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Setor se reúne na implementação de alternativas para fim do uso de gases prejudiciais à camada de ozônio

Representantes do setor de refrigeração do país inteiro se reuniram nesta quinta-feira (25) para debater sobre a substituição de um dos gases danosos ao meio ambiente. O evento propôs iniciar a capacitação para utilização de CO2 em equipamentos de refrigeração comercial, como alternativa a substâncias que causam danos à camada de ozônio e têm maior potencial de aquecimento global.

Os HCFCs, assim como outros fluidos sintéticos, são gases utilizados extensivamente em diversos setores industriais como o da refrigeração, espumas e solventes. Mas causam um grande dano à camada de ozônio e, por consequência, ao planeta.

“O HCFC é geralmente atrelado a um GWP (Global Warming Potential ou potencial de aquecimento global) elevado. Usando CO2, o impacto ambiental é muito menor. O GWP do CO2 é a referência-base, GWP igual a um. Um dos fluidos mais utilizados hoje no meio de refrigeração, o HFC 134a, tem o GWP de 1430”, disse o palestrante Marcus Vinícius, da Universidade Federal de Uberlândia. Ele ainda alerta dos perigos dos HCFCs: “Já os HCFCs contêm cloro e o cloro reage com o ozônio. Essa reação é uma das causas do problema da camada de ozônio”.

O dióxido de carbono (CO2) se apresenta como uma alternativa com resultados energéticos similares e com um impacto incomparavelmente menor ao meio ambiente.

“O CO2 é um fluido natural e vem contribuir com essa tendência de combater o aquecimento global, sem falar nos efeitos na camada de ozônio. Ele tem uma eficiência energética, com a tecnologia que temos hoje, muito boa e com isso você consegue ter equipamentos compatíveis e com uma eficácia similar aos que são usados atualmente e que prejudicam o meio ambiente”, disse Enio Bandarra, um dos palestrantes do workshop.

O palestrante ainda citou uma vantagem de se trabalhar com elementos naturais em detrimento de outros fluidos sintéticos: “Por ser natural, por exemplo, se acontece um vazamento, ele é naturalmente absorvido pela natureza. É um fluido muito barato e também muito disponível na natureza”.

Desafios

Se os benefícios da utilização do CO2 são iminentes, os desafios para que essa tecnologia alcance todo o mercado que pode atingir também estão claros. Entre os expositores do workshop, Sidney Mourão, representante da Dorin (empresa de compressores), reconheceu os empecilhos, mas salientou a necessidade da mudança de mentalidade.

“É um fluido novo, requer alguns cuidados, mas não é um bicho de sete cabeças. Não é uma mudança que acontecerá da noite para o dia, mas se você não fizer eventos como o de hoje, vai demorar ainda mais. É uma quebra de paradigma e você só consegue fazer mostrando novas opções para as pessoas. O ponto é que essa transformação já está acontecendo lá fora. Quando chegar aqui no Brasil, nós estaremos prontos?”

Nesse sentido, o evento cumpriu seu papel. Além das informações técnicas passadas pelos palestrantes, as trocas de experiências entre os profissionais foi intensa do começo ao fim.

O palestrante David Marcucci destacou a importância dessa troca de informações para superar alguns tabus. “Eventos como esse permitem que as empresas tenham contato com novas tecnologias dessa área, saibam mais sobre os quesitos para utilização desses fluídos e até quebrem alguns preconceitos sobre essas novas tecnologias.”

Entre os que participaram como espectadores do encontro, Tomaz Cleto, da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), destacou a urgência do tema para o país. “O Brasil já está atrasado em relação a outros países no sentido de discutir opções aos HCFCs. Nós, fabricantes, instaladores, empresas de serviço e também os usuários temos que nos preparar para isso.”

Ele também frisou a importância do evento e de se discutir o tema para avanços na área de refrigeração. “Eu acho extremamente oportuno esse tipo de evento. Precisamos de mais eventos e mais pessoas participando para enriquecer essa discussão de novas tecnologias.”

O CO2 já em uso

Empresas expositoras desta quinta feira mostraram diversos aparelhos que já funcionam com a utilização do CO2.

Representante da empresa Eletrofrio, Ivair Soares acredita que mais mudanças no setor estão por vir: “Eu acredito que, num período de cinco a dez anos, nós veremos e viveremos essa revolução de encontro a essa tecnologia. Hoje, olhando pelo viés ambiental, o CO2 em conjunto com o propano é a escolha mais acertada entre os fluidos”.

Sobre o workshop

O evento foi realizado pela Organização das Nações Unidas para Desenvolvimento Industrial (UNIDO), como parte das atividades do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), visando cumprir metas traçadas em 2007 do Protocolo de Montreal.

Esse é o segundo de um ciclo de três workshops que tem por objetivo auxiliar tecnicamente pequenas e média empresas fabricantes de equipamentos de refrigeração comercial na implantação de novas tecnologias. A proposta é ajudá-las a adotar fluídos frigoríficos alternativos ao HCFC-22.

Pretende-se que esse ciclo de reuniões seja a introdução de um processo de construção e aprimoramento do conhecimento sobre fluidos frigoríficos alternativos, com vistas a que sejam utilizados, manuseados e aplicados de forma tecnicamente adequada, segura e responsável.

O próximo workshop, que abordará os fluidos frigoríficos HFOs, acontecerá novamente na cidade de São Paulo, no dia 13 de junho.

Fonte: Nações Unidas

Mexichem distribuirá refrigerante da Honeywell na Europa

A Honeywell e a Mexichem firmaram um acordo comercial para ampliar a oferta do fluido refrigerante de menor impacto climático Solstice N40 (R-448A) na União Europeia (UE).

Agora, a indústria química mexicana venderá sob a marca Klea 448A a substância à base de hidrofluorolefina (HFO) desenvolvida pelo fabricante norte-americano para substituir o hidrofluorcarbono (HFC) R-404A em sistemas de refrigeração comercial.

Segundo a Honeywell, cujos produtos são distribuídos exclusivamente pela Frigelar no Brasil, o R-448A proporciona uma redução de até de 16% no consumo de energia em relação ao seu antecessor e pode ser usado em novas instalações e na modernização de sistemas existentes.

“Identificamos o R-448A como um produto que complementaria nosso portfólio e daria aos nossos clientes uma opção que atende às necessidades do mercado europeu”, disse Sarah Hughes, diretora comercial de fluorprodutos da Mexichem na Europa, Oriente Médio, África e Índia.

“O Solstice N40 permite que os supermercados e outros clientes dos segmentos de refrigeração comercial e industrial reduzam emissões de carbono e consumo de energia, ao mesmo tempo em que os ajuda a cumprir aos rigorosos requisitos legais acerca dos gases de efeito estufa fluorados”, acrescentou Julien Soulet, vice-presidente e gerente geral de produtos fluorados da Honeywell na Europa, Oriente Médio e África.

Fabricante de chillers adota rival do R-32

A Kaltra agora está oferecendo em uma de suas linhas de chillers condensados a água modelos compatíveis com o R-452B, um fluido refrigerante à base de hidrofluorolefina (HFO) desenvolvido para substituir o hidrofluorcarbono (HFC) R-410A em novos equipamentos.

Tal como o R-410A – uma mistura de R-32 (50%) e R-125 (50%) –, ele usa os mesmos dois componentes, mas com adição de 26% de R-1234yf , 67% de R-32 e apenas 7% de R-125.

Segundo a indústria alemã de sistemas de refrigeração e ar condicionado, a nova mistura oferece um ótimo equilíbrio entre desempenho, segurança e compatibilidade para substituir o R-410A, superando outras alternativas disponíveis no mercado.

“Os novos resfriadores de líquido demonstram taxas de eficiência similares ou de 2% a 5% mais altas que as dos modelos com R-410A”, revela a Kaltra, destacando que essas máquinas são “capazes de operar com uma faixa mais ampla de temperaturas de evaporação”.

“Seu design modular e novo software de controle ainda permitem o uso de vários chillers virtualmente como um único sistema, otimizando, dessa forma, a eficiência em cargas parciais”, acrescenta.

De acordo com o Quinto Relatório de Avaliação (AR5) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) do R-452B é de 676, cerca de 65% menor que o do R-410A.

Inofensiva à camada de ozônio, a substância é comercializada tanto pela Chemours quanto pela Honeywell, sob as marcas Opteon XL55 e Solstice L41y, respectivamente.

O composto foi desenvolvido para concorrer com o R-32, substituindo o R-410A, particularmente, em bombas de calor, rooftops, sistemas VRF e chillers de média pressão condensados a ar e a água.

Assim como o R-32, o R-452B é classificado como levemente inflamável (A2L) pela Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae), embora a Chemours sustente que ele seja o menos inflamável de todos os principais substitutos existentes para o R-410A.

De acordo com a Honeywell, o R-452B possibilita uma carga até 10% menor em comparação com o equipamentos existentes que utilizam o R-410A.

A indústria química também afirma que seu envelope de operação mais amplo permite que o equipamento alcance temperaturas de evaporação baixas, superando o R-32 no modo de aquecimento e atingindo temperaturas mais altas em bombas de calor e chillers.

Chemours inaugura maior fábrica de R-1234yf do mundo

A indústria química mundial tem investido pesadamente nas hidrofluorolefinas (HFOs). Aspectos como baixo impacto climático fazem dessa quarta geração de fluidos refrigerantes halogenados uma solução que atende aos requisitos regulatórios atuais e de longo prazo do mercado de refrigeração e ar condicionado.

Em fevereiro, a Chemours inaugurou a maior planta de produção de R-1234yf do mundo, na cidade de Ingleside, no Texas. A instalação permitirá à empresa norte-americana triplicar a capacidade de produção de fluidos refrigerantes da sua linha de HFOs, chamada comercialmente de Opteon.

Com a inauguração do empreendimento, a Chemours concluiu um projeto de US$ 300 milhões iniciado em 2016. Desenvolvido para sistemas de ar condicionado automotivo, o R-1234yf tem um potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) 99,9% menor que o do hidrofluorcarbono (HFC) R-134a, refrigerante que ele substitui.

Segundo o comunicado distribuído à imprensa, a nova unidade usa um processo inovador e patenteado para fabricar essa HFO para o segmento de ar condicionado automotivo e as misturas da linha Opteon utilizadas em diversas aplicações, como chillers e sistemas de refrigeração comercial.

Honeywell lança rival do R-32

A Honeywell acaba de anunciar a disponibilidade comercial do R-452B, um fluido refrigerante levemente inflamável (A2L) de menor potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) desenvolvido para substituir o R-410A.

Visto como um concorrente direto do R-32, o R-452B está sendo comercializado pela indústria química norte-americana como Solstice L41y.

Assim como o R-410A – uma mistura de R-32 (50%) e R-125 (50%) –, este novo refrigerante usa os mesmos dois componentes, mas desta vez com a adição de 26% de R-1234yf , 67% de R-32 e apenas 7% de R-125.

Esta combinação proporciona ao R-452B um GWP de 676, índice aproximadamente 67% menor que o do R-410A. O fabricante revela que ele oferece temperaturas de descarga semelhantes às do R-410A e eficiência energética 5% maior.

Segundo a Honeywell, o Solstice L41y possibilita uma carga até 10% menor em comparação com o equipamento existente que usa o R410A.

A empresa também afirma que seu envelope de operação mais amplo permite que o equipamento alcance temperaturas de evaporação baixas, superando o R-32 no modo de aquecimento e atingindo temperaturas mais altas em bombas de calor e chillers.

“A Honeywell está trabalhando em estreita colaboração com fabricantes globais de equipamentos e componentes para otimizar o Solstice L41y para aplicações de bombas de calor e chilles, nas quais os clientes desejam alcançar alta eficiência de aquecimento e resfriamento, mantendo os custos reprojetados baixos”, disse Julien Soulet, vice-presidente e gerente geral da divisão de produtos fluorados da Honeywell na Europa, Oriente Médio e África.

Recentemente, a companhia também anunciou o desenvolvimento do R-466A, uma nova alternativa não inflamável ao R-410A em sistemas de ar condicionado estacionário com um GWP de 733. Este novo gás, porém, só deve ser lançado comercialmente no ano que vem.

Indústria de chillers acelera adoção de refrigerantes ecológicos

Quando se trata das megatendências que estão afetando diretamente a indústria de refrigeração e climatização mundo afora, a transição para os fluidos frigoríficos de baixo ou nenhum impacto climático está bem próxima do topo da lista.

Outras três grandes tendências – automação e conectividade, eficiência energética e sustentabilidade,conforto e qualidade do ar interno – também norteiam os rumos do setor.

No caso específico dos refrigerantes, o que se vê é uma busca contínua por alternativas para substituir, por exemplo, o R-410A e o R-134a, hidrofluorcarbonos (HFCs) que têm sido utilizados há anos em resfriadores de líquido.

Essas substâncias populares serão proibidas nessas aplicações nos EUA a partir de 1º de janeiro de 2024, segundo o programa de Política de Novas Alternativas (SNAP) da Agência de Proteção Ambiental norte-americana (EPA, em inglês).

Em breve, a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal deverá impor restrições aos gases fluorados com efeito estufa, fato que também influencia os tomadores de decisões.

Em abril, a Dunham-Bush, fabricante de chillers sediada na Malásia, divulgou que irá adotar o R-513A na linha DCLCG de equipamentos centrífugos resfriados a água comercializada na região Ásia-Pacífico.

Esta é mais uma grande indústria de chillers a anunciar a adoção do fluido refrigerante à base de hidrofluorolefina (HFO) como alternativa ao HFC-134a, devido ao seu baixo potencial de aquecimento global (GWP) e outras vantagens.

Em 2014, a Trane foi pioneira na adoção de uma HFO pura de baixo GWP, o R-1233zd(E), com o lançamento da Série E do chiller centrífugo resfriado a água CenTraVac.

Segundo a empresa, esta foi a primeira máquina do mundo a utilizar este refrigerante como uma alternativa ao hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-123, atendendo às exigências de aplicações de altas capacidades até 14 mil kW.

Trane anunciou investimento de US$ 500 milhões em pesquisa e desenvolvimento de produtos de menor impacto climático

Atualmente, o portfólio de chillers XStream resfriados a água e dos equipamentos Sintesis resfriados a ar da marca está otimizado para operar com o R-1234ze, outra HFO de baixo GWP.

“Em 2015, a Ingersoll Rand anunciou um investimento de US$ 500 milhões até 2020 em pesquisa e desenvolvimento de produtos que reduzam as emissões de refrigerantes com alto impacto climático”, salienta Rodrigo de Carvalho Dores, executivo de vendas da Trane no Brasil.

No mesmo ano, sua empresa também adotou o blend R-513A em um chiller resfriado a ar da linha Sintesis.

No ano passado, a Johnson Controls informou que seus chillers centrífugos e parafuso York de 440 kW a 21.100 kW também passariam a ser compatíveis com a mistura entre HFO-1234yf e R-134a.

Segundo a indústria, os lançamentos expressam seu compromisso de desenvolver soluções que atendam melhor às necessidades dos seus clientes e do meio ambiente, com base em segurança, eficiência, confiabilidade, disponibilidade e custo.

“As HFOs são, frequentemente, misturadas com componentes tradicionais, como o R-134a ou R-32, para dar algumas boas propriedades especiais para um dado uso de temperatura”, lembra Celina Bacellar, gerente de refrigeração industrial para a América Latina da Johnson Controls.

“Entretanto, quanto mais baixo o GWP do fluido, mais inflamável ele tende a ser. O R-1234ze, por exemplo, é muito popular na Europa. Às vezes, ele é comercializado como não inflamável e ora como inflamável. A 20°C ele não é inflamável, mas em uma sala de máquinas quente, a 30°C, assume esta condição. Por isso, é sempre bom confirmar as informações que recebemos.”

A companhia também aposta na amônia (R-717) e nos hidrocarbonetos (HCs), que são ambientalmente corretos, apesar de seus pontos críticos relacionados à toxicidade e flamabilidade.

SABLight, chiller compacto da Johnson Controls desenvolvido na Dinamarca

Em sua unidade na Dinamarca, a Johnson Controls desenvolveu um chiller compacto – o SABLight – que trabalha com propano (R-290) como fluido refrigerante.

“Esta linha está disponível em modelos standards para regime de ar condicionado de 130 kW a 430 kW e pode trabalhar com diversas unidades em paralelo. O regime de trabalho é variável com mínima temperatura ambiente de -20°C e máxima de +50°C; a mínima temperatura de saída de solução chega a -25°C e as cargas parciais variam de 25 Hz a 65 Hz (ou 38% a 100%)”, informa.

Para minimizar os problemas ambientais e de segurança, o projeto do equipamento foi desenvolvido visando mínima carga de refrigerante. Na faixa de operação citada, as cargas vão de 20 kg a 56 kg de R-290. “Os níveis de ruído também são bastante reduzidos, variando de 45 dB(A) a 55 dB(A)”, diz.

Os chillers com amônia e trocadores de calor de placa semi-soldados são equipamentos da marca bastante eficientes e de baixa carga de

R-717.

Entretanto, frente às restrições e sobretaxas impostas ao uso de refrigerantes na Europa e EUA, a Johnson Controls desenvolveu a ChillPAC, linha que trabalha com trocadores de casco e placas. “Assim, as cargas de R-717 se tornaram ainda mais reduzidas”, ressalta.

De acordo com a gestora, equipamentos com amônia, em geral, apresentam melhor eficiência (COP) do que aqueles com refrigerantes sintéticos. “O refrigerante natural é ideal para operar tanto com compressores alternativos quanto parafusos e alcança uma ampla faixa de aplicação de baixas temperaturas (-50°C) até altas (+90°C)”, diz.

 

Eficiência e sustentabilidade em foco

Refrigerantes com baixo GWP, sem dúvida, serão a grande aposta para o futuro, mas esta mudança será gradativa e ainda não há data definitiva para que ela ocorra no curto prazo. Esta é a avaliação de Nikolas Corbacho, gerente de marketing de produto de ar condicionado da Midea Carrier.

“Algumas alternativas que existem no mercado apresentam certos riscos ou significati

Chiller York compatível com o R-531A, um blend entre HFC e HFO desenvolvido para substituir o R-134a

va perda de eficiência quando utilizadas em sistemas de grande porte ou mesmo em aplicações residenciais”, pondera.

Globalmente, a empresa tem investido na pesquisa e desenvolvimento de novos refrigerantes capazes de substituir os tradicionais R-134a e R-410A, como o recente AquaEdge com

R-1233zd(E).

“O mercado está buscando mais soluções de maior eficiência energética e menor custo operacional. Os modelos com variadores de frequência, compactos e de baixa manutenção são cada vez mais comuns”, enfatiza Corbacho, mencionando o 30XV, outro lançamento mundial na linha de chillers a ar com compressor parafuso, e o AquaSmart, chiller modular compacto de compressor scroll e produzido localmente pela empresa.

“Ambos os modelos são equipados com variadores de frequência e possuem altíssima eficiência, superando os valores base da Ashrae 90.1 2013, além de terem um reduzido custo operacional”, acrescenta.

Com o aumento nos custos de energia e água nos últimos anos, os clientes estão muito mais preocupados com a

Dupla ligação entre os átomos de carbono reduz impacto climático das HFOs

eficiência dos equipamentos, ressalta Rodrigo de Carvalho Dores, da Trane.

“Realizar investimentos em soluções mais eficientes está dando um retorno financeiro mais rápido do que era há dez anos. Por isso, ferramentas de estudo energético trazem a segurança para os clientes que estão fazendo o investimento em uma solução que trará retorno financeiro com a economia de energia e água. Além da necessidade de equipamentos mais eficientes, há a procura por implantar ou modernizar sistemas de automação para reduzir os desperdícios”, revela.

“A redução do impacto ambiental do setor está assentada em dois pilares: a busca por soluções de maior eficiência energética, por meio do uso cada vez mais frequente e difundido de compressores inverter, e a utilização de gases com menor potencial de aquecimento global”, reforça o engenheiro Leonardo Martinho Dobrianskyj, da subsidiária brasileira da Daikin.

“Mas acredito que, no Brasil, a adoção de fluidos refrigerantes com baixo GWP será mais uma imposição dos fornecedores do que dos clientes”, diz.

Recentemente, a multinacional japonesa anunciou que lançará, até o fim deste ano, uma série de resfriadores de líquido otimizados para operar com R-1234ze.

O lançamento do primeiro chiller com HFO da marca foi revelado em Londres, numa conferência realizada para os distribuidores britânicos da empresa.

A inovação marcará a primeira incursão da companhia no uso do R-1234ze, que já foi adotado, pelo menos como uma opção, pela maioria dos principais fabricantes de chillers do mundo.

Assim como as versões com R-134a, os modelos com R-1234ze serão totalmente controlados por inversores e incorporarão a mais recente tecnologia de compressor parafuso da Daikin, além da nova geração de trocadores de calor inundados de alta eficiência.

Classificado como levemente inflamável, o R-1234ze possui GWP abaixo de 1, segundo o Quinto Relatório de Avaliação (AR5) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Isso significa que o novo refrigerante é menos nocivo ao clima do planeta que o próprio dióxido de carbono (CO2), cujo GWP é igual a 1.

De acordo com especialistas, a estrutura química das HFOs puras contém uma dupla ligação entre os átomos de carbono. Por essa razão, as moléculas dessa quarta geração de fluidos refrigerantes sintéticos têm vida curtíssima na atmosfera, uma característica que reduz, consideravelmente, seu impacto climático.

Mercado e avanços tecnológicos

Controles mais robustos e rápidos, novas famílias de fluidos refrigerantes, novos trocadores de calor com microcanal, compressores projetados para funcionar com inversores de frequência, sejam de mancal magnético, parafuso ou scroll com motores de corrente contínua (DC), aplicação de nova família de ventiladores com inversor integrado e possibilidade de monitoramento remoto via web.

Todos esses avanços tecnológicos permitem que as novas gerações de chillers sejam mais eficientes que as anteriores, conforme avalia Luciano de Almeida Marcato, presidente do Departamento Nacional de Ar Condicionado Central da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento.

Segundo ele, o mercado nacional de condicionamento de ar sofreu bastante com a crise econômica e a consequente redução no nível de investimento, tanto público quanto privado. “Tal efeito foi muito sentido no mercado de chillers”, lamenta.

Após dois anos de fortes quedas, o setor aguardava uma pequena recuperação em 2017, alinhada com a retomada do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

“Porém, as estatísticas da Abrava nos mostram continuidade da retração do mercado de chillers, estando o ano de 2017 em torno de 10% a 11% menor que 2016, no acumulado das vendas de janeiro a junho neste primeiro semestre”, informa.

Quanto à utilização de chillers no País, houve aumento da participação dos sistemas com condensação a ar e água, em detrimento da participação dos equipamentos centrífugos importados, muito impactados pela redução do tamanho médio das obras, assim como pela desvalorização do real, que gera uma maior migração para equipamentos nacionais.

“Pela primeira vez em muitos anos, tivemos mais dois meses sem nenhum chiller centrífugo faturado ou entregue em todo o País”, afirma.

O que manteve o mercado ligeiramente “menos pior” foi o seguimento de alta eficiência, ajudado pelo caos no setor elétrico e aumento do preço da energia em 2015 e 2016, fazendo com que muitos projetos adiados fossem desengavetados ou priorizados para aumentar a competitividade e gerar redução de custos operacionais de indústrias, shoppings e edifícios corporativos.

Arkema quer atenuar inflamabilidade dos refrigerantes A2L

Um projeto para desenvolver materiais que possam mitigar a inflamabilidade dos fluidos refrigerantes da classe de segurança A2L é um de uma série de programas relacionados com a refrigeração a se beneficiar de um financiamento de até US$ 15,8 milhões do Departamento de Energia dos EUA (DOE, em inglês).

O Escritório de Tecnologias Prediais do DOE (BTO) está investindo o dinheiro em 13 projetos para impulsionar inovações em estágio inicial de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Seis deles estão ligados ao HVAC-R.

A Arkema está listada como a empresa que pretende desenvolver formulações e materiais aditivos que poderão atenuar a inflamabilidade das misturas de refrigerantes levemente inflamáveis.

Nada mais atualmente tem sido revelado sobre o projeto, mas os fabricantes de fluidos frigoríficos já experimentaram uma série de supressores de fogo ao desenvolverem refrigerantes de última geração.

Tais produtos, porém, foram rejeitados por causa de sua interferência na performance energética, danos ambientais ou toxicidade. Testes iniciais feitos com a hidrofluorolefina (HFO) R-1234yf contendo trifluoroiodometano (CF3I) resultaram, por exemplo, num refrigerante não inflamável.

No entanto, diversas preocupações foram levantadas, uma vez que esta substância poderia causar batimentos cardíacos irregulares e também teria um pequeno potencial de destruição de ozônio (ODP).

Arkema venderá R-1233zd(E) no Japão

A Arkema selou uma aliança com a japonesa Central Glass para vender a hidrofluorolefina (HFO) R-1233zd(E) naquele mercado.

Comercializado como Forane 1233zd, o novo fluido de baixo potencial de aquecimento global (GWP) foi desenvolvido para ser usado como refrigerante ou agente de expansão de espumas isolantes.

Além de não agredir a camada de ozônio, a substância não inflamável tem um GWP de apenas 1. A HFO-1233zd(E) será vendida como alternativa ao hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-123.

Segundo a indústria francesa, o produto melhora a eficiência energética dos sistemas frigoríficos e oferece alto valor de isolamento para outras aplicações na cadeia do frio.

“Nós vemos o relacionamento com a Central Glass como o início de uma forte aliança. Estamos ansiosos para ver os futuros desenvolvimentos nesta área”, disse Christophe Villain, presidente da divisão de fluorquímicos da Arkema.

Trane completa linha de chillers com HFOs

A Trane anunciou que todo o seu portfólio europeu de chillers XStream resfriados a água e dos equipamentos Sintesis resfriados a ar já está otimizado para operar com a hidrofluorolefina (HFO) R-1234ze.

Com este anúncio, a companhia alega que será a primeira do setor a oferecer um catálogo combinado de resfriadores de líquido com compressor parafuso e chillers centrífugos de alta e baixa velocidade utilizando o refrigerante de baixíssimo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês).

As novas soluções farão parte da linha EcoWise, da Ingersoll Rand, cujos produtos a multinacional diz que foram concebidos para operar com alta eficiência e reduzir o seu impacto ambiental utilizando a nova geração de fluidos refrigerantes.

A Trane lançou o Sintesis eXcellent, seu primeiro chiller com R-1234ze, no ano passado. Em abril deste ano, a empresa anunciou a expansão de seu portfólio, com o lançamento dos chillers XStream.

Agora, a carteira da Trane com R-1234ze abrange uma gama completa de chillers parafuso e centrífugos projetados para aplicações com capacidades variando entre 240 kW e 1.670 kW.

Em 2014, a Trane foi pioneira na adoção de uma outra HFO de baixo GWP, o R-1233zd(E), com o lançamento da Série E do chiller centrífugo resfriado a água CenTraVac.

Segundo a empresa, esta foi a primeira máquina do mundo a utilizar este refrigerante de baixo impacto climático como uma alternativa ao hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-123, atendendo às exigências de aplicações de altas capacidades até 14 mil kW.

Daikin lançará chillers com R-1234ze

A Daikin anunciou que lançará uma série de resfriadores de líquido otimizados para operar com a hidrofluorolefina (HFO) R-1234ze, um fluido refrigerante alternativo ao hidrofluorcarbono (HFC) R-134a.

O lançamento de seu primeiro chiller com HFO foi revelado recentemente em Londres, numa conferência realizada para os distribuidores britânicos da marca japonesa.

Durante o evento, o especialista em produtos da operação local da Daikin, Richard Green, disse que a nova linha de chillers preparados para funcionar com refrigerante de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) será lançada até o fim deste ano.

O lançamento proposto marcará a primeira incursão da companhia no uso do R-1234ze, que já foi adotado, pelo menos como uma opção, pela maioria dos principais fabricantes de chillers do mundo.

Segundo o site britânico Cooling Post, uma versão resfriada a água do equipamento será fornecida nas capacidades de 340 kW a 1.600 kW.

Diferenciais tecnológicos

Assim como as versões com R-134a, os modelos com R-1234ze são totalmente controlados por inversores e incorporam a mais recente tecnologia de compressor parafuso da Daikin, além da da nova geração de trocadores de calor inundados de alta eficiência.

Serão oferecidas versões com um ou dois compressores. Os equipamentos com compressor único terão 340 kW e 800 kW de capacidade, enquanto os modelos com dois compressores terão 870 kW e 1.600 kW de capacidade.

Classificado como levemente inflamável, o R-1234ze possui GWP abaixo de 1, segundo o Quinto Relatório de Avaliação (AR5) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Isso significa que o novo refrigerante é menos nocivo ao clima do planeta que o próprio dióxido de carbono (CO2), cujo GWP é igual a 1.

De acordo com especialistas, a estrutura química das HFOs puras contém uma dupla ligação entre os átomos de carbono. Por essa razão, as moléculas dessa quarta geração de fluidos refrigerantes sintéticos têm vida curtíssima na atmosfera, uma característica que reduz, consideravelmente, seu impacto climático.

HFO - Hidrofluorolefina - Molécula

Dupla ligação entre os átomos de carbono reduz vida das HFOs na atmosfera