Arquivo para Tag: Internet das Coisas

IA e IoT em prol da automação inteligente, monitoramento remoto e análise preditiva

À medida que a IA – Inteligência Artificial e a IoT – c continuam a evoluir, o setor de HVAC-R se beneficia com soluções cada vez mais avançadas e integradas. A automação inteligente, monitoramento remoto e a análise preditiva, por exemplo, têm o potencial de transformar completamente a forma como projetamos, operamos e mantemos sistemas de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração, tornando-os mais eficientes, confiáveis e sustentáveis.

De acordo com Mário Henrique Canale, presidente da Asbrav (Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação) a integração da Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), nos sistemas de HVAC-R está revolucionando o setor, abrindo caminho para uma era de eficiência energética sem precedentes e experiências de usuário personalizadas. Esta inovação representa uma mudança significativa na forma como interagimos e gerenciamos esses sistemas essenciais.

“Um dos avanços mais notáveis é a capacidade de realizar manutenção preditiva. Através da análise de dados em tempo real e do aprendizado de máquina, os sistemas podem prever falhas e problemas antes que eles ocorram, reduzindo o tempo de inatividade e os custos de manutenção. Isso não apenas prolonga a vida útil do equipamento, mas também garante que ele opere com eficiência máxima. Outra aplicação inovadora é a otimização automatizada de sistemas. Os algoritmos de IA podem ajustar continuamente as configurações de HVAC-R com base em variáveis como temperatura externa, umidade e padrões de ocupação. Isso resulta em um ambiente mais confortável para os ocupantes e, ao mesmo tempo, reduz o consumo de energia, alinhando-se com as metas de sustentabilidade. Além disso, sistemas inteligentes já são capazes de integrar perfeitamente com outras tecnologias de automação residencial e comercial. Isso permite um controle mais intuitivo e conveniente dos sistemas de climatização, melhorando a experiência geral do usuário”, explica Canale.

Hoje, o setor reconhece o potencial transformador na adoção dessas tecnologias para impulsionar a eficiência, o conforto e a sustentabilidade e espera-se que os sistemas se tornem cada vez mais inteligentes, eficientes e adaptáveis às necessidades dos usuários.

Gabriel Sartori, engenheiro de aplicação com especialidade em IoT da Carel

“Atualmente, a integração da Internet das Coisas (IoT) e da Inteligência Artificial (IA) em sistemas de monitoramento remoto é uma realidade. Essa integração permite a coleta de dados em tempo real, os quais são posteriormente integrados em sistemas de nuvem que consolida informações de diversos sistemas de monitoramento, utilizando a inteligência artificial para identificar problemas e aprimorar o desempenho. Essa abordagem está transformando a gestão de sistemas de HVAC-R, possibilitando o monitoramento contínuo, a implementação de manutenção preditiva e a personalização do ambiente. Como resultado, obtemos uma gestão mais estratégica, eficiente e adaptável desses sistemas, proporcionando conforto ideal aos usuários e reduzindo os custos operacionais” informa Gabriel Sartori, engenheiro de aplicação com especialidade em IoT da Carel.

Sartori destaca as aplicações do BOSS, solução de supervisão evoluída, integrando as últimas tecnologias disponíveis no mercado e explorando-as para todas as aplicações de refrigeração e ar condicionado; e do RED, que consolida informações de diversos sistemas de monitoramento, utilizando a inteligência artificial para identificar problemas e aprimorar o desempenho

Na opinião de Fabio Cardoso, diretor da Every Control, as iniciativas de Inteligência Artificial no setor de HVAC-R ainda estão em estágio inicial onde hipóteses estão sendo testadas, assim como tipos de robôs e seleção de variáveis relevantes.

Fabio Cardoso, engenheiro e diretor da Every Control

“Estamos em período de aquisição e formação da base de dados para operação e refinamento futuro. Dessa forma, ainda não permitem alterações relevantes na gestão dos sistemas, mas os testes revelam resultados muito promissores para um futuro próximo. Os resultados dos nossos testes apontam para contribuições relevantes em todas as áreas da cadeia do frio, com redução do consumo energético, predição de manutenções e consequente minimização do impacto ambiental. Neste momento, nossos testes no Brasil estão em curso para câmaras frigoríficas e sistemas de ar condicionado simples”, aponta Cardoso.

Dos produtos que a Every Control oferece para aplicações de Iot e IA estão a linha EV3 292 e EV3 294 com EVLINK WIFI para câmaras frigoríficas, e os modelos NODE da linha CPRO3 de controladores programáveis para supermercados e para conforto térmico.  

Maicon Giesch, engenheiro de desenvolvimento da Full Gauge Controls, enfatiza a integração da Inteligência Artificial (IA) com os modernos controladores eletrônicos nos sistemas de HVAC-R e a transformação da maneira como esses sistemas são monitorados e gerenciados.

Sistema de supervisão prevê falhas e problemas antes que eles ocorram, integrando as tecnologias para aplicações de refrigeração e ar condicionado

“Sensores e controladores eletrônicos equipados com padrões de comunicação, desempenham um papel crucial na coleta de dados em tempo real. Esses dados são então utilizados pela IA para análise e tomada de decisões inteligentes. Ao analisar grandes volumes de dados coletados por diferentes sensores, a IA é capaz de identificar padrões, correlações e tendências significativas. Essa análise matemática dos dados permite que a IA forneça insights valiosos sobre o desempenho do sistema de HVAC-R e potenciais áreas de melhoria. 

Maicon Giesch, engenheiro de desenvolvimento da Full Gauge Controls

Além disso, a IA pode considerar diversas variáveis e estados de controle, levando a uma compreensão mais completa e precisa do sistema de refrigeração. Essa abordagem possibilita uma poderosa ferramenta de análise e monitoramento, permitindo uma 

gestão mais eficiente e proativa do sistema. A utilização das soluções da Full Gauge proporciona um controle abrangente e uma análise detalhada do sistema de refrigeração. Isso permite a análise eficiente de dados e a implementação de ações autônomas no sistema HVAC-R, resultando em uma operação robusta, eficiente e confiável, comenta Giesch.

A linha de produtos da Full Gauge contempla uma variedade de soluções eletrônicas com conectividade e integração com o software Sitrad. Entre os tipos de controles disponibilizados, são ofertadas soluções para controle de temperatura, umidade, pressão, grandeza elétrica, entre outros.

Áreas aplicáveis e benefícios

O IoT e a IA desempenham papéis essenciais na área de manutenção preditiva e prevenção de falhas, eficiência energética e minimização do impacto ambiental. Por meio da integração de dispositivos IoT, como sensores de temperatura e pressão, em sistemas de refrigeração, é possível coletar dados em tempo real sobre o desempenho do equipamento.

“A IA entra em cena ao analisar esses dados, identificando padrões e anomalias que podem indicar problemas iminentes. Isso permite que a equipe de manutenção intervenha antes que ocorra uma falha, reduzindo o tempo de inatividade e os custos associados. Além disso, a IoT e a IA possibilitam a otimização do consumo de energia ao ajustar automaticamente as configurações dos sistemas de refrigeração com base nas condições ambientais e na demanda de energia. Isso não apenas reduz os custos operacionais, mas também minimiza o impacto ambiental, contribuindo para uma operação mais susten-tável. O avançado sistema de monitoramento Boss exemplifica essa evolução ao permitir o recebimento de alertas diretamente nos dispositivos móveis por meio do Telegram e e-mails, proporcionando uma resposta ágil a possíveis problemas, hoje também é possível integrar qualquer controlador que tenha suporte ao protocolo de comunicação Modbus ao Gateway Wi-Fi da CAREL, que permite estabelecer uma conexão de dados com a supervisão sem a necessidade da utilização de cabos, facilitando instalações que não estejam prontas para um sistema de monitoramento. Com a integração ao sistema RED em nuvem a capacidade da IA se expande significativamente. A análise em tempo real dos dados e a identificação de padrões possibilitam melhorias contínuas no desempenho da refrigeração, identificando áreas de aprimoramento e sugerindo estratégias de otimização. Essa abordagem não apenas impulsiona a eficiência operacional, mas também reduz os custos de manutenção e energia, promovendo uma operação mais sustentável e consciente do impacto ambiental”, explica Sartori.

Monitoramento remoto integrado proporciona redução do consumo energético e predição de manutenções

Segundo ele, essas tecnologias oferecem um monitoramento remoto contínuo, permitindo a detecção precoce de problemas e a previsão de falhas, o que resulta em uma redução significativa do tempo de inatividade e dos custos de manutenção. “Além disso, ao otimizar o desempenho e o consumo de energia e ao personalizar as configurações de acordo com as necessidades específicas, promovem uma operação mais eficiente, econômica e sustentável das instalações frigoríficas. No geral, o IoT e a IA capacitam os usuários a alcançar maior controle, eficiência e confiabilidade em seus sistemas de refrigeração, melhorando significativamente a qualidade e a segurança dos produtos armazenados”.

O engenheiro de desenvolvimento da Full Gauge acrescenta que o uso da IA possibilita o aprendizado e a análise em tempo real do comportamento do sistema de refrigeração.

“No caso de uma câmara fria, temos um processo que opera como um ciclo contínuo, com acionamentos e padrões de temperatura bem definidos. A IA pode comparar esse comportamento em tempo real e ao detectar desvios, alertar o usuário antecipadamente sobre possíveis problemas. Isso permite uma abordagem preventiva, onde perdas de desempenho no sistema de refrigeração podem ser observadas e corrigidas antes que se agravem. Essa perda de desempenho pode ser atribuída a diversos fatores, como condensador sujo ou obstruído, vazamento de gás, evaporador bloqueado, entre outros. Ao manter o sistema de HVAC-R otimizado, é possível reduzir significativamente o consumo de energia, o que resulta em menores gastos operacionais e uma redução no impacto ambiental associado à operação do sistema”.

Entre os benefícios, Giesch destaca:

– Otimização do processo de refrigeração: a integração de controladores e sensores permite monitorar constantemente as condições de temperatura e umidade em várias partes da instalação. Com a IA processando esses dados em tempo real, é possível ajustar automaticamente os sistemas de refrigeração para otimizar o desempenho;

– Redução no consumo de energia: Ao analisar padrões de uso e condições ambientais, a IA pode identificar oportunidades de economia de energia. Isso pode incluir ajustes na operação dos equipamentos de refrigeração e a implementação de horários de funcionamento mais eficientes, resultando em uma redução significativa nos custos operacionais relacionados ao consumo de energia;

– Garantia das condições de armazenamento dos produtos perecíveis: com o monitoramento contínuo das condições das instalações frigoríficas, e a IA analisando os dados coletados, os usuários podem garantir que os produtos perecíveis sejam armazenados em condições ideais de temperatura e umidade. Isso ajuda a evitar perdas devido à deterioração precoce e garante a qualidade dos produtos ao longo do tempo. Além disso, a análise de dados pode ajudar a identificar problemas potenciais antes que afetem a qualidade do frio, permitindo uma intervenção rápida e eficaz.

Software oferece soluções para controle de temperatura, umidade, pressão, grandeza elétrica, entre outros

 Realidade e desafios

Com os avanços contínuos, o Brasil está caminhando em direção a um paradigma de refrigeração inovador e inteligente que promete um impacto positivo e duradouro para o setor de HVAC-R.

“Temos inúmeros exemplos de clientes que vêm se beneficiando do uso cada vez maior do Sitrad. Na área de supermercados, por exemplo, várias lojas conseguiram zerar a perda perecíveis e conquistar economia de energia elétrica, além de otimizar os custos de operação e manutenção. Em um caso específico, em poucas horas de funcionamento do software, o encarregado da manutenção, por meio de relatórios gráficos, descobriu a origem do problema dos freezers que estava causando a perda dos sorvetes e indicou melhorias imediatas. 

Ele conseguiu identificar que a resistência de degelo não tinha capacidade de realizar o processo completamente, necessitando efetuar a troca por uma resistência mais potente. Além disso, as informações revelaram que o tempo entre o carregamento de produtos e a abertura do estabelecimento, impediam que o ambiente atingisse a temperatura desejada no período. A partir dessa informação, o supermercado passou a iniciar mais cedo o processo de carregamento do produto, permitindo que o freezer atingisse a temperatura desejada antes da chegada do cliente ao supermercado”, exemplifica Giesch.

Outro exemplo é descrito por Sartori: “Esses conceitos já são uma realidade e estão trazendo benefícios tangíveis em várias partes do mundo. Um exemplo é uma grande rede de supermercados que implementou um sistema de IoT e IA em seus sistemas de refrigeração. Com esse sistema, a rede de supermercados conseguiu uma melhor gestão dos alarmes, o que permitiu a alocação eficiente de mão de obra qualificada para resolver problemas de forma rápida e eficaz. Isso resultou em uma redução significativa do tempo necessário para diagnosticar e solucionar falhas, minimizando assim o tempo de inatividade dos sistemas. Além disso, a implementação da manutenção preditiva e preventiva permitiu aumentar a vida útil dos equipamentos como um todo. A capacidade de identificar e corrigir problemas antes que se tornem críticos ajudou a evitar falhas catastróficas e prolongar a vida útil dos equipamentos de refrigeração. Como resultado dessas melhorias, o ciclo de vida dos equipamentos ganhou uma grande melhoria, proporcionando uma operação mais eficiente e econômica para a rede de supermercados. Isso não apenas reduziu os custos de manutenção, mas também melhorou a qualidade e a segurança dos produtos armazenados, garantindo uma experiência satisfatória para os clientes”.

Apesar de seus muitos benefícios, a implementação da IA e IoT em sistemas de HVAC também traz desafios, como a necessidade de investimento inicial e treinamento especializado para gerenciar essas tecnologias avançadas. Outra questão é relacionada à privacidade e segurança dos dados coletados pelos sistemas inteligentes, que são de grande importância.

“O maior desafio é difundir sobre o potencial transformador da IoT e da IA nas operações de sistemas de refrigeração. Para muitos, esses termos podem parecer abstratos ou confusos, e o desafio é explicar de forma acessível e fácil como essas tecnologias podem fazer a diferença. Uma abordagem séria destacar os benefícios práticos que a IoT e a IA podem trazer para a eficiência operacional e a economia de custos. Por exemplo, explicar como sensores conectados podem monitorar em tempo real as condições de temperatura e umidade em uma instalação de refrigeração, enquanto algoritmos de IA podem analisar esses dados para otimizar o desempenho do sistema, prever falhas e evitar tempo de inatividade não planejado. Além disso, é importante demonstrar como a implementação da IoT e da IA pode simplificar e automatizar tarefas operacionais complexas, reduzindo a carga de trabalho da equipe e permitindo uma resposta mais rápida a problemas e necessidades do sistema. Essa abordagem educativa pode ajudar a conscientizar as pessoas sobre o valor e o impacto potencial dessas tecnologias, incentivando sua adoção e integração mais amplas nas operações de refrigeração” revela Sartori.

Giesch aponta a digitalização dos processos como ponto crucial para a implementação bem-sucedida da Inteligência Artificial nos sistemas de refrigeração e ar-condicionado.

“A adoção de controladores e sensores eletrônicos com conectividade permite a coleta de uma quantidade significativa de dados, o que é essencial para a eficácia dos algoritmos de IA na otimização do desempenho e na detecção de anomalias. Ao substituir soluções de controle mecânicas ou analógicas, como pressostatos e termostatos, por soluções digitais com conectividade, as empresas podem obter benefícios substanciais, como maior precisão e repetibilidade nos processos. A capacidade de controlar remotamente esses sistemas por meio de interfaces digitais oferece maior flexibilidade e eficiência operacional. No entanto, a mudança de cultura e a aceitação dessas novas tecnologias podem representar desafios significativos. A resistência à mudança por parte dos funcionários e a necessidade de treinamento adequado para a utilização das novas soluções são aspectos importantes a serem considerados no processo. Portanto, para superar esse desafio, é fundamental investir em programas de capacitação e conscientização, destacando os benefícios da digitalização e da adoção de tecnologias de IA nos sistemas de refrigeração e ar-condicionado. Além disso, é importante garantir que as soluções digitais escolhidas sejam robustas, seguras e compatíveis com os requisitos específicos do setor, a fim de garantir uma transição bem-sucedida para um ambiente mais digitalizado e eficiente”, conclui.

 

22ª Febrava: a mais aguardada de todos os tempos

A expectativa é receber mais de 25 mil profissionais e 300 marcas expositoras, entre elas grandes players globais do HVAC-R.

A 22ª Feira Internacional de Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar e da Água (HVAC-R), Tratamento do Ar e de Águas (Febrava), que será realizada no pavilhão do São Paulo Expo (SP), de 12 a 15 de setembro, é considerada uma das mais aguardadas de todos os tempos pelo setor. Isto porque a última edição presencial ocorreu em 2019, pouco antes de “estourar” aqui no Brasil a pandemia da covid-19.

Nesta contagem regressiva, engenheiros, projetistas, compradores especializados, instaladores e profissionais das áreas técnicas vão poder conhecer os mais recentes lançamentos e tendências em sistemas, projetos e manutenção que o mercado do frio vai se guiar nos próximos anos.

A organização do evento prevê a participação de mais de 25 mil profissionais e a presença de mais de 300 marcas expositoras, como Agratto, Armacell, Carel, Chemours, Copeland (ex-Emerson), Elgin, emb-papst, Embraco Nidec, Full Gauge, Gree, Mayekawa, Midea Carrier, Fujitsu, RAC Brasil, Rocktec, Suryha, Testo, Tosi e Trox.

Além do enfoque nas tecnologias de HVAC-R, a Febrava se destaca por impulsionar negócios e promover novas parcerias e networking. A feira oferece uma imersão completa em conhecimentos sobre as mais recentes tecnologias do setor, e também apresenta experiências e conteúdos técnicos.

O Selo Destaque Inovação Febrava 2023 será um dos destaques da mostra, exibindo os produtos mais inovadores selecionados por uma comissão julgadora composta por Abrava, Sindratar-SP e outras entidades apoiadoras.

A Abrava, responsável pela realização dos eventos de conteúdo, promoverá o 18º Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar (Conbrava). O tema deste ano é “AVAC-R rumo a um futuro sustentável e saudável”, refletindo a busca por soluções que contribuam para um ambiente mais saudável e eficiente.

Outro destaque serão as ilhas temáticas, espaços dedicados a apresentar soluções e casos de sucesso em diversas vertentes do HVAC-R. As novas adições deste ano são a Ilha do Instalador e a Ilha de Tratamento de Águas.

“Com mais de duas décadas de atuação, a Febrava se consolidou como um hub estratégico para o mercado latino-americano, proporcionando visibilidade e oportunidades de negócios. Portanto, é um espaço vital para divulgar tecnologias e tendências que otimizam projetos e serviços, incluindo a distribuição e comercialização de soluções e produtos voltados para um melhor desempenho e eficiência operacional”, destaca o gerente da feira, Ivan Romão.

Confira, a seguir, um pouco das tecnologias que alguns dos principais expositores mostrarão na Febrava deste ano:

AGETHERM

Considerada uma das mais admiradas distribuidoras do setor, a paulistana Agetherm fará sua estreia na Febrava, aproveitando para apresentar sua linha de termostatos e peças para refrigeração doméstica e comercial, ar condicionado, aquecimento e lavanderia. Fundada em 2018, a companhia pretende reforçar sua imagem no mercado e para seus clientes. “Queremos construir parcerias sólidas e encantar nossos clientes todos os dias. Entregamos, de forma diferenciada, um atendimento personalizado com produtos de qualidade e preço justo”, enfatiza o fundador e diretor-geral Bruno Chamorro.

Estande: I64 (76,5 m²)

 

AGRATTO

A empresa trará suas linhas completas de splits hi-wall e Inverter, que utilizam o gás R-32, já alcançando  classificação “A” no novo IDRS. O split Inverter wi-fi, com conectividade à internet das coisas (IoT), também estará na feira. No estande, haverá uma sala de treinamento para os profissionais. Fundada em 2015, a Agratto expandiu-se rapidamente, atingindo, em 2022, crescimento superior a 1.000% neste período de sete anos. “Este sucesso vem se dando graças a um trabalho sério e aos nossos produtos, que têm alta durabilidade, confiança e qualidade testados em nosso próprio calorímetro”, salienta o gerente de marketing Moisés Botelho.

Estande: F31 (120 m²)

 

APEMA

Uma das mais tradicionais expositoras da Febrava, a Apema fabrica equipamentos de troca térmica para o segmento de refrigeração industrial. Nesta edição da feira, a empresa, fundada em 1964 e sediada em São Bernardo do Campo (SP), apresentará, entre outros itens, a linha FP – trocadores desmontáveis produzidos com placas em aço inox ou titânio para várias capacidades – e os sistemas Hydro-Coller para refrigeração de água em circuito fechado, que aumentam a eficiência energética do processo com baixa perda evaporativa. “Nosso objetivo é reforçar ainda mais a presença da marca e dos produtos no mercado”, afirma o gerente comercial da indústria paulista, Norberto Padovan, comentando que a empresa está investindo em um sistema robotizado para melhorar seus processos de produção.

Estande: D52 (50 m²)

 

ARMACELL

A empresa levará seu portfólio de isolantes térmicos e acústicos em espuma elastomérica (linha ArmaFlex) e em polietileno de baixa densidade (linha ArmaLight PoliPex). Ambas contemplam tubos e mantas para aplicação em tubulações e redes de dutos em sistemas de ar condicionado e refrigeração. Ainda na lista, destaque para o ArmaComfort Hidro (isolamento acústico para tubulações hidrossanitárias), o ArmaComfort Laje (manta acústica para sistemas de contrapiso flutuante), o ArmaPET Struct (fabricado com garrafas pet pós-consumo para aplicação em painéis estruturais em fachadas) e o ArmaGel DT (isolante térmico em aerogel capaz de mitigar o processo de corrosão sob isolamento). “O mercado está aquecido e há oportunidades efetivas para a geração de negócios que vão movimentar o setor nos próximos meses”, analisa a gerente nacional de vendas e marketing da multinacional no Brasil, Priscila Baioco.

Estande: F55 (108 m²)

 

BRASIL SOLDAS

Pela primeira vez na Febrava, a empresa exibirá sua linha de soldas – foscoper e silfoscoper (anel, flat e vareta), latão e alpaca (anel, vareta, picotado e revestida), alumínio (TIG e MIG), estanho (MIG), prata (vareta, pó, limalha, picotada e fio) e fluxos para brasagem. Localizada em Diadema (SP), a Brasil Soldas iniciou suas atividades em 2013. “Desejamos divulgar ainda mais a nossa marca e os nossos produtos no mercado, fortalecer as relações comerciais e apresentar novos itens para o HVAC-R”, frisa o sócio-diretor da companhia, Carlos Alberto Silva.

Estande: G52 (77 m²)

 

CAREL

No ano em que completa cinco décadas de atividades, a italiana Carel, sediada em Valinhos (SP), chegará a mais uma edição da Febrava com um extenso portfólio de produtos para sistemas de tratamento de ar (UTA), incluindo itens como Recuperator (recuperador de calor), Enginia (dampers e acessórios para UTA) e Senva (sensores de temperatura, umidade, IAQ e analisadores de energia) e sistemas de umidificadores para aplicações de tratamento de ar e ambientes missão crítica. “Nossos produtos geram economia de energia e reduzem o impacto ambiental, graças à combinação das tecnologias mais avançadas e dos serviços personalizados para otimizar o desempenho de máquinas e sistemas”, descreve o gerente de contas HVAC-R da empresa no Brasil, Alex Taboni.

Estande: D96 (105 m²)

 

CHEMOURS

A multinacional norte-americana levará ao evento uma longa lista de refrigerantes de baixo GWP, com destaque para os produtos das linhas Opteon – XL20 (R-454C), XL41 (R-454B), XP40 (R-449A), XP10 (R-513A), XP20 (R-449C) e YF (R-1234yf); e Freon – 410A, 404A, 134a, MO99 (R-438A), 22 (R-22) e 32 (R-32). Para limpeza, os destaque no estande da empresa serão os agentes Opteon SF Flush e SF80. “Além de nos aproximarmos dos clientes e estreitarmos o relacionamento com distribuidores, mídia especializada e consumidores finais, pretendemos aprimorar a inteligência competitiva e promover novos produtos”, projeta o gerente de vendas América do Sul, Carlos Augusto Ribeiro Pereira, lembrando que a Chemours tem uma unidade fabril em Barueri (SP) e outra em Manaus (AM).

Estande: C52 (70 m²)

 

CLIMA RIO

A empresa vai expor uma ampla linha de câmaras frias para diferentes aplicações, desde supermercados e restaurantes até laboratórios e centros de distribuição. O estande também terá espaço para as ferramentas JCM, marca própria da Clima Rio para o setor, incluindo bombas de vácuo, manifolds, manômetros, maçaricos, refil, placas elétricas universais e controle remoto, entre outros itens. “Estamos investindo em um grande espaço para apresentar todas as nossas soluções ao lado dos principais parceiros. A empresa está focada em alcançar sua meta de crescimento para o ano de 2023, que é de 20% em relação a 2022”, ressalta o diretor-presidente da empresa, Gilson Miranda. Fundada em 1996, em Itaboraí (RJ), a Clima Rio conta com 26 lojas distribuídas em 11 estados e no Distrito Federal.

Estande: F76 (126 m²)

 

COBRESUL

A fabricante sediada em Joinville (SC) aproveitará a expertise de 12 anos no setor para mostrar a qualidade de seus tubos de cobre para refrigeração, condicionamento de ar, construção civil e aquecimento solar. Entre os principais produtos que levará à feira, estarão as linhas de tubos panqueca, tubos bobinas/carreteis e tubos retos. A Cobresul espera fechar diversos negócios, uma vez que a companhia costuma focar grandes esforços neste evento em particular.

Estande: C32 (65 m²)

 

COEL

A companhia ítalo-brasileira vai expor controladores para compressor de velocidade variável, sensores NTCs de fabricação própria, dispositivos IoT e soluções com PACs (CLP) + IHMs, para aplicações em câmaras frias, racks, chillers e outros equipamentos do HVAC-R. Fundada em 1954, a fábrica está localizada em Manaus (AM), e em São Paulo fica o escritório responsável pelos departamentos de vendas, marketing, engenharia de aplicações e assistência técnica. “Queremos gerar negócios e receber a visita de nossos clientes do Brasil e do restante da América Latina”, ressalta o coordenador de vendas da companhia na região, Flávio Aliberti da Conceição.

Estande: D76 (160 m²)

 

COPELAND

A empresa norte-americana levará 27 de seus principais produtos, como as unidades condensadoras com compressor scroll digital e com modulação de capacidade digital, além do compressor scroll de velocidade variável, que será um dos equipamentos concorrentes ao “Selo Inovação Febrava 2023”. Também será apresentada a série de inversores de frequência EVM de ½ a 30 HP, adequados para chillers, equipamentos médicos e vitrines. “Como Copeland, será nossa primeira vez na Febrava, e estamos ansiosos para divulgar as mudanças implementadas recentemente por meio da aquisição dos negócios de tecnologias climáticas da Emerson pela Blackstone”, afirma o diretor de negócios da companhia, André Stoqui.

Estande: F74 (154 m²)

 

CRC COMPRESSORES

Fundada em 1992 por Pedro Deangelo, o Grupo CRC mantém duas unidades na Vila Matilde, zona leste da capital paulista, onde opera com três divisões de negócios, que enfatizará durante o evento – remanufatura de compressores (alternativos e parafusos), partes e peças (fabricação e fornecimento) e fornecimento de lubrificantes (linha Zerol para refrigeração e climatização). “Nossa expectativa é também apresentar a nova divisão de negócios, que tem o objetivo de comercializar os lubrificantes Zerol, da marca Shrieve, empresa líder mundial em lubrificantes para equipamento de refrigeração e climatização, da qual somos representantes oficiais no Brasil”, reforça a diretora administrativa da CRC, Ariane Fuser.

Estande: I97 (63 m²)

 

DANFOSS

A multinacional dinamarquesa lançará a unidade condensadora Optyma Inverter, equipada com o compressor recíproco Danfoss Maneurop. O equipamento foi projetado para aplicação em câmaras frias de fast foods e lojas de conveniência. Também será apresentada a unidade condensadora Optyma CO2 Inverter para câmaras frias, já lançada na Europa e que chegará ao Brasil em 2024. A Danfoss apresentará ainda o compressor alternativo semi-hermético Bock CO2 (para aplicação estacionária ou móvel), fabricado pela Bock GmbH, companhia alemã adquirida em abril deste ano. Haverá também demonstrações dos compressores Bock Mobile alumínio e standard. “Queremos estabelecer novas frentes de negócios, pois o setor tem buscado cada vez mais aplicações com foco em eficiência energética, e nossos produtos e soluções contribuem para a redução do consumo e descarbonização”, assegura Renato Majarão, diretor da divisão Climate Solutions para a América Latina.

Estande: E76 (311 m²)

 

EBM-PAPST

Ao celebrar 25 anos de atividade no Brasil, a multinacional alemã irá apresentar os ventiladores Centrífugo K3G310, da nova família RadiPac #3, e Axial, versões W3G300 AxiEco – Perform e S3G300 AxiEco – Protect, além do motor para ventiladores de uso agrícola M3G150. “Vamos mostrar a sustentabilidade e a digitalização dos nossos produtos, que estão alinhados com as novas necessidades e a realidade global para um clima melhor”, argumenta o gerente de novos negócios e marketing da indústria, Fábio Casa.

Estande: H55 (60 m²)

 

ELGIN

A companhia apresentará suas novas linhas comerciais, como os equipamentos piso-teto e cassete inverter de 18.000 a 60.000 BTUs, já com o novo fluido refrigerante R-32; e os bi-split e tri-split Inverter, que possibilitam combinar evaporadoras de 9.000 e 12.000 BTUs. A Elgin também levará uma nova linha chamada “Splitão”, com capacidades de 7,5 a 20 TR, além do split Eco Inverter II, que conta agora com tecnologia wi-fi já incorporada. A indústria brasileira lançará ainda o Elgin Pró, aplicativo para instaladores desenvolvido com base em inteligência artificial, com o objetivo de ajudar os profissionais em suas atividades de trabalho. “O setor ainda está tentando entender e acompanhar as diversas mudanças ocorridas no mercado durante e após a pandemia, como o novo padrão de etiquetagem, responsável por fazer o mercado acelerar a adaptação às novas tecnologias”, exemplifica Anderson Bruno, diretor comercial da divisão de ar condicionado e eletroportáteis da empresa.

Estande: E20 (450 m²)

 

 

ELITECH

Nesta edição da Febrava, a empresa chinesa sediada em Canoas (RS) vai apresentar controladores de temperatura para resfriados, aquecimento e congelados, assim como painéis de comando IoT, permitindo monitoramento e configuração a distância, a partir do aplicativo Elitech Icold. O app pode ser usado para freezer, walk-in cooler, geladeira e câmara frigorífica. O estande também terá manifolds completos com quatro ou duas vias, com vacuômetro integrado, pinças de temperatura para superaquecimento e subresfriamento e teste de estanqueidade. A lista segue com detectores de vazamento de fluído refrigerante com tecnologia por infravermelho. “Nossa expectativa é aumentar em 40% as vendas a partir dos negócios gerados durante o evento”, projeta o consultor comercial da companhia, Alex de Moraes Alves.

Estande: H32 (72 m²)

 

EMBRACO

Marca de soluções para refrigeração da japonesa Nidec Global Appliance, a Embraco vai expor compressores de velocidades variável e fixa e unidades condensadoras. A multinacional lançará o modelo VNEX, voltado para freezers comerciais do tipo expositor vertical de até cinco portas e grandes refrigeradores comerciais abertos. A empresa ainda apresentará os compressores VMT (expositores e cozinhas profissionais) e FMFT e FMFD (uso comercial), assim como os compressores de velocidade fixa da linha EMR (mercado de reposição), das séries NE, NT, NJ (refrigeração comercial) e EM (refrigeração residencial e aplicações comerciais pequenas). “Queremos mostrar a força da Embraco a partir de quatro prioridades estratégicas que guiam o nosso trabalho – eficiência energética, miniaturização, refrigerantes naturais e baixo ruído”, comenta Sander Socrepa Malutta, diretor de vendas e engenharia de aplicação de refrigeração comercial para a América Latina.

Estande: D74 (231 m²)

 

EVERY CONTROL SOLUTIONS

A varejista levará à feira quatro de seus principais produtos. Em primeiro lugar, destaque para o EPoCA, sistema de monitoramento gratuito, pela Internet, para câmaras frigoríficas, balcões e expositores, via wi-fi e sem necessidade de um computador local. Já o vColor819 é um controlador de temperatura touch-screen colorido para ultracongelador, fermentador e forno slow cooking em um único equipamento. A lista termina com o C-Pro3 Giga, controlador programável com datalogger, webserver, multiprotocolo (ModBus, BACnet, CANopen, Intrabus), e com o C-Pro3 Giga OEM, controlador programável de baixo custo multiprotocolo (ModBus-RTU, BACnet MSTP, CANopen, Intrabus). “Ambos contam com software de desenvolvimento gratuito”, comenta o diretor da empresa, Fabio Cardoso.

Estande: J56 (25 m²)

 

FORMING TUBING

Ao celebrar 30 anos de existência, a fabricante nacional de componentes tubulares para refrigeração e climatização vai expor conexões de cobre, filtros secadores, refinets, linha de sucção, entre outros itens. Estabelecida em São Jose dos Campos (SP), a Forming Tubing tem como característica a fabricação de produtos com ausência de resíduos orgânicos, partículas metálicas e rebarbas, prejudiciais não somente ao processo de brasagem, mas também aos circuitos e sistemas dos equipamentos. “Apostamos nas projeções de crescimento no número de visitantes que passará pela feira neste ano, trazendo consigo uma perspectiva positiva de novos negócios”, destaca a diretora administrativa da indústria paulista, Elisangela Cará.

Estande: D53 (70 m²)

 

FUJITSU

Pioneira em oferecer a tecnologia Inverter no Brasil, a multinacional japonesa apresentará os produtos da nova marca global Airstage – equipamentos da linha split, teto, cassete e hi-wall para gás R-32. Também serão exibidos os aparelhos da linha multi-split, que, com uma única unidade externa, conseguem atender diferentes ambientes ao mesmo tempo e fazer uma série de combinações.  “Os produtos da nossa nova marca chegam ao mercado para agregar novidades para a Fujitsu General do Brasil. Além disso, estamos apostando bastante em mais uma linha de equipamentos para todo Brasil”, posiciona-se o presidente da companhia asiática, Akihide Sayama.

Estande: D10 (196 m²)

 

FULL GAUGE CONTROLS

A empresa apresentará os instrumentos VX-1225 e VX-1250, que realizam o controle simultâneo de duas válvulas de expansão eletrônicas bipolares (VX-1250 plus) ou unipolares (VX-1225 plus). Ambos são compatíveis com o FG Cap v2, dispositivo que dispensa o uso de solenoide em caso de falta de energia elétrica. Também serão exibidos o termômetro portátil Penta, que monitora e indica a temperatura em cinco pontos distintos e agora conta com novo design e outros avanços tecnológicos; o medidor de consumo MultiPower; o controlador TC-970E Log +ECO; o pressostato dedicado para unidades condensadoras PCT-122E plus e a linha Microsol Advanced Connect para sistemas de aquecimento solar.

Estande: F32 (224 m²)

 

GALLANT

Processo comum em suportes para ar-condicionado, a corrosão de materiais prejudica a qualidade e a segurança da instalação. Mirando nesta realidade, a Gallant levará à feira tecnologia exclusiva que dispensa o uso de solda. Esta característica reduz a ocorrência de pontos de corrosão, aumentando a durabilidade dos produtos. A empresa brasileira também apresentará bomba de vácuo, manifold digital, bomba para elevação de líquidos em sistemas de ar-condicionado, coletora e recicladora de gases refrigerantes, dobrador de tubos e kit manifold com manômetros analógicos. “Além de estabelecer novas parcerias comerciais, fortalecer relacionamentos existentes e apresentar soluções inovadoras, esperamos gerar um volume significativo de negócios, atingindo a meta de R$ 4 milhões”, projeta o gerente de negócios da empresa gaúcha, Mari Helfenstein.

Estande: H56 (36 m²)

 

GATTI QUÍMICA

A companhia brasileira lançará o Metacoil Pro 3 em 1, limpador desincrustante bactericida para uso em ar-condicionado simples e industrial, que protege o aparelho da proliferação de bactérias, fungos e vírus por até 30 dias. Adquirida no início deste ano pelo então consultor da empresa Ailton Carlos, a Gatti Química também levará ao evento o Jato Plus, detergente desincrustante ácido premium; o detergente desengordurante amoniacal LT, voltado para a parte externa do ar-condicionado e de frigoríficos; e a pastilha bactericida Desix, com princípio ativo de quaternário de amônio, para bandeja do ar-condicionado. “Desejamos dar maior visibilidade às nossas marcas no mercado, principalmente fora do estado de São Paulo, pois queremos captar clientes com vendas recorrentes nacionalmente”, comenta a gestora comercial da empresa, Natane Soares.

Estande: G65 (35 m²)

 

GREE

Maior fabricante de ar-condicionado do mundo, segundo a revista Forbes, e em sua terceira participação na Febrava, a multinacional chinesa apostará principalmente na sua linha comercial pesada, composta pelos equipamentos GMV-X (evaporadora cassete de uma via e evaporadora duto, ambas de alta capacidade). Para linha residencial, destaque para o split hi-wall G-Top Auto Inverter R32, e para a comercial leve, foco no G-Prime Inverter Plus R32 (piso-teto e cassete) e multi-split G-Max R32. “Participar da feira é uma excelente oportunidade para a Gree apresentar seus lançamentos e mostrar as tendências do mercado de climatização, além de fortalecer nossa presença no setor e destacar os produtos e soluções para os próximos anos”, afirma o diretor comercial da subsidiária brasileira, Nicolaus Cheng, lembrando que a empresa está há 20 anos no Brasil e tem unidade fabril em Manaus (AM).

Estande: D32 (224 m²)

 

KOURA KLEA

Para a sua terceira participação na Febrava, a fabricante e fornecedora integrada de refrigerantes para a indústria de refrigeração e ar condicionado vai levar ao evento o R-134a Refrigerante Klea (indicado para sistemas híbridos em cascata), o R-407C Refrigerante Klea 407C (linha baseada em misturas de R-32, R-125 e R-134a), o R-410A Refrigerante Klea 410A (alternativa em alta pressão ao R-22, compreendendo R-32 e R-125), o R-404A Refrigerante Klea 404A (alternativa ao R-22 e R-502) e o R-32 Refrigerante Klea 32 – R-32 (opção como componente de misturas que substituam o R-22 e o R-502). “Após quatro anos sem o evento, nossas expectativas são altíssimas, pois durante quatro dias vamos nos reunir com os principais players do mercado, apresentando novidades e soluções tecnológicas para climatização e refrigeração comercial, industrial e residencial”, espera o coordenador de vendas da multinacional, Flávio Rodrigo Furcin.

Estande: H33 (77 m²)

 

LEVEROS

A empresa lançará no evento um novo conceito: a Leveros 3.0. A ideia é mudar de patamar no mercado do frio. “Muito mais do que um distribuidor, vamos nos posicionar como um hub de soluções para parceiros e clientes”, comenta o CEO Tiziano Filho. Além de expor em parceria com Midea Carrier e Daikin, a companhia – nascida Gelosom na década de 1970, em Assis (SP), e rebatizada Leveros em 2017 – também mostrará ao setor os seus inversores fotovoltaicos. Da divisão de tecnologia, apresentará o Profiz, plataforma para gestão de serviços de prestadores de qualquer segmento. Atualmente, a Leveros tem três lojas físicas no estado de São Paulo e três franquias em Salvador (BA), Itapema (SC) e Fortaleza (CE).

Estande: E30 (120 m²)

 

MAYEKAWA

Neste ano, a Mayekawa apresentará lançamentos da linha MAG, composta aqui pelo Chiller Microcanal MAG e o Frascold MAG 5, composta de três modelos de compressores semi-herméticos de parafuso duplo. Além do Frascold Q TK, um compressor recíproco de design especial que não só opera silenciosamente, mas também ostenta alta eficiência para sistemas transcríticos. Outras inovações são o Frascold Z Atex, compressor recíproco meticulosamente desenvolvido para alta performance em ambientes de altas temperaturas, e o Frascold FVR L, compressor parafuso compacto e com operação silenciosa. “Vamos mostrar ao setor nossas novas tecnologias, aproveitando a oportunidade para interagirmos com o mercado, apresentando nosso vasto portfólio de produtos e equipamentos. Até porque será o primeiro grande evento do HVAC-R pós-pandemia, o que está gerando uma grande expectativa para todos”, vislumbra o diretor comercial da indústria no País, Silvio Guglielmoni.

Estande: G76 (95 m²)

 

MECALOR / KLIMATIX

Fundada em 1960, a tradicional Mecalor lançará a marca Klimatix, apresentando novos produtos criados especificamente para o setor. Entre os destaques está o chiller Smardt Mecalor Oil Free, com modelos de 80 até 3.600 TR, faixas que podem atender às mais diversas aplicações em ar-condicionado comercial, industrial, hospitalar e datacenters. A empresa também levará sua linha de chillers scroll de até 220 TR. “Lançar uma marca nova sempre é um desafio, e vamos aproveitar o evento para fortalecer ainda mais a nossa rede de relacionamentos com projetistas, instaladores e representantes, assim como promover a Klimatix”, enfatiza o diretor comercial Marcelo Zimmaro, salientando que a Mecalor conta com duas fábricas – uma na cidade de São Paulo e outra em São Bernardo do Campo –, além de uma operação própria na cidade de Querétaro, México.

Estande: G55 (77 m²)

 

MIDEA CARRIER

Detentora das marcas Midea, Carrier, Springer, Comfee e Toshiba, a empresa levará cerca de cem produtos para os segmentos residencial, comercial leve e comercial, incluindo o lançamento das linhas de sistemas VRF-V8; CRAH Midea Carrier, direcionada para data centers; e de fancoletes hospitalares. “Vamos nos reconectar com um dos nossos principais públicos, os instaladores, cujo apoio e influência são fundamentais na decisão de compra dos clientes. Em um mercado importante para a economia, como o nosso, que se encontra em forte crescimento, esperamos gerar grandes negócios no evento”, pontua a diretora de marketing da companhia, Simone Camargo, lembrando que, em abril deste ano, a Midea Carrier iniciou as obras de sua terceira fábrica no Brasil, dessa vez em Pouso Alegre (MG).

Estande: entrada da feira (364 m²)

 

ÓLEO MONTREAL

Sediada em Barueri (SP), a indústria química, especializada em lubrificantes especiais para o segmento de refrigeração, colocará à disposição produtos que proporcionam melhor lubrificação nos compressores usados na refrigeração comercial, industrial, doméstica e automotiva. Pouco tempo após ter iniciado suas atividades com uma pequena linha de produtos, 20 anos atrás, a Óleo Montreal rapidamente expandiu sua presença em todo território nacional e em alguns países da América Latina. “Nosso sucesso é resultado da soma de produtos de qualidade, perseverança, dedicação, honestidade, foco no cliente e um modelo de atendimento ágil e próximo ao revendedor”, atribui o diretor-geral da empresa, Helio Martins Teixeira.

Estande: D54 (63 m²)

 

PARKER

A fabricante norte-americana lançará no Brasil o Zoomlock Push, compatível com fluidos como R-22, R4-10A, R-290 e R-600a, aproveitando para levar esta tecnologia para os componentes Sporlan, aplicados em sistemas de refrigeração e climatização. A Parker já contava com o Zoomlock – brasagem sem solda, sem uso de GLP, oxiacetileno, evitando fuga de fluídos. “Este ano, dobramos o tamanho do nosso estande, devido aos novos negócios que surgiram nos últimos quatro anos, visto que, devido à pandemia, as empresas mantiveram um estado conservador, e agora estão famintas por novas tecnologias”, explica o gerente comercial Carlos Henrique Costa da Silva, ponderando que a multinacional costuma, após a feira, registrar aumento médio de 20% em seu faturamento.

Estande: C118 (52,5 m²).

 

 

PESCAN QUÍMICA

Empresa do Grupo Benassi, com sede em Jundiaí (SP) e fundada em 2019, a Pescan é especializada em produtos químicos para manutenção de compressores de ar-condicionado e sistemas de refrigeração, a exemplo do Air Repair, produto carro-chefe da expositora usado para limpeza interna de tubulações, evaporadoras e condensadoras. O extenso portfólio da companhia contará ainda o lubrificante PAG, indicado para compressores do tipo alternativo, parafuso, scroll e paletado. Completam a lista o Limpa Caixa Evaporadora e Odorizador Veicular Spray portátil, todos da linha Air Repair. “Nossa expectativa é consolidar a marca Air Repair como referência nos segmentos de refrigeração e condicionamento de ar, além de nos aproximarmos ainda mais dos consumidores e distribuidores do setor”, espera o gerente industrial Eduardo Vilas Boas.

Estande: F98 e F118 (105 m²)

 

RAC BRASIL

Há 41 anos no mercado, a empresa brasileira de Taboão da Serra (SP) chegará à Febrava com novidades para as unidades condensadoras com capacidade de até 50 HP e as válvulas de expansão eletrônicas com capacidade de até 1.300 kW. A RAC Brasil também apresentará componentes para refrigeração comercial e industrial, unidades condensadoras UCML, estrutura para montagem de racks, válvulas de expansão eletrônicas pulsante e passo, de pistão motorizadas VPM, retenção e esfera, e solenoides de segurança e de líquido. “Esperamos conseguir um incremento de visitantes no nosso estande acima de 30%, em comparação à edição anterior, em 2019”, completa o administrador de vendas Nilton Laureano de Freitas.

Estande: C74 (112 m²)

 

RLX

Multinacional com sedes no Brasil (Manaus) e Estados Unidos, a RLX Fluidos Refrigerantes apresentará toda sua linha própria de fluidos refrigerantes – R134a, R134a com UV, R404A, R407A, R407C, R507, R410A, R507, R22, R290, R600A e R32. O destaque da companhia, que neste ano chega à sua maioridade, será o RLX 32, fluido refrigerante HFC puro compatível com óleos de polioléster, de baixo GWP, indicado para pequenos equipamentos de ar-condicionado. “Esta edição será marcante por causa da definição das novas tecnologias de fluidos e produtos (phase-down HFCs). Há uma importante movimentação nos negócios no segmento de refrigeração, pois este ano, em especial, deveremos ter impacto positivo no consumo de acordo com as previsões de aquecimento gerado pelo fenômeno el niño”, detalha o diretor de vendas e marketing Rodrigo Montini.

Estande: D51 (112 m²)

 

ROCKTEC

A empresa vai mostrar as qualidades do agente expansor não inflamável à base de hidrofluorolefina (HFO) usado na fabricação das placas AluPir (painéis pré-isolados de poliisocianurato-PIR). Fundada em 2000 no Brasil, a Rocktec é de propriedade dinamarquesa e atualmente sua unidade fabril fica na zona sul da cidade de São Paulo. Além disso, está em fase final de construção de uma nova fábrica, com 17 mil m2, em Araçariguama (SP). “Nossa estratégia é, principalmente, prospectar clientes da América do Sul e do restante da América Latina, onde já atuamos e buscamos novas parcerias para fortalecer ainda mais a nossa participação nesses mercados”, especifica o diretor comercial do fabricante, Elias Barbosa.

Estande: H76 (70 m²)

 

S&P OTAM

Os ventiladores das linhas Industrial, OEM e Habitat são alguns dos produtos que a espanhola S&P Brasil Ventilação mostrará ao setor durante a feira. A ideia da empresa é que seus lançamentos atinjam o maior número possível de profissionais da área, gerando valor para o trabalho deles. “Também pretendemos estreitar o relacionamento com o nosso público. Como a nossa última participação foi em 2019, achamos melhor não projetar um valor estimado de negócios durante o evento”, argumenta Maria Augusta Priori Monteiro, da área de marketing da multinacional.

Estande: H30 (96 m²)

 

SANHUA

Uma das maiores fabricantes de válvulas de expansão, solenoides e reversívoras, a multinacional fundada em 1984 terá uma longa lista de lançamentos na Febrava, com destaque para o trocador de placas de aço inoxidável, as válvulas reguladoras de pressão (séries LTF, CTF e XTF), os drivers de válvula de expansão eletrônica (VEE) série VSD, a VEE de CO2 transcrítica (motor de passo), a VEE série DPF-R, a válvula solenoide para R-32, além do controlador Sanhua SECD de VEE para duas válvulas independentes. “Queremos mostrarmos ao setor o crescimento e o desenvolvimento da Sanhua no Brasil e na América Latina. A feira será uma grande oportunidade para apresentarmos nosso vasto portfólio de produtos e tecnologias”, frisa Marcelo Ferreira de Lima, diretor para a América Latina da indústria chinesa.

Estande: G76 (78 m²)

 

SICFLUX

A empresa lançará dez produtos, mas, estrategicamente, escolheu não divulgá-los antecipadamente. Entre aqueles que o setor já conhece, serão levados os ventiladores/exaustores Titan LD, tipo limit load, com pás retas inclinadas para trás de dupla aspiração, que impede a fumaça de se propagar, facilitando a saída das pessoas. Com as mesmas características, mostrará a linha de exaustores LSC, que pode operar a uma temperatura de 400 ºC por duas horas sem redução da capacidade de exaustão de cozinha. O estande da brasileira Sicflux abrigará ainda os gabinetes GLPF e SGSD (caixas de ventilação) e os exaustores da Linha Maxx S. “Nossa expectativa é das melhores possíveis, com o estande cheio e muita confraternização com clientes e parceiros”, ressalta Edna Correia, responsável pelo marketing comercial. Fundada em 1992, a Sicflux tem sede em Araquari (SC) e centro logístico em Miami (EUA).

Estande: H10 (120 m²)

 

SYMBOL

A companhia vai apresentar bombas de vácuo, vacuômetros eletrônicos e recolhedoras de fluido refrigerante. No topo da lista, as bombas de vácuo com pressão residual menor que 20 microns são ideais para executar vácuo em sistemas de refrigeração e em processos que requeiram baixa pressão. A seguir, os vacuômetros eletrônicos, dotados de sensores do tipo Pirani, têm capacidade de leitura até níveis de vácuo na ordem de 1 mícron e precisão acima de 99%. E as recolhedoras de fluido refrigerante mantêm a mesma qualidade. “Nesta edição, vamos mostrar o que temos de melhor, nosso atendimento, pós-venda e qualidade dos produtos, que hoje comercializamos no Brasil, Mercosul e em alguns países da África”, comenta o CEO Jorge Manuel Fernandes Lameira, filho de Manuel Correia Lameira, que em 1978 fundou a Symbol, localizada em Sumaré (SP).

Estande: B93 (24 m²)

 

TESTO

A multinacional alemã vai expor toda a sua linha de instrumentos para o HVAC-R, com destaque para o lançamento de duas novas linhas de produtos, que não foram divulgadas. Fundada em 1957 e presente no Brasil desde 1999, a Testo produz instrumentos e soluções de medição para diversos segmentos. “Para os profissionais do setor, que consomem e produzem conteúdo diariamente, interações como as proporcionadas pela Febrava são importantíssimas para agregar novos conhecimentos e, consequentemente, para a melhoria da qualidade da prestação de seus serviços”, ressalta o gerente de distribuição da empresa no País, Victor Brogin.

Estande: H97 (45 m²)

 

TOSI

Presente em todas as edições da Febrava, a Tosi vai expor as linhas completas da marca que leva seu nome, além da Tropical e Jelly Fish. Em destaque estarão o FCTP (Fancoil Tosi Precisão), AFC110 (Chiller Turbocore Multistack), SELF+CND (Self Split Tosi + Condensadora Horizontal), FCTH02 (Fancolete Hospitalar 02 TR), TEX09 (Unidade de Tratamento de Ar Tosi), SERP (Padrões de Serpentina Fabricados Tosi), ÁGUA (Trocador Água-Água Jelly Fish) e BC50 (Bomba de Calor Jelly Fish). “Depois de uma pandemia, nossa expectativa é participar de um evento com grande potencial para apresentar nossos novos produtos, confraternizar e encontrar amigos que não vemos há tempos”, afirma a sócia-diretora Patrice Tosi.

Estande: H30

 

TROX

Especializada em componentes, unidades e sistemas para ventilação e ar-condicionado, a multinacional alemã vem investindo pesado em inovação e melhoria dos processos tecnológicos envolvendo conectividade e automação. Durante a Febrava, vai apresentar novos produtos e serviços, mas preferiu não divulgar detalhes. Entretanto, adiantou que haverá ações direcionadas a experiências visuais de simulação, que certamente ajudarão a posicionar ainda mais a marca Trox no mercado. “O evento sempre traz uma expectativa positiva, e como o último presencial foi em 2019, esperamos uma grande presença de público, não só do HVAC-R, mas de outras áreas de interesse que tenham uma aderência com nossos produtos e serviços”, pondera o gerente corporativo de marketing e e-commerce da companhia, Fernando Bassegio.

Estande: E74

 

ZIEHL-ABEGG

Desenvolvedora e fabricante de produtos em tecnologia de ventilação, controle e drives de elevadores, a multinacional alemã trará para o evento três grandes novidades. O ZAplus 2ª Gen é um ventilador axial com motor eletrônico (ECblue) de alta eficiência, hélices biônicas FE3Owlet e difusor de ar premium. O ZAcube e a versão HR são ventiladores centrífugos com motor eletrônico (ECblue), com hélices biônicas Bluefin e estruturas difusoras de alta eficiência. E o ZAbluegalaxy é uma plataforma 4.0 de tecnologia na nuvem para exportação de dados de operação em tempo real. “A expectativa da Ziehl-Abegg é novamente demonstrar a força da marca no mercado nacional, se colocando como uma empresa geradora de opiniões e líder em inovações tecnológicas no ramo”, define o engenheiro de vendas e aplicação Renato Espin Ota.

Estande: B52 (60 m²)

 

 

Edifícios descarbonizados, a nova fronteira da sustentabilidade na construção

Construções neutras em carbono e de alta performance energética fortalecem luta contra a crise climática.

As construções sustentáveis têm emergido como uma estratégia essencial para enfrentar as questões ambientais globais, como a escassez de recursos hídricos e a poluição causada pelos combustíveis fósseis.

Com a indústria da construção respondendo por cerca de 40%das emissões totais de carbono relacionadas à energia, a transição para edifícios verdes é mais do que uma escolha, é uma necessidade, na visão dos cientistas.

O conceito de construção sustentável envolve a criação de edifícios com menor impacto ambiental e maior eficiência energética. Além disso, a sustentabilidade também considera aspectos socioeconômicos relevantes, como a promoção da saúde e bem-estar dos ocupantes e a viabilidade financeira dos projetos de arquitetura e engenharia.

Principal fonte de informações – incluindo padrões (muitos dos quais são a base dos códigos de construção em todo o mundo), diretrizes, treinamento, educação continuada e pesquisa – para sistemas HVAC-R e desempenho de edifícios, a Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae, na sigla em inglês) tem desempenhado papel fundamental na promoção das construções verdes.

Uma das normas mais conhecidas e amplamente adotadas no setor é a Ashrae 90.1, que estabelece os requisitos mínimos para a eficiência energética de edifícios novos.

Outra norma relevante é a Ashrae 100, que trata da eficiência energética em edifícios existentes, além do padrão 189.1, que fornece estratégias para a construção de edifícios sustentáveis, servindo como base para o Código Internacional de Construção Verde.

Para seguir auxiliando na descarbonização do ambiente construído, a entidade técnica global publicou recentemente a Ashrae 228, seu primeiro padrão que estabelece critérios claros e abrangentes para a avaliação de desempenho de edifícios com emissões líquidas zero de carbono e consumo líquido zero de energia.

“Também temos guias avançados de design de energia que estão disponíveis para download gratuito e fornecem orientação educacional para reduzir o consumo de energia e a pegada de carbono, mantendo condições internas saudáveis e confortáveis”, diz o presidente do capítulo brasileiro, Walter Lenzi.

“Além disso, temos normas que abordam refrigerantes com baixo potencial de aquecimento global [GWP, na sigla em inglês], um componente importante para a descarbonização do ambiente construído”, diz o engenheiro, ao salientar que “a preocupação mundial com as mudanças climáticas aumentou à medida que as evidências científicas sobre o tema se tornaram mais definitivas, relacionando o aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera com o aquecimento global”.

Para o engenheiro Lucas Fugita, especialista de serviços técnicos e desenvolvimento de mercado da Chemours no Brasil, “a transição para fluidos refrigerantes de baixo GWP é uma etapa inevitável na jornada rumo a construções mais sustentáveis”.

O gestor da indústria química americana afirma que, “com a contínua inovação e a adoção de novas práticas na construção civil, o setor tem o potencial de desempenhar um papel significativo na luta contra a crise climática”.

Entretanto, prossegue Fugita, a migração para substâncias de baixo impacto climático não está isenta de desafios. “Estamos falando de retrofits de grandes instalações, novos equipamentos, capacitação e ferramentas adequadas para garantir o manuseio seguro e eficiente desses novos fluidos”, explica.

“As questões de eficiência energética precisam ser consideradas durante o projeto e a instalação de sistemas de refrigeração e ar condicionado para garantir o menor custo total de propriedade, junto com menores emissões totais de CO2 equivalente”, pondera. Segundo o especialista, outros fatores relevantes, como “a escolha de materiais de construção sustentáveis, energia renovável, automação, integração com a Internet das Coisas [IoT], iluminação natural, isolamento térmico e gestão eficiente da água, também devem ser levados seriamente em conta pelos projetistas atualmente”.

Revolução em curso

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as emissões diretas de CO2 dos edifícios precisam ser reduzidas pela metade até 2030 para encaminhar o setor para a neutralidade climática até 2050.

Devido ao Acordo de Paris, cujo objetivo é limitar o aumento da temperatura da Terra em 1,5 ºC até o fim do século, muitos governos ao redor do mundo estão implementando políticas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, que muitas vezes incluem metas para eficiência energética e descarbonização de edifícios.

Os players do setor imobiliário que se antecipam a essas tendências podem evitar o risco regulatório e se posicionar como líderes em um mercado em evolução, segundo especialistas.

Afinal de contas, esses edifícios não são apenas benéficos para o meio ambiente, mas também oferecem vantagens econômicas e sociais. Além disso, estudos têm mostrado que eles tendem a ter um valor de mercado mais alto do que os edifícios tradicionais. Por isso, para muitas empresas, a descarbonização de seus imóveis já é uma parte importante de suas estratégias de governança ambiental, social e corporativa (ESG).

No entanto, também é importante notar que a descarbonização de edifícios apresenta desafios, como o custo de implementação de tecnologias de eficiência energética e a necessidade de habilidades e conhecimentos especializados por parte dos empreiteiros, além da dificuldade de renovar edifícios existentes. A descarbonização, enfim, envolve uma abordagem de múltiplas facetas. No design e construção, particularmente, isso significa optar por materiais e processos de construção de baixo carbono, bem como garantir que os edifícios sejam tão eficientes em termos energéticos quanto possível.

De qualquer maneira, reduzir e, eventualmente, eliminar as emissões de carbono associadas à construção e operação de edifícios é uma das tendências emergentes mais significativas no setor.

Em todo o mundo, mais e mais edificações estão sendo projetadas e construídas com a descarbonização em mente, desde residências unifamiliares até grandes complexos industriais, o que gera impacto direto no dia a dia dos profissionais de arquitetura, engenharia e construção, entre os quais engenheiros, projetistas e instaladores de sistemas de climatização e refrigeração.

Nesse cenário de profundas mudanças, aqueles com experiência em práticas sustentáveis e descarbonização estão se tornando cada vez mais valorizados pelo mercado, abrindo novos caminhos para avanços em suas carreiras no HVAC-R e segmentos correlatos.

À medida que a demanda por soluções ecológicas aumenta na construção civil, as empresas que se especializam nessa área também têm a chance de expandir seus negócios e aumentar sua rentabilidade, além de construir uma marca sólida e respeitável.

Oportunidades

Apesar de o crescimento da construção civil não ter sido acompanhado por avanços suficientes nos esforços de eficiência, um relatório da Aliança Global para Edifícios e Construções (GlobalABC) aponta para sinais positivos e oportunidades para acelerar a ação climática, indicando que a descarbonização de edifícios e a eficiência energética estão se concretizando como estratégias sólidas de investimentos.

Até 2030, os edifícios verdes devem se tornar uma das principais oportunidades de investimento global, com um valor estimado em US$ 24,7 trilhões pela Corporação Financeira Internacional (IFC), instituição que se dedica a promover o desenvolvimento do setor privado em países em desenvolvimento, por meio da oferta de serviços de investimento, consultoria e gestão de ativos. Atualmente, os investidores estão sendo encorajados a redefinir suas estratégias imobiliárias, priorizando a eficiência energética e a redução de carbono.

Nessa perspectiva, todos os envolvidos na cadeia de valor devem acolher a economia circular, visando diminuir a necessidade de materiais de construção, minimizar o carbono incorporado e utilizar soluções mais ecológicas para melhorar a resiliência dos edifícios, destaca o documento.

O estabelecimento de ações mitigadoras que aprimorem o desempenho térmico e energético dos edifícios, reforça a instituição, constitui um elemento crucial para a sustentabilidade.

Escassez de semicondutores impulsiona manutenção de placas eletrônicas

Brutalmente afetada pela covid-19, a partir de 2020, a indústria mundial de microchips agora corre para pelo menos retomar o patamar de produção pré-pandemia.

Usadas largamente em todo mundo – do setor de eletro-portáteis ao automobilístico e das fabricantes de mísseis às do HVAC-R, as placas eletrônicas, compostas por semicondutores, ainda continuam fazendo falta para atender à demanda por produtos novos.

Especialmente na China, Taiwan, Japão e Coreia do Sul, onde se concentra grande parte da produção desses itens de alta tecnologia, a pandemia trouxe consigo uma série de desafios para fábricas e fornecedores.

Restrições de trabalho, fechamento temporário de fábricas e interrupções na cadeia de suprimentos levaram a uma diminuição brutal – ou mesmo, paralisação total – na produção desses componentes essenciais para o dia o dia das pessoas. Além disso, o aumento da demanda por dispositivos eletrônicos durante o período de lockdown, com mais pessoas trabalhando e estudando em casa, agravou ainda mais a situação.

“Antigamente, a produção dos chips era planejada para computadores, celulares e outros dispositivos de tecnologia da informação, e hoje há geladeiras com algum tipo de inteligência, carros conectados e processos ligados à Internet das Coisas, com várias máquinas conectadas digitalmente”, comenta Reinaldo Sakis, gerente de pesquisa e consultoria e devices consumer da consultoria IDC, para quem o crescimento do uso de chips em larga escala passou a exigir um total replanejamento das linhas de produção.

De acordo com a IDC, o mercado global de semicondutores deve fechar 2023 com 6% de aumento em relação ao ano anterior, perfazendo uma receita de US$ 676,3 bilhões, chegando a US$ 745,5 bilhões ao final de 2027. “Estados Unidos e Europa estão recebendo investimentos altíssimos em fábricas de semicondutores, que levam anos para serem construídas. Projetos iniciados em 2021 devem começar a produzir em 2024. São necessários bilhões de dólares para desenvolver uma fábrica dessas e pelo menos de quatro a cinco anos para entrar em produção”, explica Sakis, indicando que a oferta desses produtos tende a demorar um pouco para se estabilizar.

Conhecido por seu dinamismo, o mercado do frio se adaptou a este complexo e inédito processo gerado pela falta de semicondutores, a partir do desenvolvimento de técnicas avançadas para a recuperação de componentes. Assim, foi impulsionado principalmente o segmento formado por empresas e profissionais especializados em manutenção, reparo e recondicionamento de componentes danificados ou defeituosos em placas eletrônicas de equipamentos comerciais e residenciais.

O conserto de placas eletrônicas em vez de sua substituição total configurou-se em uma marcante mudança de abordagem, que não apenas contribui para uma utilização mais eficiente dos recursos, mas também reduz o impacto ambiental da indústria de eletrônicos, especialmente pelo prolongamento da vida útil dessas placas, evitando a produção desnecessária de novos dispositivos.

“Outra razão para esta alteração é o elevado custo das placas para reposição, muitas das quais podendo chegar a até 80% do valor do equipamento, inviabilizando o conserto. O reparo deixa essas placas funcionando perfeitamente a um baixo custo, não precisando descartar prematuramente o equipamento, além de ter a mesma garantia de uma nova, ou seja, três meses”, afirma o eletrotécnico Rogério Lima, fundador da Refrigeração Lima e do e-commerce Split Peças e sócio-diretor da Inverter na Prática Treinamentos.

O especialista entende que o avanço da tecnologia Inverter, nos equipamentos de ar condicionado, é extremamente positivo, inclusive porque o reparo dessas placas é mais fácil e rápido. O funcionamento da placas Inverter tem uma importância enorme, porque elas – uma na unidade interna e outra na externa – se comunicam para que haja a execução de funções solicitadas pelo consumidor.

Primeira coisa a ser feita, comenta o Lima, é identificar o defeito que o equipamento está mostrando, e se ele indica o problema na unidade externa, não tem sentido ver a interna. Sabendo disso, é necessário verificar todas as conexões, tanto nas placas como nos seus periféricos, motor, ventilador, compressor, sensores e válvulas. Só depois parte-se para a identificação de defeito nas placas.

Limpeza preventiva

Nos aparelhos de ar condicionado Inverter e convencionais, a limpeza preventiva tem papel fundamental para um melhor funcionamento e rendimento do equipamento, além do aumento da vida útil.

A higiene das placas é feita igual a qualquer outra, apenas diferenciando que elas geralmente acabam sujando mais devido à função de ventilação presente nos equipamentos. A limpeza das placas deve ser realizada com álcool isopropílico, que é de rápida evaporação.

“Outra forma de prevenir principalmente a queima da placa da unidade externa é a troca da pasta térmica, principalmente em locais muito quentes, porque ela acaba ressecando e diminuindo a vida útil da sua função, que é retirar calor dos componentes da placa”, enfatiza Lima.

Quanto ao ferramental utilizado, não é tão extenso, sendo formado por ferros de solda, pinças, alicates de bico, multímetros digital e analógico, suporte para placas, sugador de solda, lupa, solda para placa eletrônica, fluxo para solda e uma pequena bancada de teste.

“É ideal utilizar, para o teste de placas, uma lâmpada em série para teste de curto, luvas antiestáticas e emborrachadas. Além de um bom disjuntor para proteção da sua rede elétrica”, recomenda o professor Roberto Messias, sócio-diretor da Inverter na Prática Treinamentos.

Segundo ele, sempre deve-se identificar qual o erro indicado, por meio de códigos ou leds piscando, e com esta informação, eliminar todas as possibilidades que podem estar nos periféricos, para só depois avaliar a placa.

“Um dos defeitos mais comuns é a ‘placa morta’, em que o ar não liga ou não aciona o led da placa, após energizada. Este defeito pode ocorrer na entrada de tensão da placa, e quando ela é convertida de AC para DC, os principais componentes são os osciladores de tensão, ou TOP”, detalha Messias.

O professor salienta que já existem no mercado testes prontos disponibilizados por empresas que os construíram e testes dos próprios fabricantes, usados especificamente nos seus equipamentos.

Para facilitar as manutenções dessas placas, ele lembra do Método Inverter na Prática criou diversos testadores Inverter, como teste do motor BLDC; de compressor Inverter; de comunicação; de IPM; e de osciladores, compondo um rol com mais de 20 testes na plataforma de estudo.

“As placas eletrônicas estão ficando menores e mais eficientes, diminuindo componentes e centralizando algumas funções em partes mais inteligentes. Outra mudança para se produzir equipamentos mais econômicos e eficientes e de baixo consumo, está nos compressores Inverter, que gradualmente vêm melhorando sua tecnologia. Consequentemente, as placas precisam ser atualizadas para o perfeito funcionamento dos compressores”, complementa Messias.

Danfoss firma nova parceria

A Danfoss e a Salling Group anunciaram uma parceria em conjunto com a Microsoft para capacitar o varejo alimentar sustentável por meio da digitalização. O Salling Group pretende criar um negócio neutro em carbono e está investindo mais de 2,4 bilhões de coroas dinamarquesas nos próximos anos em projetos de energia e sustentabilidade. Parte dessa iniciativa inclui uma colaboração com a Danfoss e a Microsoft para desenvolver serviços digitais para controlar o uso de temperatura e energia da refrigeração do supermercado, permitindo a manutenção preventiva para evitar perdas de alimentos e desperdício de energia. As empresas trabalharão juntas para utilizar sistemas e componentes de refrigeração, para as lojas da Salling Group na Dinamarca. O Alsense da Danfoss, uma plataforma de Internet das Coisas (IoT) construída na Microsoft Cloud for Sustainability, será utilizado para mensurar o desempenho da refrigeração. “Já possuímos as tecnologias e medidas de eficiência energética disponíveis hoje para oferecer grandes reduções de emissões. Temos orgulho de trabalhar com o Salling Group como um de nossos parceiros para a descarbonização”, diz Jürgen Fischer, presidente da Danfoss Climate Solutions.

Monitoramento remoto, a pedra angular do supermercado moderno

Visto anteriormente como um complemento dispensável, os sistemas de monitoramento dos equipamentos do frio se tornaram ferramentas essenciais para varejistas que buscam maximizar a eficiência de seus sistemas e minimizar as perdas por paradas inesperadas, principalmente por mau funcionamento de componentes.

Ao procurar sistemas supervisórios, os supermercadistas entendem que a telegestão dos equipamentos nas lojas, o gerenciamento remoto de alarmes e a otimização dos parâmetros são hoje demandas inegociáveis, dada a grande importância que estes aspectos ganharam no HVAC-R.

Antes da chegada das tecnologias de monitoramento a distância, uma falha comum, a exemplo de um evaporador bloqueado por gelo, gerava altos custos de manutenção, visto que nesses casos havia a necessidade de deslocamento de uma equipe de serviço ao local para que fosse possível forçar um degelo manualmente.

“Hoje, algumas plataformas como o RED possuem algoritmos otimizados que conseguem prever uma possível perda de rendimento de um evaporador em um supermercado e gerar uma notificação para as equipes de monitoramento remoto para que uma revisão na configuração de degelo possa ser realizada a partir de uma central única de supervisão. Mesmo que esteja a centenas de quilômetros de distância não há necessidade de deslocar equipes técnicas ao local”, afirma o gerente técnico da Carel na América Latina, Marcel Nishimori.

As tecnologias de monitoramento atualmente disponíveis no mercado se refletem fortemente para minimizar os efeitos negativos de paradas para manutenção. “Ao visualizar os sistemas de supervisão e os gráficos com diversas informações termodinâmicas, as equipes de supervisão remotas conseguem realizar uma análise mais precisa e deslocar ao campo o tipo de profissional mais adequado para a realização da manutenção de forma mais assertiva e rápida”, explica o gestor.

Um dos principais produtos da Carel nesta linha específica da cadeia do frio é o Sistema Boss de monitoramento local. O componente supervisório permite conectar todos os dispositivos eletrônicos instalados nos equipamentos de frio alimentar, iluminação, ar-condicionado e outros que possam comunicar-se por meio de protocolos abertos, tais como ModBus, Bacnet, SNMP, entre outros.

“Esses dispositivos são essenciais para o armazenamento de informações de operação dos equipamentos, gestão de alarmes e a possibilidade de otimizar os sistemas pela integração entre os controles da casa de máquina (racks) e os evaporadores instalados nas câmaras frias e expositores. Funções como sucção flutuante, modulação de resistência de orvalho, entre outras, só podem ser executadas ao interligar todos os dispositivos através de um sistema supervisório”, detalha Nishimori.

Já a plataforma RED, ilustra o executivo, é a ferramenta, em nível corporativo, que permite a gestão de múltiplas lojas por meio de um painel de controle único, no qual todas as informações coletadas de centenas de equipamentos de cada estabelecimento são apresentadas em forma de indicadores de fácil compreensão, até para gestores que não são especializados em sistemas de refrigeração.

“A customização da forma em que as informações são apresentadas, além da expertise da nossa empresa em correlacionar os dados termodinâmicos de forma a utilizar algoritmos de machine learning (inteligência das máquinas) para predição de desvios de operação e falhas, são algumas das principais características dessa plataforma revolucionária”, complementa o gerente técnico da Carel.

Para o engenheiro de vendas da Danfoss, Alex Pagiato, os clientes supermercadistas geralmente buscam soluções tecnológicas para minimizar impactos de perdas em sua cadeia.

“Entretanto, podemos constatar que eles não desejam fazer simplesmente o monitoramento, mas, sim, aproveitar os benefícios que ele proporciona. Monitorar não significa dizer que todos os problemas vão desaparecer, mas sim vão ser evidenciados, e para isso ações terão de ser tomadas para alcançar mais performance. As tecnologias atuais proporcionam aos clientes desde o controle de temperatura em balcões e geladeiras até a garantia da qualidade de produtos comercializados, suscitando alarmes que reduzem tempos de paradas”, destaca o executivo.

Segundo ele, outro ponto a se levar em consideração neste cenário é o consumo de energia, um dos grandes vilões dos altos gastos no setor. “Muito precisa ser feito, mas um dos desafios e soluções propostas pela Danfoss é integrar todo o monitoramento de uma loja, incluindo iluminação, ar-condicionado, temperatura, alarmes e energia, garantindo, assim, a melhor gestão do negócio dos nossos clientes”, propõe Pagiato.

O gestor esclarece que o monitoramento de alarmes dos pontos críticos tem um impacto bem positivo, pois o operador recebe a informação, em tempo real, e pode tomar as ações necessárias, remota ou fisicamente.

“Embora cada loja tenha as suas particularidades, o monitoramento pode prever as manutenções preventivas antes que ocorra a manutenção corretiva. Estamos falando de 30% a 60% menos paradas para manutenções corretivas quando se tem o correto monitoramento. Para gerar economia de energia, é necessário realizar os ajustes nos parâmetros da sala de máquinas e no controle de cada ponto refrigerado. Assim, dá para economizar até 26% de energia”, completa Pagiato.

Outro importante player do HVAC-R, a Eletrofrio espera, para os próximos anos, um grande avanço na prestação de serviços de monitoramento remoto para gerenciamento do frio e da energia elétrica para os sistemas de refrigeração comercial.

Na visão do gerente de engenharia da companhia, Rogério Marson Rodrigues, toda base de hardwares e softwares já está desenvolvida e em operação em uma pequena parcela do varejo brasileiro, a qual já colhe excelentes resultados operacionais – da redução de quebras e de perdas de perecíveis à economia no consumo de energia elétrica.

“Tais avanços rapidamente serão transmitidos ao mercado e muitos outros varejistas procurarão por estes serviços”, projeta o executivo, para quem o monitoramento e gerenciamento de dados são ferramentas poderosas para as rotinas de manutenção, prevalecendo as preditivas e preventivas às corretivas.

“A redução do custo de substituição de peças e de mão de obra é perceptível já no primeiro ano de trabalho, porém nada supera a diminuição das quebras e da perda de produtos perecíveis e o melhor atendimento do consumidor final, aumentando a percepção de qualidade da marca do varejista que se utiliza desses recursos tecnológicos”, constata.

Conhecida pelos expositores frigoríficos presentes nas principais redes de supermercados do País, a Eletrofrio também é fabricante de equipamentos de refrigeração e painéis frigoríficos, não só para a refrigeração comercial, mas também para a industrial, novo mercado de atuação da companhia, que neste ano completou 76 anos de existência.

“Todos os sistemas de refrigeração projetados pela nossa empresa estão aptos a receber controladores eletrônicos interligados a um supervisório que permite acesso remoto, gerenciamento e análise de dados que resultam em uma programação de manutenção preditiva e preventiva, reduzindo as ações corretivas. Esse processo pode diminuir em até 50% as perdas de perecíveis em um supermercado”, enfatiza Marson.

Nessa mesma pegada, o vice-diretor da Full Gauge Controls, Rodnei Peres, entende que a busca por soluções em eficiência energética passa por componentes como controladores digitais inteligentes com funções de set point econômico, controladores para centrais de racks, válvulas de expansão eletrônica, softwares e aplicativos de gerenciamento via internet e equipamentos com compressores de velocidade variável.

“São investimentos que se pagam, na maioria das vezes, no médio prazo. O uso de válvulas de expansão eletrônicas, controladores para racks e software de gerenciamento representa uma economia que pode chegar a 20% logo nas primeiras semanas”, exemplifica o gestor.

A Full Gauge Controls também é famosa pelo software de gerenciamento remoto Sitrad Pro, reconhecido pela facilidade de programação, suporte técnico oferecido e economia de energia gerada.

De acordo com a companhia, um de seus carros-chefes é a linha Valex para controle de válvulas de expansão eletrônica, modelos VX-1025E plus e VX-1050E plus, que garantem economia de cerca de 20% na aquisição de equipamentos que complementam a instalação, já que estes podem ser mais compactos e de menor capacidade.

“Ao realizar o gerenciamento e monitoramento pelo Sitrad Pro, o instalador, o usuário responsável pela manutenção e o proprietário do negócio acessam as informações em tempo real, evitando perdas geradas por uma série de problemas, como a existência de uma porta de uma câmara fria aberta, por exemplo”, justifica Peres.

O monitoramento a partir de sensores sem fio e de alarmes inteligentes também é o foco da Syos, startup parceira da Coel. A empresa tem como clientes supermercadistas que necessitam acompanhar o desempenho de refrigeradores, balcões, freezers e câmaras frias.

“A qualquer sinal de não conformidade, seja por causa de um problema do próprio equipamento, de uma porta de câmara fria aberta, do armazenamento de produtos em excesso em um refrigerador ou algum problema de temperatura, enviamos alertas via WhatsApp indicando qual equipamento está com problema para que o gestor ou seu time possa resolvê-lo de forma rápida e eficiente”, explica o CEO da companhia, Paulo Lerner.

O executivo diz que a inteligência artificial, que capta dados e entende os padrões de temperatura de cada equipamento, consegue identificar e prever falhas antes mesmo de elas acontecerem, fazendo com que a perda de produtos perecíveis seja reduzida significativamente.

“A tecnologia e a gestão inteligente dos nossos sistemas permitem ao supermercadista monitorar sua área refrigerada com segurança e tranquilidade, reduzir o comprometimento dos produtos, garantir mais qualidade e diminuir os custos, principalmente com manutenções emergenciais”, conclui Lerner.

Especializada em projetos de refrigeração comercial e na prestação de serviços de assistência técnica, manutenção preventiva, corretiva, projetos, vendas, retrofits e planejamento de novas obras, a Superfrio também aposta em centrais frigoríficas dotadas de inversores de frequência, válvulas de expansão eletrônicas, condensadores de microcanal e fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global.

Segundo o analista de marketing do fabricante, Eduardo Seraphim, a empresa dispõe de produtos de série e customizados que combinam componentes de última geração desenvolvidos para garantir sua durabilidade, melhorar a qualidade do frio alimentar, economizar energia e reduzir emissões de gases de efeito estufa.

“Com a tecnologia de monitoramento remoto, podemos identificar um problema muito mais rápido, conseguindo assim resolvê-lo em menor tempo. Consequentemente, as perdas se tornam cada vez menores, por conta de paradas em equipamentos do frio alimentar”, diz.

 Compressores

Fabricante das soluções de refrigeração Embraco, a gigante Nidec Global Appliance tem se focado em desenvolver e lançar produtos que respondam às principais demandas dos supermercadistas, como economia de energia e equipamentos tão eficientes que reduzem drasticamente as paradas para manutenção.

Uma das principais tendências tecnológicas oferecidas pela empresa está nos compressores de velocidade variável, que podem entregar até 40% de economia de energia, dependendo da aplicação, em comparação com a tecnologia tradicional de velocidade fixa.

Esses equipamentos oferecem também melhor desempenho na preservação dos alimentos, pois mantêm a temperatura interna dos gabinetes mais estável, bem como promovem a redução de ruído. Com esta tecnologia, o inversor (placa eletrônica) interpreta as necessidades de temperatura do refrigerador e regula a velocidade de rotação do compressor para atender essa demanda.

“O uso de compressores de velocidade variável eleva as possibilidades de aplicação da Internet das Coisas (IoT), pois os inversores que controlam os compressores permitem agregar novos recursos e controles entre o refrigerador e o compressor, os quais permitem, por exemplo, o monitoramento e a atuação remotos”, salienta o diretor de vendas e engenharia de aplicação para América Latina da Nidec, Sander Malutta, também responsável pelo portfólio da Embraco.

O executivo frisa que a companhia tem acompanhado a tendência tecnológica da redução de tamanho dos compressores. De acordo com ele, a miniaturização, por meio do uso de muita tecnologia embarcada, visa à fabricação de compressores menores, mas com a mesma capacidade de refrigeração e geralmente com maior eficiência energética do que seus antecessores.

“Há vários ganhos nisso, como o melhor aproveitamento do espaço interno do gabinete para armazenamento de produtos, a redução do consumo de recursos naturais para fabricação dos compressores e a otimização do transporte, com mais compressores por caminhão ou container”, afirma o diretor.

No Brasil, os carros-chefes para a refrigeração comercial da Nidec são os compressores de velocidade variável, como as linhas VEM e FMF. O VEMT404U foi desenvolvido para aplicações comerciais, como merchandisers e equipamentos de refrigeração para cozinhas profissionais ou outros serviços de alimentação.

O modelo FMF faz parte de uma família de compressores de velocidade variável para aplicações comerciais que apresenta os melhores níveis de eficiência energética do mercado na sua categoria de tamanho e capacidade de refrigeração, segundo a multinacional.

A tecnologia permite controlar melhor o funcionamento do equipamento de refrigeração. O compressor de velocidade variável, por exemplo, funciona acoplado a uma placa eletrônica (inversor).

“Nossos compressores, com essa tecnologia, utilizam um software de controle lógico chamado Smart Drop In, desenvolvido para ajustar a velocidade de rotação do compressor em situações de operações reais para o segmento comercial leve, como o degelo a gás quente ou resistência elétrica, abertura intensiva de porta e rápida recuperação de temperatura, sempre buscando um ponto adequado de consumo de energia”, finaliza Malutta.

Fabricantes investem em miniaturização de componentes e eficiência energética

Indústrias buscam conquistar maiores fatias do mercado doméstico com inovações tecnológicas sustentáveis.

O segmento de refrigeração doméstica não para de avançar tecnologicamente, sendo especialmente alavancado pelo surgimento de inovações na área comercial – de compressores mais compactos e de velocidade variável e suas placas eletrônicas a equipamentos mais sustentáveis e eficientes energeticamente. Em verdade, uma coisa puxa outra.

No escopo da Nidec Global Appliance, detentora da marca Embraco, os compressores têm se destacado, nos últimos tempos, pela rápida evolução dentro de um conceito de sustentabilidade ambiental, envolvendo o tripé eficiência energética, redução de desperdício de alimentos e diminuição do volume de matéria-prima utilizada.

“Atualmente, a tecnologia de velocidade variável, também chamada de Inverter, é a que entrega todos estes três fatores no seu melhor potencial. É uma tecnologia na qual o compressor interpreta as necessidades de temperatura do refrigerador e regula sua velocidade para atender essa demanda, trazendo maior eficiência energética, com economia de até 40% de energia – em comparação a um compressor tradicional –, além de melhor ajuste e controle de temperatura”, detalha o diretor de vendas para aplicações residenciais na América Latina da Nidec, Leandro Navarro.

O executivo explica que esses compressores possibilitam um desempenho ainda melhor na preservação dos alimentos e redução de ruído, grandes atrativos para o consumidor final. Segundo ele, esta tecnologia envolve um compressor conectado a uma placa eletrônica, chamada inversor.

“As placas eletrônicas da Embraco também trazem a opção de modularização, ou seja, um mesmo compressor pode se adaptar a diferentes refrigeradores em distintos lugares do mundo, apenas alterando o inversor, abrindo caminho, inclusive, para incorporar soluções bivolt, com um compressor 110V-220V”, exemplifica.

Navarro lembra ainda que as possibilidades de aplicações relativas à IoT (Internet das Coisas) também crescem quando se usam compressores de velocidade variável. “Isso porque os inversores – placas eletrônicas que controlam os compressores de velocidade variável – permitem agregar novos recursos e controles entre o refrigerador e o compressor”, descreve.

A Nidec dispõe de um portfólio bastante amplo de produtos, que muitas vezes são customizados para atender às necessidades de cada mercado ao redor do mundo. No Brasil, seus carros-chefes para a refrigeração residencial são os compressores de velocidade variável da linha FMS e os compressores de velocidade fixa da linha EM.

A linha EM apresenta excelente performance, eficiência energética, robustez, alta qualidade e confiabilidade. Conta com vários modelos, com opções diferentes tipos de refrigerantes.

Lançada recentemente, a linha FMS tem 12 centímetros de altura, um terço menor que o EM. Atinge 265 W de capacidade de refrigeração, mais de 20% acima das soluções existentes com tamanhos semelhantes.

“O FMS foi lançado com o objetivo de tornar a tecnologia de velocidade variável, ou inverter, mais acessível em todo mundo, trazendo as vantagens de economia de energia, baixo ruído, estabilidade, confiabilidade e melhor preservação dos alimentos”, enfatiza Navarro.

Eficiência energética

Uma importante tendência do HVAC-R brasileiro, de acordo com especialistas do setor, é a crescente exigência por equipamentos mais eficientes energeticamente. Este movimento ainda deve aumentar nos próximos anos, também em função da atualização do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) para refrigeradores residenciais, desenvolvido pelo Inmetro.

O PBE foi atualizado pela Portaria nº 332/2021, que entrou em vigor em 1º de julho deste ano, a qual criou três novas categorias nas etiquetas do Inmetro – “A+”, “A++” e “A+++”. Elas identificam os refrigeradores que são, respectivamente, 10%, 20% e 30% mais econômicos do que os produtos até então classificados como “A”. O varejo terá até 30 de junho de 2023 para comercializar os produtos com a etiqueta antiga.

A partir de janeiro de 2026, os selos voltarão a ir de “A” a “F”, entretanto, mais rigorosos. Ao final de 2030, o nível de consumo máximo permitido em cada categoria irá se tornar ainda mais restrito. “A Embraco já tem hoje, em seu portfólio, os produtos para atender a todas as etiquetas até 2030, pois, como uma marca global, estamos em mercados em que as exigências regulatórias são mais elevadas”, pondera o diretor da Nidec.

Outra tendência no mercado global, a redução do tamanho – miniaturização – dos compressores tem como foco a fabricação de itens menores, com até 50% de massa, porém com a mesma capacidade de refrigeração e mais eficientes do que seus antecessores.

“Há vários ganhos nisso, como a otimização do espaço interno do gabinete, liberando mais espaço para armazenamento de produtos, além da redução do consumo de recursos naturais para fabricação e otimização do transporte dos compressores”, complementa Navarro.

Os fabricantes também estão buscando operar com refrigerantes de baixo impacto no aquecimento global. A Nidec tem apostado no uso de refrigerantes naturais, como propano (R-290) e isobutano (R-600a), sendo este último o mais utilizado na refrigeração residencial. “Em 2021, 65% dos nossos compressores comercializados globalmente, somando refrigeração residencial e comercial, já contavam com fluidos refrigerantes naturais”, pontua o executivo.

Esta corrida está bem acelerada. Ainda em 2021 a Samsung já havia colocado no mercado geladeiras mais eficientes nas principais categorias (Duplex, Duplex Inverse, French Door e Side by Side), que passaram a atendem aos novos critérios do Inmetro.

De acordo com a multinacional sul-coreana, seu portfólio conta com vários refrigeradores que correspondem à classificação mais alta, graças às tecnologias embarcadas nesses modelos – entre elas, a do compressor Digital Inverter, que emite menos ruídos e pode economizar até 50% de energia.

“A preocupação com a redução de consumo de energia é uma tendência global, e em situações de escassez de chuvas e de uma consequente crise energética como a que vivemos no Brasil, esta questão se torna ainda mais importante. Atendendo aos mais altos padrões internacionais de eficiência e sustentabilidade, a nossa empresa se antecipou ao oferecer produtos que já correspondem às novas normas brasileiras”, afirma o diretor da divisão de eletrodomésticos da Samsung, Helbert Oliveira.

Entre os modelos mais populares da marca está a geladeira duplex Samsung Evolution RT46, dotada da tecnologia POWERvolt, que torna o equipamento mais resistente a picos de energia, problema recorrente no Brasil. Outro aparelho de destaque é a geladeira duplex Inverter Frost Free RT6000K 5-em-1 RT53, que conta com a tecnologia Twin Cooling Plus, voltada a conservar os alimentos frescos pelo dobro do tempo.

Já a geladeira duplex da marca, a Inverter Frost Free Inverse Barosa RL4363, pode ou não contar com o dispenser de água na porta. Este modelo também tem o Smart Sensor, ou seja, sensores que monitoram a temperatura ambiente, o nível de umidade interna da geladeira e até mesmo os hábitos de uso do aparelho, que se adapta e opera de forma otimizada e econômica.

Já entre os modelos Side by Side, destaca-se a geladeira Inverter Frost Free de três portas RS65R56, que conta com a tecnologia SpaceMax, construída com paredes mais finas, garantindo maior volume interno sem ocupar mais espaço no ambiente. O modelo vem com a exclusiva FlexZone, com temperatura independente, possibilitando quatro modos de resfriamento.

Em agosto passado, a Samsung lançou no Brasil seus primeiros modelos de geladeiras Bespoke, sendo um duplex inverse com 328 litros de capacidade, e um modelo flex, com capacidade de 315 litros, conversível entre freezer e geladeira. Ambos os modelos têm portas reversíveis, que abrem dos dois lados para se ajustar ao design da cozinha, a fim de otimizar o espaço.

O modelo Bespoke de 328 litros conta com a tecnologia SpaceMax e prateleiras retráteis para acomodar os alimentos com mais praticidade e um rack de vinho para armazenar garrafas refrigeradas na posição horizontal. Já a versão de 315 litros traz a opção de guardar alimentos frescos na geladeira ou mantê-los congelados usando-a como freezer.

Em julho, a sul-coreana LG Electronics apresentou suas novidades em linha branca na Casacor 2022, quando lançou as geladeiras Smart Side by Side UVnano. A grande novidade, de acordo com a multinacional, é a exclusiva máquina embutida Craft Ice, que permite fazer gelo em formato de esfera, os quais derretem lentamente, mantendo o sabor e a refrescância das bebidas. Outra evolução é a aplicação da tecnologia UVnano no dispenser de água. O uso de luz ultravioleta garante a eliminação de até 99,99% das bactérias no bocal.

A geladeira conta também com a tecnologia InstaView Door-in-Door, um painel de vidro que se ilumina com duas batidas, permitindo que os consumidores vejam o interior sem abrir a porta, reduzindo a perda de ar frio e economizando energia. Para manter os alimentos frescos por mais tempo, a geladeira vem equipada, internamente, com o filtro Hygiene Fresh+, que elimina até 99,999% de bactérias e remove o mau odor.

Outra marca a lançar um produto igualmente inovador foi a chinesa Midea, que apresentou ao mercado o refrigerador Side by Side 528L, que conta com freezer com capacidade de 184 litros, duas gavetas, três prateleiras na porta e três prateleiras internas.

De acordo com a multinacional, o aparelho é dotado de gaveta dupla de frutas e legumes, painel touch e prateleiras de vidro para dar maior estabilidade para latas e garrafas, além do ice twister, ativado com apenas um toque. Toda esta tecnologia embarcada proporciona economia de energia elétrica de até 28%.

Ao que tudo indica, a busca por equipamentos cada vez mais eficientes, com tecnologias que abram caminho, por exemplo, para a miniaturização de componentes, concordam especialistas do mercado do frio, continuará a ser destaque nos próximos anos no HVAC-R.

Desvendando os erros dos splits

Por Anderson Oliveira Tecnólogo em refrigeração e ar condicionado

Se tem um tema mais comentado e procurado em grupos de WhatsApp e redes sociais, quando o assunto é ar-condicionado split, principalmente na versão Inverter, é o tal código de erro.

Aqui iremos abordar esse tema e falar um pouco mais sobre os códigos de erros mais comuns em sistemas de ar condicionado split e saber a importância de se fazer um diagnóstico correto, para que o serviço preventivo ou corretivo tenha êxito.

Todo equipamento, seja ele elétrico, mecânico, pneumático, eletrônico ou equipamentos que utilize essas tecnologias simultaneamente, pode apresentar defeitos.

Esses defeitos podem ser decorrentes de falhas no sistema de alimentação das tecnologias citadas, como defeitos em componentes específicos; falhas por falta de manutenção preditiva, preventiva e corretiva, e até em casos isolados, mas reais, defeitos de fabricação.

Os condicionadores de ar tipo split, por serem utilizados no mundo todo, têm em sua estrutura alta tecnologia embarcada que hoje conta com projetos altamente tecnológicos, fazendo a junção da eletroeletrônica e IoT (internet das coisas), tornando possível, por exemplo, ligar, desligar, monitorar e receber alarmes em seu smartfone, em segundos.

E por falar em alarmes, esses só acontecem por causa de anomalias  elétricas, eletrônicas ou mecânicas.

São sobre esses alertas que falaremos a partir de agora.

Condicionadores de ar Inverter podem ter cinco sensores ou mais, no caso dos multi-splits, por exemplo

Os fabricantes dos condicionadores de ar prezam pela tecnologia, durabilidade e, principalmente, por sua reputação, que é proporcional à qualidade de seus produtos. Por isso, para que seus equipamentos tenham um tempo de vida útil satisfatório, é necessário alertar o usuário ou profissional do segmento se eles estão trabalhando em condições fora do projetado, nas quais podem correr um sério risco em apresentar um defeito grave, a ponto de vir a “quebrar”. Pensando em reduzir tais transtornos, os fabricantes, então, utilizam dos chamados códigos de erros.

Os principais códigos de erros estão disponíveis na maioria das vezes nos manuais de instalação dos fabricantes e isso facilita bastante a vida do instalador ou do mecânico que está executando o serviço. Essa facilidade proporciona menor tempo de resolução no defeito apresentado, bem como clareza no diagnóstico da falha ou do componente defeituoso.

Em resumo, o código de erro evita que o profissional vire um “trocador de peças”. Vale destacar que os números e letras apresentados nos códigos de erros não são universais, ou seja, cada fabricante coloca o código de falha de acordo com o definido pela sua engenharia, e esse código é apresentado no display do evaporador e, em alguns, casos também na condensadora.

Agora vamos apresentar alguns exemplos de códigos de erros de acordo com o especificado pelos fabricantes e apresentar as possíveis causas dessas falhas:

Erro de comunicação

A comunicação entre as placas eletrônicas é um fator primordial para o funcionamento completo do sistema. Geralmente, o borner S é o responsável por manter esse sinal.

Utilizando um multímetro em escala de tensão elétrica DC ele deverá apresentar valores positivos e negativos alternadamente entre os bornes N e S. Isso significa que a placa da evaporadora e condensadora estão trocando dados. Na prática, dizemos que as placas estão “conversando”. Isso significa que há envio e recebimento de dados, baseado nas leituras feitas por ambas placas versus o solicitado via controle remoto.

Um simples defeito em qualquer componente de uma das placas eletrônicas pode interferir nesse sinal e gerar esse “alarme”. Além disso, o rompimento ou mau contato do cabo S também pode contribuir com esse erro. Dependendo da distância e percurso desse cabo, o ideal (quase não se usa) é utilizar um cabo shield com malha. Assim, as perturbações da rede e outras anomalias são amplamente reduzidas.

Erro de sensor

Agora os campeões que não dispensam apresentações são os sensores de temperatura. Em equipamentos convencionais geralmente são apenas dois, sendo: sensor ambiente e sensor da serpentina evaporadora. Mas condicionadores do tipo Inverter podem ter cinco sensores ou mais, quando falamos de multi-split, por exemplo.

Geralmente, os sensores de temperaturas são do tipo NTC (coeficiente de temperatura negativa), em que sua resistência ôhmica varia em função da temperatura lida no ar ou na tubulação. Novamente, destacamos que cada fabricante tem seu próprio código para a mesma falha.

Há três possibilidades de defeitos em sensores: abertos, curto-circuito ou avariados.

Utilizando um multímetro ou alicate amperímetro na escala de resistência ôhmica, quando colocado as pontas de provas do instrumento nos cabos do sensor, no visor de instrumento irá aparecer a indicação OL (para instrumentos Fluke) ou 1 (para instrumentos Minipa).

Em ambos os casos dizemos que o sensor está “aberto” ou em “leitura infinita”. Isso significa que não há nenhuma leitura de resistência ôhmica vindo do sensor. Para isso ser verdade é preciso saber o valor padrão de resistência ôhmica informado pelo fabricante. Esses valores variam de 5 kΩ, 10 kΩ; 20 kΩ, 25 kΩ e valores acima destes. Geralmente, há uma tabela da relação resistência ôhmica versus temperatura ambiente para a leitura e valor correto do sensor.

Se nesse mesmo teste aparecer no visor do instrumento valores perto de zero ou simplesmente 000, significa que o sensor está em curto-circuito. E, por fim, se utilizando a tabela de resistência ôhmica versus temperatura e no visor aparecer valores completamente diferentes do especificado pelo fabricante, ele é considerado avariado. Mas atenção: só é considerado avariado se realmente for um sensor original com o mesmo valor nominal indicado pelo fabricante. Se por acaso o sensor nominal tem valor 10 kΩ a 25 °C e no equipamento tiver um sensor de 25 kΩ a 25°C, o equipamento interpretará como falha. E a “falha” não é do sensor, mas sim da aplicação equivocada de quem trocou o componente.

Falha no compressor

Esse defeito, junto com a troca prematura de placas eletrônicas, é o campeão de diagnósticos errôneos em campo. Geralmente, os profissionais com pouca experiência ou falta de conceitos técnicos, acabam “condenando” esses componentes, por já terem tentado encontrar o defeito no equipamento que, quando não descoberto, condena-se o compressor ou placa eletrônica.

Vale destacar que é importante saber como funciona o compressor, quais são os componentes que fazem seu acionamento, os componentes que fazem sua proteção e os componentes que fazem seu monitoramento. Saber como funciona esse conjunto de informações é fator predominante para o bom diagnóstico da falha do compressor.

Essa falha é acompanhada de um código que pode ser apresentado na evaporadora quanto na condensadora. O fato de apresentar falha no compressor não significa que ele esteja defeituoso. Um sistema operando com baixa carga de fluido refrigerante fará o compressor trabalhar superaquecido, e esse superaquecimento irá prejudicar o compressor elétrica e mecanicamente. O sistema, através de seu monitoramento, detecta essa falha e informa no display que sim, houve uma falha relacionada ao compressor, por seu desarme, por exemplo.

No entanto, a fuga de fluido refrigerante é que proporcionou esse defeito, afetando o compressor. Da mesma forma, quando tiver um excesso de fluido refrigerante no sistema ou a ausência de vácuo na instalação, irá aumentar significativamente a pressão, fazendo o compressor desarmar e apresentar a falha, ou seja, em nenhum dos casos o defeito é no compressor, e sim na avaria ocorrida no sistema, no qual colocou o compressor em condições fora do seu envelope de aplicação.

Vale destacar que compressores Inverter nunca devem ser testados diretamente sem a sua placa eletrônica, pois isso pode causar a queima imediata, uma vez que a tensão elétrica e a forma de onda da rede convencional não são idênticas a fornecida ao compressor através da sua placa eletrônica.

Por isso, recomendamos sempre consultar o fabricante. Agora, se você quer saber se o compressor está queimado, sendo esse um Inverter, é recomendado fazer o teste de resistência ôhmica com o compressor na temperatura ambiente. Os valores de resistência ôhmica das três bobinas devem ser mesmo (com variações mínimas). Esses valores são indicados pelo fabricante do compressor e, em alguns casos, pelo fabricante do equipamento.

Caso os valores de resistência ôhmica forem diferentes entre as bobinas (quando Inverter) ou simplesmente aparecer no display do instrumento 000 (curto-circuito), o compressor deve ser trocado. Os testes de baixa isolação junto à carcaça do equipamento também é válido nesse caso.

Trocas prematuras de placas eletrônicas são um dos principais problemas no segmento de refrigeração e ar condicionado

Falha no motoventilador BLDC

Os motores BLDC são motores eletrônicos aplicados nas unidades condensadoras Inverter. Esses motores não utilizam capacitores convencionais e sua rotação varia em função da carga térmica a ser retirada pelo condensador ou absorvida pelo evaporador, através da interação entre as placas eletrônicas e os respectivos sensores de monitoramento

Assim como o compressor Inverter, para testar esse BLDC é necessário e recomendado utilizar a placa eletrônica que o alimenta. Isso porque é ela que fornece uma tensão elétrica, que pode chegar em 310 VDC. Recomenda-se estudar a fundo sobre motores BLDC, pois, assim como o compressor, cada fabricante tem suas particularidades e os detalhem fazem muita diferença no momento do diagnóstico.

A falha nesses motores pode ser uma causa eletrônica na própria placa ou algum surto na rede, que chegou até o motor elétrico e causou sua queima. Como esse motoventilador atua sob demanda e essa demanda é monitorada pelo sensor de temperatura, um teste simples para saber se ele está funcionando bem é aquecer o sensor de temperatura e esfriar o sensor de temperatura e visualizar a alteração na rotação do eixo. Ao mesmo tempo, meça a tensão de alimentação no motor. Se houver a tensão elétrica correta e o motor elétrico não estiver funcionando, a probabilidade de ser defeito no BLDC é quase certa. Quase porque se o sensor estiver defeituoso, a placa principal não receberá o sinal para variação de rotação.

Em resumo, nos dias atuais temos imensas fontes de informações, bem como ferramentas para fazer um diagnóstico correto dos componentes nos equipamentos. Sites de fabricantes, aplicativos, manuais, vídeos, podcast, grupos de WhatsApp. Ou seja, você quase nunca está sozinho.

Contudo, isso não dá o “luxo” de parar de estudar e se qualificar na medida em que o mercado exige, pois equipamentos mais tecnológicos exigem profissionais mais qualificados e você não pode perder essa oportunidade.

_________________

Fontes consultadas

Manuais de instalação Elgin Inverter (UAQ); Manual de instalação operação e manutenção Xpower Carrier; Manual de instalação Elgin (SRF-SSF/Q); Boletim Técnico LG (BT-RAC-05); Manual de instalação Midea Vize; Manual Jhonson Controls (DJEA   DJDA 07 24); Manual de instalação hi-wall Agratto.

 

 

FEI Portas Abertas 2022: Instituição abre campus e laboratórios para mostrar na prática projetos e pesquisas em gestão, inovação e tecnologia

Indústria 4.0, Realidade Virtual, Internet das Coisas, robótica, carros elétricos e novos modelos de negócios, entre muitos outros temas em inovação, tecnologia e gestão, marcarão presença no FEI Portas Abertas 2022. O evento gratuito, que ocorre no próximo dia 14 de maio, tem como proposta oferecer estudantes do ensino fundamental e médio, além de todos os interessados, a possibilidade de conhecerem o campus e os laboratórios da FEI por meio da participação didática em experimentos, atividades interativas e palestras.

As atividades desta 12ª edição são organizadas por professores, colaboradores e alunos dos cursos de Administração, Ciência da Computação, Engenharia de Robôs, Engenharia de Automação e Controle, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica (ênfases: Eletrônica, Computadores e Telecomunicações), Engenharia Mecânica, Engenharia Mecânica Automobilística, Engenharia de Produção e Engenharia Química.

Com foco nas megatendências globais, com uso da inovação para as soluções do futuro, a programação traz ações como o FEI Imersiva, na qual os participantes poderão utilizar óculos para Realidade Virtual e Aumentada para interagir com avatares e hologramas espalhados pela FEI. Também será possível interagir com robôs humanoides, small-size e de serviços, a exemplo da Hera, uma unidade autônoma e inteligente desenvolvida pelos alunos da FEI para assistência em ambientes domésticos e de serviços em geral. Também estão inclusas na programação atividades que envolvem gestão via metaverso, com uma experiência totalmente interativa para os participantes.

A hora e a vez da Indústria 4.0

Inovações tecnológicas desenvolvidas com base na Internet das Coisas, como a conectividade a distância e a manutenção remota, incrementam a busca por produtos que atendam às demandas de eficiência energética, manutenção e operacional.

Tecnologias que geralmente só víamos em filmes de ficção científica, como acesso remoto e controle de equipamentos a distância e por comandos de voz, além de armazenamento de informações em nuvem, já chegaram ao HVAC-R e avançam gradualmente, no que o mercado em geral nomeou de “Indústria 4.0”.

De olho na astronômica cifra de US$ 10 trilhões que a Internet das Coisas (IoT) e suas ramificações devem gerar em investimentos até 2030 em todo mundo, segundo especialistas na área, os fabricantes do setor estão apostando em sistemas ciber-físicos de inteligência para monitorar, gerenciar, rastrear, prever e otimizar a operação de sistemas de ar-condicionado e de refrigeração, em tempo real e de qualquer localização do mundo por meio de um ponto de conectividade.

Tal movimento se acelerou a partir do avanço da Internet das Coisas (IoT), com a ampliação da oferta de acesso à tecnologia 5G para redes móveis e banda larga. Em um futuro próximo, a IoT proporcionará toda a interface da linha branca, de eletroeletrônicos e eletroportáteis diretamente entre o suporte técnico e o consumidor.

Para a indústria do frio, a conectividade está abrindo portas para a coleta e análise avançada dos dados de operação de sistemas, possibilitando a identificação de oportunidades de melhorias, a tomada de decisões baseadas em dados e a validação dos resultados das ações implementadas. “Está havendo uma revolução na maneira como se faz a gestão de uma instalação, com foco em energia, sustentabilidade e/ou confiabilidade. Como novos avanços, podemos considerar o uso de robôs autônomos, big data e data analytics, fabricação aditiva e realidade aumentada”, argumenta Matheus Lemes, executivo da Trane e presidente do Departamento Nacional de Ar Condicionado da Associação Brasileira, Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento (Abrava).

O dirigente acredita que todos esses avanços na indústria levam a diversos benefícios para todo o ecossistema do frio, como um maior nível de automação, melhor aplicação da manutenção preditiva, adoção de machine learning, auto-otimização de melhorias de processos e novo nível de eficiência e capacidade de resposta aos clientes.

Segundo ele, o que se viveu na primeira década deste século difere-se do que estamos vivendo atualmente, pois tivemos revoluções que trouxeram grandes ganhos para as empresas, principalmente com o avanço da automação e das melhorias na conectividade, que permitiram maior eficiência e produtividade.

“Com isso, os fabricantes precisam adaptar cada vez mais seus produtos, inovações e serviços para o mercado, e os técnicos estão sendo capacitados para aprofundar conhecimentos sobre essas tendências. Já os varejistas estão fazendo grandes alianças técnico-comerciais visando atender aos mais diversos clientes, fundamentando-se na excelência como ponto focal de toda esta triangulação de propósitos do negócio”, descreve Matheus.

Igual percepção sobre a Internet das Coisas demonstra Ricardo dos Santos, executivo da Mayekawa do Brasil e vice-presidente do Departamento Nacional de Refrigeração da Abrava.

Este novo modelo baseado em IoT, entende ele, estabelece cada vez mais a proximidade de um processo industrial operado remotamente e composto por um sistema energeticamente eficiente, com módulos de inteligência artificial funcionando segundo parâmetros de projeto previamente determinados para garantir a eficiência.

“Ao mesmo tempo, serão cada vez mais utilizados módulos de machine learning para garantir que as características específicas de cada equipamento e de seus processos sejam obtidas com alto desempenho e segurança, com módulos autônomos que identificam alterações a serem feitas na operação em busca do ponto de máxima performance e segurança”, afirma Ricardo. Com a visão de quem já viu muitas transformações no HVAC-R, o executivo projeta, para os próximos anos, o desenvolvimento de sistemas de refrigeração dotados de premissas e tecnologias que permitirão resguardar todos os aspectos ambientais, como uso racional de energia elétrica, água e fluidos refrigerantes naturais, tudo isso agregando tecnologias de IoT para manter os sistemas em funcionamento dentro da faixa ótima de operação.

 Investimentos

Vários players do mercado do frio nacional e internacional continuamente estão investindo em tecnologias que cada vez mais atraiam o interesse de varejistas e consumidores. Se o preço final do equipamento compensar a relação custo-benefício, melhor ainda.

“Ao implementar uma solução baseada em nuvem, o contrato com o prestador do serviço geralmente segue um modelo as a service, em que o cliente paga uma mensalidade para ter acesso às plataformas de supervisão sem precisar desembolsar grandes investimentos no período inicial do projeto. Isso muda a percepção financeira do projeto. Na infraestrutura, há benefícios como a não necessidade de se manter uma estrutura de TI local complexa”, detalha Ricardo Konda, engenheiro de vendas da Divisão de Climate Solutions da Danfoss do Brasil. A multinacional dinamarquesa é uma das fabricantes que têm apostado nesta nova realidade, embora a crise econômica –agravada pela pandemia da Covid-19 –, argumenta o executivo, tenha levado o mercado em geral a postergar projetos de inovação e melhorias.

“Com a retomada da economia, esperamos que estes projetos sejam implementados e impulsionem cada vez mais a utilização dessas novas tecnologias”, deseja Konda, apontando duas plataformas de monitoramento remoto desenvolvidos pela empresa, o Centrica (foco em energia elétrica) e o Alsense (foco em temperatura e alarmes).

“São duas ótimas ferramentas baseadas em nuvem, com excelente conectividade e comunicação sem fio, que permitem aos técnicos acesso às informações de todo o sistema de refrigeração e seu consumo energético, de maneira remota por meio de PC, tablet ou smartphone. O técnico de manutenção, por exemplo, pode ir à loja muito mais preparado para resolver um problema quando já sabe de antemão qual equipamento está originando a falha ou até mesmo corrigi-la remotamente. Isto significa redução de custo operacional imediato”, salienta o gestor.

Outro importante player do mercado, a Termomecanica deu início – ainda em 2019, antes da pandemia da covid-19 – a um projeto arrojado para alcançar o status de Indústria 4.0, a partir da implementação de um sistema integrado de comunicação dos seus equipamentos, o qual permite a coleta e análise de dados históricos e em tempo real.

Em busca de uma gestão mais eficiência, o programa contemplou a aplicação de um sistema empregando tecnologia wi-fi, visando cobrir inicialmente o setor de fundição, especificamente os fornos da linha de chapas de uma de suas unidades fabris em São Bernardo do Campo (SP). Líder no setor de transformação de cobre e suas ligas, em produtos semielaborados e acabados, a Termomecanica tem investido ainda na construção de um big data alimentado com informações da engenharia e de outras áreas, como planejamento e controle da produção e qualidade.

“Graças à integração de diversos sistemas como ERP (Enterprise Resource Planning), MES (Manufacturing Execution System) e Scada (Supervisory Control and Data Acquisition), os dados coletados visam auxiliar os gestores na tomada de decisão a respeito de investimentos e apoiar estudos e ações para eliminação de desperdícios nos diferentes setores da fábrica”, ressalta o superintendente de tecnologia da empresa, Walter Sanches.

O executivo reforça que essa transformação exige foco por igual em pessoas, processos e tecnologia, sem que um ou outro se sobressaia. Entendemos também que inteligência e automação precisam estar embutidas em todos os processos e as decisões baseadas em algoritmos”, complementa. Especializada no desenvolvimento, fabricação e venda de componentes, equipamentos e sistemas de ar-condicionado e ventilação interior, a multinacional Trox também ampliou seus investimentos na Internet das Coisas. Ainda em 2019, a companhia lançou, na 21ª Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar (Febrava), a extensão do serviço IoTROX aos equipamentos de AHU e chiller, permitindo o acesso a dados em nuvem, com segurança da informação, monitoramento e supervisão remoto com serviços de alerta para manutenção.

“A partir dessa nova visão tecnológica mundial, trazida pela Indústria 4.0, e com o intuito de proporcionar aos clientes a melhor experiência, conectamos nossos equipamentos físicos à nova plataforma IoTROX, desenvolvida baseando-se em uma infraestrutura de software com armazenamento remoto”, explica o gerente de P&D Jorge Zato.

“Os dados dos equipamentos podem ser acessados na tela de dispositivos de acesso exclusivo ao usuário, visualizando dashboards de performance e recebendo notificações do equipamento, inclusive dados históricos”, conclui o executivo. A presença da IoT em equipamentos e componentes, a partir de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, será cada vez maior nos próximos anos em toda a cadeia produtiva do frio, elevando ainda mais a confiabilidade de aparelhos e processos preventivos e de manutenção em momentos críticos. É nisso que o mercado aposta.