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Amônia em instalações frigoríficas: cuidados essenciais e boas práticas

Parte do Sistema de Refrigeração da Mayekawa do Brasil instalado no Complexo Industrial Avícola da São Salvador Alimentos

 

Mesmo com tantos bons requisitos como alta eficiência energética e baixo custo de aquisição, existem riscos vinculados às atividades industriais e comerciais que trabalham com amônia em seus processos de refrigeração.

A  opção por equipamentos de refrigeração aplicados com fluido refrigerante amônia (NH3) continua com muita força nos projetos de refrigeração, principalmente industrial de alta capacidade, pois, além de ser uma opção de alta eficiência energética e baixo custo de aquisição, apresenta a  sustentabilidade como um de seus pilares mais fortes, com um GWP (Potencial de Aquecimento Global) e um ODP (Potencial de Destruição da Camada de Ozônio) próximos de zero, cumprindo os requisitos de restrições atuais e futuras das agendas climáticas dos principais blocos de países signatários do Protocolo de Montreal e emendas subsequentes.

Mesmo com tantos bons requisitos, existem riscos vinculados às atividades industriais e comerciais que trabalham com amônia em seus processos de refrigeração.

Segundo Marcos Euzébio, Gerente de Engenharia de Aplicação da Bitzer, de acordo com a classificação ASHRAE, a amônia (NH3) é fluido de classe de segurança B2L, ou seja, é tóxico e apresenta grau baixo de flamabilidade, o que requer conhecimento específico para o equipamento de refrigeração, em suas fases de projeto, operação e manutenção.

Portanto, é de suma importância que se desenvolva um projeto de gestão de riscos e treinamentos contínuos aos envolvidos nesta aplicação.

“O aumento dos requisitos de segurança (regulamentação) em plantas de refrigeração com amônia vem colocando enorme pressão sobre os proprietários devido ao aumento do custo da conformidade (compliance). Em todo o mundo, usuários de instalações frigoríficas estão à procura de soluções de refrigeração com baixa carga de amônia.

E nós, fabricantes, estamos buscando desenvolver soluções cada vez mais sustentáveis com carga mínima de refrigerante – seja ele qual for. Tudo em busca de sistemas mais econômicos, ecológicos, eficientes e seguros”, informa Euzébio.

Marcos Euzébio, Gerente de Engenharia de Aplicação da Bitzer

Cuidados e boas práticas

As boas práticas e cuidados desenvolvidos e utilizadas nos sistemas existentes de refrigeração por amônia no Brasil, baseiam-se na documentação internacional disponível, como por exemplo a ANSI/ASHRAE Standaard 15-2007 – Safety Code for Mechanical Refrigeration; ANSI/IIAR 2-2008 – Equipment, Design & Installation of Ammonia Mechanical Refrigeration Systems e EN 378 Part 1-4-2008: Refrigerating systems  and  heat  pumps -Safety and environmental requirements – European Committee for Standardisation, entre outras (veja Box Normas Brasileiras e Internacionais).

“Há também uma excelente literatura disponível pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil – Recomendações de Projeto para Operação Segura de Sistemas de Refrigeração por Amônia , edição em 3 volumes, redigida por Leonilton Tomaz Cleto, uhttps:/ /www.protocolodemontreal.org.brm ícone no assunto.

Como exemplo, para tratamento do assunto de segurança, relaciono alguns cuidados básicos com relação ao cotidiano de um operador”, acrescenta Euzébio.

– O sistema completo deve ser protegido contra queda de objetos;

– As tubulações devem ser identificadas quanto ao estado físico do fluido em circulação interna, sentido de fluxo e faixa de pressão de trabalho;

– Válvulas de segurança devem ser previstas com alívio para tubulação coletora e direcionadas para meio externo com elevação avaliada;

– Devem ser previstos sensores de concentração de amônia e respectivas ações de automação em caso de alcance de nível crítico;

– Os cilindros de NH3 devem ser manuseados e transportados apenas por pessoas e equipamentos especializados para evitar danos;

– Empilhadeiras, carrinhos de mão e outros veículos de manutenção podem causar danos, portanto deve-se prever proteção física aos equipamentos. É uma boa prática fornecer barreiras ou estabelecer zonas de segurança;

– Devido à sua leve flamabilidade, a amônia deve ser mantida longe de fontes de ignição (superfícies quentes, faíscas, interruptores elétricos);

– Equipamento de ventilação deve ser instalado, quando aplicável, em todas as áreas onde a amônia possa vazar. Isto evita que o refrigerante atinja uma concentração perigosa no ar. A ventilação e as aberturas de exaustão devem ser posicionadas de maneira correta para que o fluxo de ar não prejudique a saúde humana. Como são mais leves que o ar, as aberturas de ventilação devem ser colocadas perto do teto;

– Capacitação contínua e programada aos envolvidos na operação do equipamento, bem como informação disseminada a nível corporativo a todos os colaboradores que atuam na planta, incluindo administrativos e serviços diversos.

– Prever todos os pontos de manobra das válvulas em operação, além de verificar os selos mecânicos onde o vazamento do fluido é mais suscetível.

Compressores e bombas de circulação de NH3 também merecem atenção especial no que se refere a manutenções preventivas conforme indicação nos manuais dos fabricantes. Lembrando que manutenções preditivas e preventivas permitem o afastamento de ocorrências de manutenção corretiva.

Há também a necessidade da periodicidade da calibração das válvulas de segurança e de acordo com o tempo de vida do equipamento em uso a análise mecânica dos vasos de pressão, separadores de líquido e tubulações. Equipamentos de purga de ar e água também devem ser previstos, bem como análises periódicas do óleo.

“Atualmente, tem-se observado um crescimento considerável em sistemas híbridos onde a amônia é aplicada em conjunto com o CO2, chamados sistema em cascata do tipo baixa carga, ou “low charge”, onde se aplica a amônia em sua melhor eficiência termodinâmica (média temperatura de evaporação) em conjunto com CO2 em sua excelente aplicação termodinâmica que é a baixa temperatura de evaporação.

Esse conjunto entrega a solução de alta sustentabilidade, alta eficiência energética, baixa carga de NH3. Para se ter uma ideia, um compressor de 30 HPs a pistão aplicado com CO2 entrega capacidade de 125 KW de refrigeração sob temperatura de evaporação de -30C.

Um exemplo abaixo apresenta uma aplicação clássica de projeto tipo ‘low-charge’ de amônia com CO2, onde a amônia resfria propileno glicol, este atendendo a todas as cargas MT e AT da instalação, bem como condensando o CO2, que por sua vez é o fluido responsável pela retirada da carga de congelados da planta frigorífica”, informa o gerente de aplicação da Bitzer.

Ele salienta que o fundamental deve ser a capacitação técnica e treinamentos periódicos aos envolvidos com sistemas de refrigeração por amônia.

Devem ser previstos sensores de concentração de amônia e respectivas ações de automação em caso de alcance de nível crítico

Medidas de proteção

Sobre as medidas de proteção, pontos essenciais em relação à prevenção coletiva da exposição a amônia incluem a manutenção das concentrações ambientais a níveis os mais baixos possíveis e sempre abaixo do nível de ação (NR-9), por meio de ventilação adequada e implantação de mecanismos para a detecção precoce de vazamentos.

O uso de sistema fixo de detecção de amônia com instalação de detectores dentro da sala de máquinas e ambientes indústrias é recomendado para proteção do sistema de refrigeração industrial como um todo (operadores colaboradores e maquinários).

O IIAR (Instituto Internacional de Refrigeração por Amônia) recomenda ainda a instalação de caixa de controle do sistema de refrigeração de emergência, que desligue todos os equipamentos elétricos e acione a ventilação mecânica exaustora fixa ou portátil sempre que necessário. Através do monitoramento contínuo da concentração de amônia na sala de máquinas, quando atingidos determinados níveis, serão acionados alarmes para tomadas de ações do controle de proteção.

A amônia oferece riscos, mas seguindo todas as boas práticas de operação e buscar empresas que sejam referência no setor, oferecendo sistemas que se diferenciaram pelo comprometimento, desempenho, segurança e eficiência energética, os riscos serão totalmente minimizados.

Normas Brasileiras e Internacionais

– NR-13 – 2008 – Caldeiras e Vasos de Pressão – Normas Regulamentadoras da Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho – Ministério do Trabalho – Lei nr. 6514 – 22/12/1977;

– P4.261 – Manual de Orientação para a Elaboração de Estudos de Análise de Riscos – CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – 13/08/2003;

– NBR 13598 – Vasos de Pressão para Refrigeração – ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – 04/1996;

– NR-9 – Norma Regulamentadora que estabelece diretrizes para a Segurança do Trabalho em três frentes: física, química e biológica – Ministério do Trabalho.

Standards Internacionais

– ANSI/ASHRAE Standard 15-2007 – Safety Code for Mechanical Refrigeration – American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers;

– ANSI/IIAR 2-2008 – Equipment, Design & Installation of Ammonia Mechanical Refrigerating Systems – International Institute of Ammonia Refrigeration;

– EN 378 Part 1-4 – 2008: Refrigerating systems and heat pumps – Safety and environmental requirements – European Comittee for Standardisation. Part 1: Basic requirements, definitions, classification and selection criteria – Part 2: Design, construction, testing, marking and documentation – Part 3: Installation site and personal protection – Part 4: Operation, maintenance, repair and recovery;

– ISO 5149:1993 – Mechanical Refrigerating Systems used for Cooling and Heating – Safety Requirements – International Organization for Standardization;

– ANSI/ASME B31.5 – 2006 – Refrigeration Piping and Heat Transfer Components – American Society of Mechanical Engineers;

– ANSI/IIAR Standard 3-2005: Ammonia Refrigeration Valves. Código ASME para Dimensionamento de Vasos de Pressão;

– ASME – Pressure Vessel Code – 2007 – Section VIII;

O IIAR – International Institute of Ammonia Refrigeration, possui atualmente Boletins/ Guias de Referência relacionados à aplicação de Amônia em sistemas de refrigeração entre suas publicações.

Dicas e instruções para mecânicos e instaladores

Calcular o preço e a mão de obra é uma parte crítica para mecânicos e instaladores, pois influencia diretamente a competitividade do serviço no mercado.

As altas temperaturas observadas em meio à onda de calor que vem atingindo ultimamente boa parte do país, disparou não apenas as vendas de aparelhos de ar-condicionado, mas também os atendimentos de técnicos de refrigeração. Com a demanda acima da média, muitos profissionais têm dúvidas de como calcular o preço da mão de obra, desde a instalação até o conserto e manutenção destes sistemas.

Segundo Jobney Palmeira, diretor da Job Refrigeração, a primeira dica é papel e lápis na mão!

“Não sou nenhum expert em administração ou finanças, mas uma dica valiosa é o profissional começar a mensurar custos com papel e lápis na mão. Visualizar o quanto você ganhará numa instalação é o primeiro passo para começar uma lista, de acordo com diversos fatores. É muito recorrente na nossa área fecharmos um valor que estamos acostumados sem conhecer realmente o ambiente que o aparelho ou sistema será instalado. Somos, na grande maioria, autônomos e temos que ter em mente quanto queremos ganhar por mês, por exemplo. Tendo esse valor, eu consigo calcular o valor da diária da mão de obra. Ou seja, se quero obter uma renda mensal de R$ 5.000,00 por mês, minha diária será de R$ 227,00 e a hora, considerando o período das 8h00 às 17h00, R$ 25,00. Isso é apenas um exemplo, a cobrança de valores é muito pessoal e personalizada para o tipo de instalação”, informa Jobney.

Ele acrescenta que esses valores acima não consideram custos com combustível, almoço, ajudante, etc, e precisam ser precificados de acordo com o serviço a ser executado.

“Aqui no Rio de Janeiro, por exemplo, em média, consideramos o valor de R$ 100,00/dia por ajudante, incluso o almoço. Mas esse valor varia de região para região”, diz Jobney.

Feito isso, o profissional precisa discriminar os custos com materiais, incluindo carga de nitrogênio (se necessário), fluido refrigerante, tubulação, fita PVC, tubos adicionais, isolamento térmico, cabo PP, suportes, entre outros.

Ele acrescenta que é importante incluir no orçamento total uma margem de segurança, em torno de 20% para imprevistos, principalmente na hora de instalar o equipamento. Seguindo esses passos, dificilmente o profissional terá prejuízos.

“Atualmente, vejo que os profissionais estão mais comprometidos em prestar um serviço de qualidade, utilizando bombas de vácuo, realizando testes de estanqueidade. Se você quer saber mais sobre como elaborar um orçamento, o vídeo “Quando cobrar pra instalar ar condicionado split?” publicado no meu canal do Youtube, abordo de maneira bem simples como realizar o cálculo de uma instalação de condicionador de ar tipo split, indica Jobney.

Laura de Vooght, diretora da Laura Ar Condicionado, diz que em relação aos aparelhos de climatização, os fatores que influenciam na variação de valores são: a altura que será instalado os aparelhos, capacidade em Btus, localização do cliente e metragem de tubulação.

“No que se refere ao tamanho do ambiente onde o aparelho será instalado, a dica é tabelar o preço quando a área for térrea, frente/fundo e até 3m de tubulação, o mínimo a ser cobrado é R$ 400,00 de mão de obra, dependendo da região. Para quem procura uma mão de obra qualificada, sem passar dor de cabeça depois, terá que gastar em média a partir de R$ 800,00 inclusa mão de obra e material, valor médio para região de São Paulo.

Por exemplo, minha empresa, situada em Campo Grande (MS), o valor da mão de obra mínimo a ser cobrado é R$ 300,00. Na região do ABC Paulista, onde estamos localizados, cobra-se em torno de R$ 600,00 só a mão de obra”, exemplifica Laura.

Já o tipo ideal de ar-condicionado para cada ambiente e cada situação, ela enfatiza que sempre se deve consultar um especialista em ar-condicionado, para que seja feito primeiramente o cálculo térmico. Em seguida, o especialista irá indicar a capacidade correta para que se tenha uma boa eficiência e indicará as melhores marcas e variáveis modelos de aparelhos, ressaltando que, atualmente, muitas marcas vem renovando os condiciona-dores de ar com muita tecnologia.

Instalação dos equipamentos

“Outra dúvida de muitos profissionais é se vale mais a pena investir em um aparelho fixo ou portátil. Na questão de eficiência energética, aparelhos do tipo split hi wall consomem menos energia do que os aparelhos portáteis, por exemplo.  A eficiência energética dos equipamentos surge como uma necessidade para obter melhor rendimento em todas as funções e não sobrecarregue a rede elétrica, mas ressalto novamente que a instalação do equipamento tem que ser feita por um profissional que siga as recomendações do fabricante que é de extrema importância. Infelizmente, muitos que estão em campo não se adequaram a linha com tecnologia inverter, em substituição aos da linha convencional, que está com dias contados pela questão da eficiência energética. E não menos importante, o projeto elétrico com adequações para os aparelhos instalados”, aponta.

Segundo Laura, instalações mais complexas exigem projetos, e para cada projeto, valores diferentes.

“Pode ser obra inicial ou reforma, trabalhamos da seguinte maneira: ao receber o projeto, analisamos quantos pontos serão, capacidades e drenagem. Na montagem do orçamento, fazemos em partes separadas, como material e mão de obra, cada ponto de infraestrutura pode ser um preço diferenciado, por exemplo, cada metragem é um preço de mão de obra. Sempre procuro regionalizar o preço, valorizando minha mão de obra, no qual é dedicado tempo e gasto para executar um bom serviço de qualidade. Sempre recomendo: busque oportunidades de conhecimento, treinamento ou estudo. Tenha parceiros e não concorrentes, eles podem ajudá-los em campo ou tecnicamente. Sobre fidelizar clientes, assuma erros, porque não somos robôs e sim, humanos, ou seja, assumir garantias dentro dos prazos legais. Com essas dicas, certeza que o profissional terá uma boa carteira de clientes e sucesso em seus negócios”, conclui Laura.

Dicas e instruções

A transparência, honestidade e a qualidade do serviço são fundamentais para construir uma reputação sólida no setor. Ao seguir dicas e instruções, os mecânicos e instaladores podem estabelecer preços competitivos e justos, proporcionando valor tanto para o cliente quanto para o próprio negócio.

Dicas para ajudar no processo:

1 – Avaliação do trabalho e projeto

Comece avaliando completamente o trabalho a ser realizado. Entenda a complexidade da tarefa, a quantidade de tempo que será necessária e os recursos envolvidos. Considere a experiência exigida, a habilidade técnica necessária e se há algum fator que torna o trabalho mais desafiador. Avalie também a complexidade do projeto de instalação. Considere o tamanho do espaço, o tipo de sistema de climatização, a quantidade de unidades internas e externas, entre outros fatores. Faça uma inspeção detalhada do local para identificar possíveis desafios e requisitos específicos.

2 – Custos de Materiais

Liste todos os materiais necessários para a conclusão do trabalho. Pesquise fornecedores para obter preços competitivos e negocie descontos sempre que possível. Inclua custos como ferramentas especializadas, produtos químicos ou qualquer item consumível.

3 – Custo da Mão de Obra

Determine quanto você deseja pagar por hora de trabalho, levando em consideração as habilidades e a experiência necessárias. Considere a possibilidade de ter diferentes taxas de mão de obra para diferentes tipos de trabalhos ou horários.

4- Tempo Estimado

Estime o tempo que será necessário para concluir o trabalho. Considere fatores como a complexidade da tarefa, a eficiência da equipe e possíveis atrasos. Seja realista ao definir o prazo para evitar pressões excessivas sobre a equipe.

5- Despesas Gerais e Lucro

Inclua despesas gerais, como aluguel de espaço, serviços públicos, seguro e impostos. Defina uma margem de lucro razoável para garantir que o negócio seja sustentável.

6 – Pesquisa de Mercado

Realize uma pesquisa de mercado para entender os preços praticados por concorrentes na região. Considere o valor percebido pelo cliente ao definir seus preços.

7 – Orçamento detalhado

Apresente um orçamento detalhado para o cliente, destacando os custos de mão de obra, materiais e despesas adicionais. Seja transparente sobre o que está incluído no preço e explique qualquer taxa adicional.

8 – Atualização regular de Preços

Mantenha-se atualizado com os custos do mercado e faça ajustes nos preços conforme necessário. Avalie periodicamente a eficiência operacional para identificar oportunidades de redução de custos.

9 – Contrato por Escrito

Sempre forneça contratos por escrito que detalhem os termos e condições, incluindo preço total, prazos e garantias. Isso ajuda a evitar mal-entendidos e conflitos futuros.

22ª Febrava: a mais aguardada de todos os tempos

A expectativa é receber mais de 25 mil profissionais e 300 marcas expositoras, entre elas grandes players globais do HVAC-R.

A 22ª Feira Internacional de Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar e da Água (HVAC-R), Tratamento do Ar e de Águas (Febrava), que será realizada no pavilhão do São Paulo Expo (SP), de 12 a 15 de setembro, é considerada uma das mais aguardadas de todos os tempos pelo setor. Isto porque a última edição presencial ocorreu em 2019, pouco antes de “estourar” aqui no Brasil a pandemia da covid-19.

Nesta contagem regressiva, engenheiros, projetistas, compradores especializados, instaladores e profissionais das áreas técnicas vão poder conhecer os mais recentes lançamentos e tendências em sistemas, projetos e manutenção que o mercado do frio vai se guiar nos próximos anos.

A organização do evento prevê a participação de mais de 25 mil profissionais e a presença de mais de 300 marcas expositoras, como Agratto, Armacell, Carel, Chemours, Copeland (ex-Emerson), Elgin, emb-papst, Embraco Nidec, Full Gauge, Gree, Mayekawa, Midea Carrier, Fujitsu, RAC Brasil, Rocktec, Suryha, Testo, Tosi e Trox.

Além do enfoque nas tecnologias de HVAC-R, a Febrava se destaca por impulsionar negócios e promover novas parcerias e networking. A feira oferece uma imersão completa em conhecimentos sobre as mais recentes tecnologias do setor, e também apresenta experiências e conteúdos técnicos.

O Selo Destaque Inovação Febrava 2023 será um dos destaques da mostra, exibindo os produtos mais inovadores selecionados por uma comissão julgadora composta por Abrava, Sindratar-SP e outras entidades apoiadoras.

A Abrava, responsável pela realização dos eventos de conteúdo, promoverá o 18º Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar (Conbrava). O tema deste ano é “AVAC-R rumo a um futuro sustentável e saudável”, refletindo a busca por soluções que contribuam para um ambiente mais saudável e eficiente.

Outro destaque serão as ilhas temáticas, espaços dedicados a apresentar soluções e casos de sucesso em diversas vertentes do HVAC-R. As novas adições deste ano são a Ilha do Instalador e a Ilha de Tratamento de Águas.

“Com mais de duas décadas de atuação, a Febrava se consolidou como um hub estratégico para o mercado latino-americano, proporcionando visibilidade e oportunidades de negócios. Portanto, é um espaço vital para divulgar tecnologias e tendências que otimizam projetos e serviços, incluindo a distribuição e comercialização de soluções e produtos voltados para um melhor desempenho e eficiência operacional”, destaca o gerente da feira, Ivan Romão.

Confira, a seguir, um pouco das tecnologias que alguns dos principais expositores mostrarão na Febrava deste ano:

AGETHERM

Considerada uma das mais admiradas distribuidoras do setor, a paulistana Agetherm fará sua estreia na Febrava, aproveitando para apresentar sua linha de termostatos e peças para refrigeração doméstica e comercial, ar condicionado, aquecimento e lavanderia. Fundada em 2018, a companhia pretende reforçar sua imagem no mercado e para seus clientes. “Queremos construir parcerias sólidas e encantar nossos clientes todos os dias. Entregamos, de forma diferenciada, um atendimento personalizado com produtos de qualidade e preço justo”, enfatiza o fundador e diretor-geral Bruno Chamorro.

Estande: I64 (76,5 m²)

 

AGRATTO

A empresa trará suas linhas completas de splits hi-wall e Inverter, que utilizam o gás R-32, já alcançando  classificação “A” no novo IDRS. O split Inverter wi-fi, com conectividade à internet das coisas (IoT), também estará na feira. No estande, haverá uma sala de treinamento para os profissionais. Fundada em 2015, a Agratto expandiu-se rapidamente, atingindo, em 2022, crescimento superior a 1.000% neste período de sete anos. “Este sucesso vem se dando graças a um trabalho sério e aos nossos produtos, que têm alta durabilidade, confiança e qualidade testados em nosso próprio calorímetro”, salienta o gerente de marketing Moisés Botelho.

Estande: F31 (120 m²)

 

APEMA

Uma das mais tradicionais expositoras da Febrava, a Apema fabrica equipamentos de troca térmica para o segmento de refrigeração industrial. Nesta edição da feira, a empresa, fundada em 1964 e sediada em São Bernardo do Campo (SP), apresentará, entre outros itens, a linha FP – trocadores desmontáveis produzidos com placas em aço inox ou titânio para várias capacidades – e os sistemas Hydro-Coller para refrigeração de água em circuito fechado, que aumentam a eficiência energética do processo com baixa perda evaporativa. “Nosso objetivo é reforçar ainda mais a presença da marca e dos produtos no mercado”, afirma o gerente comercial da indústria paulista, Norberto Padovan, comentando que a empresa está investindo em um sistema robotizado para melhorar seus processos de produção.

Estande: D52 (50 m²)

 

ARMACELL

A empresa levará seu portfólio de isolantes térmicos e acústicos em espuma elastomérica (linha ArmaFlex) e em polietileno de baixa densidade (linha ArmaLight PoliPex). Ambas contemplam tubos e mantas para aplicação em tubulações e redes de dutos em sistemas de ar condicionado e refrigeração. Ainda na lista, destaque para o ArmaComfort Hidro (isolamento acústico para tubulações hidrossanitárias), o ArmaComfort Laje (manta acústica para sistemas de contrapiso flutuante), o ArmaPET Struct (fabricado com garrafas pet pós-consumo para aplicação em painéis estruturais em fachadas) e o ArmaGel DT (isolante térmico em aerogel capaz de mitigar o processo de corrosão sob isolamento). “O mercado está aquecido e há oportunidades efetivas para a geração de negócios que vão movimentar o setor nos próximos meses”, analisa a gerente nacional de vendas e marketing da multinacional no Brasil, Priscila Baioco.

Estande: F55 (108 m²)

 

BRASIL SOLDAS

Pela primeira vez na Febrava, a empresa exibirá sua linha de soldas – foscoper e silfoscoper (anel, flat e vareta), latão e alpaca (anel, vareta, picotado e revestida), alumínio (TIG e MIG), estanho (MIG), prata (vareta, pó, limalha, picotada e fio) e fluxos para brasagem. Localizada em Diadema (SP), a Brasil Soldas iniciou suas atividades em 2013. “Desejamos divulgar ainda mais a nossa marca e os nossos produtos no mercado, fortalecer as relações comerciais e apresentar novos itens para o HVAC-R”, frisa o sócio-diretor da companhia, Carlos Alberto Silva.

Estande: G52 (77 m²)

 

CAREL

No ano em que completa cinco décadas de atividades, a italiana Carel, sediada em Valinhos (SP), chegará a mais uma edição da Febrava com um extenso portfólio de produtos para sistemas de tratamento de ar (UTA), incluindo itens como Recuperator (recuperador de calor), Enginia (dampers e acessórios para UTA) e Senva (sensores de temperatura, umidade, IAQ e analisadores de energia) e sistemas de umidificadores para aplicações de tratamento de ar e ambientes missão crítica. “Nossos produtos geram economia de energia e reduzem o impacto ambiental, graças à combinação das tecnologias mais avançadas e dos serviços personalizados para otimizar o desempenho de máquinas e sistemas”, descreve o gerente de contas HVAC-R da empresa no Brasil, Alex Taboni.

Estande: D96 (105 m²)

 

CHEMOURS

A multinacional norte-americana levará ao evento uma longa lista de refrigerantes de baixo GWP, com destaque para os produtos das linhas Opteon – XL20 (R-454C), XL41 (R-454B), XP40 (R-449A), XP10 (R-513A), XP20 (R-449C) e YF (R-1234yf); e Freon – 410A, 404A, 134a, MO99 (R-438A), 22 (R-22) e 32 (R-32). Para limpeza, os destaque no estande da empresa serão os agentes Opteon SF Flush e SF80. “Além de nos aproximarmos dos clientes e estreitarmos o relacionamento com distribuidores, mídia especializada e consumidores finais, pretendemos aprimorar a inteligência competitiva e promover novos produtos”, projeta o gerente de vendas América do Sul, Carlos Augusto Ribeiro Pereira, lembrando que a Chemours tem uma unidade fabril em Barueri (SP) e outra em Manaus (AM).

Estande: C52 (70 m²)

 

CLIMA RIO

A empresa vai expor uma ampla linha de câmaras frias para diferentes aplicações, desde supermercados e restaurantes até laboratórios e centros de distribuição. O estande também terá espaço para as ferramentas JCM, marca própria da Clima Rio para o setor, incluindo bombas de vácuo, manifolds, manômetros, maçaricos, refil, placas elétricas universais e controle remoto, entre outros itens. “Estamos investindo em um grande espaço para apresentar todas as nossas soluções ao lado dos principais parceiros. A empresa está focada em alcançar sua meta de crescimento para o ano de 2023, que é de 20% em relação a 2022”, ressalta o diretor-presidente da empresa, Gilson Miranda. Fundada em 1996, em Itaboraí (RJ), a Clima Rio conta com 26 lojas distribuídas em 11 estados e no Distrito Federal.

Estande: F76 (126 m²)

 

COBRESUL

A fabricante sediada em Joinville (SC) aproveitará a expertise de 12 anos no setor para mostrar a qualidade de seus tubos de cobre para refrigeração, condicionamento de ar, construção civil e aquecimento solar. Entre os principais produtos que levará à feira, estarão as linhas de tubos panqueca, tubos bobinas/carreteis e tubos retos. A Cobresul espera fechar diversos negócios, uma vez que a companhia costuma focar grandes esforços neste evento em particular.

Estande: C32 (65 m²)

 

COEL

A companhia ítalo-brasileira vai expor controladores para compressor de velocidade variável, sensores NTCs de fabricação própria, dispositivos IoT e soluções com PACs (CLP) + IHMs, para aplicações em câmaras frias, racks, chillers e outros equipamentos do HVAC-R. Fundada em 1954, a fábrica está localizada em Manaus (AM), e em São Paulo fica o escritório responsável pelos departamentos de vendas, marketing, engenharia de aplicações e assistência técnica. “Queremos gerar negócios e receber a visita de nossos clientes do Brasil e do restante da América Latina”, ressalta o coordenador de vendas da companhia na região, Flávio Aliberti da Conceição.

Estande: D76 (160 m²)

 

COPELAND

A empresa norte-americana levará 27 de seus principais produtos, como as unidades condensadoras com compressor scroll digital e com modulação de capacidade digital, além do compressor scroll de velocidade variável, que será um dos equipamentos concorrentes ao “Selo Inovação Febrava 2023”. Também será apresentada a série de inversores de frequência EVM de ½ a 30 HP, adequados para chillers, equipamentos médicos e vitrines. “Como Copeland, será nossa primeira vez na Febrava, e estamos ansiosos para divulgar as mudanças implementadas recentemente por meio da aquisição dos negócios de tecnologias climáticas da Emerson pela Blackstone”, afirma o diretor de negócios da companhia, André Stoqui.

Estande: F74 (154 m²)

 

CRC COMPRESSORES

Fundada em 1992 por Pedro Deangelo, o Grupo CRC mantém duas unidades na Vila Matilde, zona leste da capital paulista, onde opera com três divisões de negócios, que enfatizará durante o evento – remanufatura de compressores (alternativos e parafusos), partes e peças (fabricação e fornecimento) e fornecimento de lubrificantes (linha Zerol para refrigeração e climatização). “Nossa expectativa é também apresentar a nova divisão de negócios, que tem o objetivo de comercializar os lubrificantes Zerol, da marca Shrieve, empresa líder mundial em lubrificantes para equipamento de refrigeração e climatização, da qual somos representantes oficiais no Brasil”, reforça a diretora administrativa da CRC, Ariane Fuser.

Estande: I97 (63 m²)

 

DANFOSS

A multinacional dinamarquesa lançará a unidade condensadora Optyma Inverter, equipada com o compressor recíproco Danfoss Maneurop. O equipamento foi projetado para aplicação em câmaras frias de fast foods e lojas de conveniência. Também será apresentada a unidade condensadora Optyma CO2 Inverter para câmaras frias, já lançada na Europa e que chegará ao Brasil em 2024. A Danfoss apresentará ainda o compressor alternativo semi-hermético Bock CO2 (para aplicação estacionária ou móvel), fabricado pela Bock GmbH, companhia alemã adquirida em abril deste ano. Haverá também demonstrações dos compressores Bock Mobile alumínio e standard. “Queremos estabelecer novas frentes de negócios, pois o setor tem buscado cada vez mais aplicações com foco em eficiência energética, e nossos produtos e soluções contribuem para a redução do consumo e descarbonização”, assegura Renato Majarão, diretor da divisão Climate Solutions para a América Latina.

Estande: E76 (311 m²)

 

EBM-PAPST

Ao celebrar 25 anos de atividade no Brasil, a multinacional alemã irá apresentar os ventiladores Centrífugo K3G310, da nova família RadiPac #3, e Axial, versões W3G300 AxiEco – Perform e S3G300 AxiEco – Protect, além do motor para ventiladores de uso agrícola M3G150. “Vamos mostrar a sustentabilidade e a digitalização dos nossos produtos, que estão alinhados com as novas necessidades e a realidade global para um clima melhor”, argumenta o gerente de novos negócios e marketing da indústria, Fábio Casa.

Estande: H55 (60 m²)

 

ELGIN

A companhia apresentará suas novas linhas comerciais, como os equipamentos piso-teto e cassete inverter de 18.000 a 60.000 BTUs, já com o novo fluido refrigerante R-32; e os bi-split e tri-split Inverter, que possibilitam combinar evaporadoras de 9.000 e 12.000 BTUs. A Elgin também levará uma nova linha chamada “Splitão”, com capacidades de 7,5 a 20 TR, além do split Eco Inverter II, que conta agora com tecnologia wi-fi já incorporada. A indústria brasileira lançará ainda o Elgin Pró, aplicativo para instaladores desenvolvido com base em inteligência artificial, com o objetivo de ajudar os profissionais em suas atividades de trabalho. “O setor ainda está tentando entender e acompanhar as diversas mudanças ocorridas no mercado durante e após a pandemia, como o novo padrão de etiquetagem, responsável por fazer o mercado acelerar a adaptação às novas tecnologias”, exemplifica Anderson Bruno, diretor comercial da divisão de ar condicionado e eletroportáteis da empresa.

Estande: E20 (450 m²)

 

 

ELITECH

Nesta edição da Febrava, a empresa chinesa sediada em Canoas (RS) vai apresentar controladores de temperatura para resfriados, aquecimento e congelados, assim como painéis de comando IoT, permitindo monitoramento e configuração a distância, a partir do aplicativo Elitech Icold. O app pode ser usado para freezer, walk-in cooler, geladeira e câmara frigorífica. O estande também terá manifolds completos com quatro ou duas vias, com vacuômetro integrado, pinças de temperatura para superaquecimento e subresfriamento e teste de estanqueidade. A lista segue com detectores de vazamento de fluído refrigerante com tecnologia por infravermelho. “Nossa expectativa é aumentar em 40% as vendas a partir dos negócios gerados durante o evento”, projeta o consultor comercial da companhia, Alex de Moraes Alves.

Estande: H32 (72 m²)

 

EMBRACO

Marca de soluções para refrigeração da japonesa Nidec Global Appliance, a Embraco vai expor compressores de velocidades variável e fixa e unidades condensadoras. A multinacional lançará o modelo VNEX, voltado para freezers comerciais do tipo expositor vertical de até cinco portas e grandes refrigeradores comerciais abertos. A empresa ainda apresentará os compressores VMT (expositores e cozinhas profissionais) e FMFT e FMFD (uso comercial), assim como os compressores de velocidade fixa da linha EMR (mercado de reposição), das séries NE, NT, NJ (refrigeração comercial) e EM (refrigeração residencial e aplicações comerciais pequenas). “Queremos mostrar a força da Embraco a partir de quatro prioridades estratégicas que guiam o nosso trabalho – eficiência energética, miniaturização, refrigerantes naturais e baixo ruído”, comenta Sander Socrepa Malutta, diretor de vendas e engenharia de aplicação de refrigeração comercial para a América Latina.

Estande: D74 (231 m²)

 

EVERY CONTROL SOLUTIONS

A varejista levará à feira quatro de seus principais produtos. Em primeiro lugar, destaque para o EPoCA, sistema de monitoramento gratuito, pela Internet, para câmaras frigoríficas, balcões e expositores, via wi-fi e sem necessidade de um computador local. Já o vColor819 é um controlador de temperatura touch-screen colorido para ultracongelador, fermentador e forno slow cooking em um único equipamento. A lista termina com o C-Pro3 Giga, controlador programável com datalogger, webserver, multiprotocolo (ModBus, BACnet, CANopen, Intrabus), e com o C-Pro3 Giga OEM, controlador programável de baixo custo multiprotocolo (ModBus-RTU, BACnet MSTP, CANopen, Intrabus). “Ambos contam com software de desenvolvimento gratuito”, comenta o diretor da empresa, Fabio Cardoso.

Estande: J56 (25 m²)

 

FORMING TUBING

Ao celebrar 30 anos de existência, a fabricante nacional de componentes tubulares para refrigeração e climatização vai expor conexões de cobre, filtros secadores, refinets, linha de sucção, entre outros itens. Estabelecida em São Jose dos Campos (SP), a Forming Tubing tem como característica a fabricação de produtos com ausência de resíduos orgânicos, partículas metálicas e rebarbas, prejudiciais não somente ao processo de brasagem, mas também aos circuitos e sistemas dos equipamentos. “Apostamos nas projeções de crescimento no número de visitantes que passará pela feira neste ano, trazendo consigo uma perspectiva positiva de novos negócios”, destaca a diretora administrativa da indústria paulista, Elisangela Cará.

Estande: D53 (70 m²)

 

FUJITSU

Pioneira em oferecer a tecnologia Inverter no Brasil, a multinacional japonesa apresentará os produtos da nova marca global Airstage – equipamentos da linha split, teto, cassete e hi-wall para gás R-32. Também serão exibidos os aparelhos da linha multi-split, que, com uma única unidade externa, conseguem atender diferentes ambientes ao mesmo tempo e fazer uma série de combinações.  “Os produtos da nossa nova marca chegam ao mercado para agregar novidades para a Fujitsu General do Brasil. Além disso, estamos apostando bastante em mais uma linha de equipamentos para todo Brasil”, posiciona-se o presidente da companhia asiática, Akihide Sayama.

Estande: D10 (196 m²)

 

FULL GAUGE CONTROLS

A empresa apresentará os instrumentos VX-1225 e VX-1250, que realizam o controle simultâneo de duas válvulas de expansão eletrônicas bipolares (VX-1250 plus) ou unipolares (VX-1225 plus). Ambos são compatíveis com o FG Cap v2, dispositivo que dispensa o uso de solenoide em caso de falta de energia elétrica. Também serão exibidos o termômetro portátil Penta, que monitora e indica a temperatura em cinco pontos distintos e agora conta com novo design e outros avanços tecnológicos; o medidor de consumo MultiPower; o controlador TC-970E Log +ECO; o pressostato dedicado para unidades condensadoras PCT-122E plus e a linha Microsol Advanced Connect para sistemas de aquecimento solar.

Estande: F32 (224 m²)

 

GALLANT

Processo comum em suportes para ar-condicionado, a corrosão de materiais prejudica a qualidade e a segurança da instalação. Mirando nesta realidade, a Gallant levará à feira tecnologia exclusiva que dispensa o uso de solda. Esta característica reduz a ocorrência de pontos de corrosão, aumentando a durabilidade dos produtos. A empresa brasileira também apresentará bomba de vácuo, manifold digital, bomba para elevação de líquidos em sistemas de ar-condicionado, coletora e recicladora de gases refrigerantes, dobrador de tubos e kit manifold com manômetros analógicos. “Além de estabelecer novas parcerias comerciais, fortalecer relacionamentos existentes e apresentar soluções inovadoras, esperamos gerar um volume significativo de negócios, atingindo a meta de R$ 4 milhões”, projeta o gerente de negócios da empresa gaúcha, Mari Helfenstein.

Estande: H56 (36 m²)

 

GATTI QUÍMICA

A companhia brasileira lançará o Metacoil Pro 3 em 1, limpador desincrustante bactericida para uso em ar-condicionado simples e industrial, que protege o aparelho da proliferação de bactérias, fungos e vírus por até 30 dias. Adquirida no início deste ano pelo então consultor da empresa Ailton Carlos, a Gatti Química também levará ao evento o Jato Plus, detergente desincrustante ácido premium; o detergente desengordurante amoniacal LT, voltado para a parte externa do ar-condicionado e de frigoríficos; e a pastilha bactericida Desix, com princípio ativo de quaternário de amônio, para bandeja do ar-condicionado. “Desejamos dar maior visibilidade às nossas marcas no mercado, principalmente fora do estado de São Paulo, pois queremos captar clientes com vendas recorrentes nacionalmente”, comenta a gestora comercial da empresa, Natane Soares.

Estande: G65 (35 m²)

 

GREE

Maior fabricante de ar-condicionado do mundo, segundo a revista Forbes, e em sua terceira participação na Febrava, a multinacional chinesa apostará principalmente na sua linha comercial pesada, composta pelos equipamentos GMV-X (evaporadora cassete de uma via e evaporadora duto, ambas de alta capacidade). Para linha residencial, destaque para o split hi-wall G-Top Auto Inverter R32, e para a comercial leve, foco no G-Prime Inverter Plus R32 (piso-teto e cassete) e multi-split G-Max R32. “Participar da feira é uma excelente oportunidade para a Gree apresentar seus lançamentos e mostrar as tendências do mercado de climatização, além de fortalecer nossa presença no setor e destacar os produtos e soluções para os próximos anos”, afirma o diretor comercial da subsidiária brasileira, Nicolaus Cheng, lembrando que a empresa está há 20 anos no Brasil e tem unidade fabril em Manaus (AM).

Estande: D32 (224 m²)

 

KOURA KLEA

Para a sua terceira participação na Febrava, a fabricante e fornecedora integrada de refrigerantes para a indústria de refrigeração e ar condicionado vai levar ao evento o R-134a Refrigerante Klea (indicado para sistemas híbridos em cascata), o R-407C Refrigerante Klea 407C (linha baseada em misturas de R-32, R-125 e R-134a), o R-410A Refrigerante Klea 410A (alternativa em alta pressão ao R-22, compreendendo R-32 e R-125), o R-404A Refrigerante Klea 404A (alternativa ao R-22 e R-502) e o R-32 Refrigerante Klea 32 – R-32 (opção como componente de misturas que substituam o R-22 e o R-502). “Após quatro anos sem o evento, nossas expectativas são altíssimas, pois durante quatro dias vamos nos reunir com os principais players do mercado, apresentando novidades e soluções tecnológicas para climatização e refrigeração comercial, industrial e residencial”, espera o coordenador de vendas da multinacional, Flávio Rodrigo Furcin.

Estande: H33 (77 m²)

 

LEVEROS

A empresa lançará no evento um novo conceito: a Leveros 3.0. A ideia é mudar de patamar no mercado do frio. “Muito mais do que um distribuidor, vamos nos posicionar como um hub de soluções para parceiros e clientes”, comenta o CEO Tiziano Filho. Além de expor em parceria com Midea Carrier e Daikin, a companhia – nascida Gelosom na década de 1970, em Assis (SP), e rebatizada Leveros em 2017 – também mostrará ao setor os seus inversores fotovoltaicos. Da divisão de tecnologia, apresentará o Profiz, plataforma para gestão de serviços de prestadores de qualquer segmento. Atualmente, a Leveros tem três lojas físicas no estado de São Paulo e três franquias em Salvador (BA), Itapema (SC) e Fortaleza (CE).

Estande: E30 (120 m²)

 

MAYEKAWA

Neste ano, a Mayekawa apresentará lançamentos da linha MAG, composta aqui pelo Chiller Microcanal MAG e o Frascold MAG 5, composta de três modelos de compressores semi-herméticos de parafuso duplo. Além do Frascold Q TK, um compressor recíproco de design especial que não só opera silenciosamente, mas também ostenta alta eficiência para sistemas transcríticos. Outras inovações são o Frascold Z Atex, compressor recíproco meticulosamente desenvolvido para alta performance em ambientes de altas temperaturas, e o Frascold FVR L, compressor parafuso compacto e com operação silenciosa. “Vamos mostrar ao setor nossas novas tecnologias, aproveitando a oportunidade para interagirmos com o mercado, apresentando nosso vasto portfólio de produtos e equipamentos. Até porque será o primeiro grande evento do HVAC-R pós-pandemia, o que está gerando uma grande expectativa para todos”, vislumbra o diretor comercial da indústria no País, Silvio Guglielmoni.

Estande: G76 (95 m²)

 

MECALOR / KLIMATIX

Fundada em 1960, a tradicional Mecalor lançará a marca Klimatix, apresentando novos produtos criados especificamente para o setor. Entre os destaques está o chiller Smardt Mecalor Oil Free, com modelos de 80 até 3.600 TR, faixas que podem atender às mais diversas aplicações em ar-condicionado comercial, industrial, hospitalar e datacenters. A empresa também levará sua linha de chillers scroll de até 220 TR. “Lançar uma marca nova sempre é um desafio, e vamos aproveitar o evento para fortalecer ainda mais a nossa rede de relacionamentos com projetistas, instaladores e representantes, assim como promover a Klimatix”, enfatiza o diretor comercial Marcelo Zimmaro, salientando que a Mecalor conta com duas fábricas – uma na cidade de São Paulo e outra em São Bernardo do Campo –, além de uma operação própria na cidade de Querétaro, México.

Estande: G55 (77 m²)

 

MIDEA CARRIER

Detentora das marcas Midea, Carrier, Springer, Comfee e Toshiba, a empresa levará cerca de cem produtos para os segmentos residencial, comercial leve e comercial, incluindo o lançamento das linhas de sistemas VRF-V8; CRAH Midea Carrier, direcionada para data centers; e de fancoletes hospitalares. “Vamos nos reconectar com um dos nossos principais públicos, os instaladores, cujo apoio e influência são fundamentais na decisão de compra dos clientes. Em um mercado importante para a economia, como o nosso, que se encontra em forte crescimento, esperamos gerar grandes negócios no evento”, pontua a diretora de marketing da companhia, Simone Camargo, lembrando que, em abril deste ano, a Midea Carrier iniciou as obras de sua terceira fábrica no Brasil, dessa vez em Pouso Alegre (MG).

Estande: entrada da feira (364 m²)

 

ÓLEO MONTREAL

Sediada em Barueri (SP), a indústria química, especializada em lubrificantes especiais para o segmento de refrigeração, colocará à disposição produtos que proporcionam melhor lubrificação nos compressores usados na refrigeração comercial, industrial, doméstica e automotiva. Pouco tempo após ter iniciado suas atividades com uma pequena linha de produtos, 20 anos atrás, a Óleo Montreal rapidamente expandiu sua presença em todo território nacional e em alguns países da América Latina. “Nosso sucesso é resultado da soma de produtos de qualidade, perseverança, dedicação, honestidade, foco no cliente e um modelo de atendimento ágil e próximo ao revendedor”, atribui o diretor-geral da empresa, Helio Martins Teixeira.

Estande: D54 (63 m²)

 

PARKER

A fabricante norte-americana lançará no Brasil o Zoomlock Push, compatível com fluidos como R-22, R4-10A, R-290 e R-600a, aproveitando para levar esta tecnologia para os componentes Sporlan, aplicados em sistemas de refrigeração e climatização. A Parker já contava com o Zoomlock – brasagem sem solda, sem uso de GLP, oxiacetileno, evitando fuga de fluídos. “Este ano, dobramos o tamanho do nosso estande, devido aos novos negócios que surgiram nos últimos quatro anos, visto que, devido à pandemia, as empresas mantiveram um estado conservador, e agora estão famintas por novas tecnologias”, explica o gerente comercial Carlos Henrique Costa da Silva, ponderando que a multinacional costuma, após a feira, registrar aumento médio de 20% em seu faturamento.

Estande: C118 (52,5 m²).

 

 

PESCAN QUÍMICA

Empresa do Grupo Benassi, com sede em Jundiaí (SP) e fundada em 2019, a Pescan é especializada em produtos químicos para manutenção de compressores de ar-condicionado e sistemas de refrigeração, a exemplo do Air Repair, produto carro-chefe da expositora usado para limpeza interna de tubulações, evaporadoras e condensadoras. O extenso portfólio da companhia contará ainda o lubrificante PAG, indicado para compressores do tipo alternativo, parafuso, scroll e paletado. Completam a lista o Limpa Caixa Evaporadora e Odorizador Veicular Spray portátil, todos da linha Air Repair. “Nossa expectativa é consolidar a marca Air Repair como referência nos segmentos de refrigeração e condicionamento de ar, além de nos aproximarmos ainda mais dos consumidores e distribuidores do setor”, espera o gerente industrial Eduardo Vilas Boas.

Estande: F98 e F118 (105 m²)

 

RAC BRASIL

Há 41 anos no mercado, a empresa brasileira de Taboão da Serra (SP) chegará à Febrava com novidades para as unidades condensadoras com capacidade de até 50 HP e as válvulas de expansão eletrônicas com capacidade de até 1.300 kW. A RAC Brasil também apresentará componentes para refrigeração comercial e industrial, unidades condensadoras UCML, estrutura para montagem de racks, válvulas de expansão eletrônicas pulsante e passo, de pistão motorizadas VPM, retenção e esfera, e solenoides de segurança e de líquido. “Esperamos conseguir um incremento de visitantes no nosso estande acima de 30%, em comparação à edição anterior, em 2019”, completa o administrador de vendas Nilton Laureano de Freitas.

Estande: C74 (112 m²)

 

RLX

Multinacional com sedes no Brasil (Manaus) e Estados Unidos, a RLX Fluidos Refrigerantes apresentará toda sua linha própria de fluidos refrigerantes – R134a, R134a com UV, R404A, R407A, R407C, R507, R410A, R507, R22, R290, R600A e R32. O destaque da companhia, que neste ano chega à sua maioridade, será o RLX 32, fluido refrigerante HFC puro compatível com óleos de polioléster, de baixo GWP, indicado para pequenos equipamentos de ar-condicionado. “Esta edição será marcante por causa da definição das novas tecnologias de fluidos e produtos (phase-down HFCs). Há uma importante movimentação nos negócios no segmento de refrigeração, pois este ano, em especial, deveremos ter impacto positivo no consumo de acordo com as previsões de aquecimento gerado pelo fenômeno el niño”, detalha o diretor de vendas e marketing Rodrigo Montini.

Estande: D51 (112 m²)

 

ROCKTEC

A empresa vai mostrar as qualidades do agente expansor não inflamável à base de hidrofluorolefina (HFO) usado na fabricação das placas AluPir (painéis pré-isolados de poliisocianurato-PIR). Fundada em 2000 no Brasil, a Rocktec é de propriedade dinamarquesa e atualmente sua unidade fabril fica na zona sul da cidade de São Paulo. Além disso, está em fase final de construção de uma nova fábrica, com 17 mil m2, em Araçariguama (SP). “Nossa estratégia é, principalmente, prospectar clientes da América do Sul e do restante da América Latina, onde já atuamos e buscamos novas parcerias para fortalecer ainda mais a nossa participação nesses mercados”, especifica o diretor comercial do fabricante, Elias Barbosa.

Estande: H76 (70 m²)

 

S&P OTAM

Os ventiladores das linhas Industrial, OEM e Habitat são alguns dos produtos que a espanhola S&P Brasil Ventilação mostrará ao setor durante a feira. A ideia da empresa é que seus lançamentos atinjam o maior número possível de profissionais da área, gerando valor para o trabalho deles. “Também pretendemos estreitar o relacionamento com o nosso público. Como a nossa última participação foi em 2019, achamos melhor não projetar um valor estimado de negócios durante o evento”, argumenta Maria Augusta Priori Monteiro, da área de marketing da multinacional.

Estande: H30 (96 m²)

 

SANHUA

Uma das maiores fabricantes de válvulas de expansão, solenoides e reversívoras, a multinacional fundada em 1984 terá uma longa lista de lançamentos na Febrava, com destaque para o trocador de placas de aço inoxidável, as válvulas reguladoras de pressão (séries LTF, CTF e XTF), os drivers de válvula de expansão eletrônica (VEE) série VSD, a VEE de CO2 transcrítica (motor de passo), a VEE série DPF-R, a válvula solenoide para R-32, além do controlador Sanhua SECD de VEE para duas válvulas independentes. “Queremos mostrarmos ao setor o crescimento e o desenvolvimento da Sanhua no Brasil e na América Latina. A feira será uma grande oportunidade para apresentarmos nosso vasto portfólio de produtos e tecnologias”, frisa Marcelo Ferreira de Lima, diretor para a América Latina da indústria chinesa.

Estande: G76 (78 m²)

 

SICFLUX

A empresa lançará dez produtos, mas, estrategicamente, escolheu não divulgá-los antecipadamente. Entre aqueles que o setor já conhece, serão levados os ventiladores/exaustores Titan LD, tipo limit load, com pás retas inclinadas para trás de dupla aspiração, que impede a fumaça de se propagar, facilitando a saída das pessoas. Com as mesmas características, mostrará a linha de exaustores LSC, que pode operar a uma temperatura de 400 ºC por duas horas sem redução da capacidade de exaustão de cozinha. O estande da brasileira Sicflux abrigará ainda os gabinetes GLPF e SGSD (caixas de ventilação) e os exaustores da Linha Maxx S. “Nossa expectativa é das melhores possíveis, com o estande cheio e muita confraternização com clientes e parceiros”, ressalta Edna Correia, responsável pelo marketing comercial. Fundada em 1992, a Sicflux tem sede em Araquari (SC) e centro logístico em Miami (EUA).

Estande: H10 (120 m²)

 

SYMBOL

A companhia vai apresentar bombas de vácuo, vacuômetros eletrônicos e recolhedoras de fluido refrigerante. No topo da lista, as bombas de vácuo com pressão residual menor que 20 microns são ideais para executar vácuo em sistemas de refrigeração e em processos que requeiram baixa pressão. A seguir, os vacuômetros eletrônicos, dotados de sensores do tipo Pirani, têm capacidade de leitura até níveis de vácuo na ordem de 1 mícron e precisão acima de 99%. E as recolhedoras de fluido refrigerante mantêm a mesma qualidade. “Nesta edição, vamos mostrar o que temos de melhor, nosso atendimento, pós-venda e qualidade dos produtos, que hoje comercializamos no Brasil, Mercosul e em alguns países da África”, comenta o CEO Jorge Manuel Fernandes Lameira, filho de Manuel Correia Lameira, que em 1978 fundou a Symbol, localizada em Sumaré (SP).

Estande: B93 (24 m²)

 

TESTO

A multinacional alemã vai expor toda a sua linha de instrumentos para o HVAC-R, com destaque para o lançamento de duas novas linhas de produtos, que não foram divulgadas. Fundada em 1957 e presente no Brasil desde 1999, a Testo produz instrumentos e soluções de medição para diversos segmentos. “Para os profissionais do setor, que consomem e produzem conteúdo diariamente, interações como as proporcionadas pela Febrava são importantíssimas para agregar novos conhecimentos e, consequentemente, para a melhoria da qualidade da prestação de seus serviços”, ressalta o gerente de distribuição da empresa no País, Victor Brogin.

Estande: H97 (45 m²)

 

TOSI

Presente em todas as edições da Febrava, a Tosi vai expor as linhas completas da marca que leva seu nome, além da Tropical e Jelly Fish. Em destaque estarão o FCTP (Fancoil Tosi Precisão), AFC110 (Chiller Turbocore Multistack), SELF+CND (Self Split Tosi + Condensadora Horizontal), FCTH02 (Fancolete Hospitalar 02 TR), TEX09 (Unidade de Tratamento de Ar Tosi), SERP (Padrões de Serpentina Fabricados Tosi), ÁGUA (Trocador Água-Água Jelly Fish) e BC50 (Bomba de Calor Jelly Fish). “Depois de uma pandemia, nossa expectativa é participar de um evento com grande potencial para apresentar nossos novos produtos, confraternizar e encontrar amigos que não vemos há tempos”, afirma a sócia-diretora Patrice Tosi.

Estande: H30

 

TROX

Especializada em componentes, unidades e sistemas para ventilação e ar-condicionado, a multinacional alemã vem investindo pesado em inovação e melhoria dos processos tecnológicos envolvendo conectividade e automação. Durante a Febrava, vai apresentar novos produtos e serviços, mas preferiu não divulgar detalhes. Entretanto, adiantou que haverá ações direcionadas a experiências visuais de simulação, que certamente ajudarão a posicionar ainda mais a marca Trox no mercado. “O evento sempre traz uma expectativa positiva, e como o último presencial foi em 2019, esperamos uma grande presença de público, não só do HVAC-R, mas de outras áreas de interesse que tenham uma aderência com nossos produtos e serviços”, pondera o gerente corporativo de marketing e e-commerce da companhia, Fernando Bassegio.

Estande: E74

 

ZIEHL-ABEGG

Desenvolvedora e fabricante de produtos em tecnologia de ventilação, controle e drives de elevadores, a multinacional alemã trará para o evento três grandes novidades. O ZAplus 2ª Gen é um ventilador axial com motor eletrônico (ECblue) de alta eficiência, hélices biônicas FE3Owlet e difusor de ar premium. O ZAcube e a versão HR são ventiladores centrífugos com motor eletrônico (ECblue), com hélices biônicas Bluefin e estruturas difusoras de alta eficiência. E o ZAbluegalaxy é uma plataforma 4.0 de tecnologia na nuvem para exportação de dados de operação em tempo real. “A expectativa da Ziehl-Abegg é novamente demonstrar a força da marca no mercado nacional, se colocando como uma empresa geradora de opiniões e líder em inovações tecnológicas no ramo”, define o engenheiro de vendas e aplicação Renato Espin Ota.

Estande: B52 (60 m²)

 

 

Ônibus e máquinas agrícolas puxam crescimento do setor de AC automotivo

A partir desta realidade, o mercado automobilístico precisou incrementar os investimentos em projetos envolvendo novas tecnologias, com o objetivo de tornar mais confortável e agradável a experiência dos passageiros e de quem conduz o veículo.

A adoção de políticas públicas a partir do crescimento da demanda por conforto térmico em ônibus circulares municipais e metropolitanos, assim como a expansão do uso de equipamentos de ar condicionado em cabines de máquinas agrícolas, tem estimulado esse segmento da cadeia produtiva do frio.

Em função dessa realidade, o mercado automotivo incrementou os investimentos em projetos envolvendo novas tecnologias, de modo a tornar mais confortável e agradável a experiência dos passageiros e de quem conduz o veículo. Na outra ponta, instaladores e empresas do HVAC-R entenderam que a constante apresentação de novidades poderia ser a diferença entre elas e seus concorrentes.

Entre as tecnologias que vêm se difundindo neste segmento, está a utilização de filtros HEPA, que oferecem filtragem mais eficiente e completa do ar que circula no veículo, sendo capazes de reter partículas microscópicas, como vírus e bactérias, além de reduzir a presença de odores desagradáveis.

Outra novidade é o uso de sistemas de controle de umidade, que ajudam a manter o nível adequado no interior do veículo. Isso é especialmente útil em regiões tropicais como a nossa, onde a umidade excessiva causa problemas de condensação nos vidros e a falta de umidade pode ressecar as vias respiratórias.

Outra tendência no setor ar condicionado automotivo é a integração com sistemas de conectividade.

“Devido às emissões evaporativas de poluentes, os compressores com válvula eletrônica têm se tornado cada vez mais frequentes nos automóveis e até em veículos pesados, porque acabam com o liga-e-desliga quando o aparelho atinge às temperaturas desejadas no habitáculo do veículo. Com isso, não há mais o que compensar esta potência, diminuindo assim as emissões de poluentes”, diz o professor e engenheiro Sérgio Eugenio da Silva, presidente do Departamento Nacional Automotivo da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) e CEO da Super Ar.

O empresário entende que a evolução dos automóveis tem obrigado o aparelho de ar condicionado – e tudo o que gira em torno dele – a constantemente se reinventar. Com o surgimento dos veículos híbridos e elétricos, por exemplo, o sistema de climatização acabou ganhando um compressor 100% elétrico.

“Hoje, um sistema de ar condicionado consome em torno de 1 CV do motor, ou seja, quase nada se pensarmos nos motores de aproximadamente 80 CV, representando nem 2% de uso dessa potência”, ressalta Sérgio Eugênio, comentando que recentemente, a sua empresa colocou mais uma novidade no mercado, com o lançamento de um detector de nitrogênio portátil com hidrogênio, o qual consegue identificar uma fuga de fluido em quatro minutos.

“A inovação é essencial para impulsionar a indústria de ar condicionado automotivo, permitindo o desenvolvimento de soluções mais eficientes e sustentáveis que garantam o conforto térmico e a qualidade do ar nos veículos”, acrescenta.

Equipamentos mais eficientes

Com o aumento da conscientização sobre a importância da qualidade do ar nos veículos e a busca por maior eficiência energética, o mercado de ar condicionado automotivo tem potencial para crescer significativamente no Brasil.

A alemã Vulkan, por exemplo, levou a sua participação no mercado automotivo a outro patamar, sendo reconhecida por sua participação na indústria automobilística.

Segundo o diretor de vendas da divisão Lokring na América do Sul, Mauro Mendonça, o grande mercado atual da empresa são os equipamentos automotivos para ônibus, atuando com montadoras como Marcopolo e Mercedes-Benz, por meio de negócios envolvendo o ar-condicionado roof top, utilizado nesses veículos.

“Pelo fato de as empresas de ônibus buscarem diminuição de peso para consumir menos combustível, elas têm migrado para sistemas de AC com tubulação de alumínio em vez de cobre, reduzindo em três vezes o peso do equipamento. Como a solda para tubos de alumínio é extremamente crítica e gera vazamentos, os fabricantes têm optado pela solução Lokring de união de tubos sem solda. Então, esta tem sido a nossa contribuição para tornar os equipamentos automotivos mais eficientes”, detalha.

O executivo ainda enfatiza que, na América do Sul, o hidrofluorcarbono (HFC) R-134a ainda é o gás mais utilizado no setor automotivo, mas há migração crescente para a hidrofluorolefina (HFO) R-1234yf, que já é o número um no mundo.

“Para veículos, as normas não permitem a utilização de gases altamente inflamáveis, e o R-1234yf é classificado como levemente inflamável”, lembra.

Para o ramo de serviços, a multinacional tem se destacado pelas fortes vendas das chamadas Speedmaxx Agro, que são máquinas recolhedoras de gás refrigerante de AC automotivo adaptadas para o mercado off-road, já que é quase impossível levar uma colheitadeira para a manutenção do ar-condicionado em uma oficina automotiva tradicional.

“Essa máquina, desenvolvida por nós, pode facilmente ser levada em uma picape até o local de reparo e tem mangueiras de cinco metros para alcançar lugares altos, onde são instalados os sistemas de ar-condicionado de equipamentos agro em geral”, explica.

Sistemas elétricos

Já a ACA Indústria, uma das principais fabricantes de sistema de ar condicionado automotivo do País, se caracteriza por ser uma empresa muito verticalizada, com atuação distribuída nas linhas leve, pesada, agrícola e militar, além de máquinas de construção e pequenas aeronaves. Atua em todas as etapas do processo – desenvolvimento, fabricação, treinamento, comercialização, instalação e pós-vendas.

O presidente da companhia, Cláudio Dumke, assim como vários de seus concorrentes, aposta nos sistemas elétricos como uma tendência que veio para ficar e só fará crescer, nos próximos anos, com a expansão do setor automobilístico para carros elétricos.

“O mercado agrícola está em crescimento devido à força do nosso agronegócio, devendo crescer mais, caso ninguém atrapalhe”, opina ele, lembrando que equipamentos que operam em condições de trabalho severas, como no campo, “as manutenções devem acontecer de seis meses a um ano, enquanto condições normais, este período sobe para algo entre um e dois anos, e até mais em muitos casos”.

Boas práticas preservam e alongam vida útil de compressores

 

 

Muito são os problemas – elétricos ou mecânicos – que podem acometer os sistemas de refrigeração. Para minimizar prejuízos na cadeia produtiva do frio, fabricantes investem em ações mais efetivas de controle da linha produção, com o objetivo de reduzir as falhas em campo, e dão dicas aos técnicos.

Vitais para qualquer sistema de climatização e refrigeração, os compressores são equipamentos resistentes e cumprem muito bem sua função. Entretanto, também precisam receber máxima atenção quando o assunto é protegê-los contra defeitos e quebras de peças, umidade e oxidação causada por óleos e água, ou sobrecarga provocada por instalações mal projetadas.

A adoção de boas práticas em relação a este componente tem sido cada vez mais respeitada no HVAC-R nacional, visto que sua conservação gera economia de milhares de reais anualmente em recursos financeiros e de mão de obra para as empresas, da mesma forma que ocorre no caso do consumidor residencial mais cuidadoso.

Atualmente, os tipos mais conhecidos de compressores são alternativo semi-hermético, alternativo hermético, alternativo aberto, parafuso semi-hermético, parafuso aberto, scroll, centrífugo, rotativo e alternativo de duplo estágio de compressão.

Especializada em compressores comerciais, a Danfoss conta com um extenso range de equipamentos – pistão dos hermético e semi-hermético, sendo de velocidade fixa ou de variável; scroll de velocidade fixa ou de variável, e para estes exemplares produz o próprio inversor de frequência dedicado a esta aplicação; e centrífugo com mancal magnético e livre de óleo.

“Os compressores pistão Danfoss Maneurop, que equipam as unidades condensadoras, são verdadeiros cavalos de batalha, pois são tradicionalmente conhecidos como os mais robustos e de longa vida útil. Além disso, devido à ampla presença nacional, é possível encontrar um compressor Danfoss em qualquer ponto do Brasil e em qualquer loja de refrigeração”, enfatiza o gerente de vendas da América Latina para compressores e unidades condensadoras, Gustavo Vieira Asquino.

Tais compressores são amplamente utilizados em câmaras de refrigeração, refrigeradores comerciais e em tanques de leite. Muitas lojas de conveniência, restaurantes, açougues, padarias, entre outros, necessitam de uma câmara de refrigeração ou mesmo um refrigerador comercial para mantar a qualidade do alimento. Além disso, fazendas de pequeno a grande porte necessitam de tanques refrigerados para armazenar e processar o leite fresco. Com distribuição iniciada na década de 1980, a empresa já forneceu ao mercado nacional, segundo suas estatísticas, mais de um milhão de compressores deste tipo.

“A Danfoss dirige suas inovações às demandas do mercado, hoje voltadas principalmente à busca de eficiência energética e fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global. A partir desta visão, a companhia incorporou ao seu portfólio os compressores de velocidade variável, bem como a qualificação do range atual para os novos fluidos refrigerantes LGWP. O próximo passo é, sem dúvida, os segmentos de refrigerantes naturais e ultra LGWP”, salienta o executivo.

O engenheiro da Danfoss lembra que em qualquer sistema de refrigeração, a falta de conservação implica diretamente o rendimento do equipamento, com a temperatura esperada de projeto não sendo atingida, podendo ocorrer a quebra prematura, pois o sistema em funcionamento tende a trabalhar ininterruptamente buscando essa temperatura, gerando também um maior consumo de energia elétrica.

“A vida útil de um compressor varia muito de acordo com a instalação do mesmo. É difícil falar em durabilidade, porém temos histórico de instalações de 20 anos em funcionamento e que não apresentaram problemas, enquanto há instalações que, com menos de cinco anos, já houve troca de compressor, devido à má instalação ou falta de manutenção”, explica Asquino.

Falhas recorrentes

Muito são os problemas que podem acometer os sistemas de refrigeração, e isso certamente impacta na qualidade do funcionamento desses produtos. Em função desta realidade, os fabricantes têm investido em ações mais efetivas para controlar a linha produção, de forma a reduzir as falhas em campo.

“A maior parte dos compressores que retornam para a nossa empresa como rejeito de campo não possui defeitos”, comenta o engenheiro de suporte técnico da Embraco, Denny Martin.

Segundo ele, é preciso destacar que essas falhas podem se originar de problemas ligados à parte elétrica ou mecânica. Os elétricos estão concentrados no motor do compressor, nos componentes elétricos do compressor e nos acessórios elétricos do refrigerador. Já os de origem mecânica devem-se principalmente a problemas relacionados a kit mecânico, conjunto de válvulas e choques durante o transporte do compressor.

A partir da análise de casos reais de clientes, os especialistas da Embraco, marca da Nidec Global Appliance, detectaram os seis principais problemas que acometem os equipamentos – umidade; carbonização da placa-válvula; derretimento/corrosão do isolamento; ruptura da junta da cobertura do cilindro; bobina de partida queimada; problemas no ciclo de proteção térmica do compressor.

O primeiro passo para evitar a umidade é fazer o vácuo corretamente, usando uma bomba adequada e mantendo o processo pelo tempo mínimo de 30 minutos após chegar à condição de 500 mícrons de mercúrio. Esse passo é o mais importante para evitar a umidade. Não se deve usar um outro compressor para fazer vácuo.

“Outras fontes de problemas estão associadas ao filtro secador, por isso é importante sempre fazer a troca por um similar quando se opera o sistema de refrigeração. Fluidos refrigerantes de baixa qualidade também podem conter umidade, portanto deve-se ter cuidado na hora da compra. Além disso, é preciso buscar vazamentos na tubulação, pois existe a possibilidade de que a umidade venha diretamente por meio da infiltração de ar”, argumenta o engenheiro Denny Martin.

Ainda de acordo com ele, um sintoma muito claro de que há umidade no sistema é a presença de óleo na cor escura e odor forte. O óleo lubrificante, em sua condição normal, é incolor. Se ele está amarelo claro, é aceitável, mas há indícios de umidade. Quando ele está escuro, pode ter certeza de que existe algum problema.

Já a carbonização da placa-válvula ocorre quando não é feita corretamente a instalação do compressor ou este não passa por uma boa manutenção preventiva. Este problema tem três causas – sistema operando com umidade; falha no ventilador da unidade condensadora; e alta temperatura de operação.

O engenheiro da Embraco adverte ainda sobre o derretimento/corrosão do isolamento, problema provocado por fatores semelhantes aos que levam à carbonização da placa-válvula. Sendo assim, as medidas preventivas devem ser as mesmas.

No caso da ruptura da junta da cobertura do cilindro, este processo acontece normalmente quando o sistema está com excesso de fluido refrigerante ou com excesso de pressão. A prevenção passa por realizar a carga de gás conforme especificada na etiqueta, usando uma balança de precisão. Outras possíveis causas para essa ruptura são a falta de cuidado na instalação e a obstrução nas tubulações e no capilar.

Outro defeito detectado pode vir de uma bobina de partida queimada, que sempre tem origem elétrica, seja por culpa de um relé inapropriado ou com algum defeito; protetor térmico inapropriado ou com defeito; voltagem extremamente alta ou baixa (fora da faixa de variação aceitável, de 10%); e partida sem o dispositivo elétrico.

Os problemas no ciclo de proteção térmica do compressor completam o rol. “Para esta situação, há diversas explicações, que devem ser analisadas pelo técnico refrigerista”, ressalta o engenheiro Denny Martin.

Pode tanto ser resultado de uma carga excessiva de fluido refrigerante, gerando pressões e amperagem muito elevada; voltagem extremamente alta ou baixa; relé ou protetor térmico inapropriado ou com defeito; capacitor de partida inadequado ou com defeito; tubos parcialmente obstruídos; pressões não equalizadas na partida; compressor inadequado para a aplicação com válvula de expansão; e compressor com defeito mecânico ou elétrico.

Informações decisivas

“Antes de realizar uma troca de um compressor, o técnico refrigerista deve realizar a máxima coleta de informações acerca do equipamento a ser mexido. E isto também faz parte das melhores práticas a serem adotadas pelos prestadores de serviço do setor”, alerta o engenheiro Denny Martin, da Embraco.

De acordo com ele, o técnico deve se fazer uma série de perguntas e buscar respondê-las, de modo eu tenha o diagnóstico mais preciso possível – Qual é o histórico do sistema? Ele teve bom desempenho desde a fabricação, e depois de algum tempo surgiram problemas? “Isso pode indicar uma possível obstrução na tubulação do sistema”, pondera.

O sistema apresentou problemas desde o primeiro uso? “Isso pode indicar uma instalação incorreta ou a utilização de um compressor incorreto para a aplicação”. A aplicação do compressor está correta, ou seja, o compressor em questão foi projetado para trabalhar nesse tipo de aplicação? O sistema está conectado à rede elétrica isoladamente ou existe algum outro equipamento ligado na mesma fonte de alimentação?

“Depois de obter essas informações, faça uma inspeção visual do sistema. Tome nota de possíveis problemas de segurança ou má localização do equipamento e se isto está prejudicando a ventilação adequada. Verifique se existem conexões elétricas soltas ou expostas e cheque se a unidade está devidamente aterrada”, complementa ele.

Por fim, ao escolher um compressor de reposição, caso o modelo exato não estiver disponível, é aceitável que exista uma diferença de capacidade de até 10%. “Além disso, é importante respeitar a carga de refrigerante recomendada na etiqueta do sistema de refrigeração”, conclui Martin.

Retrofit em equipamentos de refrigeração industrial

Uma alternativa inteligente, eficiente e econômica.

O retrofit industrial é o processo de atualização das máquinas, substituindo ou modernizando peças e equipamentos por modelos com versões mais recentes. O método implementa correções e novas funcionalidades a partir das características básicas do produto.

A necessidade de um retrofit surge quando um equipamento e ou instalação chega ao fim de sua vida útil e/ou quando os custos de operação e manutenção se elevam consideravelmente, portanto, em vez de trocar todo o maquinário para atender a demanda, com o retrofit é possível aumentar a vida útil dos aparelhos industriais, investindo apenas em algumas peças. Dessa forma, a manufatura garante o aumento da produtividade com a modernização das máquinas no melhor custo-benefício. Além disso, essa prática está alinhada à visão sustentável. Com equipamentos mais modernos, a empresa ganha inovação, eficiência energética, economia de água, normalização a regras de segurança vigentes pela legislação, melhores condições de trabalho para os colaboradores, reaproveitamento de peças e equipamentos.

Para validar um processo de retrofit há que se analisar alguns pontos, como:

  • Alta depreciação do equipamento;
  • Nível de produtividade das máquinas;
  • Nível tecnológico;
  • Robustez mecânica;
  • Estado de conservação do sistema;
  • Fluido refrigerante.

Dessa lista, vale destacar dois aspectos fundamentais: o grau de maturidade tecnológica da indústria e o quanto um processo de retrofit aumentaria a performance da produção.  Primeiramente, o gestor deve fazer uma avaliação profunda sobre a realidade da empresa para classificar o seu nível tecnológico – lembrando que a manufatura já está na Quarta Revolução Industrial. A partir de um diagnóstico detalhado, é possível conhecer os gargalos do processo, as dificuldades da equipe na operação das máquinas, identificar as ferramentas com defeito, itens que funcionam corretamente e quanto de inovação será preciso investir.

Refrigerantes – É certo de que esta relação enfoca os aspectos mais determinantes quando se opta por um processo de retrofit. No entanto, no que se refere à troca do fluido refrigerante vale algumas considerações a mais. Vamos a elas: Existem no mercado algumas formas de se realizar a substituição dos fluidos refrigerantes, o retrofit é a que garante de forma única a eliminação dos refrigerantes a serem substituídos no sistema.  O seu procedimento é fácil e simples dentro do que observamos nas boas práticas de refrigeração. No entanto, a sua execução deve ser realizada com alguns cuidados para que, realmente, não haja erros que possam vir a prejudicar nem os equipamentos nem o meio ambiente. Por isso, o retrofit de refrigerantes deve ser feito por profissionais capacitados e experientes que possam entregar o serviço com a melhor qualidade, pois além de substituir o refrigerante no sistema, o profissional também deve realizar a devida destinação dos gases retirados dos sistemas de refrigeração.

Uma das principais recomendações do retrofit de gases é a eliminação de 100% sobre qualquer tipo de vazamento de fluído refrigerante e também, a eliminação de qualquer tipo de acidez que possa existir no sistema. Seja para atender normas nacionais ou internacionais, seja por consciência ambiental ou até por questões financeiras, o retrofit de fluidos refrigerantes se tornou uma tendência mundial, num caminho sem volta, pois é também com ele que se diminui a eliminação dos gases nocivos na atmosfera que prejudicam a camada de ozônio e traduz a necessidade atual de renovarmos a todo custo o nosso compromisso com o meio ambiente. Além do mais, a opção pelo uso do retrofit de fluidos refrigerantes impacta muito fortemente na redução do consumo energético e dos ganhos de produtividade. O tema é tão importante que merece um artigo só para esta questão.  Mas, dada a sua importância, estes pontos já são suficientes para se levar em conta a importância de um processo de retrofit.

Etapas – Para que tudo ocorra conforme o planejado é fundamental organizar o projeto de acordo com as etapas de implantação do retrofit industrial, como avaliação de desempenho e desenvolvimento do projeto, em que a partir do original do equipamento, é elaborada uma nova proposta com as melhorias necessárias. Para isso é necessária uma engenharia comprometida e com experiência no processo, pois troca por troca não significa que se chegou a um resultado excelente. O estudo e a viabilidade do projeto, mais a devida implementação de acordo com a real demanda, é que irão garantir o resultado esperado. O importante é seguir à risca o projeto durante a implantação e conferir após o término. À medida que o processo de implantação é concluído, são realizados pequenos testes para conferir se tudo está funcionando perfeitamente.  Ao final, é feito um teste completo para ajustar os últimos detalhes.

Automação – Quando falamos retrofit não tem como ignorar a automação. A indústria caminha para o avanço da autonomia de máquinas em seus processos produtivos. Se alguma peça da fábrica está desatualizada, é porque falta nela conectividade com o restante da manufatura. O processo de retrofit é a melhor oportunidade para modernizar esses equipamentos. Em outras palavras, significa automatizar. A automação integra os pilares da Manufatura Avançada. A tecnologia permite que máquinas realizem suas tarefas sem precisar de intervenção humana em processos manuais, além de interligar as ferramentas de todas as etapas da cadeia produtiva. Entre os benefícios dessa evolução, está o aumento da produtividade, redução de custos, otimização de recursos e materiais, maior segurança para os colaboradores.

Atualizar o parque industrial é um assunto que deve ser incluído no checklist de prioridades da empresa, principalmente em se tratando de processos. Um tema relevante e que põe em xeque a competitividade de qualquer negócio, por isso é certo que o retrofit de equipamentos de refrigeração industrial é uma alternativa eficiente e econômica.

Diferença entre retrofit, reforma e manutenção

É comum que haja certa confusão entre estes três termos. Para começar retrofit ou retrofitting, do inglês, significa modernizar, melhorar, aperfeiçoar. Como mencionado, na indústria, tem a função de atualizar peças e equipamentos específicas para potencializar máquinas ultrapassadas.

Já o termo reformar significa reparar, restaurar, consertar. Em resumo, trata de fazer a máquina voltar às condições originais de forma geral. Por exemplo, consertar o compressor, a bomba de óleo, componentes eletrônicos ou acessórios que apresentam defeito para que eles voltem a desempenhar normalmente suas funções.

Em relação à manutenção, é a realização de ações com o objetivo de manter ou conservar o maquinário. São cuidados e medidas preventivas para que o equipamento continue executando suas tarefas com máximo potencial. Deve-se valorizar a manutenção preventiva, que é uma série de práticas contínuas na fábrica visando a inspeção, limpeza, substituição programada de peças com curto tempo de vida útil, entre outras ações de preservação do equipamento.

Por Marcos Fagundes, Mayekawa do Brasil.

 

Troféu Oswaldo Moreira reúne empresas e profissionais do frio em SP

Após hiato de dois anos, premiação que leva o nome do fundador da Revista do Frio voltou a ser realizada na capital paulista

A noite de ontem (23/6) marcou a entrega da 24ª edição do Troféu Oswaldo Moreira (TOM), premiação nacional que homenageia empresas e profissionais que se destacam por seus esforços em elevar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos ao mercado nacional de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração.

Após um hiato de dois anos, o prêmio, que leva o nome do fundador da Revista do Frio – empreendedor que participou ativamente da história do HVAC-R no Brasil, ajudando a fortalecer parcerias no ramo voltou a ser realizado na capital paulista.

Antes do início da entrega da premiação aos mais votados, a organização da noite de confraternização e networking entregou uma placa de homenagem ao empresário Sidney Tunda, presidente do grupo Poloar, principal rede de lojas de ar-condicionado do Brasil.

Conforme ocorre há quase duas décadas, a votação foi feita pelos convidados nos três finalistas de cada categoria durante o evento – a única exceção foi Job Ney Palmeira, o primeiro premiado da categoria Destaque Instalador, criada este ano pela Revista do Frio para homenagear os profissionais de campo.

Os mais votados deste ano foram Patrice Tosi (Personalidade da Indústria), Adriana Neto (Personalidade do Comércio), Midea Carrier (Destaque Indústria de Ar Condicionado), Epex (Destaque Indústria de Refrigeração), Leveros (Destaque Comércio de Ar Condicionado) e Clima Rio (Destaque Comércio de Refrigeração).

Confira mais flashes da festa neste link.

Desvendando os erros dos splits

Por Anderson Oliveira Tecnólogo em refrigeração e ar condicionado

Se tem um tema mais comentado e procurado em grupos de WhatsApp e redes sociais, quando o assunto é ar-condicionado split, principalmente na versão Inverter, é o tal código de erro.

Aqui iremos abordar esse tema e falar um pouco mais sobre os códigos de erros mais comuns em sistemas de ar condicionado split e saber a importância de se fazer um diagnóstico correto, para que o serviço preventivo ou corretivo tenha êxito.

Todo equipamento, seja ele elétrico, mecânico, pneumático, eletrônico ou equipamentos que utilize essas tecnologias simultaneamente, pode apresentar defeitos.

Esses defeitos podem ser decorrentes de falhas no sistema de alimentação das tecnologias citadas, como defeitos em componentes específicos; falhas por falta de manutenção preditiva, preventiva e corretiva, e até em casos isolados, mas reais, defeitos de fabricação.

Os condicionadores de ar tipo split, por serem utilizados no mundo todo, têm em sua estrutura alta tecnologia embarcada que hoje conta com projetos altamente tecnológicos, fazendo a junção da eletroeletrônica e IoT (internet das coisas), tornando possível, por exemplo, ligar, desligar, monitorar e receber alarmes em seu smartfone, em segundos.

E por falar em alarmes, esses só acontecem por causa de anomalias  elétricas, eletrônicas ou mecânicas.

São sobre esses alertas que falaremos a partir de agora.

Condicionadores de ar Inverter podem ter cinco sensores ou mais, no caso dos multi-splits, por exemplo

Os fabricantes dos condicionadores de ar prezam pela tecnologia, durabilidade e, principalmente, por sua reputação, que é proporcional à qualidade de seus produtos. Por isso, para que seus equipamentos tenham um tempo de vida útil satisfatório, é necessário alertar o usuário ou profissional do segmento se eles estão trabalhando em condições fora do projetado, nas quais podem correr um sério risco em apresentar um defeito grave, a ponto de vir a “quebrar”. Pensando em reduzir tais transtornos, os fabricantes, então, utilizam dos chamados códigos de erros.

Os principais códigos de erros estão disponíveis na maioria das vezes nos manuais de instalação dos fabricantes e isso facilita bastante a vida do instalador ou do mecânico que está executando o serviço. Essa facilidade proporciona menor tempo de resolução no defeito apresentado, bem como clareza no diagnóstico da falha ou do componente defeituoso.

Em resumo, o código de erro evita que o profissional vire um “trocador de peças”. Vale destacar que os números e letras apresentados nos códigos de erros não são universais, ou seja, cada fabricante coloca o código de falha de acordo com o definido pela sua engenharia, e esse código é apresentado no display do evaporador e, em alguns, casos também na condensadora.

Agora vamos apresentar alguns exemplos de códigos de erros de acordo com o especificado pelos fabricantes e apresentar as possíveis causas dessas falhas:

Erro de comunicação

A comunicação entre as placas eletrônicas é um fator primordial para o funcionamento completo do sistema. Geralmente, o borner S é o responsável por manter esse sinal.

Utilizando um multímetro em escala de tensão elétrica DC ele deverá apresentar valores positivos e negativos alternadamente entre os bornes N e S. Isso significa que a placa da evaporadora e condensadora estão trocando dados. Na prática, dizemos que as placas estão “conversando”. Isso significa que há envio e recebimento de dados, baseado nas leituras feitas por ambas placas versus o solicitado via controle remoto.

Um simples defeito em qualquer componente de uma das placas eletrônicas pode interferir nesse sinal e gerar esse “alarme”. Além disso, o rompimento ou mau contato do cabo S também pode contribuir com esse erro. Dependendo da distância e percurso desse cabo, o ideal (quase não se usa) é utilizar um cabo shield com malha. Assim, as perturbações da rede e outras anomalias são amplamente reduzidas.

Erro de sensor

Agora os campeões que não dispensam apresentações são os sensores de temperatura. Em equipamentos convencionais geralmente são apenas dois, sendo: sensor ambiente e sensor da serpentina evaporadora. Mas condicionadores do tipo Inverter podem ter cinco sensores ou mais, quando falamos de multi-split, por exemplo.

Geralmente, os sensores de temperaturas são do tipo NTC (coeficiente de temperatura negativa), em que sua resistência ôhmica varia em função da temperatura lida no ar ou na tubulação. Novamente, destacamos que cada fabricante tem seu próprio código para a mesma falha.

Há três possibilidades de defeitos em sensores: abertos, curto-circuito ou avariados.

Utilizando um multímetro ou alicate amperímetro na escala de resistência ôhmica, quando colocado as pontas de provas do instrumento nos cabos do sensor, no visor de instrumento irá aparecer a indicação OL (para instrumentos Fluke) ou 1 (para instrumentos Minipa).

Em ambos os casos dizemos que o sensor está “aberto” ou em “leitura infinita”. Isso significa que não há nenhuma leitura de resistência ôhmica vindo do sensor. Para isso ser verdade é preciso saber o valor padrão de resistência ôhmica informado pelo fabricante. Esses valores variam de 5 kΩ, 10 kΩ; 20 kΩ, 25 kΩ e valores acima destes. Geralmente, há uma tabela da relação resistência ôhmica versus temperatura ambiente para a leitura e valor correto do sensor.

Se nesse mesmo teste aparecer no visor do instrumento valores perto de zero ou simplesmente 000, significa que o sensor está em curto-circuito. E, por fim, se utilizando a tabela de resistência ôhmica versus temperatura e no visor aparecer valores completamente diferentes do especificado pelo fabricante, ele é considerado avariado. Mas atenção: só é considerado avariado se realmente for um sensor original com o mesmo valor nominal indicado pelo fabricante. Se por acaso o sensor nominal tem valor 10 kΩ a 25 °C e no equipamento tiver um sensor de 25 kΩ a 25°C, o equipamento interpretará como falha. E a “falha” não é do sensor, mas sim da aplicação equivocada de quem trocou o componente.

Falha no compressor

Esse defeito, junto com a troca prematura de placas eletrônicas, é o campeão de diagnósticos errôneos em campo. Geralmente, os profissionais com pouca experiência ou falta de conceitos técnicos, acabam “condenando” esses componentes, por já terem tentado encontrar o defeito no equipamento que, quando não descoberto, condena-se o compressor ou placa eletrônica.

Vale destacar que é importante saber como funciona o compressor, quais são os componentes que fazem seu acionamento, os componentes que fazem sua proteção e os componentes que fazem seu monitoramento. Saber como funciona esse conjunto de informações é fator predominante para o bom diagnóstico da falha do compressor.

Essa falha é acompanhada de um código que pode ser apresentado na evaporadora quanto na condensadora. O fato de apresentar falha no compressor não significa que ele esteja defeituoso. Um sistema operando com baixa carga de fluido refrigerante fará o compressor trabalhar superaquecido, e esse superaquecimento irá prejudicar o compressor elétrica e mecanicamente. O sistema, através de seu monitoramento, detecta essa falha e informa no display que sim, houve uma falha relacionada ao compressor, por seu desarme, por exemplo.

No entanto, a fuga de fluido refrigerante é que proporcionou esse defeito, afetando o compressor. Da mesma forma, quando tiver um excesso de fluido refrigerante no sistema ou a ausência de vácuo na instalação, irá aumentar significativamente a pressão, fazendo o compressor desarmar e apresentar a falha, ou seja, em nenhum dos casos o defeito é no compressor, e sim na avaria ocorrida no sistema, no qual colocou o compressor em condições fora do seu envelope de aplicação.

Vale destacar que compressores Inverter nunca devem ser testados diretamente sem a sua placa eletrônica, pois isso pode causar a queima imediata, uma vez que a tensão elétrica e a forma de onda da rede convencional não são idênticas a fornecida ao compressor através da sua placa eletrônica.

Por isso, recomendamos sempre consultar o fabricante. Agora, se você quer saber se o compressor está queimado, sendo esse um Inverter, é recomendado fazer o teste de resistência ôhmica com o compressor na temperatura ambiente. Os valores de resistência ôhmica das três bobinas devem ser mesmo (com variações mínimas). Esses valores são indicados pelo fabricante do compressor e, em alguns casos, pelo fabricante do equipamento.

Caso os valores de resistência ôhmica forem diferentes entre as bobinas (quando Inverter) ou simplesmente aparecer no display do instrumento 000 (curto-circuito), o compressor deve ser trocado. Os testes de baixa isolação junto à carcaça do equipamento também é válido nesse caso.

Trocas prematuras de placas eletrônicas são um dos principais problemas no segmento de refrigeração e ar condicionado

Falha no motoventilador BLDC

Os motores BLDC são motores eletrônicos aplicados nas unidades condensadoras Inverter. Esses motores não utilizam capacitores convencionais e sua rotação varia em função da carga térmica a ser retirada pelo condensador ou absorvida pelo evaporador, através da interação entre as placas eletrônicas e os respectivos sensores de monitoramento

Assim como o compressor Inverter, para testar esse BLDC é necessário e recomendado utilizar a placa eletrônica que o alimenta. Isso porque é ela que fornece uma tensão elétrica, que pode chegar em 310 VDC. Recomenda-se estudar a fundo sobre motores BLDC, pois, assim como o compressor, cada fabricante tem suas particularidades e os detalhem fazem muita diferença no momento do diagnóstico.

A falha nesses motores pode ser uma causa eletrônica na própria placa ou algum surto na rede, que chegou até o motor elétrico e causou sua queima. Como esse motoventilador atua sob demanda e essa demanda é monitorada pelo sensor de temperatura, um teste simples para saber se ele está funcionando bem é aquecer o sensor de temperatura e esfriar o sensor de temperatura e visualizar a alteração na rotação do eixo. Ao mesmo tempo, meça a tensão de alimentação no motor. Se houver a tensão elétrica correta e o motor elétrico não estiver funcionando, a probabilidade de ser defeito no BLDC é quase certa. Quase porque se o sensor estiver defeituoso, a placa principal não receberá o sinal para variação de rotação.

Em resumo, nos dias atuais temos imensas fontes de informações, bem como ferramentas para fazer um diagnóstico correto dos componentes nos equipamentos. Sites de fabricantes, aplicativos, manuais, vídeos, podcast, grupos de WhatsApp. Ou seja, você quase nunca está sozinho.

Contudo, isso não dá o “luxo” de parar de estudar e se qualificar na medida em que o mercado exige, pois equipamentos mais tecnológicos exigem profissionais mais qualificados e você não pode perder essa oportunidade.

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Fontes consultadas

Manuais de instalação Elgin Inverter (UAQ); Manual de instalação operação e manutenção Xpower Carrier; Manual de instalação Elgin (SRF-SSF/Q); Boletim Técnico LG (BT-RAC-05); Manual de instalação Midea Vize; Manual Jhonson Controls (DJEA   DJDA 07 24); Manual de instalação hi-wall Agratto.

 

 

Sistema VRF de climatização – aplicações, vantagens e desvantagens

Por Afonso, Rafael Novo 1

 

RESUMO: No Brasil, tem-se uma enorme demanda por sistemas de climatização que sejam cada vez mais eficientes e menos onerosos. Estima-se que, em edificações convencionais, os sistemas de condicionamento de ar sejam responsáveis por aproximadamente 50% do consumo total de energia elétrica. Para além da problemática do gasto energético, tem-se, ao iniciar-se um projeto de refrigeração, a questão da escolha de qual sistema de climatização será implementado. Tal demanda, levará em conta inúmeros fatores, e resultará na escolha de algum dos muitos sistemas de refrigeração disponíveis, como o high wall, piso e teto, cassete ou dutado. Ambos modelos com sua condensadora externa unitária, porém surge uma nova possibilidade, tanto para melhoria da eficiência energética, quanto para o gasto com o empreendimento. O VRF (fluxo de refrigerante variável) é um sistema com muitos benefícios, e que deve ser levado em conta na etapa de projeto.

INTRODUÇÃO

Durante a etapa de elaboração de um projeto de climatização de ambientes, o profissional deve levar em conta múltiplos fatores técnicos, como o levantamento de carga térmica do ambiente analisado, estudos de viabilidade técnica de implementação e viabilidade econômica. Para além do pensar da etapa de projeto, o profissional deverá analisar a implementação de equipamentos que, ofertem uma melhor flexibilidade de instalação, para com isso ganhar tempo e obter menos gastos com mão de obra. Neste ponto existem inúmeras opções e possibilidades de escolhas, que podem afetar significativamente o empreendimento, não apenas na etapa de projeto, mas posteriormente, com manutenções corretivas em excesso ou gastos com reparos simples.

O sistema de condicionamento VRF, aqui analisado, faz parte das múltiplas categorias de equipamentos de climatização em disponibilidade do profissional projetista, e um comparativo entre os vários sistemas deve ser realizado, em consonância com levantamentos de seleção de projeto e levando em conta suas vantagens, desvantagens e principais aplicações.

SISTEMAS DE CONDICIONAMENTO DE AR

Os sistemas de refrigeração por expansão direta, são equipamentos onde o gás refrigerante troca calor diretamente com o ar ambiente. Os diversos condicionadores de ar podem ser dos tipos, ACJ (ar condicionado de janela), Split System, VRF e Self Contained.

O Split System são sistemas separados, ou seja, o equipamento é composto por duas unidades, sendo uma interna, unidade evaporadora, e uma externa, unidade condensadora. No grupo Split System, existem os chamados multi-split, que são equipamentos que possuem mais de uma unidade evaporadora e apenas uma unidade condensadora, ou seja, se obtém a possibilidade de refrigeração de múltiplos ambientes, com apenas uma unidade externa.

Figura 1- Sistema de climatização Multi Split

Atualmente a tecnologia inverter, que consiste no uso de um compressor que possui capacidade de ajustes de acordo com a necessidade do ambiente, tem crescido enormemente. A capacidade do compressor varia devido a variação de rotação do motor e consequente alteração da vazão de fluido refrigerante no sistema.

Os equipamentos do tipo inverter não iniciam a partida com máxima carga, pelo contrário, a velocidade de distribuição de fluido no sistema é aumentada gradativamente até atingir o máximo valor, variando com a rotação do motor, se mantém sempre próximo ao set point de temperatura ajustado do termostato.

Existem no mercado, splits com tecnologia inverter com dispositivo de expansão capilar ou válvula de expansão eletrônica. Nesses tipos de equipamentos, splits ou multi splits de tecnologia inverter, com válvula de expansão eletrônica, a carga de gás é realizada somente utilizando balança na quantidade recomendada pelo fabricante. São frequentes reclamações de clientes sobre o desempenho destes equipamentos, por não proporcionar a economia de energia pretendida, devendo-se tal fato ao equipamento não estar dimensionado corretamente para o ambiente. (Queiroga, Sandro Lino Moreira, Refrigeração e Ar Condicionado; p 148)

Figura 2 – Gráfico tecnologia convencional e inverter; (a) rotação do compressor e (b) relação de economia

Nota-se pelo gráfico apresentado, que a tecnologia inverter é um grande salto em relação aos sistemas de refrigeração convencionais, devido ao controle eficiente de temperatura, que é mantido constante com poucas oscilações, devido ao melhor controle de rotação do compressor, baixo consumo de energia, cerca de 40% menor que os sistemas convencionais, baixo nível de ruído, pois, com a temperatura estável, o compressor opera em baixa rotação, reduzindo o ruído da condensadora e gás R-410A, que não agride a camada de ozônio em comparação ao R-22 (HCFC).

SISTEMA VRF – VARIABLE REFRIGERANT FLOW

A principal característica do sistema VRF, como o próprio nome diz, é a vazão de fluido refrigerante controlada. Porém, para além do controle de fluido no sistema, o VRF difere do sistema multi split em algumas questões. O VRF é mais robusto em relação ao multi split, já que permite tubulações mais longas e o acoplamento de até 64 unidades evaporadoras, enquanto o multi split permite cerca de 8 unidades evaporadoras acopladas a seu sistema de refrigeração.

No sistema VRF cada unidade interna opera de forma individual, de forma parecida com o split convencional. O principal diferencial, consiste no fato de que cada unidade evaporadora possui uma válvula de expansão exclusiva e boa parte dos sistemas VRF possui tecnologia inverter. Nesse sistema a unidade condensadora possui compressor do tipo scroll, que possui grande capacidade e é ligado através do uso de um inversor de frequência, que faz com que dado volume de fluido refrigerante varie conforme a demanda das unidades internas do sistema.

O sistema VRF possui a vantagem de fácil instalação e manutenção, quando comparado ao sistema de água gelada, boa flexibilidade de trabalho e alta eficiência energética. Também possui comando de regulagem da temperatura do ambiente interno a ser climatizado individual, através de controle e podendo operar com os mais diversos tipos de evaporadoras como cassete, piso e teto e hi wall.

Figura 3 – Representação dimensional sistema VFR

Pode-se citar como desvantagens de tal sistema, que o mesmo não possui sistema de renovação de ar, o que em ambientes específicos acaba sendo uma exigência. Caso ocorra algum defeito ou falha na unidade condensadora, as múltiplas unidades internas iram parar em decorrência da falha externa, ou seja, todo o sistema para de operar. Para tanto, o profissional projetista de sistemas de condicionamento de ar, deve atentar-se a inserção de linhas condensadoras de backup, para a possibilidade de falhas na linha principal.

CONCLUSÃO

O sistema de climatização de ambientes VRF demonstra-se uma boa opção quando comparado aos sistemas convencionais, devido ao bom desempenho tecnológico, alta eficiência energética, facilidade de regulagem da temperatura de cada ambiente de maneira individual, baixo nível de ruído e facilidade de instalação. Porém, em contrapartida nota-se problemas referentes a não renovação de ar, que dependerá do ambiente a ser climatizado em sua exigência normativa e a dependência de uma única unidade externa em caso de falha.

Portanto, ainda que o VRF seja uma ótima opção atualmente, o profissional deve analisar a viabilidade do investimento econômico e a tecnologia de acordo com suas necessidades e demandas, e analisar o sistema mais adequado ao projeto.

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REFERÊNCIAS

QUEIROGA, Sandro L. Princípios de Refrigeração e Ar Condicionado, 1° edição, Editora Ciência Moderna, 2019.

SILVA, José C. Refrigeração e Climatização Industrial, 1° edição Editora Hermus, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 16401: Instalações Centrais de Ar Condicionado para Conforto, Rio de Janeiro, 2008.

ARAUJO, A. M.P.C. Modernização de Sistemas de Climatização de Andares de Edifício. Universidade de Petrópolis, Rio de Janeiro, 2011.

CARNEIRO, MANUELA; COSTA, TAÍS. Análise técnica e econômica de um sistema de ar condicionado com fluxo de refrigerante variável. CONNEPI, 2012.

FUJITSU GENERAL BRAZIL, Tecnologia Inverter; <Tecnologia Inverter – Produtos: Ar condicionado – FUJITSU GENERAL DO BRASIL (fujitsu-general.com)> acesso em 31/03/2022

AMBIENTE GELADO, Tecnologia compressor Scroll e suas aplicações; <A tecnologia do compressor SCROLL e suas aplicações em ar condicionado, bombas térmicas e refrigeração (ambientegelado.com.br)> acesso em 31/03/2022

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1 Graduado em Engenharia Mecânica; Pós-graduado em Eng. de Térmica e Fluidos; Pós-graduado em Gestão da Qualidade e Produtividade; Professor de Física, Química e Eletrotécnica; E-mail: rafaelnovo.eng@gmail.com

Confira a lista dos indicados ao 24º Troféu Oswaldo Moreira

Entrega de um prêmio aos mais destacados profissionais e empresas da indústria e comércio dos segmentos de refrigeração, ar condicionado, ventilação, aquecimento e tratamento do ar teve início em 1991, por iniciativa da Revista do Frio

A noite do próximo dia 23 marcará a entrega da 22ª edição do Troféu Oswaldo Moreira (TOM), premiação anual que homenageia empresas e profissionais que se destacam por seus esforços em elevar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos ao mercado nacional de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração.

Cancelada nos últimos dois anos por causa da pandemia de covid, a festa, que leva o nome do fundador da Revista do Frio – empreendedor que participou ativamente da história do HVAC-R no Brasil, ajudando a fortalecer parcerias no ramo –, vai ser realizada na Casa Bisutti, na zona sul de São Paulo.

Conforme ocorre há quase duas décadas, a votação nos três finalistas de cada uma das seis categorias da premiação será feita durante o evento, por meio de computadores dispostos na entrada do bufê para os convidados indicarem seus nomes favoritos.

Confira, a seguir, a lista dos indicados ao TOM 2022:

Personalidade da Indústria

  • André Oliveira (Mastercool)
  • Gilmar Oliveira (Daikin)
  • Patrice Tosi (Indústrias Tosi)

Personalidade do Comércio

  • Adriana Neto (Michigan Service)
  • Alessandro Brabos (Leveros)
  • Paulo Neulaender (Frigga)

Destaque Indústria de Ar Condicionado

  • Gree
  • LG
  • Midea Carrier

Destaque Indústria de Refrigeração

  • Elgin
  • Epex
  • Full Gauge

Destaque Comércio de Ar Condicionado

  • Dufrio
  • Leveros
  • Poloar

Destaque Comércio de Refrigeração

  • Clima Rio
  • Frigelar
  • Refricril