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Vantagens significativas da ZFM estão nos incentivos fiscais e localização estratégica

A Zona Franca de Manaus (ZFM) oferece uma série de benefícios logísticos e fiscais para a indústria do frio, porém, manter investimentos e discutir alternativas é urgente para o desenvolvimento e crescimento do setor.

A Zona Franca de Manaus (ZFM) é um modelo consolidado desde 1967, com sua criação por meio do Decreto-Lei Nº 288, e com vigência prevista até 2073. Ao avaliar seu formato, em âmbito Federal e Estadual, existem vantagens tributárias, com redução ou isenção de impostos para os produtos e insumos, o que a torna atraente. Além disso, existe um contínuo trabalho de qualificação de mão de obra, melhorias na infraestrutura e diálogo com as autoridades para aquecer o ambiente de negócios, promovendo maior segurança jurídica dos investimentos por ser uma vantagem constitucional.

Grandes fabricantes da indústria do frio, como Midea Carrier, LG, Gree, Elgin, Samsung, Daikin, Consul, Electrolux, Panasonic, Fujitsu, Chemours, RLX Fluidos Refrigerantes, entre outras, possuem fábricas próprias em Manaus (AM). No começo de 2024, a Bel Micro e Friovix anunciaram a construção de suas novas fábricas de ar-condicionado, incrementando a produção local.

Carlos Ribeiro, Gerente de Vendas América do Sul da Chemours

“As vantagens de estabelecer a fábrica da Chemours na Zona Franca de Manaus são diversas. A localização estratégica de Manaus, na Região Amazônica, proporcionando fácil acesso a mercados nacionais e internacionais. Essa região conta com infraestrutura logística desenvolvida, incluindo portos fluviais e aeroportos, simplificando o transporte eficiente de nossos fluidos refrigerantes para todo o Brasil e exterior. Isso contribui para reduzir os custos de transporte e aumentar a competitividade de nossos produtos no mercado. A presença de mão de obra qualificada na região também é um diferencial para garantir a excelência em nossos processos industriais”, informa Carlos Ribeiro, Gerente de Vendas América do Sul da Chemours.

Durante a conferência “Indústria Brasileira de Ar-condicionado – o 2° maior polo fabricante do mundo”, realizada em outubro de 2023, reunindo as empresas do Polo de Ar-Condicionado do PIM (Polo Industrial de Manaus), reunindo empresários e políticos, José Jorge do Nascimento Junior, presidente executivo da Eletros (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletro-eletrônicos), destacou que a atividade econômica desenvolvida na Zona Franca de Manaus (ZFM), têm papel fundamental no desenvolvimento sustentável e que o governo tem trabalhado para garantir a segurança jurídica dos investimentos.

Jorge Junior, presidente executivo da Eletros, destaca que o Governo do Amazonas trabalha para garantir a segurança jurídica dos investimentos

“Um dos principais exemplos de sucesso do modelo ZFM é ter concentrado no Polo Industrial de Manaus, o segundo maior polo fabricante de ar-condicionado do mundo, o que projeta o Brasil em posição de destaque na indústria global de eletroeletrônicos. Com 13 fábricas instaladas, entre grandes marcas multinacionais e de capital nacional, o setor de ar-condicionado gera mais de 10 mil empregos diretos e 35 mil indiretos na região, com produção média anual de 4,5 milhões de unidades. Isso a gente só consegue por alguns fatores. Primeiro, por uma política industrial do Governo Federal estabelecida que dá condições para que a gente continue atuando dessa forma; e segundo, o Governo do Estado tem uma política de incentivo fiscal condizente e que atrai empresas e as mantém aqui. Sem esse arcabouço tributário estadual, dificilmente a gente teria esse ambiente de negócio”, afirmou Jorge Junior.

De acordo com Leonardo Araujo, Gerente Sênior de Relações Institucionais e Governamentais da Midea Carrier, para cada tipo de investimento existe uma classificação de projeto técnico-econô-mico, realizado a partir da orientação das autoridades regionais. Entre os incentivos fiscais aplicáveis à comercialização da produção estão a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as reduções específicas do Imposto de Importação (II), isenção do PIS/PASEP (Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e da COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), nas operações internas da Zona Franca de Manaus, além de outros incentivos de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e crédito estímulo de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço).

Leonardo Araújo, da Midea Carrier, ressalta o esforço contínuo entre as partes para a manutenção dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus

“No início de 2024, a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), disponibilizou em seu portal eletrônico documentos que ajudam o investidor a entender os benefícios e exigências de cada investimento. Do ponto de vista logístico, no entanto, existe um desafio a ser superado. Se, por um lado, a sua localização é a mais próxima de grandes mercados externos, como a América Central e do Norte; por outro, ela está distante de alguns dos principais mercados consumidores do Brasil. Sabe-se que alguns produtos, como o ar condicionado, dependem de modais específicos para manter a sua competitividade, como o fluvial, e por isso, manter investimentos e discutir alternativas é urgente para que as empresas possam superar adversidades, como a enfrentada em 2023, momento em que houve um dos piores períodos de estiagem da história”, informa Araujo.

Ele acrescenta que há um esforço contínuo entre o Governo do Estado do Amazonas, a Superintendência da Zona Franca de Manaus e dos parlamentares que representam os interesses do Estado no Congresso Nacional, cada um em sua área de atuação, para a manutenção dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM), vigentes até o ano de 2073. Um exemplo recente foi a atuação positiva durante a reforma tributária, que garantiu a continuidade do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os produtos concorrentes aos fabricados na ZFM.

“Existem exigências que visam a oferta e capacitação da mão de obra, incorporação de novas tecnologias, o desenvolvimento regional, a produtividade e a competitividade, além de investimentos para o incremento científico e tecnológico. Há ainda contrapartidas setoriais, com exigências específicas de acordo com cada tipo de projeto, mas uma contrapartida comum para as empresas que têm o objetivo de comercialização em outras partes do território nacional é o Processo Produtivo Básico (PPB), que é o conjunto mínimo de etapas a serem realizadas no estabelecimento fabril, para que a industrialização seja eletiva à fruição dos incentivos fiscais”, ressalta o Gerente Sênior de Relações Institucionais e Governamentais da Midea Carrier.

O Gerente de Vendas América do Sul da Chemours acrescenta que, as exigências para empresas estrangeiras se alocarem na Zona Franca de Manaus podem variar de acordo com a legislação brasileira e os acordos comerciais internacionais.

“No caso da Chemours, seguimos rigorosamente todas as regulamentações locais e os procedimentos de registro e licenciamento exigidos pelas autoridades competentes. Além disso, buscamos manter uma estreita colaboração com órgãos governamentais locais e consultorias especializadas para garantir o cumprimento de todas as exigências”.

Fábrica da Midea Carrier na ZFM: Qualificação de mão de obra, melhorias na infraestrutura e diálogo com as autoridades para aquecer o ambiente de negócios

Neoindustrialização como ponto positivo

A Nova Indústria Brasil (NIB) é o plano governamental de implantação da nova política industrial com o objetivo de contenção da desindustrialização brasileira, instituído pela Resolução CNDI/MDIC Nº 1, de 06 de julho de 2023, sob a chefia do vice-presidente Geraldo Alckmin, com o propósito de nortear as ações do Estado Brasileiro em favor do desenvolvimento industrial e de superar o atraso produtivo e tecnológico causado pela desindustrialização do país, que vem ocorrendo desde o início da década de 1990 e da promoção de  sua reindustrialização, denominada por estudiosos e agentes públicos como neoindustrialização. Concebido inicialmente para ser implantando entre os anos de 2024 e 2026, este plano de ação é resultado de trabalhos efetuados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) e está estruturado em seis missões que são as ações a serem promovidas pela nova política industrial e elas possuem áreas prioritárias para investimentos visando atingir as metas estipuladas até 2033. A NIB buscar ampliar a autonomia, a transição ecológica e a modernização do parque industrial brasileiro, direcionando os investimentos para a agroindústria, a saúde, a infraestrutura urbana, a tecnologia da informação, a bioeconomia e a defesa.

“Ao longo de 2024, teremos as regras estabelecidas por lei complementar, e estamos otimistas de que, com o diálogo entre autoridades, as entidades representantes das indústrias e a sociedade, serão garantidas as vantagens comparativas da região. Quando analisamos o contexto macroeconômico do Brasil, a desindustrialização do País é um dos problemas costumeiramente enumerado. Nesse sentido, a iniciativa do programa Nova Indústria Brasil (NIB) é positiva, pois traz a indústria para a agenda de governo de modo concreto. Em linhas gerais, o programa é ancorado no financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com foco em alguns setores, como a agroindústria, a saúde e a bioeconomia, dentre outros, além de apoiar a transição ecológica e a modernização do parque industrial. Entretanto, há setores importantes para a economia, como o de linha branca e refrigeração, que também precisam de atenção para a manutenção de sua competitividade no Brasil”, destaca Araujo.

Neste sentido, o Governo do Estado de Manaus tem adotado uma série de medidas para incentivar os fabricantes de ar-condicionado, aproveitando as vantagens oferecidas pela (ZFM) e buscando impulsionar ainda mais o desenvolvimento desse setor com melhorias na infraestrutura e logística da região, facilitando o transporte de insumos e produtos acabados, incluindo a manutenção e expansão de portos, aeroportos e estradas, além do fortalecimento das conexões de transporte fluvial na região amazônica; promover a inovação na indústria de ar condicionado, incentivando investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D, incluindo benefícios fiscais para empresas que destinam recursos para essas atividades, bem como parcerias com instituições de pesquisa e universidades locais; apoio aos programas de formação profissional e educação técnica voltados para as necessidades da indústria de ar condicionado, garantindo que as empresas tenham acesso a mão de obra qualificada e especializada, capacitada para atender às demandas do setor do frio; além de estabelecer parcerias público-privadas para promover o desenvolvimento sustentável da indústria de ar condicionado. Isso pode envolver a cooperação em projetos de infraestrutura, programas de capacitação e iniciativas de inovação tecnológica.

Fábrica da Chemours: Colaboração com órgãos governamentais locais e consultorias especializadas para garantir o cumprimento de todas as exigências

“O programa Nova Indústria Brasil oferece diversos incentivos aos fabricantes que se estabelecem na Zona Franca de Manaus, incluindo isenção ou redução de impostos. Além disso, o programa pode oferecer apoio financeiro e técnico para projetos de investimento, pesquisa e desenvolvimento, o que contribui para aumentar a competitividade e a inovação na indústria de refrigeração. O Governo do Estado do Amazonas tem trabalhado ativamente para garantir a segurança jurídica dos investimentos na Zona Franca de Manaus. Isso inclui ações como a promoção de parcerias público-privadas, a criação de políticas de incentivo ao investimento e o fortalecimento do ambiente regulatório e institucional da região. Além disso, o governo busca estabelecer mecanismos de diálogo e cooperação com o setor privado e a sociedade civil para garantir um ambiente de negócios estável e favorável ao desenvolvimento econômico sustentável. Vale ressaltar que a Chemours está comprometida com práticas sustentáveis em todas as suas operações. Nossos fluidos refrigerantes são desenvolvidos com foco na eficiência energética e na redução do impacto ambiental, contribuindo para a preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável da indústria de refrigeração. Investimos continuamente em pesquisa e desenvolvimento para oferecer soluções inovadoras que atendam às necessidades de nossos clientes e contribuam para o avanço do setor”, diz Ribeiro.

Em contrapartida, a política industrial vigente precisa ser aprimorada cada vez mais para englobar todo o processo produtivo, aperfeiçoando os mecanismos que influenciam diretamente na eficiência do setor e dos equipamentos produzidos, e promova um ambiente competitivo.

22ª Febrava: a mais aguardada de todos os tempos

A expectativa é receber mais de 25 mil profissionais e 300 marcas expositoras, entre elas grandes players globais do HVAC-R.

A 22ª Feira Internacional de Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar e da Água (HVAC-R), Tratamento do Ar e de Águas (Febrava), que será realizada no pavilhão do São Paulo Expo (SP), de 12 a 15 de setembro, é considerada uma das mais aguardadas de todos os tempos pelo setor. Isto porque a última edição presencial ocorreu em 2019, pouco antes de “estourar” aqui no Brasil a pandemia da covid-19.

Nesta contagem regressiva, engenheiros, projetistas, compradores especializados, instaladores e profissionais das áreas técnicas vão poder conhecer os mais recentes lançamentos e tendências em sistemas, projetos e manutenção que o mercado do frio vai se guiar nos próximos anos.

A organização do evento prevê a participação de mais de 25 mil profissionais e a presença de mais de 300 marcas expositoras, como Agratto, Armacell, Carel, Chemours, Copeland (ex-Emerson), Elgin, emb-papst, Embraco Nidec, Full Gauge, Gree, Mayekawa, Midea Carrier, Fujitsu, RAC Brasil, Rocktec, Suryha, Testo, Tosi e Trox.

Além do enfoque nas tecnologias de HVAC-R, a Febrava se destaca por impulsionar negócios e promover novas parcerias e networking. A feira oferece uma imersão completa em conhecimentos sobre as mais recentes tecnologias do setor, e também apresenta experiências e conteúdos técnicos.

O Selo Destaque Inovação Febrava 2023 será um dos destaques da mostra, exibindo os produtos mais inovadores selecionados por uma comissão julgadora composta por Abrava, Sindratar-SP e outras entidades apoiadoras.

A Abrava, responsável pela realização dos eventos de conteúdo, promoverá o 18º Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar (Conbrava). O tema deste ano é “AVAC-R rumo a um futuro sustentável e saudável”, refletindo a busca por soluções que contribuam para um ambiente mais saudável e eficiente.

Outro destaque serão as ilhas temáticas, espaços dedicados a apresentar soluções e casos de sucesso em diversas vertentes do HVAC-R. As novas adições deste ano são a Ilha do Instalador e a Ilha de Tratamento de Águas.

“Com mais de duas décadas de atuação, a Febrava se consolidou como um hub estratégico para o mercado latino-americano, proporcionando visibilidade e oportunidades de negócios. Portanto, é um espaço vital para divulgar tecnologias e tendências que otimizam projetos e serviços, incluindo a distribuição e comercialização de soluções e produtos voltados para um melhor desempenho e eficiência operacional”, destaca o gerente da feira, Ivan Romão.

Confira, a seguir, um pouco das tecnologias que alguns dos principais expositores mostrarão na Febrava deste ano:

AGETHERM

Considerada uma das mais admiradas distribuidoras do setor, a paulistana Agetherm fará sua estreia na Febrava, aproveitando para apresentar sua linha de termostatos e peças para refrigeração doméstica e comercial, ar condicionado, aquecimento e lavanderia. Fundada em 2018, a companhia pretende reforçar sua imagem no mercado e para seus clientes. “Queremos construir parcerias sólidas e encantar nossos clientes todos os dias. Entregamos, de forma diferenciada, um atendimento personalizado com produtos de qualidade e preço justo”, enfatiza o fundador e diretor-geral Bruno Chamorro.

Estande: I64 (76,5 m²)

 

AGRATTO

A empresa trará suas linhas completas de splits hi-wall e Inverter, que utilizam o gás R-32, já alcançando  classificação “A” no novo IDRS. O split Inverter wi-fi, com conectividade à internet das coisas (IoT), também estará na feira. No estande, haverá uma sala de treinamento para os profissionais. Fundada em 2015, a Agratto expandiu-se rapidamente, atingindo, em 2022, crescimento superior a 1.000% neste período de sete anos. “Este sucesso vem se dando graças a um trabalho sério e aos nossos produtos, que têm alta durabilidade, confiança e qualidade testados em nosso próprio calorímetro”, salienta o gerente de marketing Moisés Botelho.

Estande: F31 (120 m²)

 

APEMA

Uma das mais tradicionais expositoras da Febrava, a Apema fabrica equipamentos de troca térmica para o segmento de refrigeração industrial. Nesta edição da feira, a empresa, fundada em 1964 e sediada em São Bernardo do Campo (SP), apresentará, entre outros itens, a linha FP – trocadores desmontáveis produzidos com placas em aço inox ou titânio para várias capacidades – e os sistemas Hydro-Coller para refrigeração de água em circuito fechado, que aumentam a eficiência energética do processo com baixa perda evaporativa. “Nosso objetivo é reforçar ainda mais a presença da marca e dos produtos no mercado”, afirma o gerente comercial da indústria paulista, Norberto Padovan, comentando que a empresa está investindo em um sistema robotizado para melhorar seus processos de produção.

Estande: D52 (50 m²)

 

ARMACELL

A empresa levará seu portfólio de isolantes térmicos e acústicos em espuma elastomérica (linha ArmaFlex) e em polietileno de baixa densidade (linha ArmaLight PoliPex). Ambas contemplam tubos e mantas para aplicação em tubulações e redes de dutos em sistemas de ar condicionado e refrigeração. Ainda na lista, destaque para o ArmaComfort Hidro (isolamento acústico para tubulações hidrossanitárias), o ArmaComfort Laje (manta acústica para sistemas de contrapiso flutuante), o ArmaPET Struct (fabricado com garrafas pet pós-consumo para aplicação em painéis estruturais em fachadas) e o ArmaGel DT (isolante térmico em aerogel capaz de mitigar o processo de corrosão sob isolamento). “O mercado está aquecido e há oportunidades efetivas para a geração de negócios que vão movimentar o setor nos próximos meses”, analisa a gerente nacional de vendas e marketing da multinacional no Brasil, Priscila Baioco.

Estande: F55 (108 m²)

 

BRASIL SOLDAS

Pela primeira vez na Febrava, a empresa exibirá sua linha de soldas – foscoper e silfoscoper (anel, flat e vareta), latão e alpaca (anel, vareta, picotado e revestida), alumínio (TIG e MIG), estanho (MIG), prata (vareta, pó, limalha, picotada e fio) e fluxos para brasagem. Localizada em Diadema (SP), a Brasil Soldas iniciou suas atividades em 2013. “Desejamos divulgar ainda mais a nossa marca e os nossos produtos no mercado, fortalecer as relações comerciais e apresentar novos itens para o HVAC-R”, frisa o sócio-diretor da companhia, Carlos Alberto Silva.

Estande: G52 (77 m²)

 

CAREL

No ano em que completa cinco décadas de atividades, a italiana Carel, sediada em Valinhos (SP), chegará a mais uma edição da Febrava com um extenso portfólio de produtos para sistemas de tratamento de ar (UTA), incluindo itens como Recuperator (recuperador de calor), Enginia (dampers e acessórios para UTA) e Senva (sensores de temperatura, umidade, IAQ e analisadores de energia) e sistemas de umidificadores para aplicações de tratamento de ar e ambientes missão crítica. “Nossos produtos geram economia de energia e reduzem o impacto ambiental, graças à combinação das tecnologias mais avançadas e dos serviços personalizados para otimizar o desempenho de máquinas e sistemas”, descreve o gerente de contas HVAC-R da empresa no Brasil, Alex Taboni.

Estande: D96 (105 m²)

 

CHEMOURS

A multinacional norte-americana levará ao evento uma longa lista de refrigerantes de baixo GWP, com destaque para os produtos das linhas Opteon – XL20 (R-454C), XL41 (R-454B), XP40 (R-449A), XP10 (R-513A), XP20 (R-449C) e YF (R-1234yf); e Freon – 410A, 404A, 134a, MO99 (R-438A), 22 (R-22) e 32 (R-32). Para limpeza, os destaque no estande da empresa serão os agentes Opteon SF Flush e SF80. “Além de nos aproximarmos dos clientes e estreitarmos o relacionamento com distribuidores, mídia especializada e consumidores finais, pretendemos aprimorar a inteligência competitiva e promover novos produtos”, projeta o gerente de vendas América do Sul, Carlos Augusto Ribeiro Pereira, lembrando que a Chemours tem uma unidade fabril em Barueri (SP) e outra em Manaus (AM).

Estande: C52 (70 m²)

 

CLIMA RIO

A empresa vai expor uma ampla linha de câmaras frias para diferentes aplicações, desde supermercados e restaurantes até laboratórios e centros de distribuição. O estande também terá espaço para as ferramentas JCM, marca própria da Clima Rio para o setor, incluindo bombas de vácuo, manifolds, manômetros, maçaricos, refil, placas elétricas universais e controle remoto, entre outros itens. “Estamos investindo em um grande espaço para apresentar todas as nossas soluções ao lado dos principais parceiros. A empresa está focada em alcançar sua meta de crescimento para o ano de 2023, que é de 20% em relação a 2022”, ressalta o diretor-presidente da empresa, Gilson Miranda. Fundada em 1996, em Itaboraí (RJ), a Clima Rio conta com 26 lojas distribuídas em 11 estados e no Distrito Federal.

Estande: F76 (126 m²)

 

COBRESUL

A fabricante sediada em Joinville (SC) aproveitará a expertise de 12 anos no setor para mostrar a qualidade de seus tubos de cobre para refrigeração, condicionamento de ar, construção civil e aquecimento solar. Entre os principais produtos que levará à feira, estarão as linhas de tubos panqueca, tubos bobinas/carreteis e tubos retos. A Cobresul espera fechar diversos negócios, uma vez que a companhia costuma focar grandes esforços neste evento em particular.

Estande: C32 (65 m²)

 

COEL

A companhia ítalo-brasileira vai expor controladores para compressor de velocidade variável, sensores NTCs de fabricação própria, dispositivos IoT e soluções com PACs (CLP) + IHMs, para aplicações em câmaras frias, racks, chillers e outros equipamentos do HVAC-R. Fundada em 1954, a fábrica está localizada em Manaus (AM), e em São Paulo fica o escritório responsável pelos departamentos de vendas, marketing, engenharia de aplicações e assistência técnica. “Queremos gerar negócios e receber a visita de nossos clientes do Brasil e do restante da América Latina”, ressalta o coordenador de vendas da companhia na região, Flávio Aliberti da Conceição.

Estande: D76 (160 m²)

 

COPELAND

A empresa norte-americana levará 27 de seus principais produtos, como as unidades condensadoras com compressor scroll digital e com modulação de capacidade digital, além do compressor scroll de velocidade variável, que será um dos equipamentos concorrentes ao “Selo Inovação Febrava 2023”. Também será apresentada a série de inversores de frequência EVM de ½ a 30 HP, adequados para chillers, equipamentos médicos e vitrines. “Como Copeland, será nossa primeira vez na Febrava, e estamos ansiosos para divulgar as mudanças implementadas recentemente por meio da aquisição dos negócios de tecnologias climáticas da Emerson pela Blackstone”, afirma o diretor de negócios da companhia, André Stoqui.

Estande: F74 (154 m²)

 

CRC COMPRESSORES

Fundada em 1992 por Pedro Deangelo, o Grupo CRC mantém duas unidades na Vila Matilde, zona leste da capital paulista, onde opera com três divisões de negócios, que enfatizará durante o evento – remanufatura de compressores (alternativos e parafusos), partes e peças (fabricação e fornecimento) e fornecimento de lubrificantes (linha Zerol para refrigeração e climatização). “Nossa expectativa é também apresentar a nova divisão de negócios, que tem o objetivo de comercializar os lubrificantes Zerol, da marca Shrieve, empresa líder mundial em lubrificantes para equipamento de refrigeração e climatização, da qual somos representantes oficiais no Brasil”, reforça a diretora administrativa da CRC, Ariane Fuser.

Estande: I97 (63 m²)

 

DANFOSS

A multinacional dinamarquesa lançará a unidade condensadora Optyma Inverter, equipada com o compressor recíproco Danfoss Maneurop. O equipamento foi projetado para aplicação em câmaras frias de fast foods e lojas de conveniência. Também será apresentada a unidade condensadora Optyma CO2 Inverter para câmaras frias, já lançada na Europa e que chegará ao Brasil em 2024. A Danfoss apresentará ainda o compressor alternativo semi-hermético Bock CO2 (para aplicação estacionária ou móvel), fabricado pela Bock GmbH, companhia alemã adquirida em abril deste ano. Haverá também demonstrações dos compressores Bock Mobile alumínio e standard. “Queremos estabelecer novas frentes de negócios, pois o setor tem buscado cada vez mais aplicações com foco em eficiência energética, e nossos produtos e soluções contribuem para a redução do consumo e descarbonização”, assegura Renato Majarão, diretor da divisão Climate Solutions para a América Latina.

Estande: E76 (311 m²)

 

EBM-PAPST

Ao celebrar 25 anos de atividade no Brasil, a multinacional alemã irá apresentar os ventiladores Centrífugo K3G310, da nova família RadiPac #3, e Axial, versões W3G300 AxiEco – Perform e S3G300 AxiEco – Protect, além do motor para ventiladores de uso agrícola M3G150. “Vamos mostrar a sustentabilidade e a digitalização dos nossos produtos, que estão alinhados com as novas necessidades e a realidade global para um clima melhor”, argumenta o gerente de novos negócios e marketing da indústria, Fábio Casa.

Estande: H55 (60 m²)

 

ELGIN

A companhia apresentará suas novas linhas comerciais, como os equipamentos piso-teto e cassete inverter de 18.000 a 60.000 BTUs, já com o novo fluido refrigerante R-32; e os bi-split e tri-split Inverter, que possibilitam combinar evaporadoras de 9.000 e 12.000 BTUs. A Elgin também levará uma nova linha chamada “Splitão”, com capacidades de 7,5 a 20 TR, além do split Eco Inverter II, que conta agora com tecnologia wi-fi já incorporada. A indústria brasileira lançará ainda o Elgin Pró, aplicativo para instaladores desenvolvido com base em inteligência artificial, com o objetivo de ajudar os profissionais em suas atividades de trabalho. “O setor ainda está tentando entender e acompanhar as diversas mudanças ocorridas no mercado durante e após a pandemia, como o novo padrão de etiquetagem, responsável por fazer o mercado acelerar a adaptação às novas tecnologias”, exemplifica Anderson Bruno, diretor comercial da divisão de ar condicionado e eletroportáteis da empresa.

Estande: E20 (450 m²)

 

 

ELITECH

Nesta edição da Febrava, a empresa chinesa sediada em Canoas (RS) vai apresentar controladores de temperatura para resfriados, aquecimento e congelados, assim como painéis de comando IoT, permitindo monitoramento e configuração a distância, a partir do aplicativo Elitech Icold. O app pode ser usado para freezer, walk-in cooler, geladeira e câmara frigorífica. O estande também terá manifolds completos com quatro ou duas vias, com vacuômetro integrado, pinças de temperatura para superaquecimento e subresfriamento e teste de estanqueidade. A lista segue com detectores de vazamento de fluído refrigerante com tecnologia por infravermelho. “Nossa expectativa é aumentar em 40% as vendas a partir dos negócios gerados durante o evento”, projeta o consultor comercial da companhia, Alex de Moraes Alves.

Estande: H32 (72 m²)

 

EMBRACO

Marca de soluções para refrigeração da japonesa Nidec Global Appliance, a Embraco vai expor compressores de velocidades variável e fixa e unidades condensadoras. A multinacional lançará o modelo VNEX, voltado para freezers comerciais do tipo expositor vertical de até cinco portas e grandes refrigeradores comerciais abertos. A empresa ainda apresentará os compressores VMT (expositores e cozinhas profissionais) e FMFT e FMFD (uso comercial), assim como os compressores de velocidade fixa da linha EMR (mercado de reposição), das séries NE, NT, NJ (refrigeração comercial) e EM (refrigeração residencial e aplicações comerciais pequenas). “Queremos mostrar a força da Embraco a partir de quatro prioridades estratégicas que guiam o nosso trabalho – eficiência energética, miniaturização, refrigerantes naturais e baixo ruído”, comenta Sander Socrepa Malutta, diretor de vendas e engenharia de aplicação de refrigeração comercial para a América Latina.

Estande: D74 (231 m²)

 

EVERY CONTROL SOLUTIONS

A varejista levará à feira quatro de seus principais produtos. Em primeiro lugar, destaque para o EPoCA, sistema de monitoramento gratuito, pela Internet, para câmaras frigoríficas, balcões e expositores, via wi-fi e sem necessidade de um computador local. Já o vColor819 é um controlador de temperatura touch-screen colorido para ultracongelador, fermentador e forno slow cooking em um único equipamento. A lista termina com o C-Pro3 Giga, controlador programável com datalogger, webserver, multiprotocolo (ModBus, BACnet, CANopen, Intrabus), e com o C-Pro3 Giga OEM, controlador programável de baixo custo multiprotocolo (ModBus-RTU, BACnet MSTP, CANopen, Intrabus). “Ambos contam com software de desenvolvimento gratuito”, comenta o diretor da empresa, Fabio Cardoso.

Estande: J56 (25 m²)

 

FORMING TUBING

Ao celebrar 30 anos de existência, a fabricante nacional de componentes tubulares para refrigeração e climatização vai expor conexões de cobre, filtros secadores, refinets, linha de sucção, entre outros itens. Estabelecida em São Jose dos Campos (SP), a Forming Tubing tem como característica a fabricação de produtos com ausência de resíduos orgânicos, partículas metálicas e rebarbas, prejudiciais não somente ao processo de brasagem, mas também aos circuitos e sistemas dos equipamentos. “Apostamos nas projeções de crescimento no número de visitantes que passará pela feira neste ano, trazendo consigo uma perspectiva positiva de novos negócios”, destaca a diretora administrativa da indústria paulista, Elisangela Cará.

Estande: D53 (70 m²)

 

FUJITSU

Pioneira em oferecer a tecnologia Inverter no Brasil, a multinacional japonesa apresentará os produtos da nova marca global Airstage – equipamentos da linha split, teto, cassete e hi-wall para gás R-32. Também serão exibidos os aparelhos da linha multi-split, que, com uma única unidade externa, conseguem atender diferentes ambientes ao mesmo tempo e fazer uma série de combinações.  “Os produtos da nossa nova marca chegam ao mercado para agregar novidades para a Fujitsu General do Brasil. Além disso, estamos apostando bastante em mais uma linha de equipamentos para todo Brasil”, posiciona-se o presidente da companhia asiática, Akihide Sayama.

Estande: D10 (196 m²)

 

FULL GAUGE CONTROLS

A empresa apresentará os instrumentos VX-1225 e VX-1250, que realizam o controle simultâneo de duas válvulas de expansão eletrônicas bipolares (VX-1250 plus) ou unipolares (VX-1225 plus). Ambos são compatíveis com o FG Cap v2, dispositivo que dispensa o uso de solenoide em caso de falta de energia elétrica. Também serão exibidos o termômetro portátil Penta, que monitora e indica a temperatura em cinco pontos distintos e agora conta com novo design e outros avanços tecnológicos; o medidor de consumo MultiPower; o controlador TC-970E Log +ECO; o pressostato dedicado para unidades condensadoras PCT-122E plus e a linha Microsol Advanced Connect para sistemas de aquecimento solar.

Estande: F32 (224 m²)

 

GALLANT

Processo comum em suportes para ar-condicionado, a corrosão de materiais prejudica a qualidade e a segurança da instalação. Mirando nesta realidade, a Gallant levará à feira tecnologia exclusiva que dispensa o uso de solda. Esta característica reduz a ocorrência de pontos de corrosão, aumentando a durabilidade dos produtos. A empresa brasileira também apresentará bomba de vácuo, manifold digital, bomba para elevação de líquidos em sistemas de ar-condicionado, coletora e recicladora de gases refrigerantes, dobrador de tubos e kit manifold com manômetros analógicos. “Além de estabelecer novas parcerias comerciais, fortalecer relacionamentos existentes e apresentar soluções inovadoras, esperamos gerar um volume significativo de negócios, atingindo a meta de R$ 4 milhões”, projeta o gerente de negócios da empresa gaúcha, Mari Helfenstein.

Estande: H56 (36 m²)

 

GATTI QUÍMICA

A companhia brasileira lançará o Metacoil Pro 3 em 1, limpador desincrustante bactericida para uso em ar-condicionado simples e industrial, que protege o aparelho da proliferação de bactérias, fungos e vírus por até 30 dias. Adquirida no início deste ano pelo então consultor da empresa Ailton Carlos, a Gatti Química também levará ao evento o Jato Plus, detergente desincrustante ácido premium; o detergente desengordurante amoniacal LT, voltado para a parte externa do ar-condicionado e de frigoríficos; e a pastilha bactericida Desix, com princípio ativo de quaternário de amônio, para bandeja do ar-condicionado. “Desejamos dar maior visibilidade às nossas marcas no mercado, principalmente fora do estado de São Paulo, pois queremos captar clientes com vendas recorrentes nacionalmente”, comenta a gestora comercial da empresa, Natane Soares.

Estande: G65 (35 m²)

 

GREE

Maior fabricante de ar-condicionado do mundo, segundo a revista Forbes, e em sua terceira participação na Febrava, a multinacional chinesa apostará principalmente na sua linha comercial pesada, composta pelos equipamentos GMV-X (evaporadora cassete de uma via e evaporadora duto, ambas de alta capacidade). Para linha residencial, destaque para o split hi-wall G-Top Auto Inverter R32, e para a comercial leve, foco no G-Prime Inverter Plus R32 (piso-teto e cassete) e multi-split G-Max R32. “Participar da feira é uma excelente oportunidade para a Gree apresentar seus lançamentos e mostrar as tendências do mercado de climatização, além de fortalecer nossa presença no setor e destacar os produtos e soluções para os próximos anos”, afirma o diretor comercial da subsidiária brasileira, Nicolaus Cheng, lembrando que a empresa está há 20 anos no Brasil e tem unidade fabril em Manaus (AM).

Estande: D32 (224 m²)

 

KOURA KLEA

Para a sua terceira participação na Febrava, a fabricante e fornecedora integrada de refrigerantes para a indústria de refrigeração e ar condicionado vai levar ao evento o R-134a Refrigerante Klea (indicado para sistemas híbridos em cascata), o R-407C Refrigerante Klea 407C (linha baseada em misturas de R-32, R-125 e R-134a), o R-410A Refrigerante Klea 410A (alternativa em alta pressão ao R-22, compreendendo R-32 e R-125), o R-404A Refrigerante Klea 404A (alternativa ao R-22 e R-502) e o R-32 Refrigerante Klea 32 – R-32 (opção como componente de misturas que substituam o R-22 e o R-502). “Após quatro anos sem o evento, nossas expectativas são altíssimas, pois durante quatro dias vamos nos reunir com os principais players do mercado, apresentando novidades e soluções tecnológicas para climatização e refrigeração comercial, industrial e residencial”, espera o coordenador de vendas da multinacional, Flávio Rodrigo Furcin.

Estande: H33 (77 m²)

 

LEVEROS

A empresa lançará no evento um novo conceito: a Leveros 3.0. A ideia é mudar de patamar no mercado do frio. “Muito mais do que um distribuidor, vamos nos posicionar como um hub de soluções para parceiros e clientes”, comenta o CEO Tiziano Filho. Além de expor em parceria com Midea Carrier e Daikin, a companhia – nascida Gelosom na década de 1970, em Assis (SP), e rebatizada Leveros em 2017 – também mostrará ao setor os seus inversores fotovoltaicos. Da divisão de tecnologia, apresentará o Profiz, plataforma para gestão de serviços de prestadores de qualquer segmento. Atualmente, a Leveros tem três lojas físicas no estado de São Paulo e três franquias em Salvador (BA), Itapema (SC) e Fortaleza (CE).

Estande: E30 (120 m²)

 

MAYEKAWA

Neste ano, a Mayekawa apresentará lançamentos da linha MAG, composta aqui pelo Chiller Microcanal MAG e o Frascold MAG 5, composta de três modelos de compressores semi-herméticos de parafuso duplo. Além do Frascold Q TK, um compressor recíproco de design especial que não só opera silenciosamente, mas também ostenta alta eficiência para sistemas transcríticos. Outras inovações são o Frascold Z Atex, compressor recíproco meticulosamente desenvolvido para alta performance em ambientes de altas temperaturas, e o Frascold FVR L, compressor parafuso compacto e com operação silenciosa. “Vamos mostrar ao setor nossas novas tecnologias, aproveitando a oportunidade para interagirmos com o mercado, apresentando nosso vasto portfólio de produtos e equipamentos. Até porque será o primeiro grande evento do HVAC-R pós-pandemia, o que está gerando uma grande expectativa para todos”, vislumbra o diretor comercial da indústria no País, Silvio Guglielmoni.

Estande: G76 (95 m²)

 

MECALOR / KLIMATIX

Fundada em 1960, a tradicional Mecalor lançará a marca Klimatix, apresentando novos produtos criados especificamente para o setor. Entre os destaques está o chiller Smardt Mecalor Oil Free, com modelos de 80 até 3.600 TR, faixas que podem atender às mais diversas aplicações em ar-condicionado comercial, industrial, hospitalar e datacenters. A empresa também levará sua linha de chillers scroll de até 220 TR. “Lançar uma marca nova sempre é um desafio, e vamos aproveitar o evento para fortalecer ainda mais a nossa rede de relacionamentos com projetistas, instaladores e representantes, assim como promover a Klimatix”, enfatiza o diretor comercial Marcelo Zimmaro, salientando que a Mecalor conta com duas fábricas – uma na cidade de São Paulo e outra em São Bernardo do Campo –, além de uma operação própria na cidade de Querétaro, México.

Estande: G55 (77 m²)

 

MIDEA CARRIER

Detentora das marcas Midea, Carrier, Springer, Comfee e Toshiba, a empresa levará cerca de cem produtos para os segmentos residencial, comercial leve e comercial, incluindo o lançamento das linhas de sistemas VRF-V8; CRAH Midea Carrier, direcionada para data centers; e de fancoletes hospitalares. “Vamos nos reconectar com um dos nossos principais públicos, os instaladores, cujo apoio e influência são fundamentais na decisão de compra dos clientes. Em um mercado importante para a economia, como o nosso, que se encontra em forte crescimento, esperamos gerar grandes negócios no evento”, pontua a diretora de marketing da companhia, Simone Camargo, lembrando que, em abril deste ano, a Midea Carrier iniciou as obras de sua terceira fábrica no Brasil, dessa vez em Pouso Alegre (MG).

Estande: entrada da feira (364 m²)

 

ÓLEO MONTREAL

Sediada em Barueri (SP), a indústria química, especializada em lubrificantes especiais para o segmento de refrigeração, colocará à disposição produtos que proporcionam melhor lubrificação nos compressores usados na refrigeração comercial, industrial, doméstica e automotiva. Pouco tempo após ter iniciado suas atividades com uma pequena linha de produtos, 20 anos atrás, a Óleo Montreal rapidamente expandiu sua presença em todo território nacional e em alguns países da América Latina. “Nosso sucesso é resultado da soma de produtos de qualidade, perseverança, dedicação, honestidade, foco no cliente e um modelo de atendimento ágil e próximo ao revendedor”, atribui o diretor-geral da empresa, Helio Martins Teixeira.

Estande: D54 (63 m²)

 

PARKER

A fabricante norte-americana lançará no Brasil o Zoomlock Push, compatível com fluidos como R-22, R4-10A, R-290 e R-600a, aproveitando para levar esta tecnologia para os componentes Sporlan, aplicados em sistemas de refrigeração e climatização. A Parker já contava com o Zoomlock – brasagem sem solda, sem uso de GLP, oxiacetileno, evitando fuga de fluídos. “Este ano, dobramos o tamanho do nosso estande, devido aos novos negócios que surgiram nos últimos quatro anos, visto que, devido à pandemia, as empresas mantiveram um estado conservador, e agora estão famintas por novas tecnologias”, explica o gerente comercial Carlos Henrique Costa da Silva, ponderando que a multinacional costuma, após a feira, registrar aumento médio de 20% em seu faturamento.

Estande: C118 (52,5 m²).

 

 

PESCAN QUÍMICA

Empresa do Grupo Benassi, com sede em Jundiaí (SP) e fundada em 2019, a Pescan é especializada em produtos químicos para manutenção de compressores de ar-condicionado e sistemas de refrigeração, a exemplo do Air Repair, produto carro-chefe da expositora usado para limpeza interna de tubulações, evaporadoras e condensadoras. O extenso portfólio da companhia contará ainda o lubrificante PAG, indicado para compressores do tipo alternativo, parafuso, scroll e paletado. Completam a lista o Limpa Caixa Evaporadora e Odorizador Veicular Spray portátil, todos da linha Air Repair. “Nossa expectativa é consolidar a marca Air Repair como referência nos segmentos de refrigeração e condicionamento de ar, além de nos aproximarmos ainda mais dos consumidores e distribuidores do setor”, espera o gerente industrial Eduardo Vilas Boas.

Estande: F98 e F118 (105 m²)

 

RAC BRASIL

Há 41 anos no mercado, a empresa brasileira de Taboão da Serra (SP) chegará à Febrava com novidades para as unidades condensadoras com capacidade de até 50 HP e as válvulas de expansão eletrônicas com capacidade de até 1.300 kW. A RAC Brasil também apresentará componentes para refrigeração comercial e industrial, unidades condensadoras UCML, estrutura para montagem de racks, válvulas de expansão eletrônicas pulsante e passo, de pistão motorizadas VPM, retenção e esfera, e solenoides de segurança e de líquido. “Esperamos conseguir um incremento de visitantes no nosso estande acima de 30%, em comparação à edição anterior, em 2019”, completa o administrador de vendas Nilton Laureano de Freitas.

Estande: C74 (112 m²)

 

RLX

Multinacional com sedes no Brasil (Manaus) e Estados Unidos, a RLX Fluidos Refrigerantes apresentará toda sua linha própria de fluidos refrigerantes – R134a, R134a com UV, R404A, R407A, R407C, R507, R410A, R507, R22, R290, R600A e R32. O destaque da companhia, que neste ano chega à sua maioridade, será o RLX 32, fluido refrigerante HFC puro compatível com óleos de polioléster, de baixo GWP, indicado para pequenos equipamentos de ar-condicionado. “Esta edição será marcante por causa da definição das novas tecnologias de fluidos e produtos (phase-down HFCs). Há uma importante movimentação nos negócios no segmento de refrigeração, pois este ano, em especial, deveremos ter impacto positivo no consumo de acordo com as previsões de aquecimento gerado pelo fenômeno el niño”, detalha o diretor de vendas e marketing Rodrigo Montini.

Estande: D51 (112 m²)

 

ROCKTEC

A empresa vai mostrar as qualidades do agente expansor não inflamável à base de hidrofluorolefina (HFO) usado na fabricação das placas AluPir (painéis pré-isolados de poliisocianurato-PIR). Fundada em 2000 no Brasil, a Rocktec é de propriedade dinamarquesa e atualmente sua unidade fabril fica na zona sul da cidade de São Paulo. Além disso, está em fase final de construção de uma nova fábrica, com 17 mil m2, em Araçariguama (SP). “Nossa estratégia é, principalmente, prospectar clientes da América do Sul e do restante da América Latina, onde já atuamos e buscamos novas parcerias para fortalecer ainda mais a nossa participação nesses mercados”, especifica o diretor comercial do fabricante, Elias Barbosa.

Estande: H76 (70 m²)

 

S&P OTAM

Os ventiladores das linhas Industrial, OEM e Habitat são alguns dos produtos que a espanhola S&P Brasil Ventilação mostrará ao setor durante a feira. A ideia da empresa é que seus lançamentos atinjam o maior número possível de profissionais da área, gerando valor para o trabalho deles. “Também pretendemos estreitar o relacionamento com o nosso público. Como a nossa última participação foi em 2019, achamos melhor não projetar um valor estimado de negócios durante o evento”, argumenta Maria Augusta Priori Monteiro, da área de marketing da multinacional.

Estande: H30 (96 m²)

 

SANHUA

Uma das maiores fabricantes de válvulas de expansão, solenoides e reversívoras, a multinacional fundada em 1984 terá uma longa lista de lançamentos na Febrava, com destaque para o trocador de placas de aço inoxidável, as válvulas reguladoras de pressão (séries LTF, CTF e XTF), os drivers de válvula de expansão eletrônica (VEE) série VSD, a VEE de CO2 transcrítica (motor de passo), a VEE série DPF-R, a válvula solenoide para R-32, além do controlador Sanhua SECD de VEE para duas válvulas independentes. “Queremos mostrarmos ao setor o crescimento e o desenvolvimento da Sanhua no Brasil e na América Latina. A feira será uma grande oportunidade para apresentarmos nosso vasto portfólio de produtos e tecnologias”, frisa Marcelo Ferreira de Lima, diretor para a América Latina da indústria chinesa.

Estande: G76 (78 m²)

 

SICFLUX

A empresa lançará dez produtos, mas, estrategicamente, escolheu não divulgá-los antecipadamente. Entre aqueles que o setor já conhece, serão levados os ventiladores/exaustores Titan LD, tipo limit load, com pás retas inclinadas para trás de dupla aspiração, que impede a fumaça de se propagar, facilitando a saída das pessoas. Com as mesmas características, mostrará a linha de exaustores LSC, que pode operar a uma temperatura de 400 ºC por duas horas sem redução da capacidade de exaustão de cozinha. O estande da brasileira Sicflux abrigará ainda os gabinetes GLPF e SGSD (caixas de ventilação) e os exaustores da Linha Maxx S. “Nossa expectativa é das melhores possíveis, com o estande cheio e muita confraternização com clientes e parceiros”, ressalta Edna Correia, responsável pelo marketing comercial. Fundada em 1992, a Sicflux tem sede em Araquari (SC) e centro logístico em Miami (EUA).

Estande: H10 (120 m²)

 

SYMBOL

A companhia vai apresentar bombas de vácuo, vacuômetros eletrônicos e recolhedoras de fluido refrigerante. No topo da lista, as bombas de vácuo com pressão residual menor que 20 microns são ideais para executar vácuo em sistemas de refrigeração e em processos que requeiram baixa pressão. A seguir, os vacuômetros eletrônicos, dotados de sensores do tipo Pirani, têm capacidade de leitura até níveis de vácuo na ordem de 1 mícron e precisão acima de 99%. E as recolhedoras de fluido refrigerante mantêm a mesma qualidade. “Nesta edição, vamos mostrar o que temos de melhor, nosso atendimento, pós-venda e qualidade dos produtos, que hoje comercializamos no Brasil, Mercosul e em alguns países da África”, comenta o CEO Jorge Manuel Fernandes Lameira, filho de Manuel Correia Lameira, que em 1978 fundou a Symbol, localizada em Sumaré (SP).

Estande: B93 (24 m²)

 

TESTO

A multinacional alemã vai expor toda a sua linha de instrumentos para o HVAC-R, com destaque para o lançamento de duas novas linhas de produtos, que não foram divulgadas. Fundada em 1957 e presente no Brasil desde 1999, a Testo produz instrumentos e soluções de medição para diversos segmentos. “Para os profissionais do setor, que consomem e produzem conteúdo diariamente, interações como as proporcionadas pela Febrava são importantíssimas para agregar novos conhecimentos e, consequentemente, para a melhoria da qualidade da prestação de seus serviços”, ressalta o gerente de distribuição da empresa no País, Victor Brogin.

Estande: H97 (45 m²)

 

TOSI

Presente em todas as edições da Febrava, a Tosi vai expor as linhas completas da marca que leva seu nome, além da Tropical e Jelly Fish. Em destaque estarão o FCTP (Fancoil Tosi Precisão), AFC110 (Chiller Turbocore Multistack), SELF+CND (Self Split Tosi + Condensadora Horizontal), FCTH02 (Fancolete Hospitalar 02 TR), TEX09 (Unidade de Tratamento de Ar Tosi), SERP (Padrões de Serpentina Fabricados Tosi), ÁGUA (Trocador Água-Água Jelly Fish) e BC50 (Bomba de Calor Jelly Fish). “Depois de uma pandemia, nossa expectativa é participar de um evento com grande potencial para apresentar nossos novos produtos, confraternizar e encontrar amigos que não vemos há tempos”, afirma a sócia-diretora Patrice Tosi.

Estande: H30

 

TROX

Especializada em componentes, unidades e sistemas para ventilação e ar-condicionado, a multinacional alemã vem investindo pesado em inovação e melhoria dos processos tecnológicos envolvendo conectividade e automação. Durante a Febrava, vai apresentar novos produtos e serviços, mas preferiu não divulgar detalhes. Entretanto, adiantou que haverá ações direcionadas a experiências visuais de simulação, que certamente ajudarão a posicionar ainda mais a marca Trox no mercado. “O evento sempre traz uma expectativa positiva, e como o último presencial foi em 2019, esperamos uma grande presença de público, não só do HVAC-R, mas de outras áreas de interesse que tenham uma aderência com nossos produtos e serviços”, pondera o gerente corporativo de marketing e e-commerce da companhia, Fernando Bassegio.

Estande: E74

 

ZIEHL-ABEGG

Desenvolvedora e fabricante de produtos em tecnologia de ventilação, controle e drives de elevadores, a multinacional alemã trará para o evento três grandes novidades. O ZAplus 2ª Gen é um ventilador axial com motor eletrônico (ECblue) de alta eficiência, hélices biônicas FE3Owlet e difusor de ar premium. O ZAcube e a versão HR são ventiladores centrífugos com motor eletrônico (ECblue), com hélices biônicas Bluefin e estruturas difusoras de alta eficiência. E o ZAbluegalaxy é uma plataforma 4.0 de tecnologia na nuvem para exportação de dados de operação em tempo real. “A expectativa da Ziehl-Abegg é novamente demonstrar a força da marca no mercado nacional, se colocando como uma empresa geradora de opiniões e líder em inovações tecnológicas no ramo”, define o engenheiro de vendas e aplicação Renato Espin Ota.

Estande: B52 (60 m²)

 

 

Edifícios descarbonizados, a nova fronteira da sustentabilidade na construção

Construções neutras em carbono e de alta performance energética fortalecem luta contra a crise climática.

As construções sustentáveis têm emergido como uma estratégia essencial para enfrentar as questões ambientais globais, como a escassez de recursos hídricos e a poluição causada pelos combustíveis fósseis.

Com a indústria da construção respondendo por cerca de 40%das emissões totais de carbono relacionadas à energia, a transição para edifícios verdes é mais do que uma escolha, é uma necessidade, na visão dos cientistas.

O conceito de construção sustentável envolve a criação de edifícios com menor impacto ambiental e maior eficiência energética. Além disso, a sustentabilidade também considera aspectos socioeconômicos relevantes, como a promoção da saúde e bem-estar dos ocupantes e a viabilidade financeira dos projetos de arquitetura e engenharia.

Principal fonte de informações – incluindo padrões (muitos dos quais são a base dos códigos de construção em todo o mundo), diretrizes, treinamento, educação continuada e pesquisa – para sistemas HVAC-R e desempenho de edifícios, a Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae, na sigla em inglês) tem desempenhado papel fundamental na promoção das construções verdes.

Uma das normas mais conhecidas e amplamente adotadas no setor é a Ashrae 90.1, que estabelece os requisitos mínimos para a eficiência energética de edifícios novos.

Outra norma relevante é a Ashrae 100, que trata da eficiência energética em edifícios existentes, além do padrão 189.1, que fornece estratégias para a construção de edifícios sustentáveis, servindo como base para o Código Internacional de Construção Verde.

Para seguir auxiliando na descarbonização do ambiente construído, a entidade técnica global publicou recentemente a Ashrae 228, seu primeiro padrão que estabelece critérios claros e abrangentes para a avaliação de desempenho de edifícios com emissões líquidas zero de carbono e consumo líquido zero de energia.

“Também temos guias avançados de design de energia que estão disponíveis para download gratuito e fornecem orientação educacional para reduzir o consumo de energia e a pegada de carbono, mantendo condições internas saudáveis e confortáveis”, diz o presidente do capítulo brasileiro, Walter Lenzi.

“Além disso, temos normas que abordam refrigerantes com baixo potencial de aquecimento global [GWP, na sigla em inglês], um componente importante para a descarbonização do ambiente construído”, diz o engenheiro, ao salientar que “a preocupação mundial com as mudanças climáticas aumentou à medida que as evidências científicas sobre o tema se tornaram mais definitivas, relacionando o aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera com o aquecimento global”.

Para o engenheiro Lucas Fugita, especialista de serviços técnicos e desenvolvimento de mercado da Chemours no Brasil, “a transição para fluidos refrigerantes de baixo GWP é uma etapa inevitável na jornada rumo a construções mais sustentáveis”.

O gestor da indústria química americana afirma que, “com a contínua inovação e a adoção de novas práticas na construção civil, o setor tem o potencial de desempenhar um papel significativo na luta contra a crise climática”.

Entretanto, prossegue Fugita, a migração para substâncias de baixo impacto climático não está isenta de desafios. “Estamos falando de retrofits de grandes instalações, novos equipamentos, capacitação e ferramentas adequadas para garantir o manuseio seguro e eficiente desses novos fluidos”, explica.

“As questões de eficiência energética precisam ser consideradas durante o projeto e a instalação de sistemas de refrigeração e ar condicionado para garantir o menor custo total de propriedade, junto com menores emissões totais de CO2 equivalente”, pondera. Segundo o especialista, outros fatores relevantes, como “a escolha de materiais de construção sustentáveis, energia renovável, automação, integração com a Internet das Coisas [IoT], iluminação natural, isolamento térmico e gestão eficiente da água, também devem ser levados seriamente em conta pelos projetistas atualmente”.

Revolução em curso

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as emissões diretas de CO2 dos edifícios precisam ser reduzidas pela metade até 2030 para encaminhar o setor para a neutralidade climática até 2050.

Devido ao Acordo de Paris, cujo objetivo é limitar o aumento da temperatura da Terra em 1,5 ºC até o fim do século, muitos governos ao redor do mundo estão implementando políticas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, que muitas vezes incluem metas para eficiência energética e descarbonização de edifícios.

Os players do setor imobiliário que se antecipam a essas tendências podem evitar o risco regulatório e se posicionar como líderes em um mercado em evolução, segundo especialistas.

Afinal de contas, esses edifícios não são apenas benéficos para o meio ambiente, mas também oferecem vantagens econômicas e sociais. Além disso, estudos têm mostrado que eles tendem a ter um valor de mercado mais alto do que os edifícios tradicionais. Por isso, para muitas empresas, a descarbonização de seus imóveis já é uma parte importante de suas estratégias de governança ambiental, social e corporativa (ESG).

No entanto, também é importante notar que a descarbonização de edifícios apresenta desafios, como o custo de implementação de tecnologias de eficiência energética e a necessidade de habilidades e conhecimentos especializados por parte dos empreiteiros, além da dificuldade de renovar edifícios existentes. A descarbonização, enfim, envolve uma abordagem de múltiplas facetas. No design e construção, particularmente, isso significa optar por materiais e processos de construção de baixo carbono, bem como garantir que os edifícios sejam tão eficientes em termos energéticos quanto possível.

De qualquer maneira, reduzir e, eventualmente, eliminar as emissões de carbono associadas à construção e operação de edifícios é uma das tendências emergentes mais significativas no setor.

Em todo o mundo, mais e mais edificações estão sendo projetadas e construídas com a descarbonização em mente, desde residências unifamiliares até grandes complexos industriais, o que gera impacto direto no dia a dia dos profissionais de arquitetura, engenharia e construção, entre os quais engenheiros, projetistas e instaladores de sistemas de climatização e refrigeração.

Nesse cenário de profundas mudanças, aqueles com experiência em práticas sustentáveis e descarbonização estão se tornando cada vez mais valorizados pelo mercado, abrindo novos caminhos para avanços em suas carreiras no HVAC-R e segmentos correlatos.

À medida que a demanda por soluções ecológicas aumenta na construção civil, as empresas que se especializam nessa área também têm a chance de expandir seus negócios e aumentar sua rentabilidade, além de construir uma marca sólida e respeitável.

Oportunidades

Apesar de o crescimento da construção civil não ter sido acompanhado por avanços suficientes nos esforços de eficiência, um relatório da Aliança Global para Edifícios e Construções (GlobalABC) aponta para sinais positivos e oportunidades para acelerar a ação climática, indicando que a descarbonização de edifícios e a eficiência energética estão se concretizando como estratégias sólidas de investimentos.

Até 2030, os edifícios verdes devem se tornar uma das principais oportunidades de investimento global, com um valor estimado em US$ 24,7 trilhões pela Corporação Financeira Internacional (IFC), instituição que se dedica a promover o desenvolvimento do setor privado em países em desenvolvimento, por meio da oferta de serviços de investimento, consultoria e gestão de ativos. Atualmente, os investidores estão sendo encorajados a redefinir suas estratégias imobiliárias, priorizando a eficiência energética e a redução de carbono.

Nessa perspectiva, todos os envolvidos na cadeia de valor devem acolher a economia circular, visando diminuir a necessidade de materiais de construção, minimizar o carbono incorporado e utilizar soluções mais ecológicas para melhorar a resiliência dos edifícios, destaca o documento.

O estabelecimento de ações mitigadoras que aprimorem o desempenho térmico e energético dos edifícios, reforça a instituição, constitui um elemento crucial para a sustentabilidade.

Conheça os vencedores do 25º Troféu Oswaldo Moreira

Vencedores do TOM 2023, premiação promovida pela Revista do Frio | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

A noite de ontem (22/6) marcou a entrega da 25ª edição do Troféu Oswaldo Moreira (TOM), premiação nacional que celebra as empresas e os profissionais que têm alavancado o progresso da indústria brasileira de refrigeração e ar condicionado com inovação, paixão e excelência.

“Cada um dos indicados dessa noite demonstra uma dedicação incansável à melhoria contínua, elevando o padrão de qualidade e relevância do nosso mercado”, destacou a organização.

Antes do início da entrega do prêmio aos indicados mais votados pelo público em geral pelo hotsite do evento, a Revista do Frio fez uma homenagem especial ao empresário Tiziano Pravato, fundador da Leveros.

Em seguida, a troféu foi entregue aos vencedores das suas seis categorias – Vado Souza, da Clima Rio (Personalidade do Comércio); André Oliveira, da Mastercool (Personalidade da Indústria); Clima Rio (Destaque Comércio de Ar Condicionado); Elgin (Destaque Indústria de Refrigeração); Gree (Destaque Indústria de Ar Condicionado); e Frigelar (Destaque Comércio de Refrigeração).

No fim da cerimônia, a organização do TOM 2023 ainda entregou o troféu da categoria especial Destaque Instalador ao refrigerista Luiz Fernando Gaivota, profissional que “tem mudado radicalmente a cara do mercado brasileiro de climatização”, conforme ressaltado pela organização do prêmio.

Veja mais imagens aqui.

20 de junho, Dia da Refrigeração

Hoje (20/6) comemora-se o Dia da Refrigeração, uma efeméride dedicada a celebrar a importância da tecnologia de refrigeração em nossa sociedade moderna.

A data, que tem como um de seus idealizadores o fundador da Revista do Frio, o jornalista Oswaldo Moreira (in memoriam), busca conscientizar e promover o conhecimento sobre os avanços e benefícios proporcionados pela refrigeração.

“A refrigeração desempenha um papel fundamental em diversas áreas de nossas vidas, desde a conservação de alimentos até o conforto em ambientes climatizados”, ressalta o diretor comercial da publicação, Gustavo Moreira.

Com o advento da refrigeração, tornou-se possível armazenar alimentos por períodos mais longos, minimizando o desperdício e garantindo a disponibilidade de produtos frescos em qualquer época do ano. Além disso, a refrigeração também é essencial em setores como a indústria farmacêutica, saúde, transporte de alimentos e muitos outros.

O Dia da Refrigeração é uma oportunidade para destacar as contribuições significativas dessa tecnologia para o desenvolvimento socioeconômico, além de proporcionar um espaço de diálogo e aprendizado sobre as práticas inovadoras que podem tornar a refrigeração mais amigável ao meio ambiente.

A celebração também inclui a premiação de empresas e personalidades do setor, o que deve ocorrer na próxima quinta-feira (22), com a entrega do Troféu Oswaldo Moreira 2023.

O Dia da Refrigeração é um lembrete de que a inovação e a sustentabilidade caminham juntas para construir um futuro melhor.

Revista do Frio divulga indicados ao 25º Troféu Oswaldo Moreira

Premiação anual promovida pela Revista do Frio homenageia empresas e personalidades do HVAC-R brasileiro | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

A Revista do Frio tem o prazer de anunciar os indicados para o Troféu Oswaldo Moreira (TOM) 2023.

O prêmio anual, considerado um marco na indústria de refrigeração e ar condicionado, será entregue em 22 de junho, na Casa Bisutti, em São Paulo, homenageando o trabalho bem-feito, a inovação e a contribuição para o avanço do setor.

Conforme a regra da premiação, os três indicados das seis categorias refletem a diversidade e a força do mercado do frio.

Em Comércio Distribuidor de Ar Condicionado, os finalistas são Clima Rio, Leveros e Poloar.

Já a categoria Comércio Distribuidor de Refrigeração tem como indicadas Dufrio, Frigelar e Friopeças.

Os indicados para Personalidade da Indústria são André Oliveira (Mastercool), Amaral Gurgel (Chemours) e Marcos Euzébio (Bitzer).

Em Personalidade do Comércio, os indicados são Carlos Manuel Gonçalves (Nobrelar), Jorge Miranda (Poloar) e Vado Souza (Climario).

Na categoria Indústria de Refrigeração, Bitzer, Elgin e Emerson são os indicados deste ano.

Finalmente, na categoria Indústria de Ar Condicionado, Daikin, Gree e TCL estão na concorrida disputa pelo prêmio máximo do HVAC-R brasileiro.

“Cada indicado personifica o poder da dedicação, da inovação e do compromisso com a excelência, e todos já demonstraram ser verdadeiros campeões em seus respectivos campos”, diz o diretor comercial da Revista do Frio, Gustavo Moreira.

“Por isso, parabenizamos as empresas e personalidades indicadas e agradecemos a todos por fazerem parte desta incrível jornada na indústria brasileira”, acrescenta.

Abrava e CRT-SP unem esforços em prol do HVAC-R

Reunião entre o CRT-SP e a Abrava promovida ontem em São Paulo | Foto: Divulgação

O Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo (CRT-SP) e a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) reuniram-se ontem (20/3) para estreitar relacionamentos e discutir a realização conjunta de cursos de especialização.

A reunião teve como objetivo melhorar a qualificação dos profissionais, valorizando técnicos e oferecendo treinamento específico. A Abrava se comprometeu a cooperar com o conselho de classe na conscientização sobre a importância do registro das empresas e técnicos responsáveis por instalação e manutenção de equipamentos.

Além disso, ambas as entidades discutiram a possibilidade de parceria com instituições de ensino, como o Senai-SP e o Centro Paula Souza para a certificação dos cursos de especialização.

“Temos alguns cursos básicos nessa linha de capacitação inicial que podemos adequar. No entanto, precisamos dessas instituições, reconhecidas pelo Ministério da Educação, para a certificação”, disse o presidente-executivo da Abrava, Arnaldo Basile.

O presidente do CRT-SP, Gilberto Takao Sakamoto, citou o acordo pré-alinhado com uma fundação para a disponibilização de um curso específico aos técnicos que podem realizar projetos de segurança para combate a incêndio.

“Estamos aqui para defender a sociedade por meio da fiscalização da profissão e valorização do técnico; e o setor de climatização precisa de profissionais habilitados, com cursos de especialização e conhecedores das normas regulamentadoras”, salientou.

Com baixo GWP, CO2 ganha terreno no varejo

A aplicação da substância pode ser realizada utilizando diferentes modelos de arquitetura de sistemas e até mesmo combinada com outros tipos de fluidos refrigerantes, com vistas a atingir a melhor eficiência possível.

Cada vez mais utilizado pela indústria do frio mundial, o CO2 (R-744) também vem ganhando espaço no mercado brasileiro. Esta mudança de rota se dá por uma série de motivos positivos para o HVAC-R, a começar pelo pouco impacto ambiental deste elemento, pois possui o mais baixo possível potencial de aquecimento global (GWP = 1).

O CO2 permite ainda o uso de compressores de menor tamanho físico com deslocamento volumétrico até cinco vezes menor e instalações com tubulações de diâmetros menores, quando comparado com compressores utilizando R-404A.

Da mesma forma, a aplicação da substância pode ser realizada utilizando diferentes modelos de arquitetura de sistemas e até mesmo combinada com outros tipos de fluidos refrigerantes, para atingir a melhor eficiência possível. Os benefícios são muitos, e o varejo já entendeu que o uso do CO2 é mais do que uma tendência, mas uma necessidade mercadológica.

“A aplicação de automação em sistemas de CO2 vem tornando seu emprego mais atrativo do ponto de vista de eficiência. Entretanto, novas alternativas em equipamentos estão sendo estudadas e desenvolvidas pelas empresas, de modo a oferecer soluções pautadas em baixo impacto ambiental e maior eficiência energética”, analisam especialistas do Departamento Nacional de Refrigeração da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Segundo eles, considerando as características termodinâmicas puras do CO2 em relação a alternativas como R-404A, R-507 e até mesmo HFOs da nova geração, “o CO2 apresenta menor eficiência, o que pode ser contornado por meio da aplicação de tecnologia ao sistema, a partir de componentes mais eficientes e inteligência em controle e automação”.

Os especialistas apontam como desvantagens o fato de os sistemas montados com CO2 serem mais complexos do que os convencionais, necessitando de controles adicionais bem como componentes próprios e devidamente dimensionados, devido às altas pressões de trabalho. “Isso, naturalmente, acaba refletido em maior nível de investimento, e na aplicação demanda mão de obra especializada para manutenção das instalações”, complementam.

No mercado do frio brasileiro, a Eletrofrio se destaca pelo uso do CO2 como fluido refrigerante em sistemas de refrigeração comercial e industrial, aplicando-o em expositores e câmaras frigoríficas. Quando usado na condição denominada transcrítica, onde o CO2 é o único fluido refrigerante, ele atende altas, médias e baixas temperaturas. Por outro lado, ao ser aplicado na condição subcrítica, quando a pressão de condensação do CO2 é controlada a partir da troca de calor com outro fluido refrigerante, atende unicamente ambientes de baixa temperatura.

“A maioria dos sistemas de refrigeração com CO2 instalados no Brasil utiliza equipamentos que operam na condição subcrítica, tendo a condensação controlada por um sistema de expansão direta com R-134a ou por um fluido secundário, como o propilenoglicol. Os supermercados são os grandes usuários, apesar de existirem aplicações na área industrial”, explica o gerente de engenharia da Eletrofrio, Rogério Marson Rodrigues.

A companhia participou de projetos em supermercados nos estados do Paraná e São Paulo, com eficiência energética muito superior a quaisquer outras opções de fluidos refrigerantes comumente aplicados neste tipo de sistema de refrigeração.

Recentemente, a Eletrofrio, em parceria com a Carel, instalou cinco unidades BLDC de CO2 operando em regime subcrítico no Supermercado PagueMenos, inaugurado na cidade de Valinhos (SP). Até o momento, as empresas registraram resultados extremamente satisfatórios em termos de economia de energia, estabilidade de temperatura e confiabilidade do sistema.

“A escolha deste formato, unidades de baixa temperatura operando em ‘low condensing’ condensadas pelo glicol, permite o uso do CO2 em qualquer localização. A utilização do R-744, somada à tecnologia DC Technology da Carel, traz para o supermercadista o que há de mais inovador no mercado hoje em questão de frio alimentar”, salienta o engenheiro de aplicação da Carel, Vitor Degrossoli.

O executivo reforça que este conjunto, comparado com as soluções convencionais de mercado, a exemplo da utilização de refrigerantes HFCs, como R-134a e R-404A, juntamente com compressores de velocidade fixa (on/off), pode trazer uma economia de energia entre 20% e 35% anualmente.

“Assim como o R-744, temos soluções de alta eficiência que utilizam o gás natural R-290 (propano), também com a tecnologia DC Technology com compressores BLDC. Nosso range de produtos vai desde soluções para unidades condensadoras plug-in para chest freezers e balcões refrigerados de baixa e média temperatura até chillers de glicol/água de alta capacidade frigorífica”, detalha Degrossoli.

Com mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de componentes para sistema de CO2 subcríticos e transcríticos, a Danfoss, outro grande player do segmento, oferece uma ampla linha  para essas aplicações, como válvulas reguladoras de pressão, solenoides, esfera, termostática, eletrônica; componentes de linha; blocos de válvula completos; filtros secadores; sensores de temperatura, pressão, nível e detectores de gás; controles eletrônicos/automação de rack, temperatura, gerenciamento e monitoramento; e compressores semi-herméticos.

“Todos os sistemas existentes com CO2 até agora tiveram um desempenho superior aos refrigerantes halogenados, como R-22, R-404A, R-507A, entre outros, principalmente na questão energética”, diz o vendedor externo do departamento Food Retail da Danfoss, Alex Pagiato, lembrando que a empresa dispõe de um software em que é possível comparar sistemas com fluidos halogenados versus CO2.

Regulação e cuidados

As normas, regulamentações e instruções técnicas possuem papel importante quando se opta por adotar um novo fluido frigorífico, principalmente em relação ao quesito segurança. No caso do CO2, o principal cuidado ao se projetar ou executar algum tipo de serviço em um equipamento são as pressões do sistema, que são bastante elevadas.

A Abrava esclarece que hoje em dia não há uma regulação vigente específica para nortear o uso de CO2 em sistemas de refrigeração. Por outro lado, para a aplicação de outros fluidos refrigerantes como, HFCs, HFOs e R-290, existem normas internacionais que pautam este uso considerando as melhores práticas, como ISO 5149 e Ashrae 15.

Adaptações nacionais dessas normas podem ser encontradas em língua portuguesa como a ABNT ISO NBR 5149 e usadas como referência para a aplicação segura e eficiente de CO2 em sistemas de refrigeração.

Entretanto, existem normas que pautam a reutilização, recuperação, regeneração e reciclagem de fluidos refrigerantes, incluindo o CO2, como a própria ABNT NBR ISO 5149 e a norma de manufatura reversa ABNT NBR ISO 15833.

“Este tipo de processo de recuperação e reciclagem é recomendado e pode ser realizado por empresas certificadas pelo Ibama. É importante salientar que descartar fluidos refrigerantes diretamente no meio ambiente é considerado crime ambiental, independentemente do nível de GWP da substância”, frisa o DN Refrigeração da Abrava.

Aplicado em refrigeração da mesma forma que qualquer outro tipo de fluido, o CO2 é um produto químico industrial e seu transporte deve seguir a legislação vigente para produtos químicos – o transporte deve ser realizado em veículo próprio, aberto, que permita o posicionamento dos cilindros em pé e fixos para proteção da válvula e dispositivo de segurança. A legislação exige ainda que o motorista tenha treinamento MOPP (curso especializado para transporte de produtos perigosos).

“Em relação ao armazenamento, alguns cuidados também devem ser assumidos, pois o produto é armazenado em cilindros sob pressão. Logo, o local escolhido para deixá-los deve ser definido de acordo com requisitos de ventilação e riscos existentes na área, tais como fontes de calor, ignição, poeira, circulação de pessoas, entre outros. É recomendado que esta análise seja feita por técnico de segurança capacitado”, completam os especialistas da Abrava.

Qualificação profissional

Assim como ocorre com os outros fluidos refrigerantes, a qualificação profissional é crucial para garantir a segurança e eficiência na utilização de sistemas de refrigeração com o R-744.

A falta de preparo pode acarretar problemas graves e prejuízos financeiros, sendo fundamental que profissionais busquem capacitação adequada para o trabalho com a substância.

Nesse contexto, a RAC Brasil já ministrou quatro cursos práticos de CO2 em seu centro de treinamento (CT) em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

“Temos nos posicionado cada vez mais para sermos um fornecedor deste segmento, e não só de componentes, mas de qualificação profissional também”, ressalta o engenheiro de aplicação da empresa brasileira, Luiz Villaça.

“Hoje nós temos uma central de CO2 subcrítica operacional justamente para nos permitir fazer treinamentos com o sistema em funcionamento”, revela.

Segundo Villaça, o equipamento foi instalado no CT da RAC Brasil em janeiro do ano passado. “A migração para CO2 é, de alguma forma, inexorável, em virtude da legislação europeia, principalmente. Muitas empresas estão exigindo que toda a cadeia do frio esteja em conformidade com os regulamentos europeus. Isso significa, na maioria das vezes, fluidos naturais, cenário em que o CO2 é uma alternativa”, explica.

Fabricantes se antecipam a novas regras de etiquetagem

Ainda que a nova etiqueta emitida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) só passe a ser obrigatória a partir de 1º de janeiro de 2023, a indústria brasileira de ar condicionado passou 2022 se adaptando para atender aos parâmetros da classificação de eficiência energética, de acordo com o Índice de Desempenho de Resfriamento Sazonal (IDRS).

Portanto, o setor só poderá fabricar ou importar aparelhos que obedeçam a estas regras. No caso do varejo, as vendas dos produtos em estoque poderão ser realizadas até 30 de junho de 2023. Esses prazos foram determinados pela Portaria Inmetro  269/2021.

O IDRS é mais fidedigno e realista, refletindo melhor o desempenho do aparelho diante das variações climáticas que ocorrem ao longo de todo ano. A etiquetagem até então utilizada não conseguia, por exemplo, demonstrar claramente ao consumidor final a diferença existente entre um produto com tecnologia Inverter e outro sem.

Segundo o Inmetro, a nova etiqueta traz o cálculo do consumo de energia do condicionador de ar no ano inteiro e leva em consideração o hábito de consumo do brasileiro ao longo do ano. Atesta, ainda, maior facilidade para identificar a eficiência dos produtos com compressor do tipo Inverter, já que foi alterado também o método para determinar o consumo de energia do condicionador de ar.

Agora, a etiqueta renovada traz uma série de informações antes não divulgadas – tipo de fluido refrigerante usado no aparelho; inclusão de duas novas categorias de classificação (“E” e “F”); consumo de energia anual (quanto menor o número, mais eficiente o aparelho); índice de eficiência sazonal (quanto maior o número, mais eficiente o aparelho); e direcionamento do consumidor, por meio de QR Code, para a base de produtos registrados no Inmetro.

Além disso, a autarquia estabeleceu que, para receber o Selo “A”, o aparelho deve ter índice de eficiência energética de 5,5, um aumento considerável, visto que antes, era de apenas 3,23. Essa grande diferença se dá porque a metodologia de cálculo da eficiência energética agora considera o método de carga parcial e métrica sazonal. É por isso que não se deve comparar o consumo de uma etiqueta nova com o de uma etiqueta antiga.

“A nova etiquetagem manteve a lógica de que os produtos classificados como ‘A’ são os mais eficientes. A diferença se resume à metodologia, posto que a anterior era menos exigente e com teste laboratorial menos completo. Isso permitia que houvesse uma diferença grande dentro do nível A”, argumenta o gerente de produtos de ar-condicionado da Samsung Brasil, Daniel Fraianeli.

O executivo enfatiza que os novos testes e níveis mínimos atualizados dão maior certeza ao consumidor sobre quais são os produtos mais eficientes disponíveis. “Além disso, a nova etiqueta tem informações que permitem, inclusive, a diferenciação entre produtos similares, os quais eventualmente podem exceder o mínimo para classificação ‘A’, ao mostrar a estimativa de consumo anual e o índice de eficiência (IDRS)”.

Assim como outros players, a Samsung iniciou antecipadamente a migração para a nova etiquetagem, e acredita que os prazos estabelecidos pela Portaria Inmetro 269/2021 foram suficientes. Entretanto, salienta, Fraianeli, como a multinacional sul-coreana já tinha aparelhos com desempenho compatível com o nível “A” da nova metodologia, não foram necessárias alterações de projeto que causassem impacto nos custos de fabricação.

“Nossos condicionadores de ar vão além dos critérios mínimos para classificação máxima do Inmetro, ou seja, economizam ainda mais energia que o padrão recomendado. Nos próximos anos, a tecnologia desenvolvida e aplicada aos aparelhos da Samsung permitirá ainda mais avanços quanto à eficiência energética”, projeta o gestor.

Outro importante player no mercado brasileiro, a japonesa Daikin trabalhou junto com os demais stakeholders envolvidos diretamente na alteração promovida no padrão de etiquetagem. “O consumidor, na hora da compra, não estava munido de informações para diferenciar os equipamentos, encontrando muitos produtos ‘A’ que, na realidade, não eram realmente eficientes”, afirma o gerente de marketing e produto da companhia no País, Nilson Murayama, frisando que a empresa não promoveu qualquer tipo de adaptação em sua linha de montagem, ajuste ou troca de componentes, uma vez que seus produtos sempre estiveram aptos à nova etiquetagem.

Com a mesma opinião que o seu colega de setor, o gerente de engenharia da Fujitsu do Brasil, Takao Matsumura, entende que a nova etiquetagem do Inmetro mostrará aos consumidores as diferenças de eficiência energética entre os aparelhos de ar-condicionado convencionais (on/off) e os aparelhos com tecnologia Inverter, que vem sendo comercializados desde 2007 pela companhia japonesa.

“A nova etiquetagem favorecerá os fabricantes de equipamentos com as melhores eficiências energéticas do setor. O crescimento da nossa empresa deverá ser superior ao do mercado, e a atualização de preço depende do aumento de custo de fabricação”, avalia o executivo, reforçando que as únicas alterações na linha de montagem aqui no Brasil foram feitas não por causa da nova metodologia de medição de eficiência energética, mas pela substituição, em seus equipamentos, do fluido refrigerante R-410A por R-32. Paralelamente à nova metodologia de medição de eficiência energética promovida pelo Inmetro, as regras do Selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) também foram alteradas. Antes, todos os produtos com Selo “A” do Inmetro podiam ostentar também o Selo Procel. Agora, para ter direito ao seu uso, além da eficiência ter de ser maior que o mínimo exigido para ser classe “A”, outros critérios, como potência em modo de espera e tipo de gás refrigerante utilizado, devem ser obedecidos.

Também foi criado o Selo Procel Ouro, em que as exigências para o seu uso são maiores do que as do Selo Procel. “Na nossa linha de produtos, o modelo Teto de 24.000 BTU/h obteve a classificação de Selo Procel Ouro. É uma honra estarmos entre os primeiros fabricantes, no mercado de ar condicionado, a obtê-lo”, comemora Matsumura.

Igualmente preparada, a Semp TCL – joint venture formada pela brasileira Semp e a chinesa TCL – há algum tempo já fabrica seus produtos considerando a classificação “A” do Inmetro para os modelos do tipo Inverter. Portanto, toda a linha Inverter da empresa está classificada e aprovada com Selo “A”, de acordo com a nova classificação. “A mudança realizada pelo Inmetro foi muito positiva, porque beneficia, sobretudo, o consumidor, que ganha mais uma ferramenta para avaliar os benefícios do produto na hora da compra”, aponta o gerente de produtos do fabricante, Nikolas Corbacho.

O gestor ressalta ainda que a empresa, assim como outros players do setor, também não precisou ajustar sua linha de produção, devido ao fato de já estar preparada para a fabricação de itens com maior economia de energia no segmento.

“O investimento feito na nova fábrica de Manaus (AM), inaugurada em maio deste ano para a produção exclusiva de condicionadores de ar, já contemplava as tecnologias mais avançadas desenvolvidas pela TCL globalmente, terceira maior fabricante de aparelhos de ar condicionado do mundo”, completa Corbacho.

Para o supervisor de pesquisa e desenvolvimento da Gree, Eduardo Roberto Tavares, o real impacto da transição para a nova etiquetagem está mesmo no fato de que os fabricantes serão obrigados a produzir para o mercado brasileiro produtos que realmente possuam alta performance durante funcionamento. “Realizamos muitos investimentos na linha de produção com a aquisição de novos equipamentos e mão de obra, assim como em novas séries de produtos totalmente Inverter, previstos para serem produzidos a partir primeiro semestre de 2023”, informa o executivo da multinacional chinesa. Toda a linha de ar-condicionado residencial da coreana LG também foi renovada para atender à nova regulamentação antes do prazo estabelecido pelo Inmetro. “O consumidor e a indústria saem ganhando diante dessa atualização”, analisa o gerente de produtos de ar-condicionado residencial da LG, André Pontes.

Pelas regras antigas ainda em vigor, “o Selo ‘A’ de eficiência energética é obtido muito facilmente, seja por produto Inverter, que consome menos energia, ou por não inverter, que gasta mais”, argumenta.

A multinacional ressalta que atualmente trabalha apenas com a tecnologia Inverter, como o compressor Dual Inverter, que contribui para que os modelos de ar-condicionado da LG sejam capazes de obter uma economia de até 70% de energia e uma refrigeração até 40% mais rápida em relação aos produtos convencionais.

“A qualidade e tecnologia dos produtos da LG são reconhecidas pelos consumidores, que mantêm a marca na liderança do mercado de condicionadores de ar no Brasil, com 22,3% de participação geral e 41,8% de liderança na categoria Inverter”, arremata o gestor, citando dados referentes a junho de 2022 divulgados pela consultoria GfK.

Elas no AVAC-R promove ação de apoio ao Outubro Rosa

Organizadoras do primeiro Outubro Rosa do Elas no AVAC-R, movimento feminino composto por empresárias e trabalhadoras do setor de refrigeração e ar condicionado | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

O Elas no AVAC-R, movimento feminino do setor de refrigeração e ar condicionado liderado pela técnica e engenheira mecânica Carmosinda Santos, promoveu ontem (8) um evento em apoio ao Outubro Rosa, campanha nacional contra o câncer de mama.

O encontro ocorreu no Nikkey Palace Hotel, no centro da capital paulista, e reuniu cerca de 150 convidados. Durante o dia todo, o público pode participar de uma série de palestras ministradas por diversos parceiros do coletivo, entre os quais o Conselho Regional do Técnicos Industrias (CRT-SP). Também houve sorteios de dezenas de brindes, entre os quais ferramentas e aparelhos de ar condicionado oferecidos por empresas do segmento.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), além de ser causa de maior mortalidade entre as mulheres, o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, perdendo apenas para o câncer de pele. A doença é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a posição.

Se for descoberto logo no início, um em cada três casos de câncer de mama pode ser curado. Medo e desinformação são apontados pelo Inca como os principais fatores que atrasam o diagnóstico precoce e o tratamento. O sintoma mais comum é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular. Mas há tumores de consistência branda, globosos e bem definidos que podem também ser malignos. Por isso, é fundamental consultar um médico e realizar exames preventivos regularmente.

Para prevenir a doença, também é importante praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, adotar uma alimentação mais saudável, bem como evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.

Evento em apoio à campanha nacional de luta contra o câncer de mama reuniu mulheres da indústria de refrigeração e ar condicionado em hotel paulistano no último sábado (8) | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica