST DO FRIO  – Ricardo Mizugai, referência em reparos eletrônicos na Alameda Glete, São Paulo.

Alta empregabilidade no setor de Refrigeração e Climatização atinge 94,5%

Demanda da indústria por técnicos cresce com novas tecnologias e questões ambientais.

Um levantamento realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) entre 2021 e 2023 revelou que o curso técnico em Refrigeração e Climatização alcançou o 4º lugar em empregabilidade, com uma taxa superior a 94,5%. Esse dado impressionante reflete a crescente demanda da indústria por profissionais qualificados nessa área, especialmente em um cenário de aquecimento global e adoção de novas tecnologias.

O estudo, que analisou a empregabilidade de ex-alunos até um ano após a conclusão de seus cursos, destacou que 84,4% dos egressos de cursos técnicos estão empregados nesse período, marcando o melhor resultado desde a primeira edição da pesquisa. O curso de Refrigeração e Climatização figura entre os dez cursos com melhor desempenho, superando a marca de 90% em empregabilidade.

Segundo Felipe Morgado, superintendente de Educação Profissional e Superior do Senai, a alta empregabilidade desses cursos está fortemente vinculada à demanda da indústria por mão de obra especializada. “O aquecimento global é um fator que impulsiona a demanda por técnicos em refrigeração, enquanto a inserção de novas tecnologias na indústria explica o bom desempenho de cursos como automação e eletromecânica”, explica.

A pesquisa demonstra a relevância dos cursos técnicos como um caminho eficaz para a inserção rápida no mercado de trabalho, especialmente em setores onde a demanda por profissionais qualificados continua a crescer.

Confira a lista dos cursos com as melhores taxas de empregabilidade:

  1. Mecânica – 96,5%
  2. Alimentos – 95,2%
  3. Mecânica de Manutenção – 94,7%
  4. Refrigeração e Climatização – 94,5%
  5. Eletromecânica – 94,4%
  6. Automação Industrial – 93,2%
  7. Fabricação Mecânica – 93%
  8. Eletrotécnica – 92,7%
  9. Soldagem – 91,3%
  10. Manutenção de Máquinas Industriais – 90,6%

Essa alta taxa de empregabilidade reflete a importância de investir em formação técnica, que se mostra alinhada às necessidades do mercado e garante aos egressos uma vantagem competitiva na busca por emprego.

Governador do Paraná sanciona lei que institui Semana da Qualidade do Ar Interior

O governador do Paraná sancionou a lei que cria a Semana Estadual da Qualidade do Ar Interior (QAI). A iniciativa, resultado do projeto de lei 428/2023, estabelece que as atividades ocorram anualmente na semana do dia 14 de agosto, coincidindo com o Dia Interamericano da Qualidade do Ar.

O principal objetivo da lei é conscientizar a população sobre a importância da qualidade do ar em ambientes internos, tanto coletivos quanto individuais. A legislação inclui a realização de palestras, seminários e campanhas educativas. O deputado Cobra Repórter, autor do projeto, afirmou que a lei busca garantir ambientes mais saudáveis para a população.

A Semana da Qualidade do Ar Interior passa a integrar o Calendário Oficial de Eventos do Estado. A lei visa prevenir a propagação de doenças respiratórias em ambientes fechados, destacando a necessidade de manutenção regular dos sistemas de climatização, conforme o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC), estabelecido pela Lei Federal nº 13.589/2018.

Além de conscientizar a população, a lei prevê a modernização de sistemas de ventilação em locais de uso coletivo, como hospitais e escolas, para garantir padrões mínimos de qualidade do ar.

Fábrica de refrigeração pode se instalar no Pará

Representantes da Spig Torres de Resfriamento, empresa paulista do setor de refrigeração, participaram de uma reunião em Belém para avaliar a instalação de uma filial no Distrito Industrial de Barcarena. O encontro, realizado na quarta-feira (21), envolveu gestores da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), que apresentaram os incentivos fiscais e as oportunidades de negócio oferecidas pelo Estado.

Os incentivos fiscais oferecidos pelo Pará, que podem chegar a 95% de isenção para novas empresas industriais, foram destacados como um dos principais atrativos para a Spig. A empresa, que busca expandir sua presença na Região Norte, vê o Pará como uma localização estratégica, beneficiada por uma infraestrutura adequada e mão de obra qualificada.

João Luiz Castropil Silva, diretor da Spig, ressaltou que a instalação no Pará permitirá à empresa oferecer um atendimento mais personalizado aos clientes locais. “O apoio da Codec tem sido essencial para nos guiar na escolha do local e na compreensão das possibilidades de incentivos fiscais”, afirmou.

Carlos Ledo, secretário-adjunto da Sedeme, reforçou o compromisso do governo em apoiar o setor industrial e orientou os representantes da Spig a apresentarem uma carta consulta à Secretaria Operacional de Incentivos Fiscais (Secop) para formalizar o pedido de incentivos. Manoel Ibiapina, diretor de Atração de Investimentos e Negócios da Codec, destacou que a instalação de novos empreendimentos no Estado poderá gerar novos empregos e impulsionar o desenvolvimento econômico local.

Setor de ar-condicionado cresce 75% no primeiro semestre, apesar de desafios inflacionários

Produção de Splits dispara em 2024, enquanto setor HVAC-R enfrenta oscilações regionais e pressões nos preços, mantendo-se como um importante gerador de empregos formais no Brasil.

O mercado de ar-condicionado no Brasil apresenta um crescimento moderado em meio a um cenário econômico marcado por desafios inflacionários e variações nas vendas regionais de equipamentos. Dados do primeiro trimestre de 2024, retirados do “Boletim Econômico Termômetro AVACR – agosto 24” do Departamento de Economia e Estatística da ABRAVA, revelam um desempenho misto nas diferentes categorias de produtos, refletindo as condições econômicas e a demanda do mercado.

Os aparelhos de ar-condicionado tipo Split, por exemplo, registraram uma queda na produção anual, passando de 3.925 mil unidades em 2022 para 3.799 mil em 2023. Contudo, no primeiro semestre de 2024, houve um crescimento expressivo de 75,8% nas unidades produzidas, saltando de 1.301 mil em 2023 para 2.280 mil em 2024, segundo dados da SUFRAMA. Esse aumento significativo no início do ano sinaliza uma recuperação na demanda por esses equipamentos.

Por outro lado, os dados sobre os sistemas centrais de ar-condicionado, como os Chillers e as unidades de tratamento de ar (AHU), apresentam um panorama mais complexo. A produção de Chillers, medida em toneladas de refrigeração (TR), subiu ligeiramente de 203.696 TR em 2022 para 204.671 TR em 2023. No entanto, no primeiro semestre de 2024, houve uma retração de 13,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, com a produção caindo de 113.829 TR para 98.204 TR, conforme a RMS Consultoria. Já o segmento de Splitão mostrou uma queda anual de 10% em 2023, mas uma recuperação de 7,6% no primeiro semestre de 2024.

gráfico inflação no mercado de ar condicionado. Fonte: IBGE

Elaboração: Guilherme R.C. Moreira

As vendas regionais de equipamentos HVAC-R refletem essas variações, com diferenças significativas entre as regiões do país. As comercializações de Splits estão concentradas principalmente em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que respondem por 49% do mercado, enquanto São Paulo detém 6% das vendas. No segmento de Chillers, São Paulo lidera com 40% das vendas. O mercado de Splitão tem uma distribuição mais equilibrada, com São Paulo responsável por 26% das vendas e a região Nordeste por 21%. Quanto às AHUs, São Paulo também é o principal mercado, representando 29% das vendas, seguido de perto por Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que juntos somam 27%.

Além das vendas, o setor HVAC-R também se destaca pela geração de empregos formais, especialmente em São Paulo, que concentra 39,33% dos postos de trabalho no setor. Outras regiões como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais também desempenham papéis significativos, com 10%, 6,22% e 5,80% dos empregos, respectivamente. Em Minas Gerais, as atividades relacionadas à manutenção e reparação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial e comercial respondem por 8,1% dos empregos formais no setor, enquanto a instalação e manutenção de sistemas centrais representam 6,4%. A fabricação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial também é relevante, correspondendo a 6,1% dos empregos.

Em suma, o mercado de ar-condicionado no Brasil continua a ser um setor vital, tanto em termos de produção e vendas quanto na geração de empregos, apesar dos desafios inflacionários e das variações regionais.