ESG – Quem se importa, ganha

Há alguns anos (poucos) a sigla ESG tem feito parte do vocabulário e das conversas de empresários e pessoas físicas, defensoras de um planeta mais sustentável.

Publicidade

Pois bem, em inglês, a sigla ESG significa: Environmental, Social and Governance. Como estamos no Brasil, vamos traduzir para a nossa boa, querida – e muitas vezes assassinada – Língua Portuguesa: meio ambiente, social e governança.

Estas palavras praticamente substituíram a palavra sustentabilidade.

Quando se fala em meio ambiente, envolve-se as seguintes questões: poluição atmosférica, biodiversidade, utilização dos solos, recursos naturais, resíduos sólidos, água, entre outros assuntos, ligados ao ecossistema. Trata-se da gestão adequada dos recursos naturais, usados para o crescimento econômico e social.

Para um ambiente construído, de maneira sustentável, os seres humanos devem estar em harmonia com o planeta, inclusive para que as gerações futuras não sejam comprometidas, em sua qualidade de vida. Por isto, o social, na sigla ESG. A equidade e a busca pela igualdade fazem parte deste item.

E a governança são normas, regras e procedimentos adotados para a tomada de decisão nas empresas. Dentre algumas: elaboração de políticas internas, determinação de direitos e responsabilidades entre os colaboradores, inclusão e diversidade, participação ativa do conselho de administração, diretores, partes interessadas e o mercado consumidor.

Mas, esta prática não é exatamente novidade. Algumas empresas já a praticam, de forma inconsciente há anos. Os primeiros relatos datam de 1950, quando a população mundial começou a crescer e ‘a luz sobre este tema foi acesa’. Em 1972, em Estocolmo (Suécia), o tema foi abordado de maneira mais contundente, em conferência da Organização das Nações Unidas (ONU).

De lá para cá, o planeta sofreu diversas mudanças e, em 2004, o ex-secretário geral da ONU, Kofi Annan, convidou mais de 50 CEOs, das maiores instituições financeiras, a participarem de uma iniciativa conjunta, para encontrar maneiras de integrar o ESG aos mercados de capitais. Desta reunião foi emitido o relatório ‘Quem se importa, ganha’, que desenvolveu diretrizes e recomendações sobre como integrar essas questões.

Em 2015, a ONU compôs uma agenda mundial para a criação e prática de políticas públicas que visem deixar o planeta sustentável até 2030. E centenas de empresas, inclusive brasileiras aderiram.

Atualmente, pequenas, médias e grandes empresas estão procurando atender a esta agenda. Escolas, universidades organizações do terceiro setor estão trabalhando para entender e melhor aplicar o ESG.

Mas, é tema para outro artigo.

__________

Por Viviane Nunes – Bacharel em Comunicação Social e Direito, sócia da VN Comunicação, empresa especializada em relações institucionais, conselheira da FIESP no Conselho Feminino, Secretária e co-chair de Relações Institucionais do ASHRAE Brasiol Chapter