Ar-condicionado e refrigeradores eficientes podem cortar 460 bilhões de emissões de CO2

Um relatório sobre emissões de dióxido de carbono, gases que causam o efeito estufa, sugere que o equivalente a oito anos de produção de CO2 na atmosfera poderiam ser eliminados apenas com a utilização de aparelhos de refrigeração eficientes.

O documento, compilado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela Agência Internacional de Energia (AIE) revela que 460 bilhões de emissões de CO2 podem ser anuladas por ares-condicionados e refrigeradores econômicos.

Especialistas acreditam que a redução poderia ocorrer nas próximas quatro décadas com a fabricação de aparelhos duas vezes mais eficientes que os padrões atuais.

A mudança levaria a uma economia de cerca de US$ 2,9 trilhões até 2050. O número equivale à quantidade de eletricidade de todas as usinas de carvão na China e na Índia.

O Pnuma diz que a iniciativa pode ainda ajudar a limitar o aumento global da temperatura em 1.5 grau Celsius, o que é fundamental para minimizar os impactos desastrosos da mudança climática.

A diretora-executiva do Pnuma, Inger Andersen, disse que as nações também podem abraçar a mudança à medida que se recuperam das consequências econômicas da covid-19.

Pandemia

Para ela, os países têm agora uma oportunidade de usar os recursos de forma inteligente para reduzir a mudança climática, proteger a natureza e eliminar riscos de uma nova pandemia.

O documento ressalta que muitos países já têm várias opções a seu dispor para fazer a conversão para matrizes limpas de energia.

Os signatários da emenda de Kigali no Protocolo de Montreal sobre Substâncias Nocivas à Camada de Ozônio concordaram em reduzir o uso de hidrofluorcarbonos (HFCs).

Além disso, os planos de ação nacionais podem acelerar a transição para refrigerações sustentáveis através de chances e formas de cumprimento do Acordo de Paris de combate à mudança climática.

Claudia Antunes assume presidência da Chemours no Brasil

A Chemours Company, empresa líder global em produtos fluorados, tecnologias de titânio e soluções químicas, anunciou ontem (3) a nomeação de Claudia Antunes como a nova diretora-presidente da subsidiária brasileira.

A executiva assume a posição ocupada por Maurício Xavier, presidente da Chemours Brasil há cinco anos, que decidiu se aposentar após trabalhar 32 anos no setor.

O comunicado distribuído à imprensa ressalta que o executivo “foi um exemplo de liderança à frente de seu tempo, dando importantes contribuições para a Chemours e para a indústria, com destaque para o seu sólido desempenho no desenvolvimento e implementação de projetos para substituição de fluidos refrigerantes CFC e HCFC”.

Essas iniciativas impulsionaram a indústria para a adoção de produtos inovadores e mais sustentáveis, promovendo a proteção da camada de ozônio e a redução na emissão de gases de aquecimento global. Por seu trabalho, Maurício recebeu várias homenagens de associações e empresas do setor.

Segundo a empresa, a nova presidente dará continuidade aos projetos e investimentos atuais, com o objetivo de fortalecer a posição da empresa no país. Com sólida carreira de liderança na indústria química de matérias-primas para tintas, plásticos e papéis especiais, Claudia ocupou vários cargos em vendas e marketing B2B ao longo de seus quase 30 anos de atuação no setor.

Ela também liderou o negócio de tecnologia de titânio na Chemours Brasil durante a cisão com a DuPont, atualmente é responsável por este negócio na América do Sul e agora assume a liderança da companhia no Brasil.

Seguramente, poderá aportar seus amplos conhecimentos em estratégia de negócios, relacionamento com clientes e gerenciamento de canais de distribuição.

“Continuaremos trabalhando em conjunto com nossos clientes para atender aos desafios e demandas de nossa região, fornecendo produtos e soluções inovadoras. Faremos isso criando produtos químicos de alto valor de maneira responsável, comprometidos em gerar impactos sociais mais positivos. Este é o nosso caminho para o crescimento de longo prazo”, afirma Claudia.

Como parte da estratégia de crescimento da Chemours, a empresa anunciou, em setembro de 2018, seus Compromissos de Responsabilidade Corporativa, a serem atingidos até 2030 e ancorados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas: excelência em segurança, comunidades dinâmica, funcionários inspirados, clima, qualidade da água, resíduos, fornecimento sustentável e cadeia de suprimentos sustentável.

“Valorizamos muito o ambiente colaborativo e de alto desempenho de nossa organização, pois temos as bases sólidas de nossos valores corporativos presentes em nosso dia a dia e contamos com uma equipe vibrante e motivada, que valoriza e respeita a diversidade de forma genuína, possibilitando que as pessoas se desenvolvam continuamente para atingir seu mais alto potencial”, enfatiza.

Maurício Xavier, então presidente da Chemours no Brasil, na Febrava 2019| Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Depois de 32 anos de empresa, Maurício Xavier decidiu se aposentar | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica      

Covid-19 derruba vendas de gigantes do HVAC-R

Grandes players da indústria de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R) reportaram quedas significativas em suas vendas no segundo trimestre, em função da mais grave emergência sanitária da história contemporânea.

O balanço da Trane Technologies, que formalmente separou seus negócios comerciais e residenciais de aquecimento e refrigeração, controles de edifícios e transporte refrigerado da Ingersoll-Rand no início de março, mostra que as vendas da empresa caíram 13% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando US$ 3,1 bilhões.

“A pandemia da covid-19 continua a apresentar ao mundo desafios complexos e grande incerteza à medida que avançamos em 2020”, disse Mike Lamach, presidente e CEO da companhia.

Já a Carrier registrou US$ 4 bilhões em vendas no segundo trimestre, uma queda de 20% em relação ao mesmo período de 2019.

Apesar da forte retração, a Carrier viu a demanda melhorar à medida que o segundo trimestre avançava e a atividade econômica recomeçava mundo afora.

“Nossos resultados do segundo trimestre excederam nossas expectativas e nossa equipe continuou a ter um bom desempenho em um ambiente muito desafiador”, disse o presidente e CEO da Carrier, Dave Gitlin.

“Ficamos satisfeitos com o aumento de pedidos em junho, principalmente na América do Norte”, acrescentou.

As vendas da Johnson Controls, outro player relevante do mercado de climatização e controles prediais, somaram US$ 5,3 bilhões no último trimestre, uma queda de 17% na comparação com o ano anterior.

Apesar disso, George Oliver, presidente e CEO, disse que as ações decisivas tomadas para controlar os custos desde o início da pandemia resultaram em benefícios significativos no trimestre.

“Embora as condições de mercado permaneçam incertas e a visibilidade ainda seja um pouco limitada, estamos bem posicionados com fundamentos operacionais aprimorados, um forte balanço e fluxo de caixa e uma posição de liderança em soluções inteligentes e sustentáveis”, afirmou.

LG lança evaporadora Round Cassete no Brasil

A LG acaba de anunciar a introdução da evaporadora Round Cassete no mercado brasileiro de ar condicionado comercial leve. O layout compacto – altura de 330 mm, 15% menor – e  design arredondado, que garante o resfriamento uniforme do ambiente, com fluxo de ar direcionado, são destaques do equipamento.

Segundo o fabricante, o lançamento é voltado para atender a demanda em ambientes onde o pé direito é aproveitado por completo, mas precisam de uma opção de produto sofisticado. Ele é adequado, principalmente, para restaurantes e cafeterias, em que o conforto do cliente é extremamente importante, diz a empresa.

“O produto conta com a tecnologia Inverter, que proporciona até 70% de economia de energia ao utilizá-lo. E pensando em tornar o dia do usuário mais simples e conectado, é possível controlar e monitorar a temperatura do Round Cassete de forma remota por meio do aplicativo LG ThinQ”, revela o comunicado distribuído à imprensa, ressaltando que “o ar-condicionado também possui o compressor R1 que torna o produto muito mais eficiente e confiável, por reduzir a descarga de óleo, combinado com o baixo ruído e alta durabilidade”.

“A LG busca sempre inovar e entregar aos comerciantes e empresários o melhor produto, com tecnologia de ponta e design diferenciado. A economia de energia e manutenção a longo prazo também são pensadas para atender suas necessidades. Nosso objetivo é que o cliente tenha em seu comércio ou escritório, aparelhos elegantes, tecnológicos e econômicos”, afirma Graziela Yang, gerente de produtos da área de ar-condicionado comercial leve (CAC) da LG do Brasil.

Para distribuir o ar com precisão e de forma homogênea, a Guia de Ar Cristal tem seis posições para assegurar um fluxo maior e direcionado para todo o ambiente. Além disso, o resfriamento é 30% mais rápido, ou seja, o tempo esperado para atingir a temperatura desejada é menor. Outros destaques do produto são o Ventilador Full 3D, que aumenta o fluxo de ar em 5% em relação ao cassete convencional de quatro vias, e a tecnologia de redução de ruído, que cria um espaço mais silencioso e confortável. O nível de ruído da operação diminuiu para 39dB, menor que o de uma biblioteca (40 dB).

O design redondo do produto também foi pensado para tornar o ambiente mais luxuoso e elegante. Os tubos conectados ao produto são reunidos em um único local para minimizar a exposição, deixando o design mais limpo, enquanto seu painel branco deixa o espaço mais elegante.

Para ser instalado, diferente de outros modelos, as duas tubulações são próximas, e não de lados opostos, o que torna a operação mais prática. Para realizar a manutenção de forma fácil, o Round Cassete da LG, possui, ainda, uma caixa de controle externa, diferente de outros modelos, em que a caixa está presente internamente, assim, sempre que precisar realizar manutenção não é necessário abrir o aparelho.

O Round Cassete está disponível nas versões de 36 kBtu/h e 60 kBtu/h.

Rafael Ferreira, amor à primeira vista com a refrigeração

Gratidão e reconhecimento! Palavras que definem Rafael Silva Ferreira, filho de mãe paulista e pai carioca, nascido na cidade de São Vicente, localizada na Baixada Santista (SP). Criado no Bairro Parque das Bandeiras, vindo de uma família com poucos recursos financeiros, começou a trabalhar muito cedo. Determinado e disposto a encarar qualquer desafio, ele iniciou sua vida profissional na montagem de móveis e não abriu mão dos estudos, ingressando em um curso técnico de instrumentação industrial. Foi nessa época que recebeu o convite de um amigo para trabalhar em uma empresa de instalação de condicionadores de ar e onde aconteceu seu primeiro contato com a refrigeração.

“Foi amor à primeira vista, tudo meio por acaso. Logo de cara me apaixonei pela profissão, ali já sabia que era isso que eu queria fazer pelo resto da minha vida. As coisas foram acontecendo e meses depois fui trabalhar na Térmica Climatização, onde o proprietário da empresa, hoje amigo meu, pagou metade do curso de Mecânico de Refrigeração no Senai de Santos, e tive a oportunidade de conhecer uma pessoa que me mostrou o amor ao ensino, o professor Alberto Di Beo. A forma como ele explicava e o seu amor pelo ensino me cativou, me incentivando a assistir palestras dos mestres da refrigeração como Amaral Gurgel, Marcus Euzébio, e a cada aula tinha mais certeza que estava no caminho certo. Não poderia deixar de citar também o professor Valdemir Oliveira, considerado como irmão mais velho, elevando meu nível e me direcionando para o caminho que deveria seguir”, diz Rafael.

Atualmente, ele ministra treinamentos online, e é instrutor na Escola Argos, onde exerce a função há sete anos. Mas para alcançar seus objetivos, sabia que seria necessário adquirir mais conhecimento e experiência na área de refrigeração, tomando a decisão de mudar-se para São Paulo.

“Abri mão da cidade litorânea e fui para São Paulo, com o objetivo de estudar e adquirir experiência com sistema de refrigeração de grande porte, trabalhando em campo. Estudei com instrutores como o Alan Santos, Amaral de Jesus, Murilo, Eduardo Gusmão, entre outros. Porém, a vida em São Paulo não foi fácil, passei necessidades, dormi em albergues, cheguei até a pedir dinheiro na rua para a condução e poder ir trabalhar, pois ganhava pouco, mas nunca desisti do meu sonho! Me submeti a trabalhar em empresas sem registro e benefícios, mas naquele momento, meu único pensamento era o aprendizado. Algumas vezes, tive que optar por qual refeição fazer no dia, comi comida de doações, passei frio, mas sempre focado nos meus objetivos”.

Rafael dividia seu tempo entre estudo e trabalho, e seu coração batia cada vez mais forte pela profissão de educador. Foi chamado para trabalhar em campo na cidade de Campinas, interior de São Paulo, e paralelamente, ingressou no curso de Engenharia Mecânica, porém, por motivos de força maior, teve que trancar sua matrícula.

Homem de muitos amigos e grande convívio social, em Campinas, Rafael conheceu pessoas maravilhosas que impulsionaram sua carreira, entre elas, sua ex-esposa, Lenny Silva, a quem é grato.

Foi então que, em 2014, sentiu-se preparado para começar a dar aulas: “Liguei para o professor Alberto Di Beo, falei sobre minha vontade, marcamos um bate papo, ele me deu umas dicas, concedendo a oportunidade de dividir a sala de aula com ele por um período, porém, como morava longe, seria impossível dar aula naquela escola. Nesta época, conheci a Escola Argos, localizada no Bairro de Santo Amaro (SP). A diretora da unidade, Cristiane Silva, me abriu as portas da escola e foi meu primeiro contato direto com os alunos, me senti à vontade já no primeiro dia de aula. No começo não foi fácil, dividia meu tempo entre trabalho e Escola, ministrando aulas todos os sábados. Saia de casa às 04h30 da manhã e chegava por volta das 20h00, mas todos os dias retornava feliz por fazer algo que amava. No ano seguinte, em 2015, liguei para o professor Alberto Di Beo para contar o sucesso das minhas aulas, nos encontramos, ele deu um sorrisão, e falou, ‘estou muito feliz por você’. Me pediu um abraço, e duas semanas depois, tive uma das maiores perdas da minha vida, o falecimento dele, algo me toca até hoje”.

Naquele abraço, Rafael sentiu a mensagem do professor lhe incentivando a nunca parar, sabendo que essa luta era grande. Ele conta que sente a todo instante a presença desse mestre, aumentando ainda mais a paixão pela educação, dedicando-se 100% a ministração de treinamentos.

Projeção no mercado, compartilhando conhecimento

Em 2015, Rafael abriu um canal no Youtube, hoje com mais de 20 mil inscritos e tem participação atuante em diversos grupos de refrigeração no Facebook e Instagram.

Entre aulas, treinamentos e lives, Rafael divide seu tempo batendo bola, seu hobbie preferido atualmente

“Daí em diante minha vida profissional só cresceu, trabalhei em grandes multinacionais como Electrolux e Samsung. Na Samsung, em 2019, treinei cerca de 6 mil pessoas, rodando o Brasil de ponta a ponta através do Samsung Climatiza. A Revista do Frio foi marcante nessa minha caminhada, participando dessa projeção no mercado nacional. Um fato interessante é que na época que estudava no Senai, a escola ganhava algumas revistas, eu lia e me perguntava: ‘Será que um dia eu vou escrever para a revista?’. O tempo foi passando e hoje escrevo artigos técnicos, além de participar das lives, tanto as técnicas como as resenhas de sexta pelo Clube do Frio nos canais do Youtube e Facebook”.

Como instrutor, Rafael ministra aulas para os cursos de refrigeração residencial, comercial e climatização, além de prestar assessoria técnica em algumas empresas. Nos momentos de lazer, se dedica à família e ao seu hobbie preferido: jogar bola!

“Meu principal hobbie é jogar bola, já fui Triatleta, ganhei vários troféus correndo, mas hoje prefiro ficar no futebol. Tenho uma bela e grande família! Tive a honra de formar dois alunos muito especiais, meu pai e meu irmão Kaullin. Meu outro irmão, o André, também já atuou na área. Para um menino que não tinha muitas expectativas de vida, hoje, ser uma referência é motivo de muito orgulho, eu tinha tudo para seguir uma vida errada, mas graças à Deus e aos ensinamentos familiares, eu percorri um caminho de sucesso”, comemora Rafael.

Ele traz uma frase, dita pelo engenheiro Marcos Euzébio, que diz: “O país só vai mudar com educação, e nós fazemos parte disso”, e deixa sua mensagem aos profissionais do setor de refrigeração e climatização.

“A todos que estão entrando na profissão nesse momento e aos que já fazem parte, em primeiro lugar, tem que existir o amor pelo que você faz, isso está acima de tudo, e todas as demais coisas que desejar serão acrescentadas. Qualificação profissional é o caminho, perseverança e paciência. Lutei por 10 anos para começar a ser reconhecido, então, lute todos os dias, não desista dos seus sonhos, e sim, foi necessário ouvir críticas, os ‘nãos’ me ensinaram e me deixaram mais forte!”.

Metalfrio anuncia compra de empresa britânica de gestão de dados

A Metalfrio, indústria brasileira de equipamentos de refrigeração comercial plug-in, anunciou, na sexta-feira (10), a aquisição da empresa britânica de gestão de dados Assets365.

A Assets365 foi incorporada como uma empresa independente em 2 de julho, após a divisão da empresa de controles de refrigeração sediada em Preston Elstat, no Reino Unido. Anteriormente, a empresa era uma divisão de serviços de dados da Elstat.

A Metalfrio, também proprietária das marcas Caravell, Derby e Klimasan, é a principal fabricante de refrigeradores e freezers comerciais da América Latina.

“A aquisição da Assets365 solidifica ainda mais a liderança da Metalfrio em conectividade e ofertas de serviços relacionadas”, disse Petros Diamantides, CEO da Metalfrio Solutions, num comunicado ao mercado.

“As soluções fornecidas pelo Assets365 aproveitam os dados da Internet das Coisas (IoT), alcançando excelência operacional e resultados tangíveis para o sucesso de nossos clientes”, acrescentou.

“Os recursos globais, a organização de serviços e os contatos profundos com os clientes do grupo Metalfrio permitirão que o Assets365 acelere a implementação global de nossas soluções de valor agregado. Estamos muito satisfeitos em aprofundar a parceria que se baseia na colaboração de longo prazo existente entre as empresas ”, comentou o CEO da Assets365, Geoff Morley.

Ministério do Meio Ambiente divulga estudo de caso sobre retrofit do R-22

O relatório técnico do Terceiro Projeto Demonstrativo de Melhor Contenção de HCFC-22 em Supermercados, criado no âmbito do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), já está disponível para download gratuito.

O relatório traz resultados significativos de ganhos sociais, ambientais e econômicos, obtidos durante estudo de caso realizado no supermercado Angeloni, localizado na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, por cerca de dois anos.

No estudo são detalhados todos os procedimentos para a troca do antigo sistema de refrigeração comercial da loja, com fluido refrigerante HCFC-22, pelo atual sistema subcrítico de dióxido de carbono (CO₂) em cascata com o HFC-134a.

 “Este estudo é resultado de um trabalho muito complexo, porque a instalação de um sistema de refrigeração que originalmente foi projetado e dimensionado para uma outra loja foi um desafio, mas conseguimos alcançar plenamente o objetivo graças ao apoio dos nossos parceiros: o Grupo Angeloni, a Eletrofrio e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras)”, diz Stefanie von Heinemann, consultora e gerente de projetos da GIZ-Proklima no Brasil, responsável pelas ações do Projeto paro o Setor de Serviços do PBH, coordenadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

“Nesta empreitada, contamos também com o conhecimento de consultores técnicos com experiência internacional, como por exemplo o próprio autor do relatório, o engenheiro Miquel Pitarch.  Devido a esse esforço conjunto,  os varejistas e suas equipes técnicas têm agora acesso a um estudo inédito no País, que traz informações valiosas e bem embasadas para poderem optar por fluidos refrigerantes alternativos de baixo GWP, como por exemplo os fluidos naturais, na futura troca de seus sistemas de refrigeração”, explica

Os ganhos demonstrados ressaltam a relevância do tema. O Projeto foi criado com objetivo de promover conhecimento técnico aos supermercadistas, tendo em vista que o HCFC-22, fluido refrigerante mais utilizado na refrigeração comercial no Brasil, deve ter seu uso eliminado até 2040, seguindo os cronogramas estabelecidos pelo Protocolo de Montreal  — para 2025 está prevista redução das importações de HCFC em 67,5%.

Cumprindo esse objetivo, o estudo de caso destaca ações para redução dos vazamentos de fluidos refrigerantes para a atmosfera, por meio da aplicação das boas práticas durante a instalação, operação, reparo e manutenção de equipamentos de refrigeração e ar condicionado.

“É um estudo muito importante, que vale a pena ser conferido por outros supermercadistas, que ainda utilizam o R-22. Estimo que mais de 85% dos supermercados brasileiros ainda utilizam R-22, que vai ser eliminado, e, portanto, esses varejistas precisam de alternativas, como a demonstrada no estudo. Os resultados alcançados são muito relevantes”, afirma Rogério Marson Rodrigues, gerente de engenharia da Eletrofrio.

A publicação deste terceiro estudo completa o escopo do Projeto Demonstrativo de Melhor Contenção de HCFC-22 em Supermercado. Destaca-se que nos dois primeiros estudos do Projeto publicados (Yamada Nazaré, em Belém, e Hortifruti do Campo, em São Paulo) foram realizadas intervenções completas (incluindo troca de peças e equipamentos) para redução dos vazamentos de HCFC- 22, sem troca de fluido refrigerante.

Portanto, totalizam três publicações técnicas de estudos de caso, totalmente gratuitas, à disposição dos varejistas brasileiros (empresários e profissionais da área de refrigeração comercial) que procuram estratégias para redução de vazamentos de fluidos refrigerantes e/ou opções para substituição do HCFC-22.

Confira o relatório técnico sobre a mudança de sistemas no Angeloni. Baixe o pdf em: http://www.boaspraticasrefrigeracao.com.br/publicacoes

Chemours lança Freon 410A em cilindro de 650 gramas

A Chemours, indústria global líder em produtos fluorados, tecnologias de titânio e soluções químicas, está introduzindo no mercado latino-americano o fluido refrigerante Freon 410A em cilindro descartável de 650 gramas e com válvula de segurança para evitar acidentes.

Segundo o engenheiro mecânico Carlos Augusto Ribeiro, líder de vendas de fluorquímicos da subsidiária brasileira, o produto já está disponível em toda a rede de distribuidores da marca no Brasil, Argentina e México.

“A nova embalagem do Freon 410A foi criada para ampliar nosso portfólio voltado ao mercado de reposição e atender os refrigeristas que não precisam da quantidade integral das tradicionais botijas de 11,35 quilos, ou ainda para facilitar o transporte e manuseio do fluido refrigerante durante serviços de manutenção e instalação de sistemas de climatização residencial e comercial”, explica o gestor.

A substância, classificada como atóxica e não inflamável (A1) pela Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (ASHRAE, na sigla em inglês), é uma mistura binária composta pelos hidrofluorcarbonos (HFCs) R-125 (50%) e R-32 (50%), desenvolvida para substituir hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 em novos equipamentos de média e alta temperatura de evaporação, projetados exclusivamente para trabalhar com o R-410A, principalmente condicionadores de ar.

Os sistemas de ar condicionado e as bombas de calor que operam com o Freon 410A possuem desempenho até 45% superior aos similares que utilizam o R-22, fluido refrigerante que está sendo banido do mercado mundial pelo Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, tratado  internacional estabelecido em 1987.

De acordo com a área técnica da Chemours, o Freon 410A é compatível apenas com lubrificantes à base de poliol éster (POE) e apresenta pressão e capacidade de refrigeração significativamente mais altas que as do R-22. Por essa razão, seu uso não é recomendado para substituição do fluido refrigerante R-22 em sistemas existentes.

“O lançamento do Freon 410A em cilindro menor explicita, mais uma vez, nosso compromisso de longa data com os profissionais de refrigeração e ar condicionado. Afinal de contas, somos líderes em inovação nessa indústria há 90 anos”, diz Carlos Ribeiro, ao salientar que o produto está sendo lançado, primeiramente, na América Latina.

“Trazer essa inovação para cá fortalece a atuação da nossa marca na região como um todo e mostra, mais uma vez, que estamos sempre atentos às demandas dos nossos clientes”, acrescenta.

Gisieli & Luis Severo, uma dupla imbatível

Impossível não se encantar com esses dois gaúchos, nascidos no interior do Rio Grande do Sul, hoje, moram em Portão (RS). Há 10 anos juntos, Luis e Gisieli Severo se conheceram no final de 2010.  Cada um tinha seu trabalho e suas metas profissionais e pessoais, mas logo, decidiram que queriam ter uma vida em comum.  Na época, ele com 30 anos, trabalhava no ramo de transportes, e após ser demitido, foi trabalhar em uma empresa de climatização e aquecimento como ajudante. Ela, com 18 anos, trabalhava em uma grande empresa de telefonia e ia intercalando seu trabalho de dia com um segundo turno a noite, ajudando seu marido com os serviços de manutenção e instalação, investindo em ferramentas e capacitação profissional. Com o aumento da demanda de serviços, os dois começaram a batalhar e contrataram mais três ajudantes. E foi assim que a refrigeração mudou o rumo desse casal.

“Percebemos que o nicho do mercado de ar condicionado e refrigeração era muito promissor, porém, faltava muita coisa para que pudéssemos crescer e isso despertou nosso interesse em investir em ferramentas. Fomos fazendo serviços pequenos, pois na época, não tínhamos nenhum curso, somente a prática de instalação e manutenção de equipamentos residenciais e comerciais. No decorrer do tempo, a demanda aumentou e sentimos a necessidade de capacitação profissional. Contratamos mais três pessoas para nos ajudar e assim, a refrigeração mudou o rumo de nossas vidas. Fomos alinhando nossa parceria como casal e profissionais, reforçando a cada dia nosso vínculo. Somos muito parceiros desde o início, pois algumas vezes, os ajudantes não apareciam para trabalhar ou iam com pouca vontade, e nós dois fazíamos todo o trabalho”, contam Luis e Gisieli.

Ela continuava a dupla jornada, se dividindo entre seu trabalho fixo na área administrativa da empresa de telefonia com o de instalação, ajudando Luis.

Em 2015, os dois decidiram que Gisieli sairia do seu trabalho fixo para se dedicar 100% à empresa deles próprios, e fundaram a LG Severo, iniciais dos nomes Luis e Gisieli.

“Dali em diante, juntos, como ‘Casal do HVAC-R’, construímos nossa história no setor. Foram dias de muito trabalho até chegar o reconhecimento, pois, muitas pessoas achavam estranho ver uma mulher instalando um ar condicionado, muitos optavam por não falar com a Gisieli, pois não tinham confiança. Ouvi de muitos o seguinte: ‘como uma menina (era assim que chamavam ela) vai conseguir fazer furos e erguer um equipamento de ar condicionado? Impossível’, e eu tinha que explicar que estávamos começando e que iria acompanhada de um colega. Perdemos até um serviço em uma determinada empresa por ter a presença feminina fazendo este tipo de trabalho”, diz Luis.

O tempo foi passando e juntos, ganharam cada vez mais espaço no mercado, vistos como “o casal de instaladores”, reconhecidos por serem unidos e por passarem confiança de família para os clientes. Investiram em cursos de capacitação, com formação de técnicos em refrigeração, e não perdem nenhum treinamento oferecido por grandes fabricantes, investindo em atualização profissional.

Casamento, profissão e alpinismo industrial

 “Cada dia é um desafio, pois além de sermos casados, somos sócios e colegas de trabalho, até junto a um projeto para instaladores de uma multinacional, nos apresentamos e trabalhamos como casal. Nossa área de atuação é a linha comercial leve (split, teto, cassete e multi), temos parceria com muitos arquitetos, onde iniciamos as obras desde a infraestrutura elétrica, linhas frigorígenas e hidráulica, unindo a utilidades, com o intuito de especificar o equipamento correto, com um atendimento personalizado para que os projetos sejam únicos. Com uma demanda de solicitações, começamos a trabalhar em parceria com alguns instaladores para executar o alpinismo industrial, ou seja, o instalador faz a parte da evaporadora e nós realizamos a instalação da condensadora, via alpinismo”, revela Gisieli.

Gisieli e Luis inovaram no mercado com o alpinismo industrial, através do rapel esportivo

Essa modalidade inédita no mercado, o alpinismo industrial, surgiu através do rapel, um hobbie que eles adoram fazer nas horas vagas. Então, uniram o útil ao agradável!

“Adoramos fazer rapel esportivo, daí surgiu a ideia de trabalharmos com o alpinismo industrial, unindo diversão e trabalho! Atuamos na área de climatização, elétrica e energia fotovoltaica. Temos clientes de muitos anos que atendemos toda a família e também suas empresas. Crescemos como casal e profissionais, cada dia que passamos

juntos é incrível, tanto no amor como na refrigeração. Somos casados há 10 anos, e a preocupação e união de um com o outro continua a mesma! Como diz na bíblia ‘Somos uma só carne’. Com o trabalho que realizamos no HVAC-R, conseguimos a nossa casa própria e sempre estamos fazendo algo. Participamos de projetos sociais para agradecer tudo o que conquistamos até hoje, conhecendo grandes pessoas que são irmãos para nós. Temos muitos amigos em todos os estados do Brasil e fazemos alguns intercâmbios para conhecer a maneira de cada local.

Nós brincamos que um completa o outro, pois quando um não faz o curso na teoria, o outro sabe na prática”, diz sorrindo Gisieli.

Ela participa de muitos eventos para as mulheres, onde busca reconhecimento da presença feminina no setor de HVAC-R, com total apoio de Luis. Eles adoram viajar para lugares diferentes, e sem filhos, têm apenas cães, considerados mascotes da empresa.

“O que levamos conosco é a persistência e honestidade, pois na vida temos que correr atrás de nossos objetivos e sermos honestos e gratos com aqueles que nos oferecem oportunidades. E não para por aí não! Estamos buscando conhecimento profissional para atuarmos no ramo industrial de máquinas de grande porte”, finalizam Gisieli e Luis.

Com atribuições reconhecidas, técnicos em mecânica podem fazer PMOC

Repudiada pelos conselhos de engenheiros, resolução do CFT amplia atuação de profissionais.

Processo há anos aguardado por parte dos profissionais do setor do frio, a aprovação das prerrogativas e atribuições dos técnicos industriais com habilitação em mecânica virou realidade.

As definições fazem parte da Resolução nº 101, emitida pelo Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT) e publicada no Diário Oficial da União de 4 de junho.

De acordo com a legislação, os técnicos em mecânica podem elaborar e executar Planos de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) em sistemas de climatização de ambientes.

Para efeito do exercício profissional, encontram-se entre as atribuições desses profissionais ações para: conduzir, coordenar, gerenciar, executar e os trabalhos de sua especialidade; operar máquinas e equipamentos dentro de sua especialidade; elaborar especificações e laudos técnicos, vistoriar, projetar, dimensionar, comissionar, testar, prestar manutenção, elaborar procedimentos técnicos, instruções de trabalho, gerenciar máquinas e sistemas mecânicos em geral; elaborar especificações e laudos técnicos, projetar e dimensionar equipamentos mecânicos. A lista continua na Resolução.

“A legislação vem para dar autonomia ao técnico sobre aquilo que ele já pratica no dia a dia. Será um estímulo para que os profissionais busquem cada vez mais capacitação, visto que o nosso mercado é dinâmico, está sempre se atualizando e evoluindo, a exemplo do segmento de fluídos refrigerantes”, afirma Carmosinda Santos, técnica em refrigeração e ar condicionado formada pelo Senai-SP.

De outro lado, os conselhos federais de engenharia não gostaram dessa nova legislação. Em nota oficial intitulada “CFT extrapola atribuições em resolução”, o Crea-GO, por exemplo, se posicionou contra a Resolução nº 101.

“Ao elencar supostas atribuições de técnicos industriais com habilitação em mecânica, a resolução extrapola a formação dos profissionais de nível médio, pretendendo conferir a estas atribuições, que são exclusivas de engenheiros mecânicos, profissionais de nível superior”, diz a nota.

Mais adiante, a entidade enfatiza que, “enquanto Conselho que regulamenta o exercício de profissionais das Engenharias, Agronomia e Geociências em Goiás, o Crea-GO, em solidariedade ao Confea, manifesta seu repúdio à resolução que, ao atribuir atividades a profissionais sem a formação adequada, coloca em risco toda a sociedade”.

E finaliza o texto, salientando que, “como sempre fez, a autarquia continuará fiscalizando o exercício das profissões do Sistema e não hesitará em autuar aqueles que não têm a capacidade técnica de exercer determinadas atividades, exorbitando suas funções e colocando a sociedade goiana em risco”.

Para Carmosinda, o próprio Conselho desconhece qual é a real atividade do técnico em campo atualmente, já que ele trabalha exposto aos riscos da profissão, como a manipulação de vasos de pressão e de processos que envolvem energia elétrica, brasagem e intervenção em infraestrutura predial.

“A Resolução nº 101 tirou da ilegalidade a atividade que o técnico já exercia até então, continuamente exposto aos riscos e sem autonomia. Não tinha responsabilidade técnica sobre aquilo que fazia”, reforça.

Respeitada no mercado e reconhecida por romper barreiras, Carmosinda frisa ainda que hoje o engenheiro emite a ART e faz o descritivo do trabalho, mas, na prática, acaba não o executando.

“Com exceções, a maioria não sabe executar determinados trabalhos que o técnico faz habitualmente. Nossas resoluções precisam estar atualizadas com a realidade do mercado, que cresceu demais nos últimos anos, e o Sistema Confea/Creas não acompanhou”, complementa.