Road Show: Formato sinaliza investimentos e crescimento no calendário de eventos do setor

Ferramenta oferece uma série de benefícios significativos, tanto para os organizadores quanto para os participantes e empresas.

Modalidade itinerante, o Road Show é um formato específico de evento que vem sendo cada vez mais utilizado por empresas de diversos segmentos, inclusive no setor de HVAC-R, e se caracteriza por alcançar diferentes locais e regiões de maneira periódica e sequencial, pela proximidade do público-alvo, algo que torna a possibilidade de negócios entre uma empresa e seus potenciais clientes, além de uma excelente oportunidade de fortalecimento da marca e networking.

Muitas empresas do setor de HVAC-R estão fazendo investimentos substanciais para fortalecer e apresentar suas marcas, produtos e compartilhar aprendizado, apostando neste tipo de formato.

Um exemplo é a Trox, que ao longo dos anos, vem trabalhando essa modalidade de evento, buscando identificar regiões estratégicas onde se faz necessário realizar um posicionamento mais consistente da marca e buscar atingir clientes que conhecem pouco sua linha de produtos.

“Por outro lado, é uma forma de irmos até o cliente, e que fique mais acessível para eles, além de serem estruturados conforme as necessidades da região, levando temas que sejam de fato de interesse do público local. O fato de realizarmos eventos regionais nos traz a possibilidade de atrair um público bem diverso, entre projetistas, instaladores e clientes finais das regiões, proporcionando a todos informações sobre os produtos e serviços da Trox e trazendo um tema de interesse comum para todos”, informa Fernando Bassegio – Gerente Corporativo Marketing & E-Commerce da Trox do Brasil.

Fernando Bassegio, Trox do Brasil

Todos os anos, a empresa direciona um valor substancial em seu orçamento para o formato Road show.

Normalmente, os eventos são organizados por região, com base na estratégia de mercado, levando palestras técnicas sobre produtos e temas que sejam de interesse dos participantes. Atualmente, conta com dois tipos de eventos nesse formato: o Trox Road show, que normalmente é promovido nas principais capitais e centros de negócios; o Trox Meet, onde buscam atingir centros menores e com um público mais direcionado.

“Em ambos, temos tido sucesso e uma excelente classificação em termos de satisfação dos participantes”, diz Bassegio.

Necessidades específicas do mercado

O setor de HVAC-R vem experimentando um crescimento nos eventos de Road show, indicando que essa nova modalidade está em alta no mercado.

De acordo com Márcio Pereira, Regional Product Manager South America da Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado do Brasil, esses eventos proporcionam uma plataforma única para alcançar um público mais amplo, permitindo entrar em contato direto com clientes em potencial em diversas localidades. Isso é fundamental para expandir nossa base de clientes e aumentar a conscientização sobre nossas marcas e produtos.

“Além disso, os Road shows nos oferecem a oportunidade de estreitar relacionamentos com clientes existentes, demonstrando nosso compromisso em atendê-los de forma personalizada e atenta às suas necessidades específicas. Esse contato direto e próximo nos permite entender melhor as demandas do mercado em diferentes regiões, adaptando nossa oferta de produtos e serviços de acordo com as particularidades de cada localidade.

Outro benefício importante é a possibilidade de apresentar nossos produtos e serviços de maneira mais interativa e envolvente. Durante os eventos de Road show, podemos realizar demonstrações práticas, workshops e sessões de perguntas e respostas, proporcionando aos participantes uma experiência imersiva que os ajuda a entender melhor os benefícios e diferenciais dos nossos produtos”, destaca Pereira.

Ele acrescenta que, os eventos de Road show são uma ferramenta estratégica essencial para a empresa, pois permitem ampliar a presença no mercado, fortalecer relacionamentos com clientes e prospects, e promover seus produtos e serviços de forma eficaz e memorável

Márcio Pereira, Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado

A Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado realiza investimentos em diversos aspectos para fortalecer a marca e os produtos, promovendo eventos de Road show como uma de suas ações de marketing. Isso inclui desde a criação de materiais promocionais personalizados até a contratação de locais adequados para realização das palestras e workshops. Além disso, investem em logística e infraestrutura para garantir que os eventos sejam bem-sucedidos e proporcionem uma experiência memorável aos participantes.

“A adesão dos profissionais aos eventos Road show geralmente gera resultados positivos. Além de aumentar a visibilidade da nossa empresa e dos nossos produtos, esses eventos proporcionam oportunidades de networking e aprendizado, contribuindo para o desenvolvimento profissional dos participantes. Os principais resultados incluem o aumento das vendas, a consolidação da nossa presença no mercado e a construção de relacionamentos duradouros com os clientes. Os eventos de Road show são organizados levando em consideração as características e necessidades de cada região. Eles podem abordar uma variedade de temas relevantes para o nosso setor, desde as tendências mais recentes até as melhores práticas e soluções inovadoras. Além das palestras e workshops, os eventos podem incluir atividades práticas, demonstrações de produtos e sessões de networking. Nosso objetivo é proporcionar uma experiência completa e enriquecedora para os participantes, promovendo a atualização profissional mesmo em locais carentes de informação”, revela.

Na Johnson Controls-Hitachi, o número de Road show realizados por ano varia de acordo com a demanda e a estratégia da empresa. Geralmente, são realizados uma série de eventos ao longo do ano, cobrindo diferentes regiões e públicos-alvo. A frequência dos eventos aumenta em períodos de lançamento de novos produtos ou campanhas específicas de marketing, em média 20 eventos por ano.

Além dos benefícios já mencionados, Pereira acrescenta que o Road show permite coletar feedback direto dos clientes e prospectar novas oportunidades de negócio, sendo uma ferramenta essencial para manter a empresa relevante e competitiva no mercado, demonstrando o compromisso com a inovação e o atendimento às necessidades dos clientes.

Débora Romanini, Analista de Marketing da Danfoss do Brasil, diz que os Road shows são ótimas oportunidades de levar conhecimento à diversas áreas do país, além da aproximação com o público do setor.

“Mensalmente, temos nossos treinamentos de refrigeração, que acontecem na sede da Danfoss, em Osasco (SP), porém, é muito importante disseminarmos as informações corretas sobre manutenção e instalação de nossos produtos para todos. Adicionalmente, os Road shows nos permitem esse contato pessoal com o técnico para gerar maior engajamento da comunidade técnica com a nossa marca, onde além de transmitir conhecimento técnico, nos permite obter importantes insights de mercado diretamente de nossos usuários finais ou contratistas, e podemos fazer melhorias em nossa proposta de valor. Também temos os workshops práticos, onde o técnico pode verificar diretamente a qualidade dos produtos. Esses eventos estreitam o relacionamento com o nosso cliente”, comenta Débora.

Road show Danfoss: oportunidades de levar conhecimento à diversas áreas do país, além da aproximação com o público

Nesta modalidade de eventos, os investimentos da Danfoss são feitos para locação de espaço, alimentação, transporte do time, palestrante, transporte de produtos para exposição e, em alguns casos, para demonstrações no local.

Na opinião de Débora, a adesão dos profissionais é essencial, principalmente quando se fala em instruir os técnicos sobre a instalação e manutenção correta dos produtos da empresa, onde treinamento e conhecimento são parte do DNA da Danfoss: “No início do ano, montamos um planejamento com todas as ações e planos de eventos para o ano todo. Os Road shows são incluídos nesta lista. De acordo com o nosso planejamento de vendas, escolhemos os locais, envolvendo diversas áreas da empresa: time de marketing na organização, time de vendas e distribuição que apoiam na divulgação, time de aplicação com o conhecimento técnico, entre outras áreas”, informa.

Na Danfoss, a quantidade de eventos varia a cada ano. Normalmente, em ano sem uma grande feira como a Febrava, a empresa realiza em média seis Road shows pelo Brasil, direcionados ao público de refrigeração e ar-condicionado, além de Road shows para o segmento de drives.

Em formato Road Show, Circuito dos Instaladores acontece em parceria com o SENAI

Um universo multimarcas por todo o Brasil

Assim como outras modalidades de road show já desenvolvidas por empresas, surge a necessidade de expandir o alcance, promovendo estratégias de divulgação que reúnam empresas de diferentes segmentos em um único evento. Isso facilita as conexões entre negócios de HVAC-R, promove o networking e alivia as empresas das preocupações com custos, logística, organização e divulgação.

Nesse contexto, destaca-se o Circuito dos Instaladores, Road Show itinerante gratuito promovido pelo Clube do Frio e Revista do Frio em parceria com o SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, que a cada ano ganha notoriedade, com auditórios lotados, palestras interativas, apresentação de produtos e grandes empresas patrocinadoras, consolidando a marca no mercado.

Gustavo Moreira Gondin, seguindo o legado de seu avô, Oswaldo Moreira, é o idealizador do Circuito dos Instaladores, juntamente com Josenaldo Elias, unindo a classe instaladora aos fabricantes e profissionais do setor em prol do mercado de HVAC-R.

Gustavo Moreira e Josenaldo Elias, idealizadores do Circuito dos Instaladores

“Em 2021 realizamos o primeiro Circuito dos Instaladores com apoio do SENAI e patrocínio de grandes empresas do mercado de refrigeração e ar condicionado. O formato Road show foi pensado para valorizar o instalador, reunindo técnicos, mecânicos, engenheiros e fabricantes, com o objetivo de promover e levar conhecimento para todas as regiões do país, em especial as mais carentes de acesso a informações de qualidade, atualização profissional e aos demais eventos concentrados no eixo Rio-São Paulo. Desde então, o Circuito dos Instaladores foi ganhando espaço no mercado, aumentamos os números das praças em diversas regiões do Brasil, hoje ao todo, temos sete praças em várias cidades do Brasil. Além disso, reunimos um time de profissionais em cada uma das cidades, conhecidos como embaixadores representando suas regiões. Contamos com grandes empresas patrocinadores que participam das palestras técnicas, exposição de produtos e demais ações relativas ao Circuito”, revela Gustavo Moreira Gondin, Diretor da Revista do Frio e Clube do frio.

Ele acrescenta que a intenção sempre foi rodar o Brasil criando oportunidades de para os instaladores: “Existem muitas cidades carentes de informações e muitos fabricantes não chegam até elas, assim, conseguimos envolver também os fabricantes, tanto de equipamentos quanto de insumos para o mercado de refrigeração e ar condicionado. A ideia é facilitar a vida do instalador, sanar dúvidas e proporcionar aprendizado dirigido”.

Outro ponto destacado por Gustavo é a parceria com as escolas do SENAI, onde são realizados os eventos, permitindo uma interação mais próxima e pessoal com o público-alvo, além do feedback imediato dos participantes.

“O Circuito já está consolidado no calendário de eventos Road show do setor e caiu na graça do público instalador e, também, gerando inúmeros benefícios para as empresas de HVAC-R que enxergaram a exposição da marca, proximidade com seu público-alvo, prospecção de negócios e muito networking. Todas as ações são produzidas pela nossa equipe, desde a organização até vídeos, transmissão ao vivo, totens, brindes e coffee-breaks, facilitando a divulgação e promoção tanto para as grandes empresas quanto para os instaladores. No final de 2023, registramos um aumento significativo no número de participantes, com um incremento de aproximadamente 300% em relação a 2021. Agora, estamos alcançando cerca de 300 a 400 participantes por dia, ou seja, informando aproximadamente 3 mil instaladores por ano”, comemora Gustavo

Em formato híbrido, o evento também é transmitido em tempo real pelo canal do Youtube do Clube do Frio, com alcance maior de profissionais.

IA e IoT em prol da automação inteligente, monitoramento remoto e análise preditiva

À medida que a IA – Inteligência Artificial e a IoT – c continuam a evoluir, o setor de HVAC-R se beneficia com soluções cada vez mais avançadas e integradas. A automação inteligente, monitoramento remoto e a análise preditiva, por exemplo, têm o potencial de transformar completamente a forma como projetamos, operamos e mantemos sistemas de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração, tornando-os mais eficientes, confiáveis e sustentáveis.

De acordo com Mário Henrique Canale, presidente da Asbrav (Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação) a integração da Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), nos sistemas de HVAC-R está revolucionando o setor, abrindo caminho para uma era de eficiência energética sem precedentes e experiências de usuário personalizadas. Esta inovação representa uma mudança significativa na forma como interagimos e gerenciamos esses sistemas essenciais.

“Um dos avanços mais notáveis é a capacidade de realizar manutenção preditiva. Através da análise de dados em tempo real e do aprendizado de máquina, os sistemas podem prever falhas e problemas antes que eles ocorram, reduzindo o tempo de inatividade e os custos de manutenção. Isso não apenas prolonga a vida útil do equipamento, mas também garante que ele opere com eficiência máxima. Outra aplicação inovadora é a otimização automatizada de sistemas. Os algoritmos de IA podem ajustar continuamente as configurações de HVAC-R com base em variáveis como temperatura externa, umidade e padrões de ocupação. Isso resulta em um ambiente mais confortável para os ocupantes e, ao mesmo tempo, reduz o consumo de energia, alinhando-se com as metas de sustentabilidade. Além disso, sistemas inteligentes já são capazes de integrar perfeitamente com outras tecnologias de automação residencial e comercial. Isso permite um controle mais intuitivo e conveniente dos sistemas de climatização, melhorando a experiência geral do usuário”, explica Canale.

Hoje, o setor reconhece o potencial transformador na adoção dessas tecnologias para impulsionar a eficiência, o conforto e a sustentabilidade e espera-se que os sistemas se tornem cada vez mais inteligentes, eficientes e adaptáveis às necessidades dos usuários.

Gabriel Sartori, engenheiro de aplicação com especialidade em IoT da Carel

“Atualmente, a integração da Internet das Coisas (IoT) e da Inteligência Artificial (IA) em sistemas de monitoramento remoto é uma realidade. Essa integração permite a coleta de dados em tempo real, os quais são posteriormente integrados em sistemas de nuvem que consolida informações de diversos sistemas de monitoramento, utilizando a inteligência artificial para identificar problemas e aprimorar o desempenho. Essa abordagem está transformando a gestão de sistemas de HVAC-R, possibilitando o monitoramento contínuo, a implementação de manutenção preditiva e a personalização do ambiente. Como resultado, obtemos uma gestão mais estratégica, eficiente e adaptável desses sistemas, proporcionando conforto ideal aos usuários e reduzindo os custos operacionais” informa Gabriel Sartori, engenheiro de aplicação com especialidade em IoT da Carel.

Sartori destaca as aplicações do BOSS, solução de supervisão evoluída, integrando as últimas tecnologias disponíveis no mercado e explorando-as para todas as aplicações de refrigeração e ar condicionado; e do RED, que consolida informações de diversos sistemas de monitoramento, utilizando a inteligência artificial para identificar problemas e aprimorar o desempenho

Na opinião de Fabio Cardoso, diretor da Every Control, as iniciativas de Inteligência Artificial no setor de HVAC-R ainda estão em estágio inicial onde hipóteses estão sendo testadas, assim como tipos de robôs e seleção de variáveis relevantes.

Fabio Cardoso, engenheiro e diretor da Every Control

“Estamos em período de aquisição e formação da base de dados para operação e refinamento futuro. Dessa forma, ainda não permitem alterações relevantes na gestão dos sistemas, mas os testes revelam resultados muito promissores para um futuro próximo. Os resultados dos nossos testes apontam para contribuições relevantes em todas as áreas da cadeia do frio, com redução do consumo energético, predição de manutenções e consequente minimização do impacto ambiental. Neste momento, nossos testes no Brasil estão em curso para câmaras frigoríficas e sistemas de ar condicionado simples”, aponta Cardoso.

Dos produtos que a Every Control oferece para aplicações de Iot e IA estão a linha EV3 292 e EV3 294 com EVLINK WIFI para câmaras frigoríficas, e os modelos NODE da linha CPRO3 de controladores programáveis para supermercados e para conforto térmico.  

Maicon Giesch, engenheiro de desenvolvimento da Full Gauge Controls, enfatiza a integração da Inteligência Artificial (IA) com os modernos controladores eletrônicos nos sistemas de HVAC-R e a transformação da maneira como esses sistemas são monitorados e gerenciados.

Sistema de supervisão prevê falhas e problemas antes que eles ocorram, integrando as tecnologias para aplicações de refrigeração e ar condicionado

“Sensores e controladores eletrônicos equipados com padrões de comunicação, desempenham um papel crucial na coleta de dados em tempo real. Esses dados são então utilizados pela IA para análise e tomada de decisões inteligentes. Ao analisar grandes volumes de dados coletados por diferentes sensores, a IA é capaz de identificar padrões, correlações e tendências significativas. Essa análise matemática dos dados permite que a IA forneça insights valiosos sobre o desempenho do sistema de HVAC-R e potenciais áreas de melhoria. 

Maicon Giesch, engenheiro de desenvolvimento da Full Gauge Controls

Além disso, a IA pode considerar diversas variáveis e estados de controle, levando a uma compreensão mais completa e precisa do sistema de refrigeração. Essa abordagem possibilita uma poderosa ferramenta de análise e monitoramento, permitindo uma 

gestão mais eficiente e proativa do sistema. A utilização das soluções da Full Gauge proporciona um controle abrangente e uma análise detalhada do sistema de refrigeração. Isso permite a análise eficiente de dados e a implementação de ações autônomas no sistema HVAC-R, resultando em uma operação robusta, eficiente e confiável, comenta Giesch.

A linha de produtos da Full Gauge contempla uma variedade de soluções eletrônicas com conectividade e integração com o software Sitrad. Entre os tipos de controles disponibilizados, são ofertadas soluções para controle de temperatura, umidade, pressão, grandeza elétrica, entre outros.

Áreas aplicáveis e benefícios

O IoT e a IA desempenham papéis essenciais na área de manutenção preditiva e prevenção de falhas, eficiência energética e minimização do impacto ambiental. Por meio da integração de dispositivos IoT, como sensores de temperatura e pressão, em sistemas de refrigeração, é possível coletar dados em tempo real sobre o desempenho do equipamento.

“A IA entra em cena ao analisar esses dados, identificando padrões e anomalias que podem indicar problemas iminentes. Isso permite que a equipe de manutenção intervenha antes que ocorra uma falha, reduzindo o tempo de inatividade e os custos associados. Além disso, a IoT e a IA possibilitam a otimização do consumo de energia ao ajustar automaticamente as configurações dos sistemas de refrigeração com base nas condições ambientais e na demanda de energia. Isso não apenas reduz os custos operacionais, mas também minimiza o impacto ambiental, contribuindo para uma operação mais susten-tável. O avançado sistema de monitoramento Boss exemplifica essa evolução ao permitir o recebimento de alertas diretamente nos dispositivos móveis por meio do Telegram e e-mails, proporcionando uma resposta ágil a possíveis problemas, hoje também é possível integrar qualquer controlador que tenha suporte ao protocolo de comunicação Modbus ao Gateway Wi-Fi da CAREL, que permite estabelecer uma conexão de dados com a supervisão sem a necessidade da utilização de cabos, facilitando instalações que não estejam prontas para um sistema de monitoramento. Com a integração ao sistema RED em nuvem a capacidade da IA se expande significativamente. A análise em tempo real dos dados e a identificação de padrões possibilitam melhorias contínuas no desempenho da refrigeração, identificando áreas de aprimoramento e sugerindo estratégias de otimização. Essa abordagem não apenas impulsiona a eficiência operacional, mas também reduz os custos de manutenção e energia, promovendo uma operação mais sustentável e consciente do impacto ambiental”, explica Sartori.

Monitoramento remoto integrado proporciona redução do consumo energético e predição de manutenções

Segundo ele, essas tecnologias oferecem um monitoramento remoto contínuo, permitindo a detecção precoce de problemas e a previsão de falhas, o que resulta em uma redução significativa do tempo de inatividade e dos custos de manutenção. “Além disso, ao otimizar o desempenho e o consumo de energia e ao personalizar as configurações de acordo com as necessidades específicas, promovem uma operação mais eficiente, econômica e sustentável das instalações frigoríficas. No geral, o IoT e a IA capacitam os usuários a alcançar maior controle, eficiência e confiabilidade em seus sistemas de refrigeração, melhorando significativamente a qualidade e a segurança dos produtos armazenados”.

O engenheiro de desenvolvimento da Full Gauge acrescenta que o uso da IA possibilita o aprendizado e a análise em tempo real do comportamento do sistema de refrigeração.

“No caso de uma câmara fria, temos um processo que opera como um ciclo contínuo, com acionamentos e padrões de temperatura bem definidos. A IA pode comparar esse comportamento em tempo real e ao detectar desvios, alertar o usuário antecipadamente sobre possíveis problemas. Isso permite uma abordagem preventiva, onde perdas de desempenho no sistema de refrigeração podem ser observadas e corrigidas antes que se agravem. Essa perda de desempenho pode ser atribuída a diversos fatores, como condensador sujo ou obstruído, vazamento de gás, evaporador bloqueado, entre outros. Ao manter o sistema de HVAC-R otimizado, é possível reduzir significativamente o consumo de energia, o que resulta em menores gastos operacionais e uma redução no impacto ambiental associado à operação do sistema”.

Entre os benefícios, Giesch destaca:

– Otimização do processo de refrigeração: a integração de controladores e sensores permite monitorar constantemente as condições de temperatura e umidade em várias partes da instalação. Com a IA processando esses dados em tempo real, é possível ajustar automaticamente os sistemas de refrigeração para otimizar o desempenho;

– Redução no consumo de energia: Ao analisar padrões de uso e condições ambientais, a IA pode identificar oportunidades de economia de energia. Isso pode incluir ajustes na operação dos equipamentos de refrigeração e a implementação de horários de funcionamento mais eficientes, resultando em uma redução significativa nos custos operacionais relacionados ao consumo de energia;

– Garantia das condições de armazenamento dos produtos perecíveis: com o monitoramento contínuo das condições das instalações frigoríficas, e a IA analisando os dados coletados, os usuários podem garantir que os produtos perecíveis sejam armazenados em condições ideais de temperatura e umidade. Isso ajuda a evitar perdas devido à deterioração precoce e garante a qualidade dos produtos ao longo do tempo. Além disso, a análise de dados pode ajudar a identificar problemas potenciais antes que afetem a qualidade do frio, permitindo uma intervenção rápida e eficaz.

Software oferece soluções para controle de temperatura, umidade, pressão, grandeza elétrica, entre outros

 Realidade e desafios

Com os avanços contínuos, o Brasil está caminhando em direção a um paradigma de refrigeração inovador e inteligente que promete um impacto positivo e duradouro para o setor de HVAC-R.

“Temos inúmeros exemplos de clientes que vêm se beneficiando do uso cada vez maior do Sitrad. Na área de supermercados, por exemplo, várias lojas conseguiram zerar a perda perecíveis e conquistar economia de energia elétrica, além de otimizar os custos de operação e manutenção. Em um caso específico, em poucas horas de funcionamento do software, o encarregado da manutenção, por meio de relatórios gráficos, descobriu a origem do problema dos freezers que estava causando a perda dos sorvetes e indicou melhorias imediatas. 

Ele conseguiu identificar que a resistência de degelo não tinha capacidade de realizar o processo completamente, necessitando efetuar a troca por uma resistência mais potente. Além disso, as informações revelaram que o tempo entre o carregamento de produtos e a abertura do estabelecimento, impediam que o ambiente atingisse a temperatura desejada no período. A partir dessa informação, o supermercado passou a iniciar mais cedo o processo de carregamento do produto, permitindo que o freezer atingisse a temperatura desejada antes da chegada do cliente ao supermercado”, exemplifica Giesch.

Outro exemplo é descrito por Sartori: “Esses conceitos já são uma realidade e estão trazendo benefícios tangíveis em várias partes do mundo. Um exemplo é uma grande rede de supermercados que implementou um sistema de IoT e IA em seus sistemas de refrigeração. Com esse sistema, a rede de supermercados conseguiu uma melhor gestão dos alarmes, o que permitiu a alocação eficiente de mão de obra qualificada para resolver problemas de forma rápida e eficaz. Isso resultou em uma redução significativa do tempo necessário para diagnosticar e solucionar falhas, minimizando assim o tempo de inatividade dos sistemas. Além disso, a implementação da manutenção preditiva e preventiva permitiu aumentar a vida útil dos equipamentos como um todo. A capacidade de identificar e corrigir problemas antes que se tornem críticos ajudou a evitar falhas catastróficas e prolongar a vida útil dos equipamentos de refrigeração. Como resultado dessas melhorias, o ciclo de vida dos equipamentos ganhou uma grande melhoria, proporcionando uma operação mais eficiente e econômica para a rede de supermercados. Isso não apenas reduziu os custos de manutenção, mas também melhorou a qualidade e a segurança dos produtos armazenados, garantindo uma experiência satisfatória para os clientes”.

Apesar de seus muitos benefícios, a implementação da IA e IoT em sistemas de HVAC também traz desafios, como a necessidade de investimento inicial e treinamento especializado para gerenciar essas tecnologias avançadas. Outra questão é relacionada à privacidade e segurança dos dados coletados pelos sistemas inteligentes, que são de grande importância.

“O maior desafio é difundir sobre o potencial transformador da IoT e da IA nas operações de sistemas de refrigeração. Para muitos, esses termos podem parecer abstratos ou confusos, e o desafio é explicar de forma acessível e fácil como essas tecnologias podem fazer a diferença. Uma abordagem séria destacar os benefícios práticos que a IoT e a IA podem trazer para a eficiência operacional e a economia de custos. Por exemplo, explicar como sensores conectados podem monitorar em tempo real as condições de temperatura e umidade em uma instalação de refrigeração, enquanto algoritmos de IA podem analisar esses dados para otimizar o desempenho do sistema, prever falhas e evitar tempo de inatividade não planejado. Além disso, é importante demonstrar como a implementação da IoT e da IA pode simplificar e automatizar tarefas operacionais complexas, reduzindo a carga de trabalho da equipe e permitindo uma resposta mais rápida a problemas e necessidades do sistema. Essa abordagem educativa pode ajudar a conscientizar as pessoas sobre o valor e o impacto potencial dessas tecnologias, incentivando sua adoção e integração mais amplas nas operações de refrigeração” revela Sartori.

Giesch aponta a digitalização dos processos como ponto crucial para a implementação bem-sucedida da Inteligência Artificial nos sistemas de refrigeração e ar-condicionado.

“A adoção de controladores e sensores eletrônicos com conectividade permite a coleta de uma quantidade significativa de dados, o que é essencial para a eficácia dos algoritmos de IA na otimização do desempenho e na detecção de anomalias. Ao substituir soluções de controle mecânicas ou analógicas, como pressostatos e termostatos, por soluções digitais com conectividade, as empresas podem obter benefícios substanciais, como maior precisão e repetibilidade nos processos. A capacidade de controlar remotamente esses sistemas por meio de interfaces digitais oferece maior flexibilidade e eficiência operacional. No entanto, a mudança de cultura e a aceitação dessas novas tecnologias podem representar desafios significativos. A resistência à mudança por parte dos funcionários e a necessidade de treinamento adequado para a utilização das novas soluções são aspectos importantes a serem considerados no processo. Portanto, para superar esse desafio, é fundamental investir em programas de capacitação e conscientização, destacando os benefícios da digitalização e da adoção de tecnologias de IA nos sistemas de refrigeração e ar-condicionado. Além disso, é importante garantir que as soluções digitais escolhidas sejam robustas, seguras e compatíveis com os requisitos específicos do setor, a fim de garantir uma transição bem-sucedida para um ambiente mais digitalizado e eficiente”, conclui.

 

Vamos falar sobre óleo lubrificante?

As adaptações essenciais na mudança de óleo do sistema frigorífico envolvem sua seleção cuidadosa, definição adequada, execução correta dos procedimentos, monitoramento da temperatura e capacitação contínua da equipe.

Os óleos lubrificantes utilizados em sistemas de refrigeração desempenham um papel de extrema importância na lubrificação do compressor e na eficiência geral do sistema, evitando o desgaste prematuro e o superaquecimento. Diferentes tipos de compressores e refrigerantes podem requerer óleos específicos, pois a combinação adequada previne sérios problemas em equipamentos da cadeia do frio. A incompatibilidade entre essas substâncias pode levar à formação de ácidos, corrosão, lubrificação insuficiente, carbonização do óleo e danos irreversíveis ao compressor, podendo resultar na inutilização de componentes ou da máquina inteira.

Apesar de os fabricantes fornecerem manuais com informações sobre o assunto, equívocos na execução dos serviços ainda ocorrem, o que, idealmente, não deveria acontecer. Por isso, investir tempo e recursos nesses aspectos contribuirá significativamente para a eficiência operacional e a vida útil prolongada do sistema frigorífico.

Atualmente, o mercado oferece diversos tipos de óleos lubrificantes, como Óleo Mineral (MO), Polioléster (POE), Alquilbenzeno (AB), Poliolester e Alquilbenzeno (POE/AB), Polialquileno Glicol (PAG) e Polivinil Éter (PVE), cada um deles destinado a uma aplicação específica, com características essenciais distintas, incluindo viscosidade, miscibilidade, floculação e umidade, que determinam sua adequação para diferentes usos.

Óleos Minerais (MO) são derivados do petróleo e são amplamente utilizados em sistemas de refrigeração. A mudança de óleo mineral deve ser feita de acordo com o intervalo recomendado pelo fabricante, sempre verificando sua viscosidade e especificações.

Os óleos Polioléster (POE) são sintéticos e compatíveis com uma variedade de refrigerantes. São frequentemente utilizados em sistemas de ar condicionado e refrigeração. Ao trocar de óleo mineral para POE, por exemplo, é necessário limpar completamente o sistema para evitar incompatibilidades. Certifique-se de seguir as orientações do fabricante para a drenagem e recarga.

Óleos Alquilbenzeno (AB) são sintéticos e adequados para sistemas que utilizam HCFCs e alguns HFCs. Recomendações do fabricante para a transição de óleo é de extrema importância para o bom funcionamento do sistema.

Óleos Poliolester e Alquilbenzeno (POE/AB) são misturas que podem ser usadas para combinar as vantagens de ambos os tipos. Certifique-se de que a mistura seja compatível com os componentes do sistema. O procedimento de troca deve levar em consideração as características específicas da mistura.

Óleo Polialquileno Glicol (PAG) é um lubrificante sintético formulado para operar sob altas cargas e temperaturas e pode ser utilizado em todos os compressores. Uma de suas características é o aumento na durabilidade dos equipamentos e maior economia de combustível e confiabilidade operacional.

Polivinil Éter (PVE) é um óleo sintético desenvolvido especialmente para aplicações em compressores herméticos para sistemas de refrigeração. Este produto oferece diversas vantagens em aplicações que utilizam os fluidos refrigerantes HFC.

“Favorecer o resfriamento, proteção contra ferrugem e vedação são algumas das vantagens ao selecionar produtos de qualidade para os equipamentos. Lubrificantes de alta performance garantem ciclos de vida estendidos, permitindo operação por longos períodos sem a necessidade de trocas frequentes. Os compressores são equipamentos fundamentais em diversos setores da indústria brasileira, atuando no fornecimento de ar ou gás para uma variedade de processos.

Assim como o coração é vital para o funcionamento do corpo humano, os compressores exigem cuidados especiais, especialmente no que diz respeito à lubrificação. Esses equipamentos dependem do lubrificante para desempenhar suas funções. Alguns produtos favorecem o resfriamento, vedação e lubrificação dos componentes internos da máquina, melhorando sua eficiência operacional”, afirma Luiz Maldonado, CEO da Lubvap Special Lubrificants, empresa de distribuição e soluções em lubrificação industrial.

Lubrificantes de alta performance garantem ciclos de vida estendidos, permitindo operação por longos períodos sem a necessidade de trocas frequentes.

Ele orienta ainda que, a escolha do lubrificante ideal requer uma consideração cuidadosa do ambiente ao qual ele está exposto. Fatores como umidade, altas temperaturas, gás e ar comprimido, partículas de metal, solubilidade do gás e superfícies de descarga quentes devem ser levados em conta.

“Um lubrificante eficaz deve oferecer estabilidade à oxidação, proteção contra desgaste e corrosão, bom desempenho em amplas faixas de temperatura, longa vida útil e capacidade de resfriar o gás refrigerado durante a compressão, além de vedar contra vazamentos do fluido refrigerante. Ao selecionar um lubrificante, é essencial consultar as recomendações do fabricante do equipamento, pois alguns exigem o uso de uma marca específica como condição de garantia. Mudanças de marca só devem ser consideradas após o término do período de garantia”, explica Maldonado.

Diretrizes gerais para a adaptação de sistemas

A adaptação de sistemas de refrigeração envolve considerações importantes para garantir o desempenho eficiente e a conformidade com regulamentações ambientais.

Hoje, existe uma maior variedade de fluidos refrigerantes em uso e, por isso, é preciso estar atento a sua compatibilidade com os diferentes tipos de óleo lubrificante. Vale lembrar que a compatibilidade entre esses dois elementos é essencial para o bom funcionamento do compressor e para a vida útil de todo o sistema frigorífico.

Especialistas apontam algumas diretrizes gerais para a adaptação de sistemas e procedimentos gerais para a mudança de óleo:

– Desligue o sistema: Antes de qualquer trabalho, desligue o sistema de refrigeração para garantir a segurança durante a manutenção.

– Drenagem do óleo antigo: Remova completamente o óleo antigo do sistema. Pode ser necessário inclinar o compressor ou utilizar bombas de extração para garantir uma drenagem completa.

– Limpeza do sistema: Certifique-se de que o sistema esteja limpo e livre de contaminantes antes de adicionar o novo óleo.

– Adição do novo óleo: Adicione o óleo novo de acordo com as especificações do fabricante. Utilize o tipo e a quantidade corretos de óleo.

– Operação de vácuo: Após a mudança de óleo, realize um vácuo no sistema para remover qualquer umidade residual e gases não condensáveis.

– Verificação de vazamentos: Antes de colocar o sistema em operação, verifique se há vazamentos e corrija-os, se necessário.

– Monitoramento: Implemente sistemas de monitoramento para acompanhar a temperatura e a qualidade do óleo ao longo do tempo.

– Registros de manutenção: Mantenha registros detalhados de todas as mudanças de óleo e manutenções realizadas no sistema.

Inovações e tendências em vitrines refrigeradas

Setor de refrigeração comercial acompanha mudanças que visam aprimorar a eficiência energética e funcionalidade dos equipamentos, além de atender às crescentes demandas dos consumidores por experiências de compra mais atraentes e sustentáveis.

À medida que avançamos para o futuro, as vitrines refrigeradas continuam a evoluir para atender às necessidades do mercado alimentar. A eficiência energética, sustentabilidade, conectividade dos equipamentos, autosserviço e uma abordagem centrada no consumidor, impulsionam as inovações neste setor. Estas tendências não apenas transformam a maneira como os produtos são exibidos, mas também garantem melhor conservação dos alimentos, evitando o desperdício, e aprimoram a experiência de compra, criando um ambiente mais eficiente e atraente para consumidores e varejistas.

Trata-se de um setor gigante! Segundo a Abras – Associação Brasileira de Supermercados, cada vez mais as empresas de autosserviço do Brasil e do mundo, estão se organizando em ecossistemas, agregando à sua atividade produtos e serviços complementares que trazem novas possibilidades de negócios e de benefícios aos consumidores. 17 das 20 maiores redes do Ranking Abras 2023 contam com operações de atacarejo e autosserviço.

“O varejo de alimentos hoje é híbrido, trazendo uma nova proposta de valor para os consumidores, que têm ampliado a frequência de compras. O atacarejo tem procurado ganhar força em categorias como açougue e FLV (abreviação usada para a categoria de frutas, legumes e vegetais dentro do varejo), que impactam o custo operacional. Esse é o grande desafio para o setor continuar a crescer com rentabilidade”, afirma Roberto Butragueño, diretor de varejo da NielsenIQ Brasil.

A Research and Markets divulgou recentemente um relatório apontando que o mercado global de vitrines refrigeradas atingirá US$ 13,4 bilhões até 2030. Estimado em US$ 8,2 bilhões no ano de 2022, deverá atingir um tamanho revisado de US$ 13,4 bilhões até 2030, crescendo 6,3% durante o período de análise 2022-2030.

O relatório examina os expositores refrigerados (RDCs) e oferece insights sobre a participação percentual de mercado dos principais concorrentes globais em 2023, categorizando sua presença competitiva no mercado como forte e ativa, considerando o crescimento no segmento de operação remota em 5,6% para o próximo período de 8 anos. O estudo aponta também o impacto da pandemia no varejo alimentar e a emergência do “novo normal”, destacando o papel das alternativas digitais de delivery na condução do crescimento deste setor em 2020.

Autosserviço e design apontam tendências dos equipamentos

Mas você deve estar se perguntando qual o papel do setor de HVAC-R neste contexto! Um dos pontos destacados pelos fabricantes de vitrines refrigeradas, além da eficiência energética e conectividade, é o autosserviço aliado ao design dos expositores, se tornando cada vez mais importante para atrair os consumidores. Equipamentos com design moderno, iluminação LED atraente e opções de personalização para se alinhar à identidade da marca são tendências crescentes.

A Metalfrio, por exemplo, acaba de lançar a linha de refrigeradores Porta Dupla com mais capacidade de armazenamento otimizado e maior oferta de bebidas na temperatura ideal de consumo. Comporta diferentes embalagens com uso das prateleiras reguláveis e independentes, além de maior área para promoção e exposição de produtos refrigerados, iluminação em LED, porta de vidro antiembaçante e termostato frontal que possibilita selecionar as funções: Congelados para alimentos, e Refrigerados para bebidas. Seu sistema de refrigeração cold wall, garante baixo consumo de energia e opera com fluido refrigerante de baixo impacto ambiental. As prateleiras contam com precificadores, garantindo flexibilidade na exposição de produtos de acordo com o estoque ou necessidade. São ideias para utilização em conveniências, fastfoods, restaurantes, padarias, supermercados, grandes redes varejistas e lojas de autosserviço.

Já a Eletrofrio, entre outros equipamentos, disponibiliza uma linha completa de vitrines refrigeradas Autosserviço abertas para hortifrútis em diversos tamanhos e capacidades.

A solução alia as vantagens da simplicidade, do baixo custo no consumo de energia e da segurança operacional, além da baixa carga de refrigerante. Integradas aos sistemas com HighPack, proporcionam redução de mais de 90% da carga de gás quando comparados a sistemas de expansão direta para projetos com a mesma capacidade de refrigeração. Os equipamentos destinados a essas instalações atendem às diversas especificidades de cada unidade, embora haja sempre uma padronização dos espaços. Alguns modelos possuem umidificadores para a conservação dos alimentos frescos e são utilizados em supermercados de grande e médio porte, além das redes de hortifrútis.

Unindo vitrines verticais e horizontais, a Arneg fornece balcões de serviço refrigerados, desenvolvidos pensando na apresentação para o consumidor. Os expositores combinados incorporam dois compartimentos refrigerados separados com otimização de espaço. Combinam a facilidade de recolha de produtos típica de uma ilha com a visibilidade de um armário vertical.

São personalizáveis com diversos tipos de acabamentos, bases lineares ou moldadas e vidro reto ou curvo. Os expositores para congelados são fechados, evitando a perda do frio, mirando a eficiência energética.

A fabricante IMF Lince tem modelos de vitrines abertas e fechadas, desenvolvidas especialmente para se adequarem a cada necessidade do consumidor, tanto na questão de itens para a venda, quanto em equipamentos para a manutenção do estabelecimento. Entre os benefícios oferecidos, o destaque é a economia no consumo de energia elétrica. A empresa aposta na comercialização de expositores fechados passando a ideia de mais segurança aos consumidores.

Funcionalidade e desempenho

As tendências em vitrines refrigeradas para supermercados e estabelecimentos comerciais acompanham as inovações tecnológicas, as demandas dos consumidores e as preocupações ambientais. A conscientização ambiental está levando muitas empresas a adotar práticas mais sustentáveis, desenvolvendo equipamentos com melhor desempenho das máquinas e reduzindo os custos operacionais para os clientes, sistemas de refrigeração que utilizam refrigerantes naturais, centrais frigoríficas dotadas de compressores de velocidade variável, motoventiladores eletronicamente comutados, válvulas de expansão eletrônicas e sistemas de automação e monitoramento remoto.

No quesito eficiência energética, a utilização de compressores mais eficientes, isolamento térmico de última geração e sistemas de gerenciamento de energia inteligentes são algumas das características que têm se destacado. Sensores conectados à internet permitem monitorar o desempenho de um sistema de refrigeração em tempo real, ao fornecer dados precisos que podem ser usados para otimizar sua operação com monitoramento de parâmetros como temperatura, umidade e consumo de energia. Isso também possibilita prever e identificar rapidamente qualquer problema, o que ajuda a evitar gastos significativos em manutenções corretivas.

O processo de monitoramento remoto integra, hoje, todos os componentes e equipamentos de um sistema de refrigeração, permitindo que plataformas de gerenciamento de dados façam análise precisas da operação e do comportamento do sistema. Por meio da automação, realizam-se também a programação de horários de funcionamento e os ajustes automáticos com base nas condições ambientais e de demanda. Durante os períodos de baixa ocupação, por exemplo, os sistemas podem ser configurados para reduzir a capacidade de refrigeração ou ajustar a ventilação de acordo com a necessidade, resultando em considerável economia de energia.

Assim, abre-se caminho para que decisões sejam tomadas automaticamente, em busca da melhor performance e qualidade do frio. Ao atingir tal patamar, a automação dos equipamentos beneficia grandemente o varejo de alimentação.

Sobre os fluidos refrigerantes, os fabricantes de equipamentos têm buscado soluções alternativas aos compostos fluorados nocivos à camada de ozônio e/ou de alto impacto para o clima, acelerando a adoção de substâncias naturais. O fato é que essa transição será incentivada pelo setor de HVAC-R na adoção de práticas mais sustentáveis, a fim de cumprir compromissos corporativos e metas estabelecidas globalmente.

Nos quesitos design e layout, os sistemas de refrigeração estão sendo projetados para atender as necessidades de forma personalizada, inclusive no que tange à modularidade dos equipamentos, aspecto que permite escalabilidade e flexibilidade para acompanhar o crescimento das lojas. As unidades de refrigeração podem ser adicionadas ou removidas conforme a estratégia de vendas, adaptando-se às mudanças nas demandas de resfriamento.

A estética das vitrines refrigeradas também é uma consideração importante. Os fabricantes estão projetando produtos com design mais moderno e atraente para atrair os consumidores e melhorar a experiência de compra.

Soluções de exibição interativas nas vitrines refrigeradas já são realidade em alguns estabelecimentos comerciais e grandes redes do atacarejo, com a incorporação de tecnologias interativas, como telas sensíveis ao toque ou realidade aumentada, para fornecer informações adicionais sobre os produtos, promoções ou receitas aos consumidores, com designs modernos, linhas elegantes e opções personalizadas mais atraente nas lojas.

Para melhorar a visibilidade dos produtos e proporcionar uma experiência de compra mais agradável, expositores incorporam sistemas antiembaçamento para manter as superfícies de vidro transparentes.

Alguns modelos oferecem, ainda, controle preciso de umidade, garantindo que produtos sensíveis permaneçam frescos por mais tempo.

Também a utilização de iluminação LED nas vitrines refrigeradas não é apenas uma opção econômica, mas também destaca os produtos de maneira mais eficaz, além de ser mais duradoura e eficiente em comparação com outras formas de iluminação.

Desafios e oportunidades para o HVAC-R em 2024

Setor enfrentará ano desafiador, mas promissor, com foco em sustentabilidade, eficiência energética e inovação tecnológica, prevê indústria.

Nem bem 2024 se iniciou e a indústria brasileira de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R, na sigla em inglês) já enfrenta um cenário desafiador, mas, por sinal, cheio de oportunidades.

O acesso a capital, a atração de investimentos estrangeiros, a necessidade de descarbonização e a incorporação de inovações tecnológicas definirão os caminhos do setor neste ano, conforme previsões de empresários do segmento.

Com um otimismo moderado, o mercado se prepara para não apenas crescer, mas também para liderar em termos de sustentabilidade e inovação tecnológica no cenário global.

Na avaliação do presidente-executivo da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Arnaldo Basile, o setor experimentou um desempenho estável em 2023, influenciado pela cautela inicial com a nova gestão do governo federal e um crescimento modesto no segundo semestre.

“Para 2024, espera-se um crescimento contido, alinhado à economia em geral, com foco em segmentos específicos, como água gelada e sistemas centrais de ar condicionado”, diz.

Por conta das fortes ondas de calor, o mercado de mini-splits experimentou crescimento além da expectativa em 2023. E o nicho deverá continuar em franca expansão neste ano, tendo em vista que menos de 20% dos lares do País possui um aparelho de ar condicionado e o fenômeno El Niño.

Segundo o executivo, um dos grandes desafios atuais é a necessidade de tornar o Brasil num destino mais atraente para investimentos externos, especialmente em sistemas sustentáveis.

As iniciativas das empresas apontam para um futuro onde o setor não só responde às necessidades imediatas, mas também contribui ativamente para soluções ambientais e econômicas mais amplas.

Nesse sentido, Basile destaca as oportunidades emergentes, como a melhoria da qualidade do ar interno e os processos de descarbonização, que se alinham com tendências globais.

“A modernização (retrofit) de sistemas existentes para modelos mais sustentáveis e eficientes é vista como caminho fundamental para o crescimento da nossa indústria”, afirma.

Afinal, a proteção da camada de ozônio e as mudanças climáticas estão impulsionando a demanda no setor, com a indústria se comprometendo a trabalhar com instituições governamentais e outras entidades para contribuir com soluções ambientalmente responsáveis.

Embora não sejam nenhuma novidade, tecnologias como bombas de calor e automação são apontadas como tendências significativas para 2024. “Ambas as inovações prometem maior eficiência energética e desempenho otimizado dos sistemas”, diz.

As mudanças regulatórias, especialmente aquelas ligadas a regulamentações ambientais, estão redefinindo o mercado frio, que parece estar no limiar de uma era de crescimento e transformação.

Devido à implementação da Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal neste ano, o Brasil vai congelar as importações dos hidrofluorcarbonos (HFCs) de alto potencial de aquecimento global (GWP), como o R-404A e R-410A, com base na média de consumo registrada entre 2020 e 2022.

Para Paulo Neulaender Junior, da Frigga Refrigeração, a inovação tecnológica, especialmente em termos de fluidos refrigerantes ecológicos e eficiência energética, será crucial em 2024.

“As mudanças climáticas estão aumentando a demanda por soluções de refrigeração e ar condicionado e trazendo novas regulamentações”, diz o empresário, enfatizando que o comércio está se adaptando a essas mudanças, focando na destinação correta dos fluidos refrigerantes e na promoção de equipamentos mais eficientes.

“O ano de 2023 foi bom para o comércio de refrigeração, embora tenhamos enfrentado margens apertadas e alta carga tributária. Para 2024, as expectativas giram em torno de continuar atendendo aos clientes com preço competitivo, agilidade e informação precisa”, revela.

“O aumento do consumo em supermercados, restaurantes e padarias, impulsionado pelo aumento do poder aquisitivo, além de uma demanda crescente devido a temperaturas extremas, promete expandir ainda mais o mercado”, acrescenta.

Entretanto, olhando para 2024, o setor continua enfrentando desafios significativos, como impostos elevados, problemas logísticos e a escassez de mão de obra qualificada. “Além disso, a falta de componentes permanece como uma barreira”, adverte Neulaender.

Já as indústrias de câmaras frias e de ar-condicionado se preparam para um crescimento robusto em 2024. “Com o fim da pandemia, setores como bares, restaurantes e hotéis estão se reerguendo, criando uma demanda crescente por pequenas infraestruturas de refrigeração”, analisa o diretor comercial da Isocold, Edson Girelli.

“O Brasil hoje tem uma carência enorme de pequenos equipamentos de qualidade em pequenas capacidades comerciais, e o fornecedor que se atentar a isso sairá na frente”, completa.

E as temperaturas elevadas e mudanças climáticas continuarão fomentando o segmento de climatização. Em geral, as indústrias do setor estão aumentando os estoques e ampliando a capacidade produtiva, buscando atender a alta demanda dos consumidores por produtos eficientes e tecnologicamente inovadores.

De maneira geral, o ano de 2024 representa para os fabricantes de ar-condicionado um período de expansão e inovação. Com novos produtos, investimentos em tecnologia e um compromisso inabalável com a eficiência energética, as indústrias do setor parecem estar prontas para atender às necessidades emergentes de um mercado em constante mudança.

Enfim, o HVAC-R brasileiro como um todo tem diante de si um caminho repleto de potencialidades. A capacidade de navegar nesse mercado será determinada pela habilidade das empresas em inovar, adaptar-se a um clima em mudança e superar desafios operacionais.

Com um compromisso renovado com a sustentabilidade e a eficiência, o setor pode não apenas prosperar economicamente, mas também contribuir de forma significativa para um futuro mais descarbonizado.

Cadeia do frio minimiza desperdício de alimentos

Ao garantir condições ideais de temperatura desde a produção até o consumo, refrigeração minimiza perdas e promove sustentabilidade na indústria alimentícia.

Embora o Brasil seja um dos principais produtores globais de alimentos, é também um dos países com alto índice de desperdício, chegando a 30% da produção, equivalente a 46 milhões de toneladas anuais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este processo resulta em perdas econômicas significativas, estimadas em R$ 61,3 bilhões por ano.

Além disso, ocupamos a décima posição no ranking de desperdício alimentar no mundo, conforme dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Mundialmente, a entidade revela que 54% do desperdício ocorre na colheita, enquanto 46% das perdas são registradas em armazenamento, transporte e consumo. No contexto brasileiro, 10% ocorrem no campo, 30% na distribuição e armazenamento e 50% no transporte, com os consumidores respondendo por 10% do desperdício total.

A situação poderia ser ainda pior, não fossem os fortes investimentos em pesquisa e desenvolvimento que a cadeia do frio sempre realizou em busca de aprimoramento da eficiência dos equipamentos usados para conservação de alimentos, em todas as etapas entre a lavoura e a mesa do consumidor.

O frio é utilizado para a preservação da qualidade do produto, retardando a atividade enzimática e a consequente oxidação. A diminuição da temperatura e da atividade de água no alimento inibe a possível ação bacteriana e prolonga o tempo de prateleira.

Portanto, o HVAC-R há muito entendeu que é um dos protagonistas na redução do desperdício alimentar, e a refrigeração desempenha um papel crucial na logística de transporte de alimentos perecíveis, evitando perdas significativas ao longo do caminho.

O processo de conservação dos alimentos começa nas vastas extensões agrícolas, onde a colheita é o ponto de partida da jornada dos alimentos para todas as regiões do país. Neste estágio, a tecnologia pós-colheita é aplicada em galpões, silos, estufas e câmaras refrigeradas, promovendo, nesses ambientes, o controle meticuloso de temperatura e umidade, de modo a preservar a vida útil e os atributos nutricionais de grãos, sementes, lácteos, frutas e legumes.

O mesmo processo ocorre com o abate de bovinos, suínos, aves, pescados e frutos do mar, entre outros itens, que essencialmente precisam, logo de início, ser armazenados, conservados e beneficiados em ambientes de baixas temperaturas, como se vê nas linhas de produção dos frigoríficos.

“O desperdício de alimentos acontece principalmente em situações como variações de temperatura no transporte, avarias em embalagens durante o manuseio, expiração do prazo de validade”, afirma Isabela Perazza, diretora regional da Global Cold Chain Alliance (GCCA), associação representante da indústria de armazenamento com temperatura controlada que promove as melhores práticas no setor de armazenamento e logística com temperatura controlada por meio de pesquisas, benchmarking, networking e educação.

A executiva comenta não existir um indicador que mostre a quantidade exata de produtos desperdiçados. “Porém, sabemos que é uma pequena porcentagem, se levarmos em conta o volume do que é produzido no Brasil hoje. Existe um cuidado muito grande para que tais perdas não aconteçam. De qualquer forma, mesmo essa pequena porcentagem significa toneladas de alimentos que poderiam ter tido um melhor destino”, complementa.

Transporte refrigerado

Considerada um dos grandes gargalos do agronegócio brasileiro, a logística envolvendo os produtos agrícolas deve ser precedida de toda uma estratégia de transporte e armazenamento, afinal caminhões e contêineres frigoríficos percorrem longas distâncias até chegar aos pontos de venda.

É neste ponto que a logística refrigerada desempenha papel vital. Veículos equipados com sistemas de refrigeração avançados garantem que a temperatura adequada seja mantida durante todo o trajeto. Seja por estradas, ferrovias, rios ou oceanos, a integridade dos alimentos é preservada, evitando o desgaste precoce e assegurando que cheguem aos destinos em condições ideais.

“A adequada refrigeração no transporte, em todo caminho percorrido, é um fator crítico para que os alimentos cheguem ao seu destino dentro da temperatura e com as propriedades nutricionais intactas, sem que haja perdas. O transporte pode ser um grande gargalo, caso não esteja com o equipamento de refrigeração adequado ou com a manutenção em dia”, argumenta Isabela.

Atualmente, o processo logístico utiliza o rastreamento da temperatura dentro do veículo e das caixas dos produtos, por meio de sensores.  Com este recurso de monitoramento a distância, é possível mapear os desvios e, com base nesta informação, corrigi-los.

“A área de antecâmara, onde ocorre o trânsito dos produtos, tem temperatura controlada, ou seja, sofre climatização. E dentro dos nossos registros de qualidade, há um acompanhamento constante da temperatura das câmaras para que elas estejam de acordo com a rotulagem dos produtos”, explica Vivianne Moreira Leite, responsável técnica e diretora de operações da Cap Logística Frigorificada.

Para minimizar perdas durante o transporte e o armazenamento, a empresa adota estratégias focadas em gestão de estoque com FIFOs (primeiro que entra, primeiro que sai) e relatórios de não conformidade em descargas e carregamentos. “É fundamental a observação de boas práticas em armazenagem e transporte para evitar avarias em embalagens primárias e secundárias”, finaliza.

Varejo

Assim como nas demais etapas do percurso entre a lavoura e a casa do consumidor, a cadeia do frio também desempenha papel decisivo na prevenção de perdas de alimentos no varejo, desencadeando uma série de processos interligados que garantem a qualidade e a segurança dos produtos no armazenamento e nas prateleiras.

Nos estabelecimentos, câmaras frigoríficas, expositores de bebidas e ilhas e balcões refrigerados mantêm a temperatura ideal para produtos perecíveis, prolongando a validade e permitindo que os consumidores tenham acesso a alimentos frescos por períodos mais longos. Esse elo da corrente compreende manipulação, armazenamento e conservação adequados a fim de preservar as características sensoriais e nutricionais. A importância desse sistema vai além da mera conservação, impactando diretamente na redução do desperdício alimentar.

“Deixar de manter o produto nas temperaturas corretas pode resultar em degradação da textura, descoloração e crescimento microbiano. Além disso, um produto de qualidade leva a um cliente satisfeito e à proteção global da saúde pública”, argumenta Isabela Perazza, da GCCA.

Consumidor e meio ambiente

O final do ciclo, na casa do consumidor, também demanda a continuidade da refrigeração adequada. Equipamentos como geladeiras e freezers garantem que os produtos mantenham a qualidade mesmo após a compra, incentivando um consumo consciente e reduzindo o descarte de alimentos.

O mínimo de desperdício também significa redução do impacto ambiental. Quando produtos perecíveis são descartados devido à falta de controle na temperatura, não apenas recursos preciosos são perdidos, mas também ocorre a emissão desnecessária de gases de efeito estufa relacionados à produção e decomposição dos alimentos.

O combate às perdas de alimentos tem arregimentado pessoas e organizações dispostas a fazer a diferença. Um exemplo deste movimento vem da GCCA Brasil, que tem parceria com o Mesa Brasil Sesc, o principal banco de alimentos do País.

O convênio visa a doação de produtos dentro da validade e próprios para consumo, mas que por algum motivo – como avaria na embalagem secundária – não podem ser comercializados. “Dessa forma, as empresas conseguem destinar produtos de alto valor nutricional a pessoas em situação de vulnerabilidade social”, arremata Isabela.

Trocadores de calor, uma área avessa à mesmice

Embora semelhantes ao cumprir suas funções elementares nos sistemas de HVAC-R, condensadores e evaporadores se diferenciam bastante – do projeto à manutenção –, dependendo da aplicação desejada.

Mesmo quem não conhece a fundo os setores de refrigeração e ar condicionado tende, a perceber que trocar calor por frio, ou vice-versa, constitui a base de qualquer engenho humano desenvolvido em nome do conforto térmico, assim como da conservação dos mais diversos produtos perecíveis e matérias-primas.

Por trás dessa missão de tão grande responsabilidade, se encontra a busca centenária por diferentes formas construtivas e características operacionais que hoje fazem da palavra inovação ponto de honra nas indústrias do segmento.

Também se multiplicaram, ao longo dos anos, os tipos de trocadores de calor, um claro exemplo de como o segmento tem acompanhado a profusão de lançamentos realizados pelas OEMs (Original Equipment Manufacturer, que em português quer dizer “Fabricante Original do Equipamento”) do HVAC-R.

Igual atenção tem merecido a eficiência energética, bem como o atendimento às exigências trazidas pela utilização de fluidos refrigerantes com baixo GWP, aspecto primordial no combate ao crescente aquecimento do planeta, um problema que – literalmente – todos já estamos sentindo na pele.

Diante da importância dos condensadores e evaporadores em todo esse cenário, e da gama de modelos e aplicações disponível atualmente no mercado, ouvimos nesta reportagem alguns dos seus fabricantes mais conhecidos, cada qual dizendo como enxerga essa realidade, assim como as tendências que vêm por aí.

Inovação constante

A ânsia por fazer diferente o que parecia fadado à mesmice é um traço marcante em fábricas deste nicho. “Somos os únicos no Brasil a fabricar tubos aletados do tipo truffin, com 29 aletas por polegada, tecnologia que oferece um excelente desempenho em troca térmica, além de uma área de contato muito maior para o fluido”, exemplifica o executivo de vendas da Apema, Luan Maximo.

Diferenciais assim, segundo o engenheiro mecânico, permitem o desenvolvimento de equipamentos mais compactos e eficientes por empresas como a dele, no tocante à condensação.

Já para os evaporadores da marca, ele afirma ter sido adotada pela Apema uma solução não menos inovadora, tendo em vista os mesmos objetivos, por meio da incorporação de tubos espiralados que também melhoram a performance e otimizam a transferência de calor.

Em matéria de tendências, ele garante que a empresa se encontra igualmente atenta em relação aos movimentos do mercado envolvendo os trocadores de calor brasados e os condensadores microcanal, em virtude da combinação entre alta eficiência e baixo custo em aplicações menos robustas, ao passo que para as de maior porte, a empresa ainda considera os modelos casco e tubos mais indicados.

Nas Indústrias Tosi, player igualmente tradicional da área, conhecido por produzir uma gama de evaporadores e condensadores a ar ou a água, ambas as modalidades de equipamentos têm incorporado soluções construtivas da mesma forma comprometidas com a meta de inovar.

As serpentinas dos seus equipamentos a ar, por exemplo, são do tipo multicanal, com aletas e tubos de 7 mm, seguindo assim uma tendência observada na Europa, onde eles já chegam a ter diâmetro cerca de 30% abaixo disso.

“Quanto aos modelos a água, inovamos ao ampliar o uso de trocadores de placa brasada, assim como de evaporadores inundados e do tipo fauling film”, acrescenta o engenheiro de produto e aplicação da empresa, Marcos Santamaria Alves Corrêa.

Também antenada com as principais demandas apresentadas pelos fabricantes de instalações frigoríficas e sistemas de climatização, a Trineva aposta em tubulações de menor diâmetro, sob medida para a utilização de fluidos refrigerantes de baixo GWP, como R-290, CO2 e A2L. “Em breve vamos oferecer aos nossos clientes aletados com bitolas assim”, assegura Julio Kemer, engenheiro de aplicação da empresa.

Mas como garantir as máximas eficiência e vida útil de um trocador de calor em meio à agressividade de ambientes corrosivos, como o das cidades litorâneas?

Essa pergunta intrigava a Deltafrio, cuja inventividade em procurar solução para um gargalo tão antigo quanto reconhecido por todos que atuam no segmento mereceu um Selo Destaque Inovação na última Febrava.

Batizado como Condensador Marinizado, o lançamento possui cinco fatores de proteção que chegam a quintuplicar sua vida útil, mesmo funcionando sob sol forte, maresia e até chuva ácida.

Uma delas, de acordo com o diretor da indústria, Marcelo Marx, são as aletas com 50% mais alumínio em sua composição, o que retarda significativamente reações químicas perigosas, como a conhecida pilha galvânica, decorrente do contato entre aletas de alumínio e tubos de cobre no interior dos aparelhos.

No campo da evaporação, por sua vez, a Deltafrio destaca outra inovação reconhecida pela comissão julgadora do mesmo prêmio: a evaporadora autolimpante, que se mantém higienizada sem a necessidade de esvaziamento periódico da câmara frigorífica, nem de verdadeiras escaladas para se chegar aos locais elevados onde a peça costuma ficar.

Dimensionar é preciso

Boa parte dos benefícios trazidos por tantas soluções inovadoras, promovidas pelas fabricantes de condensadores e evaporadores, corre o risco de cair por terra quando se dimensiona mal aquilo que deverá ser adquirido e instalado, dependendo das necessidades térmicas existentes.

“O dimensionamento adequado neste campo tem impacto direto na eficiência de um sistema de refrigeração, pois quando subdimensionados, os trocadores aumentam o diferencial entre as pressões de evaporação (baixa) e condensação (alta). E quanto maior este diferencial, superior é o consumo de energia para uma mesma capacidade frigorífica”, ensina Corrêa, da Tosi.

De acordo com o engenheiro, o projeto deve sempre encontrar o melhor ponto de equilíbrio entre eficiência energética e tamanho dos evaporadores e condensadores.

Já a vida útil, ele afirma depender muito do ambiente em que esses evaporadores vão operar. “No caso das serpentinas instaladas em ambientes agressivos, recomenda-se trabalhar com aletas de espessuras mais grossas, maior espaçamento entre aletas e, dependendo do caso, o uso de aleta de cobre e de tratamento fenólico”, completa o profissional.

O comprometimento de motores e outros componentes vitais de um sistema do HVAC-R é a ameaça trazida pelo dimensionamento inadequado de evaporadores e condensadores, na visão do engenheiro Julio Kemer, da Trineva.

“Superdimensionados, eles acarretam ciclos curtos, nos quais o ‘liga-desliga’ ocorre com frequência, desperdiçando energia por isso. No caso do evaporador, esse aumento desnecessário da área de troca impacta o aumento do superaquecimento útil”, adverte o especialista.

Mas se a falha for o subdimensionamento, Kemer frisa o risco de sobrecarga no compressor, o que leva, invariavelmente, ao maior consumo de energia, ou seja, na contramão de um dos principais mandamentos hoje na área.

Nos dias mais quentes, uma peculiaridade é lembrada pelo engenheiro da Trineva, além desta mesma elevação no gasto energético. Ou seja, o condensador subdimensionado tem sua capacidade reduzida, combinada ao aumento de pressão de descarga, resultando assim na rejeição ineficiente de calor e, em muitos casos, na parada pura e simples do sistema.

E quando se age da forma correta ao dimensionar evaporadores e condensadores? Bem, os resultados são completamente distintos.

Questionado a respeito, Luan Maximo, da Apema, enumera uma lista de benefícios que os usuários tendem a obter nessa hipótese: eficiência energética, vida útil prolongada, consistência de temperatura, eficiência ambiental, custos operacionais reduzidos e desempenho otimizado.

“É um procedimento fundamental para garantir que os sistemas de refrigeração funcionem de forma eficaz e sustentável ao longo de sua vida útil”, pondera o engenheiro.

Boas práticas

Tanto esmero por parte das indústrias, ao desenvolver condensadores e evaporadores para um número cada vez maior de aplicações, cada qual com seus próprios pré-requisitos operacionais, reclama cuidado semelhante dos profissionais de campo responsáveis por instalar e manter esses componentes básicos do HVAC-R.

Nos equipamentos da modalidade casco e tubos, por exemplo, o engenheiro Luan Maximo, da Apema, ressalta a importância da correta fixação das unidades, sempre na posição horizontal, apoiadas em suportes adequados e bem firmes.

Com isso, além do óbvio risco de acidentes, evitam-se vibrações indesejáveis, algo alcançado por práticas recomendáveis nesta hora decisiva de uma instalação, o que inclui fugir das soldas nesses suportes e utilizar, exclusivamente, seus próprios furos e parafusos.

Antes disso, contudo, o profissional recomenda a escolha do local correto para a colocação da unidade, “de preferência na saída das bombas de água de resfriamento”, ensina Maximo, acrescentando ainda a importância de se checar se o equipamento funciona com toda a sua capacidade de água preenchida, importante fator para o resfriamento eficaz.

Tão essenciais quanto esses aspectos, o profissional da Apema considera a eliminação de ar comprimido; garantia de fácil acesso dos técnicos aos bocais e válvulas, com destaque para a válvula de segurança, que previne sobrecargas no sistema e, por esse motivo, jamais deve ser obstruída por algum outro dispositivo do sistema.

Manuais salvadores

Aspectos assim estão nos manuais de todas as empresas da área, que tratam essa publicação com atenção especialíssima, por saber que seu perfeito entendimento, e a disposição dos seus destinatários em segui-lo, podem fazer toda a diferença entre o êxito ou fracasso de uma máquina que sai de fábrica com tudo para dar certo em campo.

No caso da Trineva, por exemplo, as orientações abrangem a localização definida para o evaporador na câmara frigorífica; a correta angulação do dreno da bandeja, para que retire de forma eficiente os condensados gerados durante a operação do evaporador; e o tubo de drenagem.

Condensadores, proteção, manutenção, tubulação e isolamento são outros pontos tratados pelos manuais da empresa, que convida os profissionais de instalação e manutenção a visitar o seu site, e assim mergulhar nesse verdadeiro mundo de informações úteis para o dia a dia.

“Os chillers de ar e os sistemas de expansão direta com condensadores externos, como os sistemas split, também têm na instalação desses componentes um ponto muito importante”, observa o gerente de negócios da Klimatix, George Szegö.

“Eles devem ser instalados em locais onde haja circulação de ar, tanto para a captação de ar fresco quanto para a exaustão de ar quente”, afirma ele, considerando crucial a obediência a esse aspecto para o bom funcionamento da máquina.

Um ponto básico nesse sentido, segundo ele, é se evitar a exposição direta dos condensadores à luz solar e qualquer outra fonte próxima de calor direcionada à parte do aparelho que executa a captação de ar.

Quanto às evaporadoras, normalmente situadas no interior dos ambientes, novamente a questão fácil acesso entra em cena, sob pena de dificultar uma simples remoção dos filtros para a essencial limpeza periódica.

“Isso é especialmente importante hoje em dia, com as novas normas hospitalares, como a 7256”, observa Szegö, para quem os manuais de fábrica são mesmo a fonte primária de informações confiáveis para o setor.

VRF: Você ainda não viu nada

Sistemas de climatização com fluxo de refrigerante variável demonstram estar longe de esgotar o rol de recursos e características que tem feito deles um sucesso.

Quem chegou a pensar que o VRF já havia mostrado tudo a que veio em nosso país – onde desembarcou em meados da década de 1990 – errou feio. Mas isso certamente tem deixado satisfeitos até mesmo os autores desses prognósticos equivocados, pois desde então o mercado vem assistindo a um festival de instalações marcantes desse tipo, várias delas ano a ano premiadas pelas entidades do HVAC-R.

E pelo o que tudo indica, muitas outras estão a caminho, possivelmente revigoradas por novidades que tem migrado cada vez mais rápido dos laboratórios dos fabricantes para o cotidiano dos edifícios, onde esses tempos de aquecimento global fazem da climatização de qualidade e energeticamente eficiente algo tão necessário quanto urgente.

Até aqui, somam pontos preciosos para o êxito da modalidade aspectos totalmente amigáveis com esses dois pré-requisitos, com destaque para controle avançado e individualizado; design compacto e flexível; capacidade simultânea de resfriar e aquecer, conforme descreve o professor Américo Martins Júnior, da Thermo Cursos. Tudo isso, segundo ele, soma-se a aspectos como a utilização de compressores Inverter na maioria esmagadora das instalações de VRF, e a capacidade de se modular a quantidade de refrigerante destinada a cada unidade evaporadora, sem falar nas diferentes temperaturas nos espaços climatizados.

“Com isso, cada evaporadora pode operar em seu nível ideal, evitando o desperdício de energia acarretado pelo funcionamento a plena carga o tempo todo”, exemplifica o professor.

Recuperar o calor residual dos ambientes internos e remanejá-los para outros demandantes de aquecimento, igualmente dentro do prédio, é outro trunfo do VRF para ser uma escolha recorrente dos projetistas, a exemplo da precisão dos seus controles de ajuste fino, o que permite detectar, em tempo real, os parâmetros necessários para uma operação sempre eficiente.

E o futuro?

Prever como deve se comportar o fenômeno VRF nos próximos meses e anos é tarefa cujo o próprio presente da área tem facilitado. Por exemplo, as unidades desse tipo vêm aumentando sensivelmente suas capacidades, relata o professor, que vê nisso uma tendência, assim como a utilização de novos fluidos e o incremento na comunicação entre as unidades externas e internas.

Ao focar especificamente a questão dos refrigerantes, Martins Júnior destaca a busca do mercado por uma combinação entre impacto ambiental e operação mais econômica, pois ao substituir opções atuais como o R-410 obtém-se uma expressiva redução do GWP, ou seja, o potencial de contribuir para o aquecimento global. Soma-se a isso, segundo o estudioso, a necessidade de cargas menores, em se tratando do R-32, por exemplo. Há também a perspectiva de que as próximas gerações de VRF sejam mais leves, e tenham compressores e serpentinas menores, porém, resultando em maior poder frigorígeno.

O uso crescente de Bluetooth na área, por sua vez, deve simplificar outra questão nevrálgica dos sistemas do gênero: o gerenciamento e a manutenção dos equipamentos, agora sem a necessidade de softwares avançados e complexos. “No celular, o técnico cada vez mais poderá analisar o funcionamento e, até mesmo, efetuar alguma manutenção corretiva”, antevê o professor.

O que não muda

Mas nem tudo é novidade no mundo do VRF, pois permanece inalterada uma série de requisitos, iniciada a partir da decisão de se aderir ou não a essa modalidade de sistema.

Segundo o professor Américo, nem todos os ambientes podem aderir à modalidade, sobretudo aqueles nos quais a carga térmica necessária seja excessivamente alta ou baixa em alguns períodos.

“Os equipamentos VRF precisam trabalhar com pelo menos 30% de toda a sua capacidade, sob pena de ficarem sujeitos a constantes códigos de falhas e desligamentos, causados pelas próprias proteções do sistema”, ensina.

Uma vez resolvida a instalação de VRF, várias outras questões básicas aparecem. Dentre elas, o melhor produto para a carga térmica do ambiente a ser climatizado; a instaladora a ser contratada; o responsável técnico da obra; que fornecedores aparentam possuir um bom pós-venda e até mesmo se mão de obra qualificada e ferramentas adequadas serão empregados na instalação.

Por fim, quando tudo estiver funcionando, uma outra etapa crucial tem início: o cuidado especialíssimo com a manutenção preventiva, considerando-se que o VRF é muito exigido durante sua operação.

“A falta dessa conduta sempre acaba custando muito mais ao cliente, pois além do prejuízo financeiro, muitas vezes a complexidade de ações corretivas impede a desejada rapidez no restabelecimento dos sistemas”, observa Américo, acrescentando que, sem manutenção preventiva, acaba se perdendo boa parte da economia de energia inerente ao VRF.

Por trás de todas essas intervenções técnicas, ele frisa igualmente a presença imprescindível dos refrigeristas, aos quais recomenda que se preparem, diante de uma demanda que define como absurda a surgir nesse campo. “Cada vez mais os equipamentos serão eficientes, porém, mais sensíveis e, por isso, precisamos acelerar a formação desses profissionais”, arremata.

Smacna Brasil celebra 29ª Edição dos Destaques do Ano de 2023

No dia 08 de novembro, cerca de 400 pessoas participaram da solenidade de premiação promovida pelas entidades SMACNA Brasil (Sheet Metal Air Conditioning Contractors’ National Association) e ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento). O evento visa considerar, no âmbito nacional, os melhores trabalhos de engenharia ambiental termo do ano anterior.

Os critérios de avaliação incluem incorporação de tecnologia, inovação, uso responsável de energia, comprometimento com a qualidade do ar, preservação ambiental e normatização.

Dos empreendimentos inscritos, seis foram premiados nas seguintes categorias: Retrofit / Conforto – Luna Crescente (São Paulo – SP); Obra Nova / Industrial – Nutera-RP (Ribeirão Preto – SP); Hospital Mater Dei Salvador (Salvador – BA); Hospital e Maternidade São Luiz Osasco (Osasco – SP); Obra Nova / Conforto – Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Catedral (Cascavel – PR); e Obra Nova / Ventilação – Ecourbis TVE Vergueiro (São Paulo – SP).

“É com imensa alegria e satisfação que damos as boas-vindas à 29ª edição do ‘Destaques do Ano Smacna Brasil. Estamos honrados em reconhecer os méritos dos trabalhos de engenharia termo ambiental realizados no ano de 2022 e a busca incessante pela excelência na qualidade das instalações, traduzida em seis obras que se destacaram no ano passado. Ao longo deste período, já reconhecemos 196 projetos executados em diferentes estados do Brasil. Expresso ainda, nossa gratidão aos patrocinadores que contribuíram significativamente para a realização e sucesso deste evento!”, comemorou Edson Alves, presidente da Smacna Brasil.

Mercado global de filtros de ar-condicionado deve dobrar até 2030

A indústria de filtros de ar-condicionado tem assistido a uma evolução tecnológica sem precedentes nos últimos anos. Um relatório lançado em agosto pela consultoria ResearchAndMarkets.com aponta para um crescimento robusto nesse mercado, impulsionado principalmente pela adoção de tecnologias avançadas e pela demanda crescente em setores-chave.

Em 2022, o segmento movimentou US$ 3,4 bilhões. Mas a projeção é de que este valor mais que dobre até 2030, alcançando uma impressionante marca de US$ 6,2 bilhões. A taxa de crescimento anual projetada é de 8%.

Segundo o documento, essa expansão acelerada é reflexo da crescente necessidade de sistemas de ar condicionado e ventilação mais eficientes e, ao mesmo tempo, mais sustentáveis.

O relatório também enfatiza a resiliência do setor após os desafios trazidos pela pandemia de covid-19. O segmento de precipitadores eletrostáticos, por exemplo, teve seu crescimento reajustado para uma taxa anual de 8,1% até o fim da década considerando o período de recuperação pós-pandemia.

Já as vendas de filtros HEPA, conhecidos por sua capacidade de filtrar partículas minúsculas do ar, devem registrar uma taxa de crescimento anual de 9,2%, movimentando US$ 2,4 bilhões até 2030.

Outra tecnologia em destaque no estudo são os filtros de carbono ativado. Ideais para eliminar odores, produtos químicos e outros poluentes do ar, eles têm sido reconhecidos como uma tecnologia-chave para ambientes mais saudáveis, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas.

Qualidade do ar interno em foco

Nos vastos cenários urbanos do mundo contemporâneo, onde o ritmo agitado e a busca por conforto se entrelaçam, a qualidade do ar em ambientes internos tem emergido como um tópico essencial.

Para os profissionais da indústria de ar condicionado, compreender a importância da filtragem e da renovação do ar não é apenas uma questão técnica, mas um compromisso com a saúde e bem-estar dos usuários.

Afinal, em locais fechados, onde a circulação natural do ar é limitada, poluentes, microrganismos e partículas diversas podem se acumular, comprometendo a qualidade do ar. Materiais de construção, mobiliário, equipamentos eletrônicos e até mesmo as pessoas podem liberar contaminantes no ambiente.

Os sistemas de ar condicionado modernos estão equipados com filtros de alta eficiência, capazes de reter desde as partículas mais grosseiras até microrganismos minúsculos. Os filtros HEPA, por exemplo, são capazes de capturar até 99,97% das partículas maiores que 0,3 micrômetro, garantindo a retenção de muitos alérgenos e patógenos.

Além da eficiência, a regularidade na manutenção e substituição dos filtros é fundamental, pois um filtro saturado perde sua eficácia e pode se tornar um foco de proliferação de micro-organismos.