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Em apenas meia década, PMOC acelera mudanças no setor de climatização

Em apenas cinco anos, a legislação do Plano de Manutenção, Operação e Controle foi responsável por promover uma importante diferença positiva no setor, principalmente porque tornou a adoção do PMOC obrigatória para estabelecimentos que possuem sistemas de climatização central.

Especialistas no tema concordam que o PMOC teve importante papel durante pandemia de covid-19 no País. Quando os primeiros casos da doença foram detectados por aqui, no final de fevereiro de 2020, a Lei 13.589/2018 já estava em vigor há dois anos.

Porém, sua história começou muito antes, a partir da criação da Norma ABNT NBR 13.971/1997. No início dos anos 2000, a trajetória ganhou mais robustez, quando a Anvisa começou a identificar os riscos à saúde associados aos sistemas de climatização central sem a devida manutenção. Em 2003, a agência publicou a Resolução 9/2003, estabelecendo requisitos mínimos para o controle da qualidade do ar interior (QAI) em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo, a exemplo de prédios públicos, shoppings centers, consultórios médicos e odontológicos, laboratórios, clínicas, drogarias e hospitais, entre outros estabelecimentos.

Desde então, o mercado passou a se adaptar às novas exigências, realizando a instalação de equipamentos e sistemas de filtragem de ar, bem como a elaboração e implementação de planos de manutenção, operação e controle dos sistemas de climatização.

Este fator, aliado à Lei 13.589/2018, aos conhecimentos sobre a importância da qualidade do ar de interiores e às medidas de proteção, foi decisivo para minimizar o impacto das contaminações nos estabelecimentos que até aquele momento tinham cumprido as regras.

“Nestes cinco anos, as principais mudanças ocorreram para as empresas de menor porte, pois as maiores ou multinacionais já estavam se regularizando, uma vez que o PMOC já era exigido. A observação das diretrizes ESG também determina o cumprimento de todas as normas, regras e leis para garantia das melhores condições ambientais, o que necessariamente remete ao PMOC”, pondera o engenheiro Arnaldo Lopes Parra, diretor da Associação Brasileira de Refrigeração Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

De acordo com o Regulamento Técnico do PMOC (Portaria 3.523/1998), para estabelecimentos com equipamentos de climatização instalados acima de 60.000 BTU/h, há a exigência de se manter um responsável técnico legalmente habilitado, cujas atribuições são determinadas em seu sexto artigo.

Segundo esta mesma Portaria, cabe ao responsável técnico elaborar o PMOC com base nas normas ABNT, tais como a NBR 13971, NBR 16401, NBR 16655, NBR 14518, entre outras, bem como considerar as especificações dos fabricantes.

“Com essas informações e com sua imprescindível experiência na área, o RT montará o quadro de atividades, de forma a atender às necessidades locais e às exigências legais, visando garantir a segurança, o bem-estar e a saúde dos ocupantes dos ambientes climatizados, proporcionando as melhores condições da qualidade do ar de interiores”, salienta Parra.

Por ser uma exigência legal, a falta ou o descumprimento do PMOC, total ou parcialmente, pode ensejar multas por infração sanitária em diversas instâncias, tais como as estabelecidas pelo código sanitário de cada município, assim como por meio do art. 9º da Portaria 3.523/1998. Este trecho aponta o descumprimento do PMOC com penalidades previstas na Lei nº 6.437/1977, a qual estabelece multas de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, considerando gravidade da infração e porte do estabelecimento.

“Existem vários casos de interdição de estabelecimentos que reiteradamente descumprem as determinações legais, visto que em episódios mais graves haverá riscos aos ocupantes dos ambientes em condições de forte contaminação”, alerta o dirigente da Abrava.

Parra entende que, após meia década, se faz necessária a revisão dos parâmetros da qualidade do ar de interiores, que atualmente são regidos pela Resolução 9/2003, da Anvisa.

“As condições climáticas atuais, principalmente a concentração de CO2 na atmosfera, mudaram desde 1998, assim como a realização de ajustes para outros poluentes, inclusão para análise (tal como a concentração de radônio), podem melhorar a avaliação dos espaços internos. Existe ampla discussão, no momento, para estabelecermos novos limites, para modernização e revisão de valores e métodos”, ressalta o engenheiro.

Mudanças no mercado desde o início da implementação de projetos baseados na legislação de 2018 também foram notadas pela diretora da Indústrias Tosi, Patrice Tosi.

“Se antes era algo mais voltado para as centrais de água gelada, hoje em dia já serve para qualquer ar-condicionado ou obra acima de 5 TRs. Cada vez mais, as pessoas buscam o PMOC, então as empresas que querem atender corretamente têm de se adaptar e obedecer às normas. Afinal, as fiscalizações estão mais rigorosas desde sua implementação”, argumenta.

Assim como qualquer outra legislação, o PMOC ainda precisa lidar com alguns desafios, como a falta de conscientização e informação das empresas, carência de uma fiscalização mais rigorosa e efetiva e deficiência na capacitação técnica – muitas empresas não contam com esses profissionais –, que acabam tendo um custo mais elevado quando o PMOC é implementado. “Estes são alguns pontos que sabemos que precisam ser melhorados, para serem efetivos em todos os tipos de obras”, complementa Patrice.

Partindo da mesma visão, o diretor técnico da Dannenge International, Ricardo Cherem de Abreu, afirma que os principais resultados da Lei do PMOC foram, em grande parte, a estruturação e o acompanhamento dos serviços de manutenção dos ativos incluídos nos sistemas de climatização prediais, ou seja, equipamentos, infraestrutura, desempenho energético, conforto e saúde das pessoas.

“Para aqueles que adotaram o PMOC para valer, não apenas para constar, o ganho passou a ser mensurável, na medida em que se permitiram a documentação das ações de prevenção e a correção nos sistemas implementados. Em empresas com gestão de mais de um sistema, tanto para as de serviço quanto para os operadores de utilidades, o ganho ficou evidente, o que permitiu o aumento da adesão à implementação e prática do PMOC”, explica.

O empresário entende que, para fortalecer ainda mais a adoção do PMOC no mercado nacional, a fiscalização por parte dos órgãos de controle sanitário deveria ser ampliada, com a obrigatoriedade da submissão dos relatórios de avaliação para a adequada análise pelas entidades responsáveis.

“Com a obrigatoriedade da realização do PMOC, sistemas e edificações têm melhorado em qualidade, limpeza e funcionamento, melhorando os ambientes que as pessoas ocupam”, afirma o engenheiro Walter Lenzi, presidente da Ashrae Brasil.

O dirigente argumenta que entre os principais desafios para o PMOC está o fato de que todos os proprietários de edificações que possuam um sistema de ventilação e ar condicionado devem fiscalizar e manter os sistemas operando da maneira como foram projetados. “Tudo deve funcionar da forma que foram entregues, testados e comissionados no início da sua existência”, completa.

 

PMOC digital

Realidade no HVAC-R, o uso da tecnologia no trabalho com o PMOC tem sido uma importante ferramenta de trabalho para mecânicos, empresários e gerentes de serviços, a partir de aplicativos que reúnem a parte da formalização do PMOC, tal como check-list das atividades, coleta de assinaturas do cliente, executor, fotos do “antes e depois”, tudo criado na nuvem e transformado automaticamente no relatório mensal.

“Além desta parte, aplicativos sofisticados permitem controle de estoque da empresa e do carro-oficina, controle de frota, tempo dispendido em trânsito e nas atividades, incluindo geolocalização. É um grande avanço para a administração dos negócios, e permite corrigir desvios de maneira fácil e transparente”, pontua o engenheiro Arnaldo Lopes Parra.

Para o diretor técnico da Dannenge International, Ricardo Cherem de Abreu, a execução de um PMOC não requer tecnologia de ponta, nem estudo técnico suplementar, mas apenas conhecimento básico sobre os aspectos construtivos e operacionais do sistema-alvo e informações acessadas ou geradas na própria elaboração do plano. “Por esse motivo, é uma excelente oportunidade para envolver no processo as equipes de manutenção e operação do sistema”, detalha.

Nesta mesma linha, o CTO da Cadclima Engenharia, Francisco José de Abreu, entende que executar o planejado, avaliar continuamente as dificuldades encontradas e os resultados obtidos devem ter foco na busca pela melhoria de todo o processo que compõe o PMOC.

“Para isso, são fundamentais as avaliações semestrais da qualidade do ar prevista na mesma lei. Considerando as facilidades oferecidas por estas ferramentas não há desculpas para não adotá-las, uma vez que elas facilitam o trabalho dos clientes, prestadores de serviços, usuários e fiscais do processo”, completa o executivo.

Após cinco anos da implementação do PMOC, certamente ainda há muitos desafios a serem enfrentados, concordam especialistas ouvidos pela Revista do Frio. E no centro dessa nova realidade está a conscientização dos proprietários e gestores de facilities sobre a importância da manutenção adequada dos sistemas de climatização.

Trane anuncia lançamentos dos novos Cassete e Hi-Wall

A Trane® anuncia a ampliação de seu portfólio. Os novos Cassete e as unidades de parede (Hi-Wall), segundo a empresa, oferecem redução de até 70% no consumo de energia elétrica em relação aos equipamentos com motor AC, melhoram a estabilidade da temperatura e oferecem um funcionamento silencioso. Os lançamentos estarão disponíveis a partir do primeiro trimestre de 2022.

O ventilador com motor de tecnologia DC ou corrente contínua permite a variação da velocidade de rotação do ventilador para ajustar, de forma mais precisa, a temperatura ambiente ao ponto desejado, o que influencia consideravelmente na economia de energia em relação aos modelos anteriores.

“Os proprietários e gerentes de facilities estão cada vez mais preocupados com questões como a qualidade do ar interior (IAQ), que se traduz na exigência de alto desempenho de seus sistemas HVAC e estão incluindo em seus projetos a solução para o desafio da renovação de equipamentos, tornando as instalações mais rápidas e fáceis”, afirma Enrique Castex, Engenheiro de Aplicações e Desenvolvimento de Negócios para a América Latina da Trane. “Essas unidades de fancolete são a solução para alguns desses requisitos, proporcionando eficiência e conforto para uma ampla variedade de edifícios, aplicações e pessoas, de forma silenciosa e confiável”, completa.

“Com esses novos equipamentos, a Trane oferece aos setores comercial e residencial opções que atendam às necessidades atuais, por meio de uma tecnologia com grande capacidade de eficiência operacional e energética, um funcionamento mais silencioso, uma aparência agradável e moderna, e controle remoto infravermelho ou termostato de parede”, conclui Castex.

Evento em Florianópolis reúne engenheiros e projetistas

A Revista do Frio é uma das apoiadoras e  estará presente na 1ª Edição do Global Meeting Dannenge 2021, que acontece de 16 a 18 de Setembro de 2021, no Jurerê Internacional, em Florianópolis – SC – Brasil.

O Global Meeting Dannenge, realizado pela Dannenge International, é um evento multidisciplinar que reunirá engenheiros, projetistas, instaladores do mercado de HVAC e outros profissionais de setores clientes para compartilhar suas percepções, ideias e inovações! Além das palestras técnicas, acontecem eventos paralelos com entretenimento, intercâmbio de culturas, networking e outras atrações.

Serão 3 dias de evento com palestras técnicas dedicadas ao setor de HVAC com enfoque na Qualidade do Ar Interior, Eficiência Energética e Sustentabilidade das Edificações. Contaremos com a presença de profissionais nacionais e internacionais, entre eles, Sebastián Brain e Alejandro Rodas (Oxigena Chile), Carlos Lima (JCI-Hitachi), Rafael de Moura (Mercato Automação), Matheus Lemes (Trane Brasil), Celso Simões Alexandre (Trox Americas), Luis Claudio Almeida (Trox Brasil), Ricardo Cherem de Abreu (RGF Environmental/ Dannenge International), Fernando Abreu (Dannenge International), Eduardo Prado (Tecno Serviços), Eduardo Hugo Muller (Muller Engenharia- ASBRAV), Arnaldo Basile (ABRAVA), Edson Alves (SMACNA BRASIL) e Carlos Trombini (ANPRAC).

PMOC transforma trajetória da indústria de climatização

A pandemia do novo coronavírus acabou tendo um efeito positivo em torno da qualidade do ar interior, visto que empresas e governos passaram a dar mais atenção a este requisito em edificações de grande circulação de pessoas.

Três anos e meio após a entrada em vigor da Lei 13.589, de 4 de janeiro de 2018, o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) modificou positivamente o HVAC-R nacional. Deu um novo rumo não só ao regramento para a execução de projetos, mas também alterou a maneira como o mercado passou a encarar a capacitação profissional e a importância da qualidade do ar interior (QAI).

As atribuições em torno do PMOC provocaram ainda uma controvérsia entre engenheiros e técnicos e suas respectivas entidades representativas, sobre quem poderia ou não desenvolver projetos e executá-los. Para resolver a rusga e enfrentando a contrariedade do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), o Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT) editou a Resolução 68, que abriu caminho para os refrigeristas capacitados atuarem no planejamento, execução e avaliação da manutenção de sistemas de refrigeração e climatização.

“Com o PMOC, o mercado de manutenção e operação de sistemas de climatização melhorou bastante”, observa o engenheiro Arnaldo Lopes Parra, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), enfatizando que não cabe à sua entidade regulamentar, fiscalizar ou mesmo determinar as atribuições legais desta ou daquela classe profissional.

“As empresas do setor, incluindo prestadores de serviço, laboratórios de análises e fabricantes de produtos de limpeza, se prepararam para melhor atender à demanda crescente. Na outra ponta, setores-clientes, a exemplo de comércios, escritórios, clínicas, hospitais e indústrias, que ainda não estavam prestando atenção às obrigações com a QAI, se sensibilizaram e buscaram se adaptar”, afirma o especialista, lembrando que esse processo acabou se refletindo no aumento da procura por profissionais da área, busca de conhecimento e ampliação do mercado como um todo.

Em verdade, o PMOC surgiu a partir da Portaria 3.523/1998, que aprovou regulamento técnico contendo medidas básicas referentes aos procedimentos de verificação visual do estado de limpeza, remoção de sujidades por métodos físicos e manutenção do estado de integridade e eficiência de todos os componentes dos sistemas de climatização, para garantir a qualidade do ar de interiores e prevenção de riscos à saúde dos ocupantes de ambientes climatizados.

De acordo com o artigo 6º da Portaria, assinada pelo então ministro da Saúde, José Serra, “os proprietários, locatários e prepostos, responsáveis por sistemas de climatização com capacidade acima de 5 TR (15.000 kcal/h = 60.000 BTU/h), deverão manter um responsável técnico habilitado”.

As atenções voltadas ao PMOC e à QAI foram ampliadas também a partir da pandemia de Covid-19, iniciada no primeiro trimestre de 2020. “Este período serviu para o público em geral entender a importância da QAI. Houve uma crescente preocupação de grandes empresas, para assegurar que seus sistemas atendessem plenamente

“Com o PMOC, o mercado de manutenção e operação de sistemas de climatização melhorou bastante”, avalia o diretor de relações institucionais da Abrava, Arnaldo Parra

às normas e leis já existentes e suprimir eventuais pontos de insalubridade, evitando demandas trabalhistas decorrentes de problemas associados com má QAI, ou mesmo demandas civis por conta de clientes ou fornecedores que se sintam afetados”, explica Parra.

O diretor da Abrava entende que a legislação atual é boa e caminha para melhorias, assim que evoluir para um novo regulamento técnico, a fim de atender diretamente à Lei nº 13.589/2018. “Como ainda estamos longe de ter adquirido uma consciência coletiva em relação à QAI, as leis precisam devem ser usadas como instrumento disciplinador, mas o justo seria que as pessoas buscassem seus direitos de respirar um ar mais puro, da mesma forma como nos preocupamos hoje com a qualidade da água que bebemos”, complementa.

Similar visão tem o engenheiro Alexandre Fernandes, professor especializado em PMOC na Escola Técnica Profissional de Curitiba e da Faculdade Profissional (Fapro) e diretor de fiscalização e normas do Conselho Regional dos Técnicos Industriais (CRT) da 4ª Região – Paraná e Santa Catarina.

Para ele, não há dúvidas de que a legislação melhorou o mercado para a cadeia produtiva do HVAC-R, pois o que era uma portaria do governo passou a ser uma lei respaldada pelo Congresso Nacional e pela Presidência da República. “O PMOC foi muito fortalecido, além da força da lei, também existe a publicidade da mesma, que acaba gerando força para que o assunto manutenção de climatização fique em pauta”, salienta.

O docente acredita que a legislação deve ser dinâmica, para que as leis se adaptem às mudanças da sociedade, afinal toda lei tem seu próprio tempo de maturação. “De fato, tanto a Lei 13.589/2018 quanto a Portaria 3.523/1998 são muito inteligentes e baseadas em princípios. Elas estão para quem trabalha com manutenção no HVAC-R do mesmo modo que a Constituição dos Estados Unidos está para a sua população. Quando temos leis baseadas em princípios, elas não precisam mudar”, argumenta Fernandes.

Ao contrário, a Resolução 9, de 16 de janeiro de 2003, necessita ser atualizada para ser mais dinâmica, ressalva o professor da Fapro. A legislação em questão determina a publicação de orientação técnica elaborada por grupo técnico assessor, sobre padrões referenciais de qualidade do ar interior, em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo.

“Eu nada mudaria na Portaria 3.523/1998 e na Lei 13.589/2018, apenas promoveria uma pequena atualização na Resolução 9, pois nela encontram-se os parâmetros para a aplicação da lei, que podem e devem progredir. Um exemplo é a renovação do ar, que simplesmente poderia ter estabelecido o uso dos parâmetros da NBR 16401 da versão em vigor, o mesmo ocorrendo na questão da filtragem”, realça Fernandes.

Ensino

Outro legado que o PMOC trouxe ao HVAC-R brasileiro foi a rápida adaptação dos currículos de ensino, seja em cursos técnicos, graduação ou pós-graduação. O tema passou a ser muito mais enfatizado, e em determinados casos, como na Escola Técnica Profissional de Curitiba e na Faculdade Profissional (Fapro), até o juramento feito na formatura cita o PMOC, e os formandos juram fazê-lo de forma correta, independentemente de fiscalização.

“A manutenção 4.0 é uma realidade em países desenvolvidos e nós ainda estamos mudando de corretiva para preventiva. Ela poderia ser uma das atualizações da RE-09, ou seja, a preditiva, e as empresas que tenham mais manutenção automatizada podem não precisar de periodicidade obrigatória, trocando um filtro, por exemplo, apenas quando for necessário”, indica Fernandes. O diretor do CRT-PR/SC conta que entre 2002 e 2010 foi responsável pelo PMOC (8.000 TR) da montadora francesa Renault e de outras multinacionais, “e independentemente de haver uma lei, eles fariam o PMOC, pois a manutenção nas corporações de porte faz parte do currículo intrínseco dos profissionais, e as instituições em geral deveriam estar mais perto da indústria, formando profissionais mais preparados para os casos reais do dia a dia”, conclui.

Pandemia eleva preocupação com qualidade do ar em edifícios

Ajustes na operação e manutenção correta das instalações projetadas para manter a temperatura e a umidade do ar em níveis saudáveis e confortáveis em edifícios de uso coletivo, como hospitais, escolas, shoppings e prédios comerciais, podem minimizar o risco de propagação do novo coronavírus, por causa da purificação do ar e melhoria na ventilação e renovação do ar nesses ambientes.

Embora ainda não se saiba muito sobre esse patógeno, os cientistas concordam que o Sars-CoV-2 (novo coronavírus) é altamente contagioso e pode ser transmitido por via aérea, especialmente em locais mal ventilados.

Estudos sugerem que ele se espalha, principalmente, quando pessoas infectadas tossem, espirram ou falam – ações que expelem gotículas respiratórias contendo partículas de coronavírus em combinação com muco ou saliva.

Os cientistas dizem que, se essas gotículas pousarem em superfícies em que podem ser tocadas ou forem inaladas por outras pessoas próximas, elas podem transmitir o coronavírus. Por isso, os protocolos comuns de prevenção são o uso de máscaras, higienização frequente das mãos e distanciamento físico – cerca de dois metros de distância.

Filtro ajuda no controle da propagação do novo coronavírus

Filtragem de ar ajuda a diminuir risco de contaminação em ambientes fechados

Um estudo recente demonstrou que as partículas de coronavírus podem permanecer ativas por até três horas após sua liberação. Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) inicialmente sustentasse que o vírus não poderia se espalhar por meio de aerossóis, recentemente mudou de posição. As diretrizes da OMS agora afirmam que a transmissão aérea do coronavírus é possível.

A reviravolta na OMS ocorreu depois que a agência das Nações Unidas recebeu uma carta aberta de 293 cientistas de todo o mundo pedindo para que reconsiderasse sua posição sobre a transmissão aérea do Sars-CoV-2.

Uma das principais defensoras dessa tese, Lidia Morawska afirma que “o problema não é se a transmissão pelo ar é uma via mais ou menos importante. A chave é onde”.

“Em lugares bem ventilados, isso não é um problema, uma vez que as microgotículas carregadas de vírus são eliminadas de forma rápida e eficiente. Mas se a ventilação não for eficiente, como em muitos lugares públicos cotidianos, essa poderia ser a rota principal de transmissão da doença”, explica.

Alternativa com radiação para evitar o coronavírus

Radiação UV ajuda a descontaminar o ar de ambientes internos

“A lavagem das mãos e a manutenção do distanciamento físico são as principais medidas recomendadas pela OMS para evitar a covid-19. Infelizmente, essas medidas não impedem a infecção por inalação de pequenas gotículas exaladas por uma pessoa infectada e que podem percorrer uma distância de metros ou dezenas de metros no ar e transportar seu conteúdo viral”, adverte a especialista em saúde e qualidade do ar.

Devido a esse fato, gestores de facilities, especialistas em saúde e segurança do trabalho e outros profissionais do ramo têm colocado em prática ações para otimizar a ventilação e o fluxo de ar em ambientes fechados, com o intuito de limitar a disseminação viral.

Este é, portanto, um bom momento para se pensar em como melhorar a qualidade do ar em edifícios, seja modificando significativamente o sistema de climatização ou fazendo alterações físicas para gerenciar melhor o fluxo de ar interno.

Nova cultura

“Estamos passando por uma grande mudança cultural relacionada aos cuidados com o ar que respiramos. As pessoas tomaram mais consciência dos fatores de riscos que um ambiente com ar em más condições podem conter”, avalia o engenheiro Arnaldo Parra, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“Estamos passando por uma grande mudança cultural”, afirma Arnaldo Parra, da Abrava

Segundo o especialista em plano de manutenção, operação e controle (PMOC), “os ocupantes de ambientes climatizados começaram a exigir dos proprietários e locatários de edificações de uso público e coletivo um maior cuidado com a manutenção dos sistemas de ar condicionado, para assegurar que esses ambientes estejam em plenas condições de uso e que não sejam agravantes para contaminações de moléstias variadas”.

De acordo com o engenheiro Mario Canale, diretor de qualidade do ar da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado e Ventilação (Asbrav), os responsáveis por instalações de ar condicionado investiram no aprimoramento dos sistemas de filtragem e no aumento da taxa de renovação do ar, “o que traz uma melhora considerável para a qualidade do ar interno”.

“Os gestores de facilities também estão adotando protocolos de higienização e limpeza dos ambientes. Em determinadas situações, essas medidas foram aprimoradas”, revela.

Na visão do empresário Marcelo Munhoz, presidente do departamento de qualidade do ar de interiores da Abrava (Qualindoor), a pandemia “obrigou todos a darem valor à limpeza dos sistemas de climatização, bem como se adequarem à Lei do PMOC”.

“Aumentar a taxa de renovação de ar nos ambientes internos se demonstrou altamente benéfico para a prevenção do novo coronavírus”, afirma o executivo, salientando que “muitos não sabiam sobre os riscos de se usar um ar-condicionado sem manutenção e sem renovação de ar adequada”.

“Muitas empresas e pessoas não davam valor à QAI, julgando-a como supérflua e apenas como mais um custo desnecessário aos edifícios. Além disso, a sociedade como um todo, que era leiga sobre o assunto, começou a se interessar mais pelo tema e a querer novos produtos”, diz.

Pandemia “obrigou todos a darem valor à limpeza limpeza ativa como lâmpadas UV, filtros eletrostáticos e dos sistemas”, lembra. Marcelo Munhoz, do Qualindoor da Abrava

Segundo o engenheiro de aplicação da Trane, Rafael Dutra, os impactos gerados pela pandemia aumentaram o alerta para a necessidade de edifícios resilientes e saudáveis que atendam os parâmetros de qualidade do ar de interiores de forma consistente com a ocupação a que se propõem.

“Atualmente, o foco da legislação está na limpeza de dutos e troca de filtros. Entretanto, ainda é necessária uma crescente conscientização para as taxas de renovação de ar, graus de filtragem e planos de manutenção adequados. Dessa forma, a demanda por limpeza de dutos e troca de filtros sofreu um aumento significativo, porém a limitação dos sistemas instalados para o aumento de renovação de ar ou filtros mais finos ainda limita o atingimento de um bom grau de qualidade de ar em diversos interiores. Deve-se ainda destacar o aumento de tecnologias de limpeza ativa como lâmpadas UV, filtros eletrostáticos e fotocatalíticos”, destaca.

“Acredito que este seja um tempo de conscientização. Doenças causadas por vírus, bactérias ou fungos fazem parte da nossa realidade. Diante disso, precisamos ter uma postura ativa para a questão da qualidade do ar de interiores, entendendo que essa é uma disciplina que não pode ser negligenciada de forma alguma. Afinal de contas, estamos falando de vidas de pessoas e esse é o nosso maior ativo em qualquer empreendimento”, completa.

Descontaminação do ar

Na avaliação do engenheiro Ricardo Cherem de Abreu, diretor técnico da Dannenge International, o desconhecimento sobre o novo coronavírus ainda “é grande e as recomendações emitidas pelas associações de classe foram tímidas em termos de aplicação de novas tecnologias, como os fotocatalizadores, que dão resposta efetiva para o problema da contaminação aérea”.

“As ações recomendadas – aumentar a renovação de ar, elevar o grau de filtração e usar lâmpada germicida ultravioleta (UV) – são excelentes quando praticáveis e devem ser implementadas, seguramente. O resultado, entretanto, só interfere na concentração de fundo e não dá resposta para a transmissão aérea direta, que pode vir daquele seu colega de trabalho conversando com você frente a frente”, argumenta.

Edifícios também precisam adotar
soluções para minimizar o risco de
transmissão aérea direta do novo
coronavírus, lembra Ricardo Cherem de Abreu, da Dannenge

Segundo especialistas, os sistemas de HVAC potencialmente podem espalhar um vírus pelos ambientes internos quando o ar em alta velocidade flui de uma pessoa infectada para outras, algo que foi demonstrado durante o surto da síndrome respiratória aguda grave, doença causada pelo Sars-CoV-1, em 2004.

“Os sistemas de climatização têm de atuar na diminuição da probabilidade de contaminação, porém, não como hoje estão instalados. Para que eles venham a ser efetivos, é necessário que sejam modificados e/ou suplementados. É preciso considerar agir na concentração de fundo de contaminantes, ou seja, aqueles contaminantes que foram espalhados pela sala através da própria ação do sistema, assim como na concentração de contaminantes na proximidade dos ocupantes, ou seja, que ficam no caminho direto entre uma pessoa que expira e outra que inspira”, ressalta.

“A concentração de fundo pode ser diminuída pelo aumento da taxa de renovação de ar, pela aplicação de filtros finos e pela adoção de purificadores de ar passivos, tipo filtros absolutos, lâmpada UV-C e ionizadores bipolares. A contaminação direta só pode ser diminuída por algum agente que entre no ambiente e reaja ‘in loco’ com os microrganismos patogênicos. Existem no mercado purificadores de ar que geram peróxido de hidrogênio a partir da umidade contida no ar através de um processo de fotocatalização, e o peróxido de hidrogênio – um gás amigável, mas fortemente oxidante –, comprovadamente, desativa vírus e elimina bactérias, fungos e mofos. Por estar espalhado no ambiente, atua tanto na possível contaminação por concentração de fundo quanto na contaminação por transmissão aérea direta”, acrescenta.

Em meio à pandemia, “algumas soluções que trazem risco à saúde foram sugeridas, como purificação com ozônio, que é extremamente agressivo e de uso proibido pelos órgãos de controle da saúde do trabalho, e as lâmpadas UV em túneis ou em dispositivos que deixam essas lâmpadas aparentes, liberando irradiação prejudicial à saúde”, alerta o executivo, lembrando que, nestes tempos, “a desinformação é grande e até os responsáveis por políticas sanitárias contribuem com esse processo”.

“A OMS demorou mais de seis meses para reconhecer a possibilidade de transmissão aérea do novo coronavírus por aerossóis e, mesmo assim, só o fez sob pressão da comunidade científica”, exemplifica.

Mitos sobre o ar-condicionado

ventilação natural para controle do coronavírus

Construções modernas não foram projetadas para ter ventilação natural através de portas e janelas, alerta Leonardo Cozac, da
Conforlab

Desde o início da pandemia de covid-19, diversos mitos sobre os condicionadores de ar têm sido espalhados pela mídia. “O que mais tenho visto é a informação de desligar aparelhos de ar condicionado e abrir portas e janelas como solução geral para os ambientes. Essa não é a orientação correta. Os ambientes fechados modernos não foram projetados para ter uma ventilação natural através de portas e janelas. Não há garantia que dessa forma o ambiente terá uma ventilação adequada que irá assegurar a troca constante do ar dentro dos ambientes. O correto é o responsável técnico legalmente habilitado dos ambientes climatizados orientar o que fazer, ou seja, se o sistema de climatização está adequado e irá garantir essa renovação do ar ou se o local precisa de adequação”, diz o engenheiro Leonardo Cozac, diretor da Conforlab.

Outro mito que vem sendo propagado na pandemia é o de que o ar-condicionado ajuda a transmitir o vírus. “Houve reportagem sobre isso em meados de abril e muita desinformação foi disseminada na ansiedade do momento e a recomendação era para desligar o ar-condicionado. Outros casos menos notórios foram a contínua divulgação de que certos tipos de filtros ou tecnologias eram eficazes para combater o vírus, porém sem uma comprovação científica independente”, lembra Rafael Dutra, da Trane.

“Nestes tempos de informação rápida e descentralizada, um pouco de ceticismo e cautela é fundamental para não cair nos alarmismos ou nas soluções milagrosas. Por isso, é de nossa responsabilidade a disseminação de informações bem embasadas e de forma clara, como os posicionamentos técnicos da Ashrae e Abrava, que foram amplamente divulgados e ajudaram a mitigar esse problema de informações equivocadas”, acrescenta.

Em abril, a Ashrae publicou um documento de posição sobre aerossóis infecciosos, salientando que os sistemas de ventilação, filtragem e distribuição de ar e tecnologias de desinfecção, entre as quais a irradiação germicida ultravioleta, têm o potencial de limitar a transmissão de patógenos pelo ar e, assim, ajudar a combater a propagação da covid-19/coronavírus.

“A ventilação e a filtragem fornecidas pelos sistemas de HVAC podem reduzir a concentração de Sars-CoV-2 no ar e, portanto, o risco de transmissão aérea”, enquanto “espaços não climatizados podem causar estresse térmico às pessoas, que podem ter a vida diretamente ameaçada, e também podem diminuir a resistência à infecção”, diz a publicação da organização técnica global que reúne mais de 120 mil membros em 132 países.

Consequentemente, “desligar os sistemas de HVAC não é uma medida recomendada para reduzir a transmissão do vírus”, alerta.

Num comunicado divulgado em maio, Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado (Apirac) reiterou que “é completamente falso que o ar-condicionado transmite a covid-19”, alegando que as informações contrárias não têm base científica.

“Quer na informação dada pela OMS, quer na das outras entidades globais e europeias que tratam desses assuntos, em nenhum lado li que se deve desligar esses aparelhos”, disse, à época, o presidente da associação, Fernando Brito.

A ventilação é mais importante do que nunca e, ao contrário, os condicionadores de ar “são uma arma para combater a doença” respiratória, afirmou o dirigente.

Carlos Trombini faz comentário sobre o coronavírus

“Meios de comunicação não são conhecedores do assunto climatização”, avalia Carlos Trombini, do Sindratar-SP

O presidente do Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento do Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP), Carlos Trombini, avalia que “os meios de comunicação não são conhecedores do assunto climatização”, e que “são influenciadores, mas não procuram conhecer o nosso trabalho. Apenas usufruem do conforto, mas não percebem e não têm preocupação em saber de nossa preocupação com a segurança sanitária que envolve nossos projetos e instalações”.

No entanto, “o pior dos absurdos que eu escutei veio do Ministério da Saúde, que veiculou um vídeo informando que os sistemas de climatização são propagadores da covid-19 e que foi motivo de contestação do Comitê Nacional de Climatização e Refrigeração (CNCR)”.

Em junho, o comitê empresarial também manifestou sua preocupação com a forma da divulgação de um estudo realizado na cidade chinesa de Wuhan, que atribuiu ao ar-condicionado a responsabilidade pela disseminação da covid-19/coronavírus entre clientes de um restaurante local.

“A referida notícia carece de fundamentação científica melhor elaborada, como informado, inclusive, no artigo original, e não esclarece sobre quais condições de operação e higiene o citado ambiente se encontrava, nem tampouco os históricos de saúde dos usuários, anterior e posterior à alegada data quando se considerou o fato”, disse a entidade.

“Em vez de auxiliar a população a melhor conhecer e entender os benefícios que equipamentos e sistemas de ar condicionado bem instalados e operados sob procedimentos corretos de manutenção e operação, a capacidade da eficiente renovação do ar, além de filtros e componentes permanentemente limpos e periodicamente substituídos, isso pode criar, erroneamente, a interpretação contrária, contradizendo a definição de normas técnicas e da Lei do PMOC”, criticou.

Ecoquest participa de congresso chileno sobre qualidade do ar em hospitais

O especialista em qualidade do ar indoor, Henrique Cury, representará o Brasil no 15º Congresso Ibero-americano de Ar Condicionado e Refrigeração (CIAR), entre os dias 8 e 10 de maio, no Sheraton Santiago Hotel & Convention Center, em Santiago, no Chile. Cury é membro atuante do Qualindoor, Departamento Nacional de Qualidade do Ar Interno da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) e diretor da EcoQuest do Brasil. Durante o evento, será discutida a nova norma ibero-americana de qualidade do ar em hospitais, entre outros temas.

Cury foi um dos redatores da norma que regula a qualidade do ar interno em edificações. Aprovada em janeiro deste ano, durante congresso nos Estados Unidos, a regra foi adotada pelos países ibero-americanos membros da FAIAR – Federación de Asociaciones Ibero-americanas de Aire Condicionado Y Refrigeración. Faltava, porém, uma normatização específica para centros médico-hospitalares, que será elaborada durante o CIAR. O especialista brasileiro integra a comissão que fará esse trabalho junto com representantes da Espanha (Paulino Pastor) e da Colômbia (Roberto Danestra).

A atualização da norma é de extrema importância para a correta descontaminação do ar e consequente redução de casos de infecção hospitalar. No início de abril um hospital nos Estados Unidos teve de fechar uma ala inteira por conta de contaminação pelo fungo Candida auris, responsável por casos de infecção hospitalar, em vários lugares do mundo. Casos como esse poderão ser evitados com a criação de regras e de procedimentos mais rígidos.

“Qualquer esforço dedicado a controlar a qualidade do ar interno trará enormes benefícios, como a diminuição de infecções nosocomiais em ambientes hospitalares. Porém, a atividade exercida no interior dos centros de saúde exige regras mais rígidas do que às já definidas pela FAIAR para as demais edificações”, destaca o especialista.

Lâmpada UV ajuda a purificar ar condicionado

Uma lâmpada ultravioleta inserida nos dutos dos sistemas de ar condicionado tem sido uma grande aliada no esforço em criar tecnologias que ajudam a melhorar a qualidade do ar que respiramos.

“A inovação que trazemos é exclusivamente para purificação do ar. Funciona muito bem. Já toram realizados testes, tanto em outros países, como no Brasil”, afirmou o coordenador do laboratório de metrologia da Mercato, André Farias, durante palestra ministrada na sede da Asbrav na semana passada.

Fabricada pela RGF, a peça possui revestimento de silicone que aumenta a resistência mecânica. O desenho e os materiais usados são fundamentais para o funcionamento.

“A partir do momento em que o ar passa pelo duto, recebe o tratamento dos componentes que são emitidos do ar em contato com a lâmpada”, explicou o especialista.

7º Seminário de Qualidade do Ar de Interiores

Está confirmada para 24 de abril a realização do 7º Seminário de Qualidade do Ar de Interiores, realizado pelo ASHRAE Brasil Chapter, no Auditório da Escola Politécnica da USP, em São Paulo.

O evento abordará temas como legislação e normas, doenças e riscos a saúde, fiscalização, a nova lei do Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC), entres outros.

Esse ano contará com a presença internacional do DL da Ashrae Om Taneja, além de diversos profissionais que são referência na área.

Inscrições no link: https://www.sympla.com.br/qualidade–do-ar-de-interiores__270731

Eurovent publica guia sobre filtros de ar

A Associação Eurovent lançou um guia de 28 páginas para fabricantes de unidades de tratamento de ar e usuários finais de sistemas de ar condicionado sobre a filtragem correta do ar.

O documento – Filtros de Ar para Ventilação Geral, em tradução livre – abrange temas como a importância da filtragem, seus benefícios, normas relevantes, design, eficiência energética, aplicações, montagem, manutenção e descarte.

Atenção especial é dada à nova norma global ISO 16890, bem como à importância dos filtros de ar para garantir um ar interior saudável.

“Nossa indústria fala muito sobre a qualidade do ar interior nos dias de hoje, mas, muitas vezes, sem oferecer soluções práticas”, disse Chris Howarth, da Jasun Envirocare, membro do grupo de produtos de filtros de ar Eurovent e editor do novo guia.

“Na Associação Eurovent, temos trabalhado, por muitos anos, para mudar isso, desenvolvendo diretrizes e normas para todas as áreas de ventilação”, acrescentou.

“Como os filtros de ar constituem um fator chave para a garantia de uma melhor qualidade do ar interior, o objetivo do nosso novo guia é fornecer aos usuários de nossos produtos informações práticas para uma melhor compreensão da filtragem de ar e o que está por trás desse produto aparentemente simples.

O guia Filtros de Ar para Ventilação Geral está disponível para download gratuito aqui.